Os destinos do Brasil e da Petrobras caminham em paralelo.
Há
uma séria preocupação, no mercado, com os rumos da economia brasileira, a médio prazo, face aos
desacertos que o Governo vem cometendo nos últimos dez anos. São muitos os
sinais evidentes desses desacertos, que se refletem, hoje, no acentuado
desequilíbrio fiscal e constante crescimento da dívida pública, caminhando na
direção de 60% do PIB. Fazem parte desse quadro negativo, os equívocos da
política energética praticados contra duas das maiores empresas do Brasil, a
Petrobras e a Eletrobrás, desestabilizando-as
financeiramente, com enormes prejuízos para a grande massa de seus
acionistas minoritários. Acrescenta-se a isso, a precária situação do sistema
portuário e rodoferroviário, responsável por importante parcela dos custos do
setor produtivo, agrícola e industrial. Não se pode dizer que o país esteja à
beira da falência, como vários países europeus, inclusive a França, que acaba
de ser rebaixada pelas agências de classificação de risco. Mas é evidente que o
Brasil não está a salvo de um possível rebaixamento, como já tem sido anunciado
e pode ser visto pela evolução do “Risco Brasil”, que já subiu do índice 135,
em janeiro deste ano para mais de 230 no segundo semestre, até novembro. É
possível afirmar que os destinos do Brasil e da Petrobras caminham em paralelo.
Assim, é importante acompanhar de perto a trajetória da nossa grande empresa
petroleira, para antecipar o que pode acontecer à economia brasileira, neste e
nos próximos anos.
Fonte: Jornal do Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário