Coronavírus faz empresas perderem bilhões em valor de mercado por redução de previsão de lucro


Juntas, empresas perderam mais de US$ 118 bilhões em valor.

O impacto do coronavírus, causador da Covid-19, tem gerado prejuízos bilionários no mercado global. O avanço da doença em todo mundo e a China, epicentro do surto, ainda paralisada por quarentenas e restrições que refletem na diminuição de produção e do consumo, fez com que grandes multinacionais reduzissem suas estimativas de receita para o primeiro trimestre deste ano.
A última a anunciar queda nas projeções, a Microsoft perdeu US$ 62 bilhões em valor de mercado no pregão desta quinta-feira (27), um dia depois de comunicar que não conseguiria atingir as receitas previstas entre US$ 10,75 bilhões e US$ 11,15 bilhões para os seus negócios da linha “More Personal Computing”. O segmento depende diretamente da China, já que é lá que a maioria dos componentes são fabricados.
A Apple, que tem a China como um dos seus maiores mercados, também sentiu o impacto da restrição da oferta e demanda do país. Após fechar todas as suas lojas no país, a gigante fundada por Steve Jobs, afirmou que não iria mais cumprir suas expectativas de receita para o trimestre, o que significou uma perda de US$ 26 bilhões em valor de mercado. A empresa prevê escassez temporária de itens para a produção do iPhone devido ao ritmo mais lento que o esperado das atividades das Foxconn.
Os dispositivos montados no país – por conta da mão de obra barata – são responsáveis pelo abastecimento dos estabelecimentos em mercados estratégicos pra Apple, como Estados Unidos, Europa e a própria China. A suspensão da produção, segundo a Reuters, pode atrasar até o lançamento do novo iPhone.
Para compensar as perdas e conseguir suprir a demanda de novos dispositivos, as fábricas da Foxconn na China têm oferecido bônus apara seus funcionários e abriu novas vagas para aumentar a sua produção.
A Coca-Cola anunciou aos seus investidores que a empresa estima um redução no lucro de até US$ 0,02 centavos por ação no trimestre inicial deste ano. O surto perturbou a cadeia de suprimentos, incluindo o envio de adoçantes artificiais da China – 3º maior mercado da companhia. No pregão seguinte ao anúncio, a Coca-Cola perdeu US$ 6 bilhões em valor de mercado.
Já a Mastercard, além de reduzir suas previsões do primeiro trimestre também cortou as projeções anuais. Citando os impactos do vírus no segmento de viagens e comércio eletrônico, a empresa de cartão de crédito espera que a receita trimestral diminua de 2% a 3% se o surto continuar a crescer no ritmo atual.
“Há muitas incógnitas quanto à duração e gravidade da situação e estamos monitorando de perto”, disse a empresa, acrescentando que atualizaria os investidores novamente em sua apuração de lucros no primeiro trimestre.
A empresa norueguesa de cruzeiros Royal Caribbean International estima uma perda de US$ 0,90 por ação em 2020 por conta do coronavírus. A empresa, que perdeu US$ 1,5 bilhão em valor, cancelou diversas viagens para Ásia e modificou o itinerário na região, acrescentou ainda que o cancelamento de todas as viagens ao continente até abril adicionaria perdas de mais US$ 0,30 na rentabilidade dos seus papéis.
Terceira maior linha aérea dos Estados Unidos, a United Airlines também sentiu o impacto das restrições de viagens para o país mais populoso do mundo. A companhia perdeu US$ 1,2 bilhão em valor de mercado após divulgação de um relatório que revelou “queda de aproximadamente 100% na demanda de curto prazo para a China” e uma queda de 75% na demanda para outras rotas transpacíficas.

FONTE: infomoney.com.br

Ibovespa tem mais um dia em baixa diante de temores com coronavírus


O medo e a cautela continuam sendo os sentimentos recorrentes no mercado, em mais um dia de busca global por proteção. Depois de cair 7% na quarta-feira, o Ibovespa registrava recuo de mais de 1% na primeira hora de negócios desta quinta. Às 10h42, o índice da Bolsa paulista perdia 1,03%, aos 104.627 pontos.

