CNI: Preocupação com inflação cresce e afeta confiança

Pesquisa divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o otimismo do brasileiro voltou a recuar, puxado por uma preocupação maior com a inflação nos próximos seis meses. Segundo o índice que calcula a expectativa do consumidor, a queda foi de 1,1% em agosto em relação a julho; na comparação com o mesmo mês de 2010, a baixa é de 6,1%.
- Neste mês, 69% dos entrevistados disseram acreditar que a inflação vai aumentar. Em julho esse percentual era de 61% - diz a nota da CNI.
Já o índice que mede a expectativa de desemprego continua acima da média histórica, apesar de menos positivo do que em agosto de 2010, "o que confirma a manutenção do otimismo em relação à abertura de vagas no mercado de trabalho".
- Hoje as pessoas ainda acreditam que haverá crescimento nas vagas de trabalho, mas não esperam o crescimento elevado como em 2010 - diz o economista Marcelo Azevedo, da CNI.
Ele diz que a confiança dos brasileiros no ano passado ficou muito elevada por causa da recuperação da economia brasileira dos efeitos da crise e acha natural a desaceleração atual do indicador.
De acordo com a pesquisa, feita com 2.002 pessoas em todo país, as expectativas para os próximos seis meses em relação à evolução da própria renda, ao endividamento e à situação financeira também pioraram.

Fonte: JG

Governo eleva meta do superávit, abrindo caminho para juro menor

Às vésperas da reunião do comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que define a taxa de juros básica do País, a Selic, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o governo vai economizar R$ 10 bilhões acima do previsto, elevando a meta de resultado das contas públicas deste ano para R$ 127,9 bilhões. O esforço será concentrado na União, que perseguirá saldo positivo de R$ 91,8 bilhões, em vez dos R$ 81,8 bilhões fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A medida abre espaço para cortar os juros, segundo a presidente Dilma Rousseff, em reuniões separadas com sindicalistas e com o Conselho Político, logo pela manhã.
Se a redução virá já, porém, é outra história. No início do dia, quando não havia detalhes sobre a medida, o mercado financeiro chegou a trabalhar com uma chance de 68% de corte da taxa de juros Selic já na reunião que começa hoje e termina amanhã.

Fonte: JC

Bancos declaram calote maior para evitar impostos, diz Receita


Dados da Receita Federal apontam que alguns bancos estão declarando uma inadimplência de seus clientes maior do que a realmente verificada em suas carteiras de crédito, com o objetivo de pagar menos impostos e contribuição sobre o lucro, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.
Até julho deste ano, instituições financeiras já foram autuadas em quase R$ 200 milhões pela diferença entre o calote reportado e o verificado pela Receita, e a expectativa é que esse valor chegue a R$ 600 milhões em 2011.
Segundo o periódico, o que acontece é uma interpretação diferente da lei pelos bancos e pelo fisco. O que as instituições financeiras deixam de receber de seus clientes pode ser abatido da base de cálculo do Imposto de Renda e contribuição sobre o lucro, mas depois de cumpridas uma série de regras, o que não vem sendo plenamente cumprido.
Também haveria dúvidas sobre a venda pelos bancos de carteiras de "créditos podres" para outras empresas cobrarem.


