Governo fixa meta menor de inflação para 2019, de 4,25%.

Número para 2020 também foi reduzido, a 4%.


BRASÍLIA - Sob críticas de que poderia perder a oportunidade de manter a inflação baixa no país, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu fixar não apenas meta para 2019 como esperado, mas também a de 2020. Numa reunião extraordinária nesta manhã, os ministros determinaram que o objetivo para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 em 4,25%, como previam os analistas do mercado financeiro. E ainda estabeleceram em 4% a meta para 2020. O intervalo de tolerância para os próximos anos será de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Essa é a mesma banda usada atualmente.

É a primeira vez desde 2003 que a meta é reduzida. Desde 2005 a meta oficial de inflação do governo está em 4,5% ao ano. Os únicos anos em que o Banco Central cumpriu essa meta foram 2006, 2007 e 2009. A meta é estabelecida pelo CMN e deve ser cumprida pelo Banco Central.

Para estipular um alvo para três anos à frente, o governo publicou um decreto no Diário Oficial, que permitiu que o conselho criasse esse objetivo. No anúncio, todo o discurso foi voltado para a necessidade de previsibilidade. Os três ministros — da Fazenda, do Planejamento e o presidente do Banco Central — frisaram que o estabelecimento de um horizonte de longo prazo de queda da inflação é fundamental para a recuperação do país.

 A fixação de uma meta menor vai levar a índices mais baixos desde que sejam críveis falou o presidente do BC, Ilan Goldfajn.


A queda na meta de inflação para 2019 é a primeira em uma década. No entanto, o mercado queria mais: não apenas um objetivo mais baixo, mas que o CMN também revisasse a marca do ano que vem, que continuou em 4,5%. O argumento é que o IPCA está muito abaixo desse patamar. Nos últimos 12 meses, a inflação está em 3,6%. E, por isso, haveria espaço para uma queda da meta já no ano que vem.

No entanto, a visão do governo é que é importante manter os objetivos traçados. O GLOBO antecipou, em maio, que a equipe econômica já tinha decido que não alteraria o objetivo para o ano que vem porque poderia abrir um precedente perigoso no futuro. Ilan confirmou isso nesta quinta-feira.

— Fixamos metas e não pretendemos mudá-las. Nem as passadas e nem as futuras — garantiu.

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, ressaltou que alterar o objetivo para o ano que vem poderia dar sinais de que os objetivos não são firmes e poderiam ser mudados ao sabor da conjuntura.

— Existe custo de mudança de meta. Algo que surpreendesse a todos. Do ponto de vista de ancoragem de expectativas futuras, não seria bom para a inflação. É importante cada vez mais que ancoremos as expectativas.

Frisou ainda que em alguns momentos a inflação pode ficar abaixo da meta e que, por isso, há o intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Essa banda foi mantida para os objetivos fixados até 2020.

Repetidamente, os três ministros que compõem o CMN citaram a desarrumação da economia no governo passado, mas sem citar diretamente a equipe econômica da ex-presidente Dilma Rousseff. Lembraram que inflação alta não é sinônimo de crescimento. E explicaram que a missão agora é deixar claro que as metas fixadas serão cumpridas. E, assim, o país terá inflação mais baixa no futuro.

— Não há dúvidas que de há uma sinalização de convergência para padrões internacionais. Há uma sinalização clara de convergir para padrões internacionais.

ILAN DIZ QUE FICA NO CARGO SE TEMER SAIR

Ilan foi questionado se, à luz do acirramento da crise política, ele permanecerá no comando do Banco Central independentemente de um eventual afastamento do presidente Michel Temer e se a política monetária também seria mantida.

— Acho que a pergunta é para mim e vou ter de responder. Acho que a resposta é: sim, sim — resumiu o presidente.

Quando foi-lhe solicitado detalhes, ele disse que o Banco Central é uma instituição que preza autonomia e, portanto, é uma instituição que se mantém. Ele ressaltou que o BC olha o longo prazo.

— E o presidente do Banco Central está dentro desse contexto institucionalizado onde nós estamos trabalhando para a economia brasileira e para o país — afirmou antes de questionar os repórteres:

— Vocês não gostaram do “sim, sim”?

Quando questionado sobre qual era a garantia de que permaneceria no cargo mesmo com uma mudança de governo, Ilan começou a responder, mas antes de completar a primeira palavra, foi interrompido por Meirelles. O ministro da Fazenda disse que o governo não trabalha por hipóteses. Afirmou que a equipe econômica trabalha com foco e continuará assim. E tentou consertar o que foi dito anteriormente pelo presidente do BC.

— Agora, evidentemente, que compete ao presidente da República a nomeação dos seus ministros. Não só os aqui presentes, mas quaisquer ministros.

Interlocutores do presidente do BC, entretanto, esclareceram que a resposta foi genérica e indicava apenas que ele gostaria de permanecer à frente da autoridade monetária.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA NÃO INFLUENCIOU A META

Questionados sobre o impasse em relação à reforma da previdência no Congresso Nacional por causa da crise política, os ministros deixaram claro que a aprovação da proposta não influenciou no estabelecimento da meta. Ressaltaram, entretanto, que ela tem impacto no nível de juros que o país tem de ter para controlar a inflação.

Meirelles teve de responder novamente se o governo aumentará a Contribuição sobre Intervenção do Domínio Econômico (Cide). Ele disse que essa equipe econômica sempre anuncia o mais rapidamente possível suas decisões. E que, se preciso aumentar imposto para cumprir a meta de manter o rombo das contas públicas em R$ 139 bilhões.


Fonte: Jornal o Globo

Crise no Brasil põe acordo entre UE e Mercosul em xeque.


Um grupo de deputados europeus pediu que a negociação para a criação de um acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a Europa seja suspensa diante da crise política no Brasil. Numa carta à chefe da diplomacia de Bruxelas, os eurodeputados citam a instabilidade do governo de Michel Temer e as acusações de corrupção envolvendo o chefe de Estado no País.

A negociação, que começou em 1999, estava finalmente numa fase decisiva, com os governos tanto da Europa quanto do bloco sul-americano dispostos a fechar um entendimento até o fim do ano. Para isso, porém, os dois lados precisam ceder. A Europa tem de incluir uma abertura maior para seu mercado no setor agrícola e de carnes, enquanto o Mercosul terá de admitir um corte mais profundo de tarifas no setor industrial.

Mas a crise política hoje no Brasil põe uma pressão extra sobre o processo. No Parlamento Europeu, 22 deputados enviaram uma carta para a chefe da diplomacia da Comissão Europeia, Federica Mogherini, alertando que a negociação “precisa ser interrompida diante da crise política no Brasil”.

A carta é assinada por representantes de quatro grupos políticos. Além da instabilidade política, a carta obtida pelo Estado ainda alerta Federica sobre o “aumento da violência no campo e o uso de forças armadas para reprimir protestos”.

Um dos grupos que apoiaram a iniciativa foi o Podemos, partido na Europa que chacoalhou a política espanhola nos últimos anos. De acordo com o deputado Xabier Benito, vice-presidente da Comissão para o Mercosul dentro do Parlamento, o “Tribunal Superior de Justiça investiga o presidente Temer e seu entorno político por supostos delitos de corrupção”.

Miguel Urbán, porta-voz de Podemos na Europa, também insiste que é “absolutamente inaceitável que a Comissão Europeia continue com as negociações de um acordo de comércio com o Mercosul sem considerar a grave situação de direitos humanos no Brasil.”

Demanda

Além de suspender imediatamente o acordo, o grupo pede que a comissão “avalie o impacto sobre os direitos humanos das relações de comércio e investimentos existentes entre a UE e o Mercosul”.

O grupo de deputados representa menos de 10% do Parlamento Europeu. Mas fontes apontam que os deputados que assinaram a carta ocupam cargos importantes dentro das comissões de trabalho do Parlamento.