Para analistas, o clima de aversão ao risco permanece, com o coronavírus ainda se disseminando rapidamente e alcançando um número cada vez maior de vítimas em mais países. A preocupação com o impacto dessa epidemia sobre a economia global faz com que os ativos de risco continuem pressionados, com os investidores demandando mais segurança.

Entre as maiores quedas, estavam Ambev ON (-7,40%), Gol PN (-4,52%) e Azul PN (-3,09%). Além do cenário pessimista por causa da disseminação da doença, que afeta a bolsa de maneira generalizada, a Ambev reflete o desânimo dos investidores após divulgação de seu balanço trimestral.

Em relatório, o Credit Suisse já avaliava a reação negativa vista hoje para Ambev, devido à divulgação de perspectiva de queda no primeiro trimestre de 17% a 20% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) e à falta de informações mais claras sobre as expectativas para 2020.



FONTE: valor.globo.com

Caixa lança financiamento imobiliário prefixado com juros a partir de 8% ao ano


A Caixa Econômica Federal lançou nesta quinta-feira (20), em evento no Planalto, sua linha de crédito imobiliário com juro prefixado, com taxas entre 8% e 9,75% ao ano. A modalidade se soma aos financiamentos com juros indexados à Taxa Referencial (TR) e à inflação (IPCA), que já eram oferecidos pelo banco.

Os juros variam de acordo com o tempo do financiamento e com relacionamento com a Caixa (correntistas do banco, por exemplo, entram na categoria ‘com relacionamento’ e pagam menos).


Cliente com relacionamento:

Taxa para 10 anos - 8%
Taxa para 20 anos - 8,5%
Taxa para 30 anos - 9%

Cliente sem relacionamento:

Taxa para 10 anos - 9,75%
Taxa para 20 anos - 9,75%
Taxa para 30 anos - 9,75%

Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, essas taxas têm uma “gordura” para permitir hedge (proteção) e podem ser reduzidas conforme a operação for aplicada.
A modalidade permitirá financiamento de até 80% do valor do imóvel – nos outros formatos, a Caixa financia até 70% do total. O banco mira bater R$ 10 bilhões em empréstimos nessa linha.
Com o lançamento, a Caixa defende trazer mais segurança e previsibilidade ao cliente, que saberá, no momento da contratação, exatamente o valor que será pago ao final do período, que pode ser de até 30 anos. Em outras palavras, o risco inflacionário fica com a Caixa, e não mais com o comprador.
Por isso, o juro fixado será maior – as menores taxas cobradas hoje nas outras duas modalidades são de IPCA + 2,95% ao ano ou TR + 6,5% ao ano. Vale lembrar que a TR está zerada desde 2018, mas pode ser alterada conforme os rumos da economia – ela foi criada, durante o governo Collor, para ser usada em momentos de descontrole da inflação. “Poucas pessoas sabem que a TR pode mudar”, disse o CEO no evento no Planalto (assista à cerimônia acima).
Com o lançamento, a Caixa também quer demonstrar ao mercado que consegue sustentar esse produto financeiramente. “Vamos permitir que as pessoas tomem empréstimos por 20, 30 anos sabendo no primeiro dia quanto ela vai pagar. O que temos na cabeça é que, se um banco não pode fazer uma proteção co um hedge, fecha o banco”, argumentou Guimarães. “Quando você toma um crédito de 30 anos, você está tomando o risco de oito governos”.
A Caixa resume que os três produtos têm finalidades diferentes. O financiamento atrelado ao IPCA tem a menor prestação, mas a maior volatilidade, com risco de inflação. Já a TR tem prestação menor, mas volatilidade maior, já que há risco se a inflação se descontrolar. Por fim, a taxa fixa tem uma prestação maior, mas sem passar o risco ao cliente.

Novas reduções de juros


Sem dar detalhes, Guimarães disse, na solenidade, que as taxas de juros de outras modalidades também irão baixar mais. Ele citou o juro do rotativo, que está em 4,5% ao mês, como exemplo, mas não disse a quanto essas taxas cairão e nem quais outras linhas devem ser afetadas. “Acabou de ser aprovado”, disse ele.
FONTE: infomoney.com.br

Por Que as Ações da Apple Estão Despencando?


