Juros: pouca esperança de corte

Cenário econômico favorece a manutenção da Selic em 8,75% ao ano, dizem analistas.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve optar pela manutenção da taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em 8,75% ao ano, de acordo com analistas ouvidos pelo Jornal do Commercio e pela agência Bloomberg. Dos 18 economistas entrevistados, 16 dizem acreditar que a taxa vai permanecer no nível anunciado na última reunião e apenas dois imaginam um corte de 0,25 ponto percentual. O entendimento comum é o de que os sinais que existiam na economia quando da última decisão do Copom já não estão presentes, quadro que deverá permanecer inalterado pelo menos até dezembro, fechando o caminho para novas reduções na Selic. O próprio BC já deu indicações de que não está disposto a mexer outra vez na taxa em 2009. Analistas antecipam uma elevação na Selic no início de 2010.
Fonte:JC

Anatocismo nos tribunais


Afinal de contas a capitalização de juros sobre juros ou, como se denomina no jargão forense, anatocismo é uma prática afinada aos preceitos constitucionais?Tal pergunta tem ensejado uma série de pronunciamentos judiciais nem sempre harmônicos entre si, aspecto esse que tem contribuído de forma direta para a propagação dos "mitos" que envolvem o tema propriamente dito.Pontue-se, desde já, que o verbete da súmula 121 do Egrégio Supremo Tribunal Federal (STF) serviu como epicentro da confusão, ao reverberar: "É vedada a capitalização de juros ainda que expressamente convencionada", ou seja, qualquer operação bancária não poderia comportar a incidência de juros sobre juros ainda que subsistisse expressa cláusula contratual nesse sentido.De outro turno, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) veio a editar o verbete 93 da sua súmula consignando que: "A legislação sobre cédula de crédito rural, comercial e industrial admite o pacto de capitalização de juros". Criando uma ruptura com o sistema anterior que ficou assim fragmentado e assistemático.Conjuminando ambas as súmulas seria possível extrair a seguinte dilação:a) Nas operações bancárias que não fossem oriundas de financiamento de capital de giro a empresas que atuem com o crédito rural, comercial e industrial, o anatocismo seria vedado.Nos contratos bancários, que não aqueles que cuidassem do fluxo de crédito para fomento da atividade rural, comercial e industrial, o anatocismo não poderia ser pactuado mas, naquelas anteriormente denominadas a sua validade dependeria de cláusula expressa nesse sentido.A incerteza que foi instaurada pelos verbetes sumulares conflitantes, oriundos dos tribunais superiores, criou um cenário de grande insegurança jurídica que acabou repercutindo nos demais julgados que vieram a ser proferidos pelos tribunais estaduais e regionais, sem que a jurisprudência ordinária viesse resolver a contradição que teve origem nas cortes que teriam por objetivo uniformizar o correto entendimento da matéria de direito que lhe fosse submetida a sua dirimência.Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça na apreciação do Recurso Especial 1.061.530 - RS, sob a ótica do artigo 543-C do CPC, instituído pela Lei 11.672/2008, determinação afetação da matéria para ser julgada como recurso repetitivo (ainda não julgado), sob a ótica do artigo 5º da medida provisória 1963-17/00 reeditada sob o número 2.170-36/01, mas, não se furtou de reafirmar a sua anterior posição, inclusive alargando as suas fronteiras ao asseverar: "Constatada a multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica questão de direito, foi instaurado o incidente de processo repetitivo referente aos contratos bancários subordinados ao Código de Defesa do Consumidor, nos termos da ADI n.º 2.591-1. Exceto: cédulas de crédito rural, industrial, bancária e comercial; contratos celebrados por cooperativas de crédito; contratos regidos pelo Sistema Financeiro de Habitação, bem como os de crédito consignado." (g.n.)Em suma, é possível compreender que a verdadeira ruptura de entendimentos sobre o tema capitalização/anatocismo, subsistente na jurisprudência tanto do STF quanto do STJ, justifica a dispersão de convicções que a matéria tem suscitado na doutrina e nas barras dos tribunais, até mesmo porque se encontra pendente de julgamento a Ação Direta de Constitucionalidade 2316, onde se questiona exatamente se há ou não pertinência temática na cobrança de juros compostos. Enquanto isso, os mitos vicejam, mas o exame das suas consequências abordarei oportunamente, por ora só nos resta aguardar, refletir, e, quiçá, sobreviver, enquanto de Brasília não vem uma definição apta a trazer segurança e harmonia ao mercado financeiro.