Oficialmente, Bruxelas indica que continua comprometida com o processo. Um dos objetivos é de ter um acordo desenhado já para dezembro para ser anunciado no mesmo mês durante da Conferência Ministerial da OMC, em Buenos Aires.


Fonte: Istoé.com

País tem saída de US$ 13,8 bi do mercado financeiro desde o início de maio.

Investimento estrangeiro no setor produtivo cai 52,4% no mês passado.

-BRASÍLIA- O acirramento da crise política já interferiu na entrada de dólares no país. Os investimentos estrangeiros que chegam para a produção caíram. Não há registros de grandes operações em maio ou nos primeiros dias de junho. Dados preliminares de junho revelam que houve saída de investimentos em ações e renda fixa. Segundo o Banco Central (BC), apenas do mercado financeiro houve remessa de US$ 13,8 bilhões desde o início de maio, já descontando tudo o que entrou.

No acumulado do ano até o dia 23 de junho, dado mais recente do BC, o país registra saída de US$ 23,7 bilhões do mercado financeiro. Para a autoridade monetária, porém, ainda é cedo para fazer uma correlação entre o resultado e a turbulência política. O BC ressalta que há entrada de dólares por meio do comércio exterior, com resultados recordes por causa da exportação de commodities. No geral, considerando os resultados do mercado financeiro e do comércio exterior, o fluxo de dólares no ano é positivo em US$ 6,5 bilhões até o dia 23. DIVISA E COMMODITIES AJUDAM Com o dólar num patamar mais alto que nos últimos anos, por causa da turbulência política e do enfraquecimento das contas públicas, os exportadores lucraram mais. As empresas passaram a exportar o que antes deixavam no mercado interno. O preço alto das commodities também teve peso fundamental para que as contas externas ficassem no azul em maio em US$ 2,9 bilhões.

Foi o melhor resultado das contas externas para maio desde o início da série histórica, iniciada em 1947 e o terceiro mês seguido que as contas ficaram no azul. E a expectativa do BC é de outro superávit em junho, mas mais modesto: US$ 700 milhões.

O investimento estrangeiro que chega para aumentar a produção das fábricas daqui, considerado de melhor qualidade pelos economistas, caiu 52,4% em maio deste ano. Apenas US$ 2,9 bilhões ingressaram, o volume mais baixo para o mês desde 2009. O BC argumenta que ainda é cedo para fazer qualquer relação com a crise política e que houve entrada de recursos em vários setores da economia.

Junho não deve ser diferente. O investimento acumulado até o dia 23 foi de US$ 1,4 bilhão. O BC, entretanto, não alterou a projeção de entrada de US$ 75 bilhões neste ano.

— Não avaliamos que isso seja uma tendência para o segundo semestre — frisou o chefe adjunto do departamento econômico do BC, Fernando Rocha. — Não temos elementos para dizer isso.

Houve mudança em outros tipos de ingressos de recursos. Por causa da volatilidade de entradas e saídas em ações e títulos de renda fixa, a autoridade monetária revisou a projeção para essas duas aplicações.

Para a aplicação em ações passou de uma saída de US$ 7 bilhões para zero. E ainda baixou a previsão de ingresso de US$ 10 bilhões em títulos de renda fixa negociados no país para zero.

Em maio, mês do acirramento da crise política, o Brasil recebeu US$ 59 milhões de investimentos estrangeiros em ações. O número parecia bom, já que, em maio de 2016, houve saída líquida de US$ 883 milhões. Mas o BC já avisou que projeta cifras mais baixas em junho porque a retirada já soma US$ 1,4 bilhão até o dia 23.


Fonte: Jornal o Globo

Confiança da construção no Brasil avança em junho mas incerteza política mantém pessimismo, diz FGV.

SÃO PAULO (Reuters) - A confiança da construção brasileira registrou leve alta em junho com melhora discreta tanto da avaliação atual quanto das perspectivas no curto prazo, mostrando que o aumento das incertezas pelo cenário político conturbado ainda não atingiu o setor com força mas provoca pessimismo.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta terça-feira que o Índice de Confiança da Construção (ICST) do Brasil teve neste mês alta de 0,2 ponto e foi a 74,2 pontos, após recuar com força no mês anterior e voltando ao nível de setembro de 2016.

"A pequena alta do ICST em junho sugere que o efeito percebido do aumento da incerteza após 17 de maio sobre os negócios não foi expressivo", destacou a coordenadora de projetos da construção da FGV/IBRE, Ana Maria Castelo.

No ICST, o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 0,2 ponto, para 84,8 pontos, com melhora do otimismo com a situação dos negócios nos próximos seis meses.

O Índice da Situação Atual (ISA-CST) também avançou 0,2 ponto, a 63,9 pontos, devido à melhora do indicador que mede a situação dos negócios correntes.

A incerteza política em torno do presidente Michel Temer vem deixando consumidores e empresários em alerta, em meio às dúvidas sobre do andamento das reformas o Congresso.

Na véspera, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu denúncia criminal contra o presidente pelo crime de corrupção passiva a partir da delação dos executivos da JBS (SA:JBSS3).

Porém o ICST apresentou melhora devido aos setores menos dependentes do governo, de acordo com Ana Maria. "No de Edificações --menos dependente de iniciativas diretas do governo-- as expectativas voltaram a subir em junho após queda expressiva no mês anterior", explicou ela.

O indicador, entretanto, aponta para um quadro ainda de pessimismo entre as empresas, e a FGV destaca que "a contribuição do ambiente de incerteza política para a continuidade desta visão pessimista sobre o rumo dos negócios pode ser ilustrada pela expressiva piora das expectativas no segmento de Obras de Infraestrutura".

Em outra nota, a FGV informou também que o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) acelerou a alta a 1,36 por cento em junho, contra 0,13 por cento no mês anterior.

Fonte: Investing.com

Ibovespa futuro abre em alta seguindo exterior, de olho em denúncia de Temer.

Investing.com - O mercado começa a semana novamente de olho em Brasília com a expectativa pela denúncia de Michel Temer ao STF pela Procuradoria-Geral da República e o novo teste da força do governo no Senado, com a votação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça.

O Ibovespa Futuros abre em forte alta de 0,8% aos 62.420 pontos, acompanhando o bom desempenho do mercado internacional.

Desde a divulgação da delação dos executivos da J&F que comprometeram o presidente Temer, o Ibovespa registrou cinco semanas de queda, interrompida por um ajuste positivo na semana seguinte à bomba. Dos 67.540 pontos, o Ibovespa perdeu 9,5% até o fechamento a 61.087 pontos da semana passada.

O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, deverá apresentar a primeira denúncia contra Michel Temer, após a Polícia Federal concluir que não houve edição no áudio da gravação da conversa do presidente com Joesley Batista.

O peso da denúncia poderá mexer novamente com a balança do poder em Brasília. Caso o texto traga novidades, poderá inflamar nova expectativa de debandada de aliados - especialmente o PSDB - do governo.

O teste da base aliada de Temer deverá ocorrer na quarta-feira, quando a reforma trabalhista deverá ser votada na Comissão de Constituição e Justiça, onde o governo possui larga maioria. O projeto deu um susto no Planalto quando foi rejeitado na Comissão de Assuntos Sociais.

Se a votação for adiada ou o texto for derrubado, será um sinal claro de enfraquecimento do governo e enterra, por hora, a possibilidade de aprovação da reforma da Previdência. O governo deverá jogar duro por sua aprovação.

Novas acusações em relação ao presidente poderão vir ainda do vazamento da negociação da delação premiada de Lúcio Funaro. Apontado como operador de Cunha, Funaro indica que pretende ‘acabar’ com Temer.