Fonte : JB

'Não é bom momento para sair da bolsa', diz especialista

A queda de 8,08% do índice Bovespa, a maior perda da Bolsa desde a crise de 2008, ilustra bem o atual cenário econômico mundial, marcado pela forte aversão ao risco e grandes perdas no mercado. Mas de acordo com Georges Catalão, gerente de investimentos da Lecca, tradicional instituição financeira do Rio de Janeiro, é possível fazer boas escolhas na Bolsa e em outros tipos de investimento.Segundo o especialista, a recomendação para renda variável é não se desfazer de suas posições. “Pode parecer assustador ver seus investimentos sofrendo uma perda de 8% em um dia, contudo, não é a hora de sair. O Ibovespa abaixo dos 50 mil pontos está barato e a não ser que seja um caso de necessidade, o investidor não deve realizar esse prejuízo”, destaca Catalão.Mas para os investidores que não tinham posição em Bolsa e têm um perfil de risco que comporte esse tipo de investimento, o ideal é, de acordo com o analista, aproveitar esse momento para começar a investir. “É importante ter em mente que quando o mercado atinge esse nível de aversão a risco, os fundamentos são postos de lado, assim, é possível que o Ibovespa fique ainda mais barato do que está. No entanto, como ninguém consegue saber quando será o fim do movimento de baixa, seria prudente começar a comprar aos poucos.”. O gestor afirma que o ideal é aumentar exposição nas Blue Chips, ações de companhias de grande porte que apresentam alta percepção de qualidade, liquidez e ganhos.Renda fixaDe acordo com a posição do Banco Central de possivelmente interromper o ciclo de aperto monetário em decorrência da deterioração externa ou até mesmo dar início a um ciclo de redução de juros, outra opção para os investidores, segundo Catalão, é fazer posição em investimentos atrelados à inflação. Algumas opções são os fundos que fazem uma gestão ativa de NTN-Bs, que acompanham a variação acumulada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O executivo afirma que é momento também de investir em títulos de juros pós-fixado indexados ao CDI, como por exemplo, fundos de crédito privado. “É uma estratégia interessante, pois são ativos que apresentam desempenho superior ao CDI no longo prazo e com volatilidade similar. Mas é preciso checar quais taxas são mais atraentes”, garante Catalão.


Fonte: JC

Saldo das operações de crédito sobe 1,1% em julho, liderado pelos bancos públicos

O saldo das operações de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 1,854 trilhão em julho, um crescimento de 1,1% em relação a junho e de 19,8% em 12 meses. O saldo equivale a 47,3% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). No mês anterior, esse percentual estava em 47,1% e em julho de 2010, em 44,6%. As informações foram divulgados hoje (24) pelo Banco Central (BC).Os bancos públicos responderam por 42% do crédito do sistema financeiro. O volume chegou a R$ 779,534 bilhões, um crescimento de 1,4% em julho em relação a junho. Os bancos privados nacionais responderam por 40,7% do total de crédito, com volume de R$ 755,593 bilhões, alta de 0,9% no mês.Já as instituições estrangeiras foram responsáveis por 17,2% do crédito total. O saldo dessas instituições ficou em R$ 319,120 bilhões, um crescimento de 1% em relação a junho.Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o crédito direcionado (que tem taxas e recursos determinados em normas governamentais, destinado basicamente aos setores rural, habitacional e de infraestrutura) tem crescimento mais acelerado do que os empréstimos com recursos livres.Em julho, as operações com recursos direcionados atingiram R$ 646,795 bilhões, um aumento de 1,9% em relação a junho. Segundo Maciel, o crédito habitacional tem puxado a expansão dos empréstimos com recursos direcionados. “O crédito habitacional tem prazos mais longos, tradicionalmente a taxa de inadimplência mais baixa. É um crédito que tem boas características”, acrescentou.No caso dos empréstimos com recursos livres, que representam 65,1% do saldo total do sistema financeiro, o volume ficou em R$ 1,207 trilhão, uma alta de 0,7% no mês. “O crédito livre está refletindo um ambiente mais restritivo das condições creditícias, sejam as políticas macroprudenciais [de restrição do crédito], sejam as ações da política monetária [aumento da taxa básica de juros, a Selic]”, disse.

Fonte: JC

Inflação semanal aumenta nas sete capitais pesquisadas pela FGV

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta nas sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), na semana de 22 de agosto em relação à anterior, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (24). O maior aumento foi registrado em Brasília, onde o índice passou de 0,11% na semana de 15 de agosto para 0,43% no período seguinte.Também registraram aumentos superiores ao crescimento médio nacional de 0,14 ponto percentual as cidades de Belo Horizonte (0,24 ponto percentual, ao passar de 0,22% para 0,46% no período) e São Paulo (0,19 ponto percentual, ao passar de 0,11% para 0,30%).Os outros avanços foram observados nas seguintes cidades: Salvador (de 0,15% para 0,28%), Rio de Janeiro (de 0,27% para 0,34%), Recife (de uma taxa zero para 0,04%) e Porto Alegre (de 0,24% para 0,28%).