Ibovespa sobe, apesar da cautela generalizada

A Bovespa teve uma sessão bastante volátil, sobretudo na parte da manhã, quando o índice demorou a decidir se subia ou se descia. Firmou-se em alta, ampliada no final quando as bolsas norte-americanas também devolveram as perdas. O Ibovespa subiu 0,6%, fechando aos 57.765,69 pontos. Apesar de a maioria dos indicadores divulgados ontem ter surpreendido favoravelmente, os investidores estão ressabiados em assumir novas posições compradas e têm preferido a cautela a avançar. A alta do mês atinge 5,48%. Em 2009, a alta alcança 53,84%. Ontem, o índice registrou, na mínima, pontuação de 57.106 pontos (-0,55%) e, na máxima, 57.791 pontos (+0,64%). O giro financeiro totalizou R$ 4,940 bilhões. Petrobras ON caiu 0,6% (R$ 39,87) e PN, 0,18% (R$ 33,17). Vale recuou 0,27% na ON (R$ 37,58) e fechou estável na PNA(R$ 33,40). Gerdau PN perdeu 0,49% (R$ 22,30), Metalúrgica Gerdau PN recuou 0,07% (R$ 27,75) e CSN ON terminou com desvalorização de 0,43% (R$ 50,69). O setor bancário, por outro lado, subiu. O Banco Central divulgou ontem que as operações de crédito no sistema financeiro tiveram expansão de 2,6% em julho na comparação com junho. Bradesco PN avançou 1,64% (R$ 30,90) e BB ON, 1,47% (R$ 26,30). Juros. A sessão foi de poucos negócios e ao término da negociação normal na BM&F o DI janeiro de estava na mínima de 9,66%, abaixo do fechamento (9,69%) ontem. O DI janeiro de 2012 recuava a 11,00%, de 11,05% no fechamento anterior. Ásia. A maioria dos mercados da Ásia se recuperou ontem dos maus resultados registrados na véspera. Os fortes indicadores econômicos divulgados na terça-feira nos EUA ajudaram algumas bolsas da região, enquanto na China os caçadores de pechinchas impulsionaram as cotações. O índice Nikkei 225 da bolsa de Tóquio atingiu a maior pontuação do ano, ajudado pelos números positivos sobre a confiança do consumidor e sobre o preço de residências nos EUA. Os dados puxaram para cima as ações das empresas de transporte marítimo e outras ações sensíveis à economia global. O Nikkei 225 avançou 1,4% e fechou aos 10.639,71 pontos, o maior nível desde 6 de outubro. "Há esperanças de novos ralis, graças aos sinais de recuperação da economia, mas precisamos ver mais sinais de melhora nos gastos do consumidor", comentou o estrategista Kenichi Hirano, da corretora Tachibana Securities. Hirano disse que o Nikkei pode atingir a resistência em 11 mil pontos nos próximos dias, dependendo de como saírem indicadores econômicos como o índice de preços ao consumidor do Japão.A bolsa de Hong Kong fechou praticamente estável. O declínio nas ações dos bancos chineses ofuscou os efeitos dos ganhos no mercado de Xangai. O índice Hang Seng ganhou apenas 0,1%, e encerrou aos 20.456,32 pontos. As bolsas da China encerraram o dia em alta, lideradas pelas ações de companhias aéreas e de fabricantes de equipamentos. Houve forte presença de investidores em busca de ofertas de ocasião, após os declínios registrados na semana passada. O índice Xangai Composto subiu 1,8% e encerrou aos 2.967,59 pontos. O índice Shenzhen Composto avançou 2,8% e