Ainda nesta semana, deverão atrair a atenção dos investidores a eleição na terça-feira do Ministério Público Federal para a ordem e composição da lista tríplice que será apresentada ao presidente para substituir Rodrigo Janot. Na quinta-feira haverá a decisão da TJLP do terceiro trimestre e a meta de inflação para 2019 ao fim da reunião do Conselho Monetário Nacional. A expectativa é que o órgão reduza do centro da meta de 4,5% para 4,25%.

Exterior positivo

Os futuros do Dow, S&P 500 e do Nasdaq operam com ganhos entre 0,25% e 0,4% na abertura do pré-mercado dos EUA, acompanhando o bom desempenho das bolsas europeias. DAX avança 0,8%, enquanto o CAC 40 sobe 1% e o FTSE 100 valoriza 0,7%.

Do exterior, olho no "Forum on Central Banking", evento anual do Banco Central Europeu, com a participação do ex-presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, e um com olhar especial para destaque o painel de debate de quarta-feira incluindo Draghi, Mark Carney, presidente do Banco da Inglaterra, Haruhiko Kuroda, presidente do Banco do Japão, eStephen Poloz, presidente do Banco do Canadá.

Dos EUA, a presidente do Fed, Janet Yellen fala às 14h de terça-feira, além de discursos públicos do presidente do Fed de Filadélfia, Patrick Harker, e o presidente do Fed de Mineápolis Neel Kashkari. Os números finais do crescimento do PIB primeiro trimestre às 9h30 de quinta-feira.

Commodities em alta

O petróleo opera em leve alta e é negociado a US$ 43,10 o barril para entrega em agosto nos EUA. O novo contrato do Brent, agora para setembro, é vendido a US$ 45,80 o barril em Londres.

Os contratos futuros do minério subiram 0,7% na bolsa de Dalian, na China, e fecharam a 433 iuanes a tonelada.

Mundo corporativo

A Kroton (SA:KROT3) e a Estácio (SA:ESTC3) acompanham a reunião dessa semana do Cade com a expectativa do julgamento da fusão ou novas indicações da posição do órgão após a posse do novo presidente Alexandre Barreto de Souza. O Valor afirma que a Kroton propôs retirar o processo do Cade e reapresentá-lo em até 90 dias, preocupada com o prazo final de julgamento no dia 28 de julho.

Ana Marta Horta Veloso renunciou à presidência da Light (SA:LIGT3) na sexta-feira, em comunicado divulgado após o fechamento do mercado. A Cemig (SA:CMIG4) decidiu vender sua participação na empresa como parte do seu plano de desinvestimento. Com a divulgação da operação a distribuidora fluminense disparou quase 30% na quinta-feira.

A J&F teria em suas mãos uma oferta de R$ 14 bilhões da chilena Arauco pela Eldorado, braço de celulose da holding. A família Batista detém 81% da empresa.

A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a proposta da Oi (SA:OIBR4) de pagar até R$ 50 mil aos credores a pedido do China Development Bank Corporation.

A B3 informou que as empresas do Novo Mercado aprovaram mudanças no regulamento-base nas regras sobre ações em circulação, dispersão acionária, conselho de administração, saída do segmento, reorganização societária, fiscalização e controle, pré-operacionais, transparência e simplificações. As regras específicas tiveram resultados distintos com a recusa de mudanças na avaliação da administração, nos casos de OPA por aquisição de participação relevante, divulgação de relatório socioambiental e substituição do quórum da OPA numa saída do Novo Mercado. As companhias do Nível 2 rejeitaram a alteração do regulamento.


Fonte:Investing.com

Consumidores reclamam obrigatoriedade de informar CPF em compras.

Especialistas explicam, no entanto, que atacarejos têm que exigir o documento para realizar a venda. Mas isso precisa ser informado.

RIO - Clientes de supermercados atacadistas reclamam por serem pegos de surpresa com nova exigência de informar o número de CPF ou CNPJ para compras de qualquer valor. A aposentada Dalva Marinho, de 76 anos, conta que já estava na boca do caixa do um dos supermercados da rede Assaí, com suas compras que somavam R$ 40, quando soube que sem o número do documento não poderia levar nada para casa:

— Quando eu fui passar no caixa, a atendente me pediu o CPF, como não carrego o documento comigo e não sei de cabeça, não pude levar as compras para casa — queixa-se Dalva.

O mesmo aconteceu com o cinegrafista Lauro Sobral que ficou i ndignado com a cobrança:

- Nunca tinha visto essa obrigatoriedade, principalmente quando falamos em compras pequenas. Isso mudou de repente e os clientes não foram avisados.

Segundo o advogado Freddy Lion, a cobrança do documento é legal e mais do que isso, é uma exigência governamental para empresas que vendem no atacado, assim como para os "atacarejos", como são conhecidas redes como a Assaí. A leis que regulamentam a cobrança também em Santa Catarina e na Bahia, informa o advogado.

- O problema nos casos relatados pelos consumidores não é a exigência, mas a falta de informação prévia. O cliente não pode saber dessa condição só ao chegar ao caixa, depois de ter feito todas as suas compras. Há uma falha grave na informação.

A rede Assaí diz estar negociando com o governo do Estado do Rio a alteração desta regulamentação, para que seja flexibilizada a obrigatoriedade da informação no momento da venda. A rede diz informar seus clientes sobre a obrigatoriedade da identificação, de forma clara e objetiva, inclusive anunciando nos autofalantes das lojas.

Aos consumidores que ficam receosos de informar o número do documento ao realizar compras no comércio de forma geral - mesmo o varejo onde a apresentação do CPF não é obrigatória, é cada dia mais comum o pedido de informação - Lion esclarece que não vê risco de que essas compras estejam sendo monitoradas pela Receita Federal.

- Não há razões para o consumidor ficar preocupado em fornecer o número do CPF para constar na nota fiscal. O ICMS é um imposto estadual e a Receita está preocupado com valores maiores do que a o chocolate comprado no varejo ou as compras de supermercado -destaca Lion.

A Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) diz estar aumentando a fiscalização nos supermercados conhecidos como "atacarejo" para combater a revenda de produtos sem nota fiscal.

A exigência é para manter o controle fiscal, estabelecido em março deste ano, tanto para compras no atacado como as no varejo. O Decreto Estadual nº 45.842/16, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, obriga a identificação dos cliente independente do valor da compra. A ideia evitar que comerciantes comprem e revendam produtos sem pagar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e diminuam o faturamento oficial da empresa para continuar sendo beneficiados pelas alíquotas baixas da categoria Simples Nacional.

Fonte: Jornal o Globo

Apenas 8 de 58 ações do Ibovespa têm alta no período desde delação da JBS

SÃO PAULO - Pouco mais de um mês depois da divulgação de parte do conteúdo da delação dos executivos da JBS, na noite do dia 17 de maio, apenas oito ações das 58 que fazem parte do Ibovespa conseguiram ter um desempenho positivo no período. As melhores variações foram registradas pelos papéis de empresas exportadoras, que se beneficiam da alta do dólar — um dos primeiros efeitos da crise política, que agravou o cenário de incerteza na economia. Na outra ponta, o próprio frigorífico e empresas ligadas ao setor público acumulam fortes quedas.

Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset, diz que é natural que em um momento de incerteza sobre os rumos da economia as ações demorem mais para retomar aos patamares registrados antes da delação da JBS. O próprio Ibovespa, que é o principal índice do mercado de ações da B3 (ex-BM&FBovespa e Cetip) tem queda de 10% no período. Além disso, a recuperação de preços fica mais difícil em um cenário de ausência de notícias positivas para as companhias.

— Deve demorar para recuperar porque há um cenário de incerteza, em que não temos previsibilidade sobre a economia. Não saiu nenhuma grande notícia para o mercado brasileiro voltar ao que estava antes — explicou.

Das oito ações com desempenho positivo entre os papéis do Ibovespa, o melhor resultado foi registrado pela fabricante de papel e celulose Fibria, com valorização de 20,6%, seguido por Suzano, por 14,7%, do mesmo setor. Com o dólar mais caro — a valorização foi de 6,3% no período —, se espera que essas empresas aumentem suas receitas.