Fonte: JC

CNI: otimismo dos empresários cai em agosto e deve recuar mais

Os empresários brasileiros estão menos confiantes. O otimismo dos industriais atingiu em agosto 56,4 pontos, ficando 1,5 ponto abaixo do mês passado. Na comparação com agosto de 2010, a queda é ainda maior, de 7,6 pontos. As informações são do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira (19). O ICEI varia de zero a cem. Valores acima de 50 pontos mostram empresários confiantes e abaixo indicam falta de confiança. O otimismo dos industriais em agosto está abaixo da média histórica de 59,6 pontos. Diz o estudo que a queda da confiança ocorreu em todos os portes de empresa. O economista da CNI Marcelo de Ávila destaca que o recuo no ICEI, embora não seja contínuo, ocorre desde fevereiro de 2010.“Até aquele momento, os empresários vinham de um forte crescimento da economia, que estava se recuperando do ápice da crise, ocorrida no fim de 2008”, explica. “O setor industrial vem percebendo que a economia perde dinamismo e, por isso, está menos otimista”, completa. Ávila afirma que a queda no ICEI em agosto foi puxada, sobretudo, pela avaliação das condições atuais da economia, que registrou 44,5 pontos. Segundo ele, a situação adversa da economia mundial deve fazer com que a confiança dos empresários caia ainda mais no terceiro trimestre do ano. De acordo com a pesquisa, com exceção do setor de borracha, todos os demais segmentos da indústria de transformação registraram pessimismo em relação às condições atuais da economia. Outro aspecto em que os empresários estão pessimistas é em relação às condições atuais da empresa, indicador que atingiu 49,5 pontos em agosto.EXPECTATIVAS. A pesquisa constatou otimismo nas expectativas para os próximos seis meses sobre a economia brasileira e à empresa, mas essa confiança está menor: caiu de 62,7 pontos em julho para 60,7 pontos em agosto. Ávila explica que é natural que esse otimismo sobre o futuro se mantenha. “Caso contrário, as empresas fechariam as portas”, assinala.Conforme a pesquisa, dos 26 setores industriais analisados, 19 registraram queda das expectativas sobre a economia brasileira para os próximos seis meses. Os segmentos de madeira, veículos automotores e máquinas e materiais elétricos registraram expectativas inferiores a 50 pontos. O ICEI de agosto foi calculado com base nas entrevistas feitas com 2.347 empresas entre 1º e 16 de agosto, das quais 1.200 de pequeno porte, 818 médias e 329 grandes.


Fonte: JC

Crescimento do investimento estrangeiro reflete maior confiança do mercado na economia brasileira

A maior confiança do mercado na economia brasileira e a entrada de capital especulativo explicam o recente crescimento de investimentos estrangeiros (IED) no país, aponta o coordenador do Grupo de Análise e Previsões do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (GAP/Ipea), Roberto Messenberg.
Hoje (17), ao apresentar o boletim Conjuntura em Foco, no Rio de Janeiro, o economista destacou que o crescimento intenso dos investimentos diretos começou no final de 2010 e vem mantendo o ritmo. Mas alertou que parte desse capital pode estar “maquiada”, ou seja, que parte significativa de IED esteja sendo direcionada para ganhos especulativos no mercado de ações.
“A economia brasileira se tornou atrativa em função dos dois canais de internalização do capital externo. Em primeiro lugar, pelo fato de que há uma confiança maior no comportamento da economia brasileira. O outro fato é o movimento de capital, que pode estar refletindo, de certa maneira, drible das medidas de controle de capital recentemente adotadas pelo governo e que esse capital esteja entrando como investimento direto, mas, para, na verdade, tirar vantagem do diferencial de juros entre a economia doméstica e a economia internacional”, explicou.
O registro de entrada de capital como IED exige participação mínima de 10% em capital social de uma empresa com direito a voto. Segundo o economista, nada impede que, por exemplo, uma compra de participação de 11% em ações, por meio de IED, seja liquidada em seguida, fazendo com que perca efeito toda a exigência de compromisso empresarial de longo prazo esperada.
E como não existe uma fiscalização do destino desse dinheiro, ainda abre-se a possibilidade de formação de novas sociedades anônimas com aplicações em fundos de investimentos financeiros, isentas da tributação de 6% exigida sobre o ingresso de investimentos em carteira (economia doméstica). “O capital especulativo valoriza a taxa de câmbio, diminui a produtividade e a competitividade das indústrias residentes aqui em relação aos seus competidores externos e isso faz com que haja uma tendência de desaceleração da taxa de investimento industrial.”
Messenberg ainda avaliou as expectativas de crescimento sustentável do país e a evolução das variáveis econômicas, como mercado de trabalho, consumo e produtividade. Segundo ele, o Ipea mantém a expectativa de crescimento entre 4% a 5% do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, mas está trabalhando com sinal amarelo aceso, principalmente em função de uma tendência de desaceleração do investimento público, recentemente apontado como grande impulsionador do crescimento da economia brasileira.
“Outro sinal de preocupação é o impacto da turbulência internacional sobre as expectativas empresariais e no mercado financeiro, que acabam fornecendo custo de capital para o investimento. Esses dois focos de instabilidade podem comprometer o cenário básico com que vínhamos trabalhando de um comportamento mais estável das variáveis e do investimento. O cenário básico está mantido, mas o risco dele aumentou”, acrescentou.