terminou aos 1.003,27 pontos. Air China, que mais do que dobrou seu lucro líquido no primeiro semestre, atingiu a alta limite diária de 10%. China Southern Airlines disparou 8,2% e China Eastern Airlines ganhou 5,1%. A bolsa de Taipé, em Taiwan, terminou novamente no vermelho, desta vez por causa das preocupações sobre a gripe suína. O índice Taiwan Weighted baixou 1,3% e terminou aos 6.719,21 pontos. O declínio foi liderado pelo setor de turismo. Na Coreia do Sul, o índice Kospi da bolsa de Seul fechou com o recorde de pontuação do ano, aos 1.614,12 pontos, após uma alta de 0,8%. Siderúrgicas, estaleiros e transportadoras marítimas ganharam terreno depois de terem ficado com desempenho abaixo das altas recentes da Bolsa. Posco avançou 2,3%, Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering saltou 4,5% e Hanjin Shipping ganhou 2,6%. LG Display ampliou sua valorização com uma alta de 3,6%, ainda sob influência do anúncio feito pela empresa na terça-feira de que assinou memorando de entendimentos para sua primeira fábrica de monitores de cristal líquido na China. Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney teve alta de 1,1%, fechando aos 4.454,5 pontos. Ganhos nos mercados americano e asiáticos ajudaram a manter a bolsa de Cingapura no terreno positivo pelo terceiro dia consecutivo. O índice Straits Times subiu 0,4% e fechou aos 2.628,43 pontos.Europa. As bolsas europeias perderam terreno ontem, interrompendo quatro sessões de ganhos, afetadas pelo fraco desempenho das ações das empresas de mineração e de petróleo e gás natural. Após marcar mais uma máxima anual no começo da jornada, o índice pan-europeu Dow Jones Stoxx 600 caiu 0,6% para 236,54 pontos. Na Grã-Bretanha, o índice FTSE 100 caiu 0,53% para 4.890,58 pontos, enquanto na Alemanha o índice DAX de Frankfurt perdeu 0,63% e fechou em 5.521,97 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,33% e fechou em 3.668,34 pontos.Os investidores realizaram lucros no setor de mineração. As ações da Rio Tinto fecharam em queda de 4% e as da Eurasian Natural Resources recuaram 1,2%. Entre os destaques positivos na Europa, as ações da Alcatel-Lucent ganharam 12% na jornada, em meio a rumores de que uma empresa chinesa teria feito uma proposta de compra pela companhia francesa. As ações do banco de investimentos francês Natixis deram um salto de 39% na Bolsa de Paris quando voltaram a ser negociadas nesta quarta-feira, após suspensão na terça-feira. O Natixis informou que seu banco controlador, o BPCE, garantirá ao redor de 35 bilhões de euros (US$ 50,1 bilhões) dos seus ativos após ter anunciado uma perda líquida mais limitada no segundo trimestre deste ano. Em Frankfurt, as ações da gigante seguradora alemã Allianz tiveram alta de 3,2%. As ações da cervejaria holandesa Heineken subiram 5,8%, após a empresa ter informado que seu lucro líquido saltou 20% no primeiro semestre para 489 milhões de euros (US$ 700 milhões), com uma receita 11% maior no período, para 7,14 bilhões de euros, após cortes de custos e outros fatores. Os papéis da francesa Suez Environnement tiveram alta de 11,5%.