Outra empresa que possui parte de seus resultados como fruto da venda de produtos ao exterior é a Klabin, que está entre os papéis que conseguiram recuperar o seu valor após o hecatombe do dia 18 de maio, primeiro dia de negociação após os executivos da JBS citarem o presidente Michel Temer como um dos beneficiários dos esquemas de corrupção da empresa. No período, a valorização foi de 5,33%.

PAPÉIS DA JBS CAEM 35,8%

Na outra ponta, como era esperado, as ações da JBS foram as que mais sofreram, com um tombo de 35,8%. O segundo papel que mais perdeu foi a preferencial da Eletrobras, com recuo de 28%. Já os da Petrobras recuaram 25,9%. No caso da petrolífera, além da incerteza interna, há ainda o agravante do forte recuo do preço do petróleo no mercado externo.

A Cyrella, que atua em um setor dependente de retomada da confiança na economia e juros baixos, viu seus papéis caíram 24,5% no período, mostrando que os agentes econômicos estão projetando um cenário em que será menor a magnitude do corte da Selic pelo Banco central e de demora na retomada da confiança.

O que mais tem preocupado investidores é com a possibilidade de não aprovação das reformas econômicas. A chance de aprovação de uma mudança nas regras da Previdência é muito baixa e até a atualização de alguns itens da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que era considerada algo de simples aprovação, perde força no Congresso Nacional. Essas medidas são consideradas importantes para dar sustentabilidade e acelerar a retomada econômica do Brasil. “O Ibovespa mostra que não está pronto para voltar ao seu canal de alta ou embarcar numa queda. Até agora, os preços só refletem a precificação do mercado para o risco de novas turbulências”, avaliaram, em relatório a clientes, os gestores da Bullmark Financial Group.

Fonte: Jornal o Globo

PIB tem crescimento de 0,87% no trimestre encerrado em abril.


O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país, cresceu 0,87% no trimestre encerrado em abril, na comparação com o trimestre finalizado em janeiro, segundo o Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os números foram divulgados hoje no Rio de Janeiro. Entretanto, na comparação com o trimestre fechado em abril de 2016, houve queda de 0,8%.

Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, houve quedas no consumo das famílias (-1,9%) e na formação bruta de capital fixo, isto é, investimentos (-4,6%). As exportações cresceram 1,4% no período. As importações também tiveram crescimento (4,5%).

Segundo a FGV, o crescimento do PIB, considerando-se apenas o mês de abril, foi de 0,42% em relação a março. Na comparação com abril de 2016, no entanto, a economia brasileira teve queda de 1,3%.


Fonte: Investing.com

Ibovespa Futuros em queda com crise política e petróleo na mínima.

Investing.com - Os investidores renovam suas atenções à política nesta terça-feira com decisões que afetam todo o espectro político de Brasília. Em seu primeiro dia de visita oficial à Rússia, Michel Temer volta a ser alvo da Polícia Federal, que concluiu que há indícios de crime de corrupção, obstrução de Justiça e organização criminosa em inquérito baseado na delação da JBS (SA:JBSS3), que envolve seu assessor, atualmente preso, Rodrigo Rocha Loures, apelidado de ‘homem da mala’.

O Ibovespa Futuro abre em queda de 0,5% aos 62.630 pontos com o cenário negativo na política e queda nas commodities. Ontem, o Ibovespa avançou ontem 0,6% e superou os 62 mil pontos.

Seu aliado, Aécio Neves tem um dia decisivo com o julgamento de pedido de prisão na primeira turma do STF, que terá início às 14h. Não há uma aposta definida sobre o resultado da sessão, que também deverá definir o futuro do político no Senado, já que sua detenção deverá esvaziar o apoio reunido para manter seu mandato no Conselho de Ética.

Já Lula apresenta sua defesa no caso do tríplex ao juiz Sergio Moro, que poderá dar uma sentença no caso já nos próximos dias. A expectativa é pela condenação do ex-presidente.

De volta ao Congresso, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado poderá votar hoje o relatório do senador Ricardo Ferraço, enquanto o parlamento luta para conseguir quórum em meio às festas juninas.

Commodities

O petróleo tocou na mínima desde novembro nesta manhã nos EUA com o receio de sobreoferta se renovando. O barril é negociado a US$ 43,20 perto do menor valor da sessão, com queda de 2,7%. O Brent é vendido com desvalorização de 2,7% a US$ 45,65 o barril.

O minério de ferro fechou em baixa de 0,7% a 430,5 iuanes a tonelada na bolsa de futuros de Dalian. Para a entrega spot, a commodity fechou com ganhos de 0,3% a US$ 56,45 a tonelada.

Mundo corporativo

A Petrobras (SA:PETR4) aprovou acordo de US$ 445 milihões para encerrar uma ação individual na Corte Federal da Pensilvânia, nos Estados Unidos, por um grupo de afiliadas do The Vanguard Group. A companhia avançou a venda de Azulão para fase vinculante.

A Gol (SA:GOLL4) melhorou suas previsões de margem de resultado para 2017, após concluir que os preços dos combustíveis devem subir menos que o esperado neste ano. A previsão de margem Ebitda para o ano passou da faixa de 11% a 13% para 12% a 14%. A previsão do Ebit, subiu do intervalo de 6% a 8% para o de 7% a 9%.

A Triunfo Participações vendeu fatia de 50% no terminal portuário Portonave para a TIL, do MSC Mediterranean Shipping, parceiro da empresa no empreendimento em negócio de R$ 1,3 bilhão. A Eleven Financial traçou um cenário positivo para a ação.

Questionada pela CVM, a Suzano (SA:SUZB5) afirmou que tem defendido o redesenho da indústria de papel e celulose e que isso pode envolver movimentos de fusão e aquisição por parte da companhia.

O ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, disse que apoia uma eventual capitalização da Oi (SA:OIBR4) e acredita que esse seria o melhor caminho para a operadora de telefonia enfrentar o processo de recuperação judicial e as obrigações de investimento previstas em lei. Em entrevista ao G1, o presidente da companhia reafirmou que ‘’a cada dia que passa aumenta a probabilidade' de intervenção da Anatel na empresa.

A Embraer (SA:EMBR3) anunciou pedidos firmes para 30 jatos E1 e E2 totalizando US$ 1,85 bilhões.


Fonte: Investing.com

Inflação medida pelo IPC-S fica em 0,13% na 2ª quadrissemana de junho, aponta FGV.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou para 0,13% na segunda quadrissemana de junho, informou nesta segunda-feira, 19, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou 0,26 ponto porcentual abaixo do registrado na leitura imediatamente anterior, quando o indicador apresentou variação de 0,39%.

Das oito classes de despesas analisadas, sete apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Habitação (1,20% para 0,44%), Alimentação (-0,27% para -0,39%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,73% para 0,56%), Transportes (0,01% para -0,08%), Vestuário (0,56% para 0,47%), Comunicação (0,30% para -0,04%) e Despesas Diversas (0,53% para 0,49%).

Em contrapartida, o grupo Educação, Leitura e Recreação (0,15% para 0,36%) apresentou acréscimo em sua taxa de variação.


Fonte: Istoé.com

Dólar cai e vai abaixo de R$3,30 após Fed não surpreender ao elevar juros.

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou a quarta-feira em queda e abaixo de 3,30 reais, após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, não surpreender, elevar os juros pela segunda vez e sinalizar que começará a reduzir sua carteira de títulos neste ano.

A cena política brasileira continuou no radar dos investidores nesta sessão, mas sem grandes novidades.

O dólar recuou 0,84 por cento, a 3,2805 reais na venda, mas chegou a 3,2644 reais na mínima do dia. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 1 por cento no final da tarde.