Fonte: JC

Presidente da Bolsa de Nova York avalia como positiva reação do Brasil contra a crise econômica

O presidente da Bolsa de Nova York, Duncan Niederauer, disse nesta quarta-feira (17) que vê boas perspectivas para o Brasil neste momento de crise econômica mundial e elogiou as últimas medidas cambiais adotadas pelo governo brasileiro para enfrentar o processo. Para ele, medidas como as que elevaram o IOF para operações no mercado futuro devem ser cautelosas, mas são importantes para, entre outras coisas, moderar a entrada de dólares no país.
“Se pensarmos sobre com o que estamos lidando, em termos de tentar moderar o fluxo de investimentos no país, levar a inflação para o centro da meta no ano que vem e controlar o crédito para consumo, acredito que está sendo extremamente bem feito. É uma boa medida, estou impressionado”, disse, depois de encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Brasília.
Niederauer também disse que está otimista em relação ao Brasil e espera fechar novas parcerias com empresas brasileiras. Segundo ele, existem atualmente mais de 30 “boas companhias” brasileiras que operam na Bolsa de Nova York, mas a expectativa é que esse número aumente, bem como o de países da região que atuam na bolsa novaiorquina.

Fonte: JC

A solidez dos bancos

Respaldado nos resultados dos balanços semestrais das instituições bancárias, o Informativo Semanal da Economia Bancária da Febraban, divulgado ontem, dá uma injeção de otimismo no mercado, ao afirmar: “A solidez dos bancos é mais um dado a colocar a economia brasileira em posição bastante confortável para o enfrentamento de mais essa crise.” Na avaliação da entidade representativa dos banqueiros, além dos fundamentos favoráveis, a sinalização do governo, na direção correta, é muito clara ao assegurar que pretende manter a rigidez fiscal e, se a inflação permitir, optar pelo relaxamento monetário. “Isso, claro, em caso de piora importante do cenário externo que comprometa o crescimento da economia brasileira. O recado é que temos ‘gordura’, mas que só será utilizada se for necessário e com o mix adequado. Isso pode dar uma confiança adicional aos mercados por aqui”, conclui.


Fonte: JC

Estudo diz que Brasil, Rússia e Índia vão ultrapassar economia americana

Em poucos anos, as economias do Brasil, da Rússia, da Índia e da China devem superar as dos Estados Unidos e dos 27 países que integram a União Europeia (UE). A conclusão é do Instituto de Negócios Alemão (cuja sigla em alemão é IW). Segundo especialistas, a economia global gerou "mudanças tectônicas" nas economias emergentes.
Para o instituto alemão, a pressão da crise financeira internacional sobre as economias mundiais e os mercados financeiros enfraquece os Estados Unidos e fortalece os países em desenvolvimento. O estudo destacou o comércio entre a Alemanha e o Brics (acrônimo que representam os emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
De acordo com o relatório, as negociações na Alemanha com os Brics envolvem, em geral, engenharia mecânica, indústria automotiva, indústria de bens eletrônicos e de indústria química. Pela análise do instituto, a economia dos Brics, nos últimos anos, registrou aceleração econômica, enquanto a participação na economia global tem sido claramente superior à dos países da chamada zona do euro.
Pelos dados compilados pelo instituto, no período de 2002 a 2010, houve crescimento de 12% para 21% das exportações da Alemanha para Brasil, Rússia, Índia e China. O relatório informa que há “ um grande futuro para os Brics". Segundo o texto, o grupo reúne elementos para se tornar um “gigante no futuro”.
O estudo IW indicou ainda que, lentamente, os Estados Unidos perdem espaço no cenário econômico, embora se mantenha como segundo colocado para produtos alemães em 2010, apesar da queda de 5% das importações alemãs em relação a 2005", disse ele.
O Instituto de Negócios Alemão (cuja sigla em alemão é IW) é uma entidade independente que atua no setor de negócios privados desde 1951. A sede do órgão está localizada na cidade alemã de Colônia.