Dólar emenda três dias de alta

Após fortes oscilações na sessão de ontem, o dólar comercial encerrou cotado a R$ 1,859 na compra, e R$ 1,861 na venda, acréscimo de 0,22%. É a terceira sessão em que a divisa norte americana se valoriza na semana. A moeda dos Estados Unidos bateu R$ 1,874 às 11h no mercado interbancário, e terminou na mínima. A taxa Ptax ficou em R$ 1,8662 para compra e R$ 1,867 para venda. A expectativa pelo leilão de compra do Banco Central ajudou a elevar a cotação. Depois da operação, contudo, a alta arrefeceu, seguindo a melhora nos mercados acionários. À tarde, o BC comprou dólares com a taxa de corte do leilão fixada em R$ 1,868. No turismo, o dólar ficou cotado a R$ 1,78 na compra, e R$ 1,92 na venda, avanço de 1,05%. Foi a primeira alta depois de fechar com o mesmo preço em quatro sessões consecutivas. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar pronto terminou a rodada valendo R$ 1,861, aumento de 0,38%. O giro financeiro foi de R$ 502.845 milhões, com 93 negócios realizados. O dólar viva-voz abriu a rodada cotado a R$ 1,865, e variou entre R$ 1,86 e R$ 1,875. Nos contratos futuros, o dólar foi negociado a R$ 1,859 para setembro; R$ 1,869 para outubro; R$ 1,879 para novembro. Para Estevão Garcia, professor da Veris Faculdades, a moeda americana tem subido porque se aproxima do fim do ano, quando aumentam as importações. "Quando chega perto da época do Papai Noel, as empresas começam a pagar as importações referentes aos meses de novembro e dezembro, o que implica diretamente no preço do dólar." Apesar disso, ele acredita que ainda há espaço para o dólar cair frente ao real. "O Brasil é a bola da vez. Se a temperatura e pressão continuarem normais, o País vai atrair ainda mais investimentos externos. Dentre os Brics (Brasil Rússia, China e Índia), ele é o melhor para se investir." Segundo o professor, o índice mais relevante da semana nos Estados Unidos foi o referente aos estoques de barril de petróleo, apresentados ontem, que vieram mais altos (os estoques) do que a expectativa do mercado. Dentre os fatos que, de acordo com Garcia, podem fazer com que a moeda oscile ainda mais, ele aponta que a reeleição de Ben Bernanke para a presidência do Federal Reserve (Fed, Banco Central americano) injetará ânimo nos investidores. "Ele conduziu bem a política monetária na crise. Isso tem sido muito bem visto pelos investidores, e dará confiança a eles para aplicarem em emergentes, em especial, no Brasil." Garcia prevê que a divisa dos Estados Unidos deverá oscilar entre R$ 1,80 e R$ 1,90 no curtíssimo prazo. "Um ou outro dia pode variar mais por intervenção do BC, mas essa é a tendência." O euro seguiu movimento contrário, e desceu em relação ao real. O comercial encerrou ao preço de R$ 2,647 na compra, e R$ 2,65 na venda, declínio de 0,3%. No turismo, a divisa europeia encolheu 1,06%, a R$ 2,50 para compra, e R$ 2,80 para venda. Internacional. O dólar manteve-se em alta ontem diante de praticamente todas as moedas. Às 17h30 de Brasília, o euro caía 0,36%, para US$ 1,424. A libra esterlina cedia 0,56% frente à moeda americana (US$ 1,624). A libra chegou a tocar a mínima de US$ 1,6162 durante o dia - menor nível desde julho - em meio a receios com a saúde fiscal do Reino Unido, segundo analistas. Em relação à divisa do Japão, no mesmo horário, o dólar subia 0,03%, a 94,20 ienes; ante o franco-suíço se mantinha estável a 1,068 francos suíços. Já o euro valia 133,935 ienes, menos 0,23% do que na terça-feira. Na paridade com a moeda da China, o dólar perdeu 0,01% no dia, cotado a 6,8311 yuans.
Fonte: BC

DEPOIMENTO DO PRESIDENTE DA COSTA RICA, QUE MERECE SER LIDO E REFLETIDO

Discurso proferido na presença do Lula e demais presidentes latino-americanos, incluído o "manequim" do Equador, o caloteiro Corrêa, abaixo nominalmente citado.


Palavras do Presidente Oscar Arias da Costa Rica na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, 18 de abril de 2009.

"Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latino-americanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas. Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros. Não creio que isso seja de todo justo.
Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país. Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres.
Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade.
Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos.
Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal. Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coréia do Sul. Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante. Bem, algo nós fizemos mal, os latino-americanos.
Que fizemos errado? Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos. Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário. Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10.
Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países. Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos.
Em 1950, cada cidadão norte-americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano. Hoje em dia, um cidadão norte-americano é 10, 15 ou 20 vezes mais rico que um latino-americano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.
No meu pronunciamento me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado. Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia" e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas e soldados.
Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000* milhões em armas e soldados. Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo? Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infra-estruturar necessária, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é a desigualdade que temos que nos envergonhar realmente; é produto, entre muitas outras coisas, de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas.
Vá alguém a uma universidade latino-americana e parece no entanto que estamos nos sessenta, setenta ou oitenta. Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latino-americanos. E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, socialcristianismo...) os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o pragmatismo. Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha: "Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos".E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que "a verdade é que enriquecer é glorioso". E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo atrás.
A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos. Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos. Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer.
Muchas gracias.