"O Fed sinalizou que pode aumentar os juros, dependendo do cenário e de maneira gradual, no máximo mais uma vez. Existia essa chance antes", afirmou o economista-chefe da gestora Infinity Asset, Jason Vieira.

O Fed elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 1 a 1,25 por cento, com e expectativa de que as taxas subam mais uma vez até o final deste ano, de acordo com as projeções divulgadas pela autoridade monetária, mantendo a estimativa anterior.

Além disso, acrescentou a chair do Fed, Janet Yellen, o banco central norte-americano pode começar a reduzir sua participação em títulos "relativamente em breve".

"Mesmo o Fed sinalizando que pode ter outra alta, tudo vai depender das condições e elas não estão suficientemente fortes para isso", comentou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves.

Nesta manhã, foi divulgado que as vendas no varejo dos Estados Unidos registraram a maior queda em 16 meses e os preços ao consumidor caíram inesperadamente, sugerindo enfraquecimento da demanda doméstica que pode limitar a capacidade do Fed de continuar elevando os juros neste ano.

No exterior, o dólar registrava queda ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

Internamente, o mercado continuou acompanhando os desdobramentos do cenário político.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais --equivalente à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem julho. Com isso, já rolou 2,870 bilhões de dólares do total de 6,939 bilhões de dólares que vence no mês que vem.

Fonte: Investing.com

IGP-10 desacelera queda a 0,62% em junho, mostra FGV.

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a queda a 0,62 por cento em junho, mesmo assim mostrou deflação maior do que a esperada, em meio à queda nos preços do atacado.

No mês passado, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, o indicador havia recuado 1,10 por cento. Em pesquisa Reuters, as projeções para junho eram de deflação de 0,46 por cento.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo-10 (IPA-10), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, desacelerou a queda a 1,17 por cento, depois de recuar 1,74 por cento em maio.

Dentro do IPA, os preços de Matérias-Primas Brutas recuaram 4,34 por cento, após queda de 5,46 por cento no mês anterior, com destaque para a soja, o milho e a mandioca.

O Bens Intermediário avançaram 0,16 por cento, ante queda de 0,38 por cento em maio. A FGV apontou que o principal responsável por este avanço foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura.

Já o Índice de Preços ao Consumidor-10 (IPC-10), que responde por 30 por cento do índice geral, avançou 0,21 por cento no período, mesma variação de antes.

A FGV destacou que a principal contribuição partiu do grupo Habitação, cujos preços avançaram 0,83 por cento, ante alta de 0,03 por cento em maio, com destaque para o item tarifa de eletricidade residencial.

Também registraram alta os grupos Educação, Leitura e Recreação, Vestuário e Despesas Diversas.

O Índice Nacional de Custo da Construção-10 (INCC-10), por sua vez, teve em junho variação positiva de 0,92 por cento, contra recuo de 0,02 por cento registrado em maio. O índice do custo da Mão de Obra teve alta de 1,76 por cento, ante avanço de 0,02 por cento antes.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.


Fonte: Investing.com

Fed deve elevar juros e dar mais detalhes sobre redução de balanço.

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, deve elevar a taxa de juros esta semana devido ao aperto no mercado de trabalho e também pode fornecer mais detalhes sobre seus planos de encolher a carteira de títulos que acumulou para tratar da recuperação econômica.

O banco central divulgará sua decisão às 15h00 de quarta-feira (horário de Brasília), ao concluir dois dias de reuniões. A chair do Fed, Janet Yellen, dará entrevista à imprensa meia hora depois.

"A expectativa de uma alta dos juros...é ampla, e tem sido reforçada pela mais recente rodada de comunicação do Fed", disse Michael Feroli, economista do J.P. Morgan.

Economistas consultados pela Reuters veem que o Fed vai elevar sua taxa referencial para uma meta de 1,00 a 1,25 por cento.

O Fed embarcou em seu primeiro ciclo de aperto monetário em mais de uma década em dezembro de 2015. Uma alta de 0,25 ponto percentual na quarta-feira será a segunda após movimento similar em março.

Desde então, a taxa de desemprego caiu para a mínima de 16 anos de 4,3 por cento e o crescimento econômico parece ter voltado a acelerar após um primeiro trimestre fraco.

Entretanto, outros indicadores da saúde da economia têm se mostrado mais mistos. A medida preferida do Fed para o núcleo da inflação caiu a 1,5 por cento de 1,8 por cento e investidores têm cada vez mais dúvidas de que as autoridades serão capazes de manter seu ritmo esperado de aperto de três altas de juros este ano e no próximo.

Também há cada vez mais dúvidas sobre o tamanho e o escopo do estímulo fiscal que a administração Trump pode injetar na economia dos EUA com as promessas de campanha de reforma tributária, redução das regulações financeiras e gastos com a construção --ou elas ainda estão em desenvolvimento ou enfrentam obstáculos no Congresso.

Os mercados ainda estão ansiosos para que o Fed dê uma ideia mais clara sobre o momento e os detalhes de seu plano já anunciado de reduzir neste ano sua carteira de 4,2 trilhões de dólares em Treasuries e títulos lastreados em hipotecas, cuja maior parte foi comprada na esteira da crise financeira para ajudar a manter os juros baixos e impulsionar a economia.

"Se o Fed está falando realmente sério em reduzir o tamanho de seu balanço este ano e quer comunicar esses planos com bastante antecedência, está ficando sem tempo para fazer isso", disse Michael Pearce, economista do Capital Economics.


Fonte: Investing.com

Prefeituras e empresas brigam por ‘novo’ ISS.

A alteração na cobrança do Imposto Sobre Serviços (ISS) sobre cartões, leasing e planos de saúde abriu uma disputa entre as prefeituras, que têm no tributo sua principal fonte de receitas, e as empresas dos setores atingidos. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) diz que a mudança vai distribuir a todas as cidades brasileiras R$ 6 bilhões que antes ficavam concentrados em menos de 50 municípios. Já as companhias argumentam que a medida aumentará o custo operacional e colocará em risco a prestação de serviços em pequenas localidades.

O embate cresceu com a decisão do Congresso de derrubar, no fim de maio, o veto presidencial a essa mudança. Agora, esses setores terão de recolher o ISS no local de prestação do serviço, e não mais na sede da companhia. Em vez de pagarem tributos a um ou poucos municípios, terão de recolher os valores a milhares de prefeituras.

A votação que selou a mudança teve o aval do Palácio do Planalto, que com isso fez um aceno aos prefeitos em momento de intensa crise política. Semanas antes, o governo do presidente Michel Temer também lançou um parcelamento de dívidas previdenciárias para Estados e municípios.

A CNM comemorou a decisão, que, segundo ela, acaba com “desvios” e “subterfúgios” usados por alguns municípios para atraírem empresas desses setores, gerando uma concentração entre poucas sedes. “As empresas estavam tendo benefícios que não poderiam ter”, diz o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski.

Entre essas vantagens, diz, está a redução artificial das alíquotas por meio de descontos na base de cálculo do tributo. A lei prevê que a cobrança do ISS deve ser de 2% a 5%, mas algumas prefeituras recolhiam, na prática, menos de 0,5%, uma vez que descontavam da base de cálculo pagamentos de outros tributos, como PIS/Cofins. “Agora, quem cobrar menos ficará sujeito a improbidade. Seguramente vai aumentar a arrecadação”, diz Ziulkoski, apostando no fim da “guerra fiscal” entre municípios.

As empresas dizem que vão cumprir a lei, mas não perdem a oportunidade de criticar a medida. O principal impacto mencionado é a necessidade de passarem a ter milhares de inscrições municipais para recolher o ISS às prefeituras. “Isso é quase um pesadelo operacional”, diz o diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs), Ricardo Vieira.

