Em apenas uma década e meia, algumas das maiores empresas brasileiras se transformaram em verdadeiras multinacionais. Em 15 anos de Plano Real, companhias como Petrobras, Vale, Itaú, AmBev, Bradesco e Gerdau, mostraram-se atentas às oportunidades, saíram às compras, no Brasil e no exterior, cresceram, ganharam prestígio, firmaram parcerias e se consolidaram no mercado mundial. A AmBev, por exemplo, apresenta um crescimento de quase 800% em seu patrimônio líquido na última década. Os especialistas são unânimes em apontar a estabilidade econômica promovida pelo Plano Real como a principal razão para o sucesso. "O fator primordial foi o efeito da estabilidade, que fez a inflação desaparecer", afirma o economista Ruy Coutinho, ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ex-titular da Secretaria de Direito Econômico (SDE), ambos vinculados ao Ministério da Justiça. "Pela primeira vez, os empresários puderam fazer um planejamento de longo prazo", avalia Luis Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet). "Antes, o horizonte de longo prazo das empresas não passava de seis meses", observa.
Fonte: J. Commercio
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