Inadimplência nas empresas permanece em crescimento


Pessoas jurídicas continuam enfrentando dificuldades para renegociar dívidas.
Apesar dos indícios de recuperação na economia, com a melhora nas vendas e a elevação na oferta de crédito, a inadimplência das empresas mostrou forte crescimento em julho. Segundo pesquisa mensal da Serasa Experian, a inadimplência das pessoas jurídicas aumentou 6,6% de junho para julho e disparou 26,3% no confronto com igual mês do ano passado. Nos sete primeiros meses do ano, os atrasos de pagamentos mostraram expansão de 29,7% sobre período equivalente de 2008. De janeiro a julho de 2009, entre as modalidades de crédito a liderança foi dos títulos protestados, com 41,6% de participação no indicador. Segundo os analistas da Serasa Experian, as empresas ainda enfrentam muitos problemas de liquidez para financiar suas atividades, seus investimentos e renegociar dívidas. Os técnicos também destacam que a recessão global e o real valorizado estão penalizando as exportadoras. Na expectativa deles, a inadimplência deverá se manter alta no próximo mês, com possibilidade de queda no último trimestre.
Fonte: JC

Indústrias voltam a ensaiar reajustes


Retomada econômica e redução de estoques incentivam recuperação de margens.
Depois de meses de retração nas vendas, alguns setores da indústria estão sendo beneficiados pela retomada da economia mundial e pela redução gradual dos estoques, e já ensaiam aumentos nos preços dos produtos em busca da recomposição de margens. Os setores de plásticos, produtos siderúrgicos e materiais para construção estão obtendo sucesso na estratégia, embora os preços ainda estejam muito abaixo dos níveis anteriores à crise, no primeiro semestre do ano passado. O aumento de preços das resinas para produção de plásticos chegou a 20% entre julho e agosto deste ano devido ao movimento de volta às compras, após a redução dos estoques. No setor de transformados plásticos, as fabricantes de resinas termoplásticas promoveram dois reajustes em julho e agosto. Essas resinas são usadas na fabricação de plásticos em geral, inclusive para embalagens. "Registramos recuperação da demanda mês a mês. Julho está melhor do que junho, que havia sido melhor do que maio", disse o presidente da Braskem, Bernardo Gradin
Fonte: JC

Desemprego recua em julho e renda mantém crescimento


Pesquisa do IBGE surpreende e mostra também aumento da população ocupada.
Diferentemente do esperado pelos analistas, que previam piora no mercado de trabalho, a taxa de desemprego caiu para 8% em julho, ligeiramente abaixo da registrada em junho (8,1%), e situou-se no menor nível desde dezembro. O desemprego também ficou estável no confronto com igual mês de 2008, antes, portanto, do agravamento da crise global. Além disso, o rendimento médio real dos trabalhadores, de R$ 1.323,30, mostrou variação positiva de 0,5% sobre junho e de 3,4% no confronto com julho do ano passado. Os dados, apurados nas seis maiores regiões metropolitanas brasileiras, são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na quinta-feira. Conforme a pesquisa, a população ocupada totalizou 21,3 milhões de pessoas no conjunto das seis regiões, elevação de 0,9% na comparação com junho e de 1,1% contra mês correspondente do ano anterior. O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 1,5% de um mês para o outro.
Fonte: IBGE

Advogado não sofrerá mais revista

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), desembargador Luiz Zveiter, anunciou o fim da revista aos advogados no Fórum Central, em ato público na entrada do Palácio da Justiça, no Centro do Rio. "O advogado terá acesso ao tribunal após se identificar com a carteira da Ordem. Assim, não terá mais a sua bolsa ou pasta submetida à revista, exatamente como já acontece com os juízes e com os servidores", disse Zveiter. O desembargador destacou que o advogado é essencial à administração da Justiça e, dessa forma, tem que ser tratado como todos os outros que compõem o Poder Judiciário. A medida atende pleito da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Rio (OAB-RJ).