Ainda não se sabe qual é o real impacto do coronavírus na China, mas algumas das maiores empresas norte-americanas já começaram a sentir suas repercussões econômicas. Isso se aplica principalmente às companhias que têm importantes mercados ou fornecedores estratégicos no país asiático.
A Apple (NASDAQ:AAPL) tem ambas as coisas. Ontem, as ações da fabricante do iPhone e de computadores se desvalorizaram mais de 2%, depois que a empresa anunciou, na segunda-feira, que poderia não atingir suas projeções de receita para o trimestre que se encerra em março. A razão é a desaceleração dos trabalhos e a demanda mais fraca de smartphones na China, um dos maiores mercados da empresa sediada em Cupertino, Califórnia, onde registrou quase US$ 52 bilhões em vendas no último ano fiscal.
Produção restrita e demanda reduzida
A Apple afirmou que a produção do iPhone – responsável pela maior parte da receita da companhia – está temporariamente limitada devido a problemas relacionados ao vírus. “O trabalho está começando a ser retomado ao redor do país, mas o retorno às condições normais tem sido mais lento do que prevíamos”, declarou a empresa em um anúncio. Além disso, a demanda de iPhones teve uma queda, pois as lojas na China foram fechadas ou estão operando com horário reduzido por causa dos poucos clientes, afirmou a companhia.
A Apple planejava iniciar a produção de um novo iPhone de baixo custo em fevereiro e comercializá-lo no início de março, de acordo com uma reportagem da Bloomberg News. Ainda não se sabe como o coronavírus impactou esses planos.
Em janeiro, antes da disseminação do vírus, a companhia afirmou que esperava registrar vendas líquidas entre US$ 63 e 67 bilhões em seu segundo trimestre fiscal. Ela não forneceu qualquer atualização dessa faixa de receita na segunda-feira.
A atual fraqueza das ações da Apple (NASDAQ:AAPL) ocorre após uma fortíssima disparada nos últimos 12 meses, quando a capitalização de mercado da companhia cresceu mais de US$ 725 bilhões, atingindo cerca de US$ 1,38 trilhão. O papel fechou o pregão de segunda-feira cotado a US$ 318,25, três por cento abaixo da máxima histórica de US$ 327,85. As ações se valorizaram 8% no ano e 86% nos últimos 12 meses.
Os investidores estão convencidos de que o impacto do vírus terá vida curta, principalmente porque a força subjacente da economia norte-americana continua intacta e os bancos centrais tanto nos EUA quanto na China estão prontos para intervir e respaldar a economia. Esse foi o principal vetor responsável por fazer o S&P 500 registrar um fechamento recorde na sexta-feira, pela décima segunda vez no ano.
Esse recuo é uma oportunidade de compra?
Para alguns, a disseminação do vírus mortal pode ser o próximo "cisne negro” capaz de encerrar a corrida de alta de 11 anos nos mercados acionários dos EUA. Até hoje já foram confirmados mais de 75.000 casos do coronavírus, com pelo menos 2.000 mortes, em sua maior parte na China.
Em uma nota nesta terça-feira, o Credit Suisse afirmou que “o impacto do coronavírus representa mais um distúrbio/deslocamento da demanda do que uma destruição propriamente dita". O banco acredita que qualquer fraqueza será recuperada no segundo semestre de 2020.
Dito isso, será quase impossível que grandes empresas saiam ilesas dessa situação de emergência à saúde mundial. Mas esse recuo de curto prazo também pode fornecer um ponto de entrada para quem estiver aguardando de fora uma boa oportunidade.
As ações da Apple (NASDAQ:AAPL) continuam oferecendo uma das melhores oportunidades de longo prazo no setor de tecnologia, graças ao seu forte modelo de negócios. Um dos principais fatores para que as ações da Apple sejam uma boa opção no longo prazo é a rápida evolução do seu ecossistema de produtos e serviços, o que permite que a empresa tenha uma penetração de mercado cada vez maior.
A unidade de serviços da Apple (NASDAQ:AAPL), que inclui áreas de crescimento como App Store, Apple Pay e Apple Music, está crescendo e contribuindo mais a cada ano com as vendas totais da companhia.
Outro fator que contribui para esse otimismo é a expectativa de que as vendas de iPhones continuem robustas e aumentem ainda mais com o lançamento dos modelos 5G, programado para setembro de 2020. Esses aparelhos permitirão que os consumidores tenham maior velocidade de conexão, aumentando as entregas de iPhones pela primeira vez em dois anos.
Graças a essa perspectiva de maiores vendas de iPhones após a implementação da tecnologia 5G, também se espera um crescimento nas receitas provenientes das vendas de AirPods, smartwatches e serviços, como assinaturas de streaming de música e pagamentos móveis, alimentando a crença de que a companhia está dependendo menos dos negócios de hardware mais cíclicos e se tornando uma empresa de serviços.
O crescimento da sua divisão de serviços no ano passado ajudou a Apple (NASDAQ:AAPL) a compensar o declínio de 14% nas vendas de iPhones. Neste ano, a previsão é que as vendas de serviços atinjam US$ 54 bilhões, respondendo por um quinto das vendas totais, uma alta em relação aos 18% no fim de 2019.