Outro ponto citado pelas companhias é que os benefícios às prefeituras não serão tão grandes se comparados às complicações trazidas pela alteração. A Abecs estima que o setor pague aproximadamente R$ 600 milhões ao ano, considerando a alíquota máxima de 5%. “Isso significa que mais de 3,8 mil municípios não terão renda superior a R$ 2 mil por ano (com ISS sobre cartões). E essa é uma estimativa conservadora”, afirma Vieira. A CNM estima arrecadação anual de R$ 2,87 bilhões com ISS sobre cartões de crédito e débito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Istoé.com

Preços no atacado caem menos e IGP-M recua 0,51% na 1ª prévia de junho, diz FGV.

SÃO PAULO (Reuters) - A queda menor dos preços no atacado levaram o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) a registrar menor variação negativa na primeira prévia de junho, a 0,51 por cento, depois do recuo de 0,89 por cento no mesmo período de abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,07 por cento no período, contra 1,37 por cento. O IPA mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral.

Somente os preços dos produtos agropecuários caíram 0,61 por cento, deixando para trás a queda de 1,80 por cento na primeira prévia de maio.

A pressão ao consumidor, por sua vez, aumentou no período uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30 por cento no índice geral, acelerou a alta na primeira prévia de junho a 0,13 por cento, contra 0,03 por cento no mesmo período de maio.

A FGV destacou que o grupo Habitação subiu 0,50 por cento na primeira prévia de junho, contra queda de 0,17 por cento no mesmo período do ano anterior, com forte influência do avanço de 3,32 por cento da tarifa de eletricidade residencial.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, teve alta de 1,43 por cento, depois de recuar 0,06 por cento na primeira leitura de maio.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.


Fonte: Investing.com

Inflação pelo IPC-S desacelera para 0,39% na 1ª quadrissemana de junho.


A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou para 0,39% na primeira quadrissemana de junho, informou nesta quinta-feira, 8, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou 0,13 ponto porcentual abaixo do registrado na leitura imediatamente anterior, quando o indicador apresentou variação de 0,52%.

Das oito classes de despesas analisadas, cinco apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Habitação (1,71% para 1,20%), Transportes (0,08% para 0,01%), Vestuário (0,70% para 0,56%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,75% para 0,73%) e Alimentação (-0,26% para -0,27%).

Em contrapartida, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,08% para 0,15%), Despesas Diversas (0,48% para 0,53%) e Comunicação (0,28% para 0,30%).


Fonte: Istoé.com

Dólar recua 0,18%, a R$ 3,272, de olho no julgamento do TSE.

Aprovação da reforma trabalhista na CAE deu alívio aos negócios.

SÃO PAULO - A aprovação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal dá um alívio aos negócios no mercado de câmbio. A moeda americana era negociada a R$ 3,272, um recuo de 0,18% ante o real. No entanto, o foco de atenção continua voltado para o julgamento da chapa Dilma-Temer que foi retomado nesta manhã pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na avaliação de Cleber Alessie, operador da H.Commcor, a principal preocupação é com o ajuste fiscal e em como uma saída do presidente Michel Temer do cargo poderia ou não atrapalhar essa trajetória, mas a aprovação das mudanças das regras trabalhistas na comissão indicou que, apesar da crise, as instituições estão funcionando.

— O que os investidores estão olhando é quais os cenários possíveis a partir de uma continuidade ou não do atual governo. Esse cenário ainda é incerto, então não dá para esperar em uma trajetória de queda mais consistente para o dólar. Mas esse avanço da reforma trabalhista mostrou que o governo ainda tem força na articulação política — avaliou.

Além da crise política, a desvalorização do petróleo no mercado internacional pode pressionar o câmbio. Quando o óleo perde força, as moedas dos países produtores tendem a ficar mais baratas. O petróleo do tipo Brent cai 1,14%, a US$ 49,55 o barril.

O “dollar index”, que mede o movimento da divisa americana frente a uma cesta de dez moedas, tem alta de 0,19%.

Fonte: Jornal o Globo

BC reforça cenário de incertezas políticas e reitera corte menor da Selic.

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central reforçou que vê as incertezas sobre os ajustes na economia como fator de risco principal para a trajetória da inflação, segundo ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira, na qual repetiu que a redução moderada do ritmo do afrouxamento monetário deve se mostrar adequada em sua próxima reunião, em julho, em função da crise política.

"O aumento recente da incerteza associada à evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira dificulta a queda mais célere das estimativas da taxa de juros estrutural e as torna mais incertas", destacou o BC no documento.

Na semana passada, o BC reduziu a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, a 10,25 por cento ao ano, e já indicou que deve optar por corte menor da Selic em julho, reagindo ao delicado quadro político após delações de executivos da JBS (SA:JBSS3) colocarem em xeque o governo do presidente Michel Temer. 

Na ata, o BC jogou luz sobre o debate sobre a conveniência dessa sinalização, necessária para dar "direcionamento e elementos para reduzir a incerteza (e o escopo de possibilidades) sobre a trajetória futura da política monetária", trouxe a ata.

"Os membros concluíram por sinalizar que uma redução moderada do ritmo de flexibilização monetária deve se mostrar adequada em sua próxima reunião, mas ressaltar que esse ritmo continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação", acrescentou.

O presidente Temer, que é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa, também pode perder o cargo por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que julga nesta terça-feira se houve abuso de poder político e econômico na chapa presidencial composta com Dilma Rousseff em 2014.

Todo esse cenário levou o mercado futuro de juros a precificar chances de corte entre 0,5 e 0,75 ponto percentual na Selic no mês que vem. Ao fim desse ciclo de afrouxamento, apostam que a taxa básica de juros vai a cerca de 9 por cento.

Na ata, o BC reforçou o discurso de cautela ao citar em diversos trechos as incertezas que rondam o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira.

A respeito do avanço de preços na economia, o BC seguiu repetindo que o comportamento da inflação permanece favorável, mas ressalvou ser preciso acompanhar possíveis impactos do aumento de incerteza sobre a trajetória do IPCA.

No boletim Focus mais recente, feito pelo BC a partir de estimativas de uma centena de economistas, a perspectiva para a inflação em 2017 medida pelo IPCA caiu a 3,90 por cento. Para o ano que vem, ficou estável em 4,40 por cento. 

Nos dois casos, seguem abaixo do centro da meta de inflação, de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto percentual tanto para 2017 quanto para 2018.

A mediana das expectativas do mercado continua apontando para a Selic a 8,5 por cento ao ano ao fim de 2017.

Fonte: Investing.com

Suspensão de obras no setor de petróleo deixa rastro de dívidas.

Segundo a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos, as dívidas de empresas da cadeia de óleo e gás somam R$ 286 milhões.

RIO - A suspensão de obras e contratos pela Petrobras nos últimos três anos deixou um rastro de dívidas, inadimplência e equipamentos estocados em pátios de fábricas sem destino certo. Segundo a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), as dívidas de empresas da cadeia de óleo e gás somam R$ 286 milhões. Deste total, R$ 198,6 milhões referem-se a equipamentos já entregues, como os de algumas unidades do Comperj e os da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, além de peças para plataformas e fábricas de fertilizantes. Outros R$ 87,3 milhões ainda não foram sequer faturados.

A conta em aberto volta à tona no momento em que o setor de máquinas está prestes a lidar com índices menores de exigência de conteúdo local nos leilões de petróleo marcados para o segundo semestre. O segmento já tinha sentido os efeitos da queda do preço do petróleo no mercado internacional e da revisão de investimentos da Petrobras após a Lava-Jato. A puxada de freio da Petrobras significou passar de um plano de negócios que previa investimentos de US$ 236,7 bilhões de 2013 a 2017 para uma previsão de US$ 74,1 bilhões no período de 2017 a 2021.