Nova lei sancionada por Lula confere fé pública a advogados


"A sanção da lei que reconhece a fé pública do advogado evidentemente é uma vitória para todos os advogados do País e a valorização do exercício da atividade". Essa afirmação foi feita por Ophir Filgueiras Cavalcante Júnior, diretor-tesoureiro do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, ao comentar a Lei 11.925/2009, sancionada recentemente pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que confere a mesma prerrogativa dos magistrados e dos membros do Ministério Público aos advogados privados, na Justiça do Trabalho. A lei dá nova redação aos artigos 830 e 895 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).Segundo a norma, o documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. Para Cavalcante Júnior, a medida, além de ser resultado de muitos debates sobre o assunto, é um grande passo para a modernização e supressão de burocracias. "Não se justificava essa cartorarização. Mesmo quando a parte contrária não impugnava os documentos apresentados, era necessário que eles fossem fotocopiados e registrados em cartórios, que não condiz com o tempo que estamos vivendo de modernização e busca de uma Justiça efetiva mais célere", afirmou.No caso de haver suspeita de falsificação, a lei dispõe que, impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses documentos. "Além da maior agilidade, outra grande vantagem são os custos. No caso de dúvida se o documento é verdadeiro ou não, basta levar o original para que seja feita a aferição pelo serventuário competente. Não sendo mais necessário o registro em cartório, que era arcado pela parte, o processo fica mais barato", disse.O profissional que atestar o que não está realmente nos processos poderá responder criminalmente. Cavalcante explica que não existe risco de que essa prerrogativa, sendo utilizada por maus profissionais, traga prejuízo aos assistidos.
Fonte: JC

Analistas erraram demais

Qualquer investidor que tenha seguido as orientações dos analistas de Wall Street em março registrou apenas prejuízos depois da alta da bolsa norte-americana nos meses seguintes, a maior das últimas sete décadas.Citigroup, Bank of America e mais de 12 outras empresas aconselharam os clientes a comprar ações de empresas europeias de produtos energéticos e de laboratórios farmacêuticos norte-americanos e a vender papéis de bancos e de varejistas, segundo dados reunidos pela Bloomberg News. Um investidor que tenha usado US$ 10 mil na compra de ações de empresas dos setores mais bem classificados nesses rankings e apostado na queda dos de menor avaliação desde o início do avanço da bolsa dos EUA, a 9 de março, teria perdido tudo e ainda estaria devendo US$ 6 mil para cobrir transações baixistas no mercado de opções, segundo revelam os dados.As recomendações não se mostraram corretas porque as empresas com os piores lucros encabeçaram a alta de 45% registrada pelo índice Standard & Poor"s 500 desde sua queda para o menor patamar de 12 anos, ocorrida cinco meses atrás. Os bancos de investimentos e corretoras que não conseguiram prever que os papéis mais duramente prejudicados no ano passado seriam os de recuperação mais rápida orientaram os aplicadores para papéis de laboratórios farmacêuticos e de empresas de produtos energéticos, cujo desempenho foi 22 pontos percentuais inferior ao do Índice MSCI Mundial."Os analistas se aferram aos fundamentos econômicos", disse Romain Boscher, diretor de transações da Groupama Asset Management, de Paris. "Esta é uma alta de sentimento. Os analistas estavam na defensiva. Houve um ponto de inflexão e eles não viram."Duncan Smith, porta-voz do Citigroup, preferiu não comentar, no que foi seguido por Susan McCabe Walley, do Bank of America.Quase todas as empresas que cobriam American Express aconselharam os investidores, em março, a se desvencilhar das ações da empresa de cartões, devido ao receio de que a queda do crédito ao consumidor obrigaria a empresa a cortar os dividendos. O Citigroup recomendou que o investidor comprasse papéis da Visa, vendendo a descoberto posições em American Express, em relatório de 11 de março. Os investidores que fizeram isso até o Citigroup elevar a classificação das ações da Amex, um mês depois, tiveram um prejuízo de 12%.Os retornos das ações não estiveram ligados aos lucros durante a alta de cinco meses registrada pelas ações mundiais. As empresas do S&P 500 que registraram queda dos lucros no segundo trimestre subiram 8,4%, em média, nos últimos 30 dias, comparativamente à alta de 7,2% obtida pelas empresas que tiveram expansão dos lucros, segundo mostram dados reunidos pela Bloomberg News."Foi um lixo que se deu bem", desdenha Andrew Lapthorne, diretor de Estratégia Quantitativa do Société Générale. "A maioria dos analistas tem dificuldades de recomendar ações que são lixo."Em março, mais de 50% das classificações das empresas europeias e norte-americanas de produtos energéticos foram de "comprar", já que os analistas projetavam que o crescimento das economias dos mercados emergentes impulsionaria os lucros. Um indicador das empresas de prospecção petrolífera, de construção de oleodutos e de companhias de exploração de petróleo constantes do Índice MSCI Europa, no entanto, subiu apenas 17% desde 9 de março.Os analistas também estavam otimistas com relação às centrais elétricas europeias constantes do S&P 500. Para esse grupo, a recomendação "comprar" respondeu pela maioria das orientações. As empresas de energia elétrica registraram o único aumento dos lucros do primeiro trimestre entre os 10 principais setores do MSCI Europa. Nos últimos cinco meses, o setor avançou 28%. O Índice MSCI Mundial teve alta de 50%.A crise financeira, a maior desde a década de 1930, aliada a prejuízos com crédito de mais de US$ 1,5 trilhão no mundo inteiro, levaram os analistas a recomendar "vender" em março para 28% das instituições financeiras europeias avaliadas, segundo a Bloomberg. O percentual foi de 14% para os bancos norte-americanos. Tanto os índices de bancos do S&P 500 quanto os do MSCI Europa mais do que duplicaram desde que a alta começou.Os bancos de investimento não perceberam que as ações dos bancos e de commodities já tinham refletido as perdas da recessão, segundo estudo do estrategista-chefe de ações norte-americanas do Citigroup, Tobias Levkovich, a 7 de agosto. "Não perceberam o momento da inflexão".
Fonte:Bloomberg News