FONTE: https://www.infomoney.com.br/

Cartão de crédito: bancos serão obrigados a cobrar dólar do dia da compra a partir de março


A partir de março, compras feitas em moeda estrangeira com cartão de crédito chegarão na fatura, obrigatoriamente, com o valor da cotação do dia em que foram realizadas. Até então, os bancos poderiam optar por cobrar o valor referente à data do fechamento da fatura – e a maioria trabalhava dessa forma.

A mudança foi estabelecida por norma do Banco Central (BC) em 2018 e detalhada em circular de outubro de 2019.
Também se torna mandatório divulgar informações sobre as taxas de conversão do dólar dos EUA para reais utilizadas para o cálculo, inclusive em canais eletrônicos de atendimento ao cliente. O valor deverá ser detalhado com quatro casas decimais
Por fim, as instituições serão obrigadas a divulgar e manter atualizadas as referências de acesso ao catálogo e aos dados abertos de sua propriedade.
As normas tornam mais previsível a compra em moeda estrangeira no cartão de crédito em um momento de fortes oscilações do dólar – mas não necessariamente barateiam a conversão, já que o dólar do dia da compra pode ser maior que o do fechamento da fatura.

Cálculo muda

Cada banco utiliza um cálculo próprio para converter compras feitas em moeda estrangeira. A maioria delas utiliza como referência a taxa Ptax – um cálculo do BC que faz referência à média das taxas praticadas pelas principais instituições de câmbio do país.
A partir da taxa de referência, cada instituição adiciona um spread, ou seja, uma taxa extra, que costuma girar em torno de 4%. Com esse acréscimo, o valor cobrado fica similar ao do dólar turismo.
Se os gastos forem em outras moedas, diferentes do dólar americano, o banco realiza duas conversões – do real para o dólar e do dólar para a outra moeda -, o que significa que são cobradas duas taxas de câmbio e dois spreads diferentes.
Importante lembrar que, sobre as compras em moeda estrangeira utilizando cartão de crédito, incide um Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) de 6,38%. Vale lembrar que o IOF para compra de moeda estrangeira em espécie é consideravelmente menor, de 1,1%.

FONTE: infomoney.com.br

Mercado reduz expectativa para inflação e PIB em 2020

Os economistas esperam um crescimento mais baixo para a economia brasileira e uma inflação menor para este ano. É o que mostra o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (17).
Para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção foi reduzida pela sétima vez consecutiva, desta vez de 3,25% para 3,22% em 2020, ficando estável em 3,75% em 2021.
O mesmo aconteceu com as perspectivas para o PIB brasileiro, cuja mediana das projeções recuou de 2,30% para 2,23%, mas ficou sem alterações para 2021, em 2,50%.
Com relação à taxa básica de juros, depois da sinalização do Banco Central de que o ciclo de reduções chegou ao fim, o mercado espera que a Selic permaneça estável em 4,25% ao ano, em 2020, e suba para 6%, em 2021.
No que tange às previsões para o mercado cambial, o relatório Focus revelou que a estimativa para o dólar em 2020 se manteve em R$ 4,10, enquanto a previsão para 2021 teve leve alta, de R$ 4,10 para R$ 4,11.
FONTE: infomoney.com.br

“Prévia” do PIB, IBC-Br avança 0,89% em 2019


Em dezembro, a atividade teve queda de 0,27% na comparação mensal, ante estimativa de baixa de 0,3%