Fonte: JB

Banco Central vai elaborar taxa de juro referencial para economia

O Banco Central vai elaborar e divulgar, a partir de setembro, a Taxa Preferencial Brasileira. Ela será calculada com base nos juros cobrados dos empréstimos feitos pelos melhores clientes dos bancos do país – grandes empresas – e poderá ser comparada aos juros cobrados em outros tipos de operações de crédito.O anúncio da criação da taxa referencial foi feito hoje (12) pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante seminário promovido pela instituição em São Paulo. Segundo Tombini, essa será uma “taxa prime brasileira”.A taxa prime já é calculada por bancos centrais de outros países. Ela também corresponde aos juros dos empréstimos feitos pelos bancos aos seus melhores clientes, geralmente, grandes empresas. É, assim, a taxa mais baixa cobrada nesses países.Tombini disse também que a criação da “prime brasileira” deve estimular a concorrência bancária e colaborar para uma queda nos juros de todo tipo de crédito. “A criação desta referência permitirá que as demais taxas do sistema possam ser comparadas com essa”, disse. “Com isso, esperamos também uma maior concorrência do sistema bancário.”


Fonte: JC

O Governo tem pelo menos R$1,1 tri para proteger economia da crise

O governo Brasileiro conta hoje com um cordão de isolamento de pelo menos R$ 1,1 trilhão para proteção da economia contra efeitos de um agravamento da crise internacional.

Esse colchão é formado pelo dinheiro que o Tesouro Nacional tem em caixa para rolar a dívida pública, os depósitos compulsórios recolhidos pelo Banco Central e os dólares das reservas internacionais, que chegaram a US$ 350,81 bilhões na quarta-feira, montante quase 70% acima do existente no final de setembro de 2008.

Com o desempenho das reservas, o valor global da proteção é cerca 40% maior do que o governo tinha às véspera da crise de três anos atrás. Somente no caixa do Tesouro estão depositados cerca de R$ 200 bilhões.

Esse dinheiro, que é chamado no jargão econômico de colchão de liquidez, é para ser usado exclusivamente no pagamento de títulos do Tesouro que estão vencendo.

Em caso de necessidade, o governo pode parar de ofertar novos papéis em seus leilões semanais para se financiar. Os recursos em caixa são suficientes para o Tesouro ficar sem vender um único título até o final de janeiro.


Fonte: JC

Agência japonesa de classificação de risco melhora nota do Brasil

A agência de classificação de risco japonesa R&I elevou a nota do Brasil de BBB- para BBB. Em comunicado, a agência destaca o aumento do número de famílias na classe média e o mercado interno robusto. O rating (nota de classificação) indica para os investidores a capacidade de o país saldar seus compromissos financeiros.A agência japonesa avalia que diminuiu o risco de a economia brasileira sofrer danos sérios devido a mudanças no ambiente externo. Segundo o comunicado da agência, a inflação no país está cedendo e a situação fiscal permanece favorável.Para 2012, a agência destaca alguma preocupações. Uma delas é a pressão por aumento de salários de servidores públicos e de benefícios de pensão, além da expansão de gastos com infraestrutura em aeroportors, ferrovias e estádios para Copa do Mundo 2014. Mesmo assim, a R&I acredita que há pouca possibilidade de a disciplina fiscal do país ser corroída seriamente.Para melhorar ainda mais a classificação, a agência japonesa indica que o governo precisa eliminar gargalos para o crescimento econômico por meio de investimentos crescentes. Também é preciso, na avaliação da agência, aumentar ainda mais os esforços para mitigar as pressões inflacionárias. Para R&I, isso requer o aumento da taxa de poupança interna, que atualmente está abaixo de 20% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas os bens e serviços produzidos no país, e a expansão da taxa de investimento.No dia 20 de junho, a agência de classificação de risco Moody's Investors Service melhorou a nota do Brasil de Baa3 para Baa2, “com perspectiva positiva”. De acordo com comunicado da Moody's, a mudança na classificação se deve aos “últimos ajustes da política econômica que indicam um desenvolvimento mais sustentável do cenário macroeconômico e melhoria nos indicadores fiscais de médio prazo”.Em abril, a Fitch, outra agência de classificação de risco, melhorou a nota do Brasil, de BBB- para BBB.