Segundo Alberto Machado, diretor executivo de Petróleo e Gás da Abimaq, não é possível repassar os equipamentos a outros clientes em razão dos contratos existentes. Nos últimos seis anos, o setor de máquinas perdeu cerca de 88 mil empregos diretos, passando de 380 mil postos de trabalho em 2011 para 292 mil em abril. O setor naval vive momento similar: dos 40 estaleiros que existiam no país, 12 já estão paralisados e dos 82 mil empregos diretos até 2014 restam cerca de 30 mil

CONTEÚDO LOCAL POLÊMICO

A crise teve um efeito em cascata. Além da restrição de recursos da Petrobras para dar continuidade a projetos, que tiveram de ser suspensos ou cancelados, muitos fornecedores e empresas contratadas para executar serviços estavam envolvidas em irregularidades e acabaram excluídas das licitações da estatal. Recentemente, a estatal passou a contratar serviços no exterior. O caso mais emblemático é a do navio-plataforma (FPSO) de Libra, no pré-sal. A justificativa era a existência de preços de fabricantes locais 40% superiores ao esperado. O consórcio, operado pela Petrobras, e que conta também com Shell, Total, CNPC e CNOOC, solicitou à Agência Nacional do Petróleo (ANP) a liberação do cumprimento do percentual médio de 55% de conteúdo local no projeto. Já as entidades de classe argumentam que não foram procuradas pela Petrobras para fazer a projeção de custos e que têm condições de oferecer preços competitivos.

Nos próximos leilões, o índice de conteúdo local na exploração de campos em mar em profundidade superior a cem metros será de 18%. A etapa de desenvolvimento da produção terá índices de 25% na construção do poço, 40% no sistema de coleta e 25% na plataforma. O percentual abrange produtos e serviços. A indústria argumenta que esse patamar para plataformas pode ser alcançado somente com a realização de serviços gerais, sem a contratação de um parafuso no país.

— A engenharia de um projeto representa cerca de 5% de uma plataforma. A empresa que for contratada pela Petrobras vai fazer o projeto de engenharia lá fora — afirma Nelson Romano, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), lembrando que 50% dos cinco mil engenheiros associados estão desempregados ou exercendo atividades como motorista de Uber.

Para Edmar Almeida, do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, o debate deveria ser centrado não em percentuais, mas numa política industrial que promova o desenvolvimento:

— Não se trata de discutir percentuais de conteúdo local porque isso envolve interesses comerciais de petroleiras e fornecedores e a discussão fica restrita. É preciso discutir uma política que busque conteúdo local associado a desenvolvimento tecnológico e inovação.

Em nota, a Petrobras reafirma sua disposição de contratar no Brasil suas encomendas desde que os fornecedores apresentem preços competitivos e entreguem as obras no prazo previsto, de acordo com critérios de qualidade e especificações técnicas. A estatal ressalta que “a adoção de percentuais mais próximos da capacidade do mercado fornecedor garante maior previsibilidade de cumprimento dos requisitos de conteúdo local, atraindo mais investimentos para a indústria como um todo”.

PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO INTERROMPIDO

Lançado na década passada, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) consumiu R$ 292 milhões em gastos no período de 2007 a 2013 com a formação de quase cem mil trabalhadores qualificados. Segundo Márcio Félix, secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, o Prominp parou desde 2014 após os desdobramentos da Operação Lava-Jato e o agravamento da crise financeira da Petrobras.

— Desde fins de 2014 o Prominp entrou em estado de hibernação devido à situação. Estamos trabalhando para que o Programa de Estímulo à Competitividade da Cadeia Produtiva (Pedefor) absorva o Prominp. Talvez o programa não volte a funcionar com esse nome, mas tem muita coisa boa que foi feita — disse Félix.

A mudança de cenário no setor de petróleo pegou de surpresa empresas, profissionais e estudantes. O jovem Gabriel Fonseca Peixoto, de 25 anos, se formou em engenharia de petróleo em 2014. Ele foi atraído pela perspectiva de crescimento da atividade de óleo e gás no país, mas concluiu o curso justamente no ano em que o segmento mergulhou na crise. Sem vagas na área, Gabriel fez um curso de inglês no exterior e, na volta, um de salvatagem (resgate), fundamental para um futuro emprego em plataforma:

— Desde adolescente sonhava entrar para o setor de petróleo. Todos diziam que era a carreira do futuro. Está muito difícil conseguir trabalho nessa área, mas não desisto. Tenho esperança com a retomada dos investimentos no setor com os leilões programados para este ano.

COMPRAS DA MARINHA

No setor naval, há 12 estaleiros paralisados. A situação é mais complicada para empreendimentos de grande porte voltados para a construção de plataformas ou sondas que seriam contratadas pela Petrobras, o que acabou não vingando.

— Foram feitos muitos investimentos com recursos públicos do Fundo de Marinha Mercante — disse Sérgio Bacci, vice-presidente do Sinaval.

A Marinha pretende renovar parte de sua frota, e negociações estão em curso com estaleiros de médio porte. Segundo Bacci, serão dez novas corvetas e de 30 a 40 novos navios de patrulha, que poderão render encomendas da ordem de US$ 2,5 bilhões para os próximos anos até 2022.


Fonte: Jornal o Globo


Banco Central indica que pode acelerar ritmo de corte de juros.

Ata do Copom destaca preferência por 'grau de liberdade' em decisões futuras.

BRASÍLIA - O Banco Central indicou nesta quinta-feira que pode acelerar o ritmo de corte dos juros. Na ata divulgada sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) feita na semana passada, a autoridade monetária reforça que as expectativas de inflação estão ancoradas - tanto para 2017 quanto para 2018. Na avaliação de analistas, o BC deve acelerar a redução de juros. Os bancos Safra e Fibra já preveem corte de um ponto percentual na próxima reunião, dos atuais 12,25% para 11,25%. Na semana passada, o BC manteve o ritmo de redução da taxa básica de juros da economia e cortou a Selic de 13% para 12,25% ao ano. A decisão foi tomada por unanimidade.

O texto aponta que os membros “debateram os próximos passos e manifestaram preferência por manter maior grau de liberdade quanto às decisões futuras, a serem tomadas em função da evolução do cenário básico do Copom e dos fatores de riscos”.

Segundo o economista-chefe do Banco Safra, Carlos Kawall, a ata mostra que o BC está tranquilo com a inflação. Assim, prevê redução para 11,25% na próxima reunião, que será nos dias 11 e 12 de abril.

Entre as incertezas listadas pelo Copom está o processo de retomada da atividade econômica que "pode ser mais (ou menos) demorada e gradual do que a antecipada". O Copom também cita o "alto grau de incerteza no cenário externo pode dificultar o processo de desinflação". Para os diretores do Banco Central, até o momento, a atividade econômica global mais forte e o consequente impacto positivo nos preços de commodities têm mitigado os efeitos sobre a economia brasileira do processo de alta de juros nos Estados Unidos. Por outro lado, há incerteza sobre os rumos da economia chinesa.

"No entanto, (os diretores do Copom) acreditam que a economia brasileira apresenta hoje uma maior capacidade de absorver eventual revés no cenário internacional, devido ao progresso no processo desinflacionário e na ancoragem das expectativas".Segundo a ata, os indicadores de atividade econômica dão sinais mistos, mas compatíveis com estabilização da economia no curto prazo. O Copom vê retomada gradual da atividade econômica ao longo de 2017. E ressaltou também o alto nível de ociosidade nas fábricas. Esse ponto tem sido falado bastante nos bastidores da equipe econômica.

É considerado um trunfo do governo, que espera que não deve haver um repique imediato da inflação com a retomada econômica porque há muito espaço vazio que pode ser retomado na produção e garantir a oferta de produtos sem aumento de preços.

Na visão do Copom, a inflação está com uma dinâmica favorável, dá sinais de menor persistência.

"Os membros do Comitê reafirmaram o entendimento de que, com expectativas de inflação ancoradas, projeções de inflação na meta para 2018 e marginalmente abaixo da meta para 2017, e elevado grau de ociosidade na economia, o cenário básico do Copom prescreve antecipação do ciclo de distensão da política monetária", afirmou o BC.