O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), considerado prévia do PIB, registrou queda de 0,27% em dezembro na comparação mensal, conforme dado divulgado na manhã desta sexta-feira (14).
No ano, a economia brasileira cresceu 0,89% em 2019.
O resultado foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes).
A estimativa mediana em pesquisa Bloomberg era de queda de 0,30% na comparação mensal. Enquanto isso, a alta de 0,18% na medição anterior na base mensal foi revisada para queda de 0,11%.
No comparativo anual, índice de atividade do BC subiu 1,28%, ante estimativa de alta de 1,3% e dado anterior revisado de alta de 1,10% para 0,76%.
O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
FONTE: infomoney.com.br

Dividendos estão no maior nível histórico quando comparados aos juros, diz XP


Os dividendos (lucros das empresas distribuídos entre os acionistas) na bolsa brasileira estão em seu maior nível histórico quando comparados aos juros, revela um estudo da XP Investimentos.
Segundo a equipe de análise da corretora, a diferença entre o dividend yield das empresas do Ibovespa e o juro real de cinco anos no país, que historicamente era negativa, ficou positiva no ano passado — e segue assim desde então.
“Isso significa que, antes disso, os investidores, não recebiam nada em troca de incorrer risco no Brasil. Agora, eles são remunerados para ter ações”, diz Betina Roxo, analista da XP.
“Esperamos que os pagamentos de dividendos sejam crescentes nos próximos anos, com a retomada da economia e o retorno dos lucros das empresas. Ou seja, os investidores têm garantia de retorno e ainda podem ganhar com a possível alta dos papéis”, completou a analista.
A pedido do InfoMoney, a Economatica levantou as dez empresas que mais pagaram dividendos na bolsa brasileira nos últimos cinco anos. Entre elas, estão integrantes dos setores financeiro e elétrico.
Para 2020, Betina destacou que continua vendo a bolsa como um investimento muito atrativo. Para a XP, as empresas continuarão apresentando crescimento de lucros tendo em vista, entre outros fatores, o cenário de retomada econômica. A corretora espera crescimento de PIB de 2,3% em 2019.
Além disso, as taxas de juros estão nas mínimas históricas, já que a Selic foi cortada neste mês em mais 25 pontos-base, para 4,25% ao ano.
A analista também destacou que há reformas em andamento (após reforma da Previdência, estão na agenda reforma tributária e trabalhista, entre outras microeconômicas), que elevariam a produtividade e eficiência do país, assim como os investimentos, sendo muito importantes para a sustentabilidade do crescimento no longo prazo.
FONTE: infomoney.com.br

Começar todo ano com carro novo é um desejo que "cabe" em poucos bolsos. Mas novos jeitos de se ter carro, que não a tradicional compra na concessionária, estão tornando isso mais possível.

São aluguéis por prazos mais longos de veículos zero quilômetro comprados direto — e com desconto — das montadoras pelas locadoras. É o chamado carro por assinatura.

Com mais esse serviço, além de terem se tornado rivais das revendedoras de usados, abrindo lojas para negociar carros que saem da frota, as locadoras agora disputam clientes com as concessionárias.

A força é tão grande que as vendas feitas pelas montadoras direto para empresas, entre elas as locadoras, representam quase metade do total de emplacamentos de carros no ano passado no Brasil, o maior percentual histórico.



Como saber se vale a pena

Se você está pensando em aderir ao carro por assinatura, é importante deixar claro que cada caso exige um cálculo: o quanto você tem para investir em um veículo e a sua necessidade de uso, por exemplo, são itens que devem ser levados em conta.
O primeiro passo é calcular o custo de propriedade, isto é, tudo o que envolve ter um carro em seu nome, para depois comparar com os planos oferecidos pelas locadoras.

Tenha em mãos:

1.     valor do veículo (à vista ou financiado), considerando a versão desejada — para saber, consulte as seções "monte seu carro" nos sites das marcas;
2.     custos com documentação (primeiro licenciamento) e emplacamento, que podem ser obtido nos sites dos Detrans;
3.     valor do IPVA, que pode ser consultado no site das secretarias estaduais da Fazenda;
4.     valor do seguro (peça uma cotação de acordo com seu perfil);
5.     valor das manutenções do veículo, que pode ser conferido no site das fabricantes;
6.     depreciação média do veículo usado.