Fonte: JC

Juros do cheque especial em julho são os mais altos desde 2005


Os juros do cheque especial atingiram novo recorde em julho, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). Pesquisa divulgada hoje (9) pela entidade mostra que a taxa média desse tipo de operação de crédito chegou ao patamar mais alto desde fevereiro de 2005: 8,27% ao mês (159,48% ao ano).
De junho para julho, a taxa mensal do cheque especial aumentou 0,17 ponto percentual. De acordo com a Anefac, a alta seguiu tendência geral de aumento nos juros cobrados tanto de consumidores como de empresas.
A pesquisa aponta que a taxa de juros média das operações de crédito para pessoas físicas ficou praticamente estável, com alta de apenas 0,04 ponto percentual de junho para julho (6,8% para 6,84% ao mês).
Das seis linhas de crédito ao consumidor pesquisadas, cinco tiveram alta nos juros (crediário, crédito direto ao consumidor - CDC - ofertado pelos bancos, empréstimo pessoal em bancos, empréstimo pessoal em financeiras e cheque especial). Só os juros dos cartões de crédito mantiveram-se estáveis.
A taxa de juros média do crédito a empresas aumentou 0,09 ponto percentual, de 3,96% ao mês em junho para 4,05% no mês seguinte.
As três linhas de crédito a empresas pesquisadas pela Anefac (capital de giro, desconto de duplicatas e conta garantida) apresentaram alta nos juros na comparação entre junho e julho.
Segundo a Anefac, as altas refletem as medidas que o Banco Central vem tomando desde dezembro para conter a inflação e a oferta de crédito. Nesse período, o Banco Central aumentou em 1,75 ponto percentual a taxa básica de juros da economia (Selic), de 10,75% para 12,5% ao ano.
No mesmo período, a taxa média de juros anual do crédito a pessoas físicas subiu 1,24 ponto percentual, de 119,97% para 121,21%. Nas operações de crédito para empresas, a alta foi de 4,58 pontos percentuais, de 56,45% para 61,03%.

Fonte: JB

Tesouro divulga venda de títulos em comunicado de restituição do IR

O Tesouro Nacional retomou a estratégia de divulgar a venda de títulos do Tesouro Direto nos comunicados de restituição do imposto de renda. Ao fazer a consulta aos lotes, o contribuinte recebe uma mensagem sobre as vantagens da aplicação, criada para vender títulos públicos federais diretamente às pessoas físicas.“Ao consultar o andamento de sua restituição do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, confira as oportunidades que o Tesouro Direto traz. Para o contribuinte que busca liquidez, segurança e rentabilidade, títulos públicos representam uma excelente alternativa de investimento a custos muito baixos”, diz a mensagem imprensa nas consultas.No texto consta ainda o endereço do Tesouro Direto (www.tesourodireto.gov.br) e um e-mail para contato (tesourodireto@fazenda.gov.br).Hoje, a Receita Federal liberou a consulta ao terceiro lote regular de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física 2011. Há lotes também de 2010, 2009 e 2008. Ao todo, serão depositados na conta dos contribuintes, a partir do próximo dia 15, aproximadamente R$ 1,8 bilhão.Segundo a Receita Federal, a restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la pela internet, por meio do Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Declaração IRPF.A Receita informa que, caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá ir a qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800 729 001 (demais localidades) e 0800 729 0088 (deficientes auditivos), para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

Fonte: JC

Tombini: Brasil está preparado para ambiente internacional desafiador

O Brasil está preparado para um ambiente internacional mais desafiador, disse o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.Segundo Tombini, o Brasil tem hoje reservas internacionais e depósitos compulsórios, recursos que os bancos são obrigados a deixar no BC, acima dos valores registrados antes da crise financeira internacional, iniciada em 2008. Ele destacou que esses dois instrumentos – reservas internacionais e depósitos compulsórios – foram importantes para superar a crise.