Um ponto importante ressaltado pelo colegiado é que os preços estão em queda em produtos mais sensíveis ao ciclo econômico e à política de juros do BC. A queda no preço dos alimentos pode ter desdobramentos favoráveis na economia. Isso, segundo o BC, impactaria as previsões.

O Copom cita ainda o efeito positivo do processo de aprovação das reformas fiscais. Lembra, entretanto, que o futuro é incerto nas próximas reformas como a da previdência.

O Banco Central ainda lembrou a queda da inflação das tarifas de serviços públicos - grande vilã da inflação nos últimos anos. Nas contas feitas com as hipóteses do mercado, a projeção de inflação do Copom para 2017 está abaixo da meta, em 4,2%. Para 2018, está ao redor de 4,5% (justamente o objetivo pretendido pelo governo). Esse cálculo não levava em consideração a queda na previsão da Selic de 9,5% ao ano para 9,25% ao ano (mostrada na pesquisa semanal feita com o mercado, divulgada ontem). Já no cenário de juros e câmbio estáveis, a inflação para este ano seria de 3,8% e de 3,3% para 2018.

CORTES MAIS PROFUNDOS

De acordo com a ata do Copom, o BC entende que a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira, que continuarão a ser reavaliadas pelo comitê ao longo do tempo.

"O Copom ressalta que uma possível intensificação do ritmo de flexibilização monetária dependerá da estimativa da extensão do ciclo, mas, também, da evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco e das projeções e expectativas de inflação".

Isso significa que, para aumentar o ciclo da queda de juros, os diretores do BC discutiam e continuarão a discutir a chamada taxa de juros estrutural da economia e seus fatores como a produtividade, política fiscal, qualidade do ambiente contratual e de negócios, eficiência na alocação de recursos e qualidade das políticas econômicas. Como tudo isso envolve elevado grau de incerteza, as avaliações sobre o assunto são subjetivas e afetadas por questões como a aprovação das reformas.

"Em relação ao ritmo de flexibilização ao longo do ciclo, o Comitê entende que, para uma dada estimativa de sua extensão, uma intensificação do ritmo equivale a um maior grau de antecipação do ciclo", afirmou o BC.

"Alguns membros do Comitê ponderaram que essa estimativa de extensão poderá ser revisada também em função do grau de antecipação do ciclo."Por fim, os membros do Copom destacaram a importância de outras reformas e investimentos em infraestrutura que visam aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios. Esses esforços são fundamentais para a estabilização e a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira".

Fonte: Jornal o Globo

Preço de imóvel residencial cai 0,16% em maio; tem alta nominal de 0,5% em 12 meses, diz FipeZap.

SÃO PAULO (Reuters) - O preço médio de venda de imóveis residenciais em 20 cidades brasileiras caiu 0,16 em maio ante abril, o maior recuo mensal desde o início da série história, em 2012, mostrou pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o portal Zap.

Conforme o levantamento, 13 dos 20 municípios analisados apresentaram queda nominal no valor médio do metro quadrado residencial na comparação com abril, sendo Recife (-0,64 por cento), Rio de Janeiro (-0,48 por cento), São Caetano (-0,37 por cento), Belo Horizonte (-0,36 por cento) e Vitória (-0,35 por cento) os que registraram as maiores baixas.

Por outro lado, as cidades se sobressaíram com aumento nominal de preços dos imóveis foram Santos (0,44 por cento), Goiânia (0,35 por cento), Vila Velha (0,27 por cento), Fortaleza (0,16 por cento) e Florianópolis (0,14 por cento).

Em um ano, o índice FipeZap acumula alta nominal de 0,46 por cento, mostrou a pesquisa, que apurou variação positiva em com 12 das 20 cidades pesquisadas, com destaque para Belo Horizonte (+7,32 por cento). Mas, considerando a inflação acumulada de 3,75 por cento, o valor médio do metro quadrado residencial acumulou queda real de 3,17 por cento nos últimos 12 meses, de acordo com o FipeZap.

Ainda segundo o levantamento, Rio de Janeiro ainda liderava o ranking de cidades com imóveis residenciais mais caros do país, com uma média de 10.132 reais por metro quadrado para venda em maio. São Paulo aparecia na segunda posição, com 8.683 reais por metro quadrado, e Distrito Federal em terceiro lugar, com 8.435 reais por metro quadrado.

Na outra ponta, os municípios com metro quadrado mais barato no mês passado eram Contagem (MG) (3.519 reais), Goiânia (4.121 reais) e Vila Velha (4.644 reais).

Fonte:Investing.com

Brasil chega ao ‘fundo do poço’ em competitividade.

A competitividade da economia brasileira acaba de atingir o “fundo do poço”. Ranking anual elaborado pelo instituto IMD, com parceria da Fundação Dom Cabral (FDC) no Brasil, mostrou que o País perdeu mais quatro posições entre 2016 e 2017, chegando ao 61º lugar e ficando à frente somente de Mongólia e Venezuela na lista de 63 nações.

Entre os países que ficaram mais atrativos para o investidor do que o Brasil no último ano estão Ucrânia e Croácia. Desde o ano passado, o Brasil já havia sido ultrapassado por nações que têm problemas crônicos, como a superendividada Grécia e a vizinha Argentina.

Dois fatores ajudaram a empurrar o Brasil para a pior posição já registrada na pesquisa – que é realizada desde 2009 seguindo os padrões atuais, mas existe há mais de duas décadas.

Segundo Ana Burcharth, professora da FDC que ajudou na elaboração do estudo, o primeiro ponto que pesou negativamente foi o desempenho da economia. Em 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 3,6%, um dos piores desempenhos do mundo. Além disso, o País também perdeu posições nos quesitos eficiência do governo e legislação para negócios. Em ambos os casos, fica em um nada honroso penúltimo lugar entre todos os avaliados.

“Estamos caindo no buraco, igual em Alice no País das Maravilhas”, diz a professora da FDC. Isso ocorre porque o País não consegue melhorar seu ambiente de negócios mesmo em questões relativamente simples, como a desburocratização da abertura de empresas. “O problema não é só que nós estamos ficando no mesmo lugar. A questão é que, enquanto isso, outras nações estão evoluindo.”

‘Paralisia’

Diante da instabilidade política, vários outros indicadores estruturais passaram a ter resultados ruins, de acordo com a professora. O Brasil, ao longo do último ano, reduziu o investimento em pesquisa em desenvolvimento e teve uma avaliação mais baixa no quesito educação. De uma maneira geral, o estudo mostra uma paralisia do País, segundo Ana Burcharth.

Os dados ruins brasileiro vieram mesmo com a pesquisa não contemplando a recente crise política causada pela delação dos donos da JBS, que colocou o mandato do presidente Michel Temer em risco. As entrevistas com homens de negócio brasileiros foram feitas em fevereiro e março, justamente quando um cenário mais positivo começava a se desenhar, especialmente por causa da expectativa da aprovação das reformas previdenciária e trabalhista.

“As reformas, sem dúvida, são necessárias. Está claro que não temos capacidade de financiar as contas da nossa Previdência no longo prazo”, diz a professora. “E o marco regulatório trabalhista é antigo. Não dá para acreditar que o funcionário moderno tenha as mesmas necessidades do que há 50 ou 60 anos atrás.”

Outras nações

No topo do ranking, Hong Kong e Suíça continuaram em 1º e 2º lugar, respectivamente. Luxemburgo e Emirados Árabes Unidos entraram no top 10, em 8º e 10º, respectivamente, substituindo Noruega e Canadá. O restante das dez economias mais competitivas do mundo é formado por Cingapura (3º), EUA (4º), Holanda (5º), Irlanda (6º), Dinamarca (7º) e Suécia (9º).


Fonte: Istoé.com