G1 calculou o custo de compra, propriedade e depreciação de 3 veículos de categorias diferentes disponíveis nas principais locadoras do país.

Foram considerados valores de tributos do Estado de São Paulo, seguros para um morador da capital paulista, cotados pela Minuto Seguros, manutenções de acordo com os valores divulgados pela fabricantes, depreciação segundo os dados da Agência AutoInforme e financiamento pelo banco Bradesco, com simulações com 30% de entrada, ou sem entrada, e pagamento em 24 meses.

Nos casos em que o valor da entrada pode ser aplicado, foi considerado o rendimento igual à taxa Selic, 4,25% ao ano.

Como a Localiza não possui planos de 2 anos, ela ficou de fora da simulação.



Segundo a professora dos MBA's da Fundação Getúlio Vargas, Myrian Lund, nos casos em que o pagamento é feito à vista, ou com entrada, é preciso também considerar o retorno que o comprador teria, caso investisse o dinheiro.

Ela também ressalta que, quanto mais longo o financiamento, mais caro fica o veículo ao final do contrato. "Um carro locado pode ser mais próximo de ser vantajoso, principalmente para quem utiliza financiamento", disse.

Outra questão alertada por Lund é o valor de revenda dos seminovos. "Pode haver variação. Quando se vende na concessionária, o valor é menor do que para particulares", completou.

Também é preciso considerar questões que não podem ser monetizadas, caso do tempo gasto com as burocracias de emplacamento de um veículo, ou todos os trâmites na hora anunciar e vender o carro.

Como funciona


As principais locadoras do Brasil oferecem carros por assinatura; uma seguradora também tem o serviço (veja mais detalhes ao final da reportagem).

Funciona assim: ao fechar um contrato de pelo menos 30 dias, o cliente paga uma mensalidade e tem direito a um veículo zero quilômetro com seguro, manutenção e documentação inclusos. Há contratos de até 3 anos e meio.

Além de se livrar dos gastos com seguro, manutenção, documentação, emplacamento e tributos, não é preciso se preocupar com depreciação e ter trabalho para vender o veículo depois: basta devolver para a empresa.

O gerente financeiro Thiago Ferreira começou a usar o serviço quando se tornou motorista de aplicativo, outro nicho importante de clientes das locadoras. Mesmo quando parou, continuou alugando.

“Financeiramente, parece ser mais caro, mas, a longo prazo, é mais barato”, afirma Ferreira.

Ele escolheu um Jetta e está com o veículo há cerca de 10 meses, também pagando uma mensalidade de R$ 2,2 mil. Pretende trocar por um outro em breve. "O contrato permite que eu troque por um outro, novo".

Por outro lado, é preciso levar em consideração que alguns serviços são pagos à parte. É o caso de incluir condutores adicionais.

O que diz quem aderiu


Esqueça a imagem de carro branco e popular: nos aluguéis a longo prazo, as locadoras contam até com modelos luxuosos, variedade de versões e de cores, assim como as concessionárias.

Quem abriu mão de ter um carro em seu nome diz que a vantagem está em deixar de arcar com gastos extras, como IPVA e seguro, além da possibilidade de trocar por um novo em um prazo determinado. Ou seja, ter sempre um carro zero nas mãos.

A principal desvantagem, citada por alguns dos entrevistados pelo G1, está no fato de que, desse modo, o automóvel deixa de ser um patrimônio que pode ser vendido em caso de necessidade.

O empresário Thales Cruz, de 26 anos, também optou alugar um Volkswagen Jetta por R$ 2,2 mil mensais depois de ficar descontente com o valor de revenda de seu último carro próprio, um Kia Cerato.

Para saber o que valia mais a pena, ele comparou o valor mensal do aluguel contra o das parcelas, caso comprasse um modelo idêntico financiado, sem dar entrada.

"Acho que estou economizando cerca de 20% com o carro por assinatura. Além disso, não teria como pagar um carro como esse”, diz Cruz.

Ele também considerou a desvalorização sofrida pelo veículo no período de 1 ano e o seguro, que, se fosse feito em um carro particular, ficaria caro para sua faixa de idade.
Para a economista Tijana Janković, o que fez diferença foi a flexibilidade. Ela só usava o transporte por aplicativos, mas quis ter um carro depois de se tornar mãe, em julho. Entre financiar e alugar, ficou com a segunda opção e paga R$ 2,3 mil mensais por um Jeep Renegade.