Fonte: JC

Para FMI, Brasil está mostrando sinais de economia superaquecida

As perspectivas para o Brasil são positivas, mas há sinais de superaquecimento na economia do país. A avaliação é do fundo Monetário Internacional (FMI), em relatório anual divulgado ontem, no qual pede mais medidas, sobretudo fiscais e no crédito, para lidar com os riscos de um crescimento em ritmo mais acelerado do que o desejável. O organismo salientou “a necessidade de maior atenção aos riscos financeiros devido ao ritmo de expansão do crédito e à continuada dependência de captações externas”. Para o FMI, as medidas adotadas pelo governo para desacelerar esse setor já tiveram efeito, mas a instituição ressaltou que a aplicação delas precisa ser “mais extensa para que ganhem tração”.

Conforme o relatório, o fundo recebeu bem a retirada gradual das medidas de estímulo fiscal adotadas pelo governo brasileiro durante o agravamento da crise global, em 2008, mas considera que “um aperto fiscal adicional ajudaria a baixar a inflação e administrar o influxo de capitais”, reduzindo a necessidade de elevar mais a taxa de juros. Tal como em relatórios anteriores, o FMI apontou a necessidade de reformas, como as do regime do ICMS e da Previdência.

Fonte: JC

IPC-S sobe em quatro das sete capitais pesquisadas pela FGV

Quatro das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentaram aumento no Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) no fechamento do mês de julho. A maior elevação em relação ao levantamento divulgado na semana anterior ocorreu em Porto Alegre (de –0,01% para 0,17%).
De acordo com dados apresentados nesta terça-feira (02), as outras capitais que registraram acréscimo na taxa foram o Rio de Janeiro (de –0,24% para –0,10%), Recife (de –0,13% para –0,10%) e São Paulo (de –0,07% para 0,01%).
O índice diminuiu em Salvador (de 0,02% para estabilidade de preços), Brasília (de 0,12% para 0,10%) e Belo Horizonte (de –0,21% para –0,27%).
Segundo o levantamento da FGV, o IPC-S fechou o mês de julho em -0,04%. Apesar da deflação, o resultado ficou 0,07 ponto percentual acima do registrado na apuração anterior. Três dos sete grupos pesquisados tiveram alta de preços, com taxas acima das registradas no levantamento anterior. Entre eles, transportes (de 0,33% ante 0,14%), cujo índice foi puxado pelo reajuste da gasolina (de -0,23% para 0,38%). Este grupo foi um dos principais fatores a impedir uma redução mais intensa na média geral de preços.

Fonte: JC

Mercado eleva previsão de inflação e reduz projeção para a Selic em 2012

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) mantiveram pela terceira semana seguida a projeção para a inflação oficial este ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é 6,31%. Para 2012, no entanto, os analistas elevaram a projeção pela segunda vez consecutiva, ao passar de 5,28% para 5,30%.Para a taxa básica de juros, a Selic, os analistas mantiveram a expectativa de que encerrará este ano em 12,75% ao ano. Ao final de 2012, a projeção é 12,50% ao ano e não mais 12,75%. Atualmente, a taxa Selic está em 12,50% ao ano, após cinco elevações entre janeiro e julho de 2011.A taxa básica de juros é um dos instrumentos usados pelo BC para controlar a inflação. O BC tem que perseguir a meta de inflação, medida pelo IPCA, de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Essa meta é válida para este e para os próximos dois anos.A pesquisa semanal do BC também traz projeções para outros índices de inflação. A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), subiu de 5,57% para 5,64%, este ano, e de 4,80% para 4,82%, em 2012.A estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de 5,65% para 5,64%, este ano, e foi mantida em 5,04%, em 2012. No caso do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a projeção caiu de 5,75% para 5,63%, em 2011, e segue em 5,01%, no próximo ano.A estimativa dos analistas para os preços administrados subiu de 5,20% para 5,30%, em 2011, e de 4,50% para 4,58%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.

Fonte: JC