"Praticamente temos um carro próprio, mas sem a dor de cabeça dos gastos relacionados. Também é conveniente, já que dois meses por ano passamos fora do Brasil. Aí devolvemos o carro, e, quando voltamos, alugamos outra vez", diz Tijana.

Veja como operam as empresas de aluguel de longo prazo:


Localiza Mensal Flex

  • Onde? 598 lojas em mais de 390 cidades de 6 países.
  • Quanto custa? Os valores variam de região para região, já que o sistema de precificação da Localiza conta com um grande número de variáveis em sua composição. Preços mais baixos têm média de R$ 1.538 por mês, no contrato de 12 meses para um veículo econômico com ar-condicionado.
  • O que oferece? Seguro, manutenções preventivas, documentação, licenciamento e IPVA, além de carro reserva, se a manutenção levar mais do que 4 horas.
  • Quais carros? Segundo a Localiza, são mais de 300 mil carros de 50 modelos diferentes.
  • Quanto pode rodar por mês? 3.000, 4.000 ou 5.000 km por mês.
  • Por quanto tempo? Contrato varia de 30 a 365 dias. Pode ser interrompido a qualquer momento.
  • Quem pode? Ter no mínimo 21 anos de idade, 2 anos de habilitação e cartão de crédito com limite suficiente para pagamento antecipado.

Porto Seguro Carro Fácil

  • Onde? Estado de São Paulo e Grande Rio.
  • Quanto custa? A partir de R$ 999, no Plano Controle (válido por 12 meses com franquia de 500 km por mês). E a partir de R$ 1.189 no plano Convencional (de 12 a 24 meses).
  • O que oferece? Seguro, manutenções preventivas, documentação, licenciamento e IPVA, além do serviço de leva e traz para revisões do veículo.
  • Quais carros? Mais de 30 modelos, entre eles: HB20, Ka, Kwid, Polo, Virtus, Yaris, Kicks, T-Cross, Hilux, S10, C180 e XC40.
  • Quanto pode rodar por mês? 500 km por mês no controle e 1.000, 1.500, 2.000 ou 2.500 km por mês no convencional.
  • Por quanto tempo? 12, 18 ou 24 meses.
  • Quem pode? Ter no mínimo 25 anos de idade, 2 anos de habilitação e uma garagem para guardar o veículo.

Unidas Livre

  • Onde? Todas as capitais do Brasil, São Paulo e outras cidades.
  • Quanto custa? A partir de R$ 889.
  • O que oferece? Seguro, manutenções preventivas, documentação, licenciamento e IPVA. Opcionalmente, tem serviço de leva e traz para revisões do veículo e carros blindados.
  • Quais carros? Mais de 70 modelos diferentes.
  • Quanto pode rodar por mês? 1.000, 1.500, 2.000, 2.500, 3.000, 3.500, 4.000, 4.500 ou 5.000 km por mês.
  • Por quanto tempo? 12, 18, 24, 30, 36 ou 42 meses.
  • Quem pode? Ter no mínimo 18 anos, CPF válido, carteira de motorista, enviar comprovante de residência e ter o crédito aprovado.

Movida Mensal Flex

  • Onde? Em 188 lojas em todos os estados do país.
  • Quanto custa? A partir de R$ 1.300, sem variação de local.
  • O que oferece? Seguro, manutenções preventivas, documentação, licenciamento e IPVA.
  • Quais carros? Mais de 120 modelos, considerando versões com motorizações e câmbios. Entre eles: Mobi, Onix, HB20, Argo, Prisma, Renegade, Compass, Strada, Corolla, Passat e Mercedes C 180.
  • Quanto pode rodar por mês? 1.000, 1.500, 2.000, 2.500, 3.000, 3.500, 4.000, 4.500 ou 5.000 km por mês.
  • Por quanto tempo? Contrato varia de 30 a 720 dias. Pode ser interrompido a qualquer momento.
  • Quem pode? Ter no mínimo 18 anos, habilitação e cartão de crédito com limite de R$ 700.


FONTE: g1.globo.com.br