Governador sanciona, e Rio de Janeiro ganha lei antifumo


Tabacarias terão licença especial, mas acabam fumódromos. Em 90 dias, fumo em lugares fechados coletivos deverá ser banido. O governador do Rio, Sérgio Cabral, sancionou na segunda-feira (17) a lei antifumo, que proíbe o fumo em lugares fechados coletivos. O texto foi publicado nesta terça-feira (18) no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro. A lei extingue também os chamados fumódromos. A lei entra em vigor no prazo de 90 dias após a data da publicação.A lei restringe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, aos espaços ao ar livre e residências. De acordo com a lei, locais de culto religioso, onde o uso do fumo faça parte do ritual, foram liberados, assim como as tabacarias. A lei autoriza o consumo no interior das tabacarias, que, no entanto, passarão a ter que comprovar a sua condição. Esses estabelecimentos deverão ter mais de 50% de sua receita vinda da venda desses produtos. O texto legal diz que a responsabilidade de impedir o uso do fumo em lojas comerciais e transportes públicos, depois da entrada em vigor da lei, será dos proprietários ou transportador. As multas poderão variar de R$ 3 mil a R$ 30mil – penalidade que poderá ser contestada no prazo de 30 dias. A lei torna proibido o fumo em ambientes de trabalho, de estudo, de cultura, de culto religioso (onde o fumo não faça parte do ritual), de lazer, de esporte ou de entretenimento, áreas comuns de condomínios, casas de espetáculos, teatros, cinemas, bares, lanchonetes, boates, restaurantes, praças de alimentação, hotéis, pousadas, centros comerciais, bancos, supermercados, açougues, padarias, farmácias, drogarias, repartições públicas, instituições de saúde, escolas, museus, bibliotecas, espaços de exposições, veículos públicos ou privados de transporte coletivo, viaturas oficiais de qualquer espécie e táxis.
Fonte: G1

Conselho Federal da OAB decide cobrar honorários


O direito dos advogados receberem honorários de sucumbência na Justiça do Trabalho e, por consequência, a revogação das súmulas 219 e 329 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), estão no centro da decisão tomada ontem pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O pleno, reunido em Brasília, aprovou por unanimidade relatório e voto do diretor e conselheiro federal da entidade pelo Pará, Ophir Cavalcante Junior, à proposição de autoria do conselheiro federal da OAB por Pernambuco, Ricardo do Nascimento Correia Carvalho, sobre o tema. Com isso, a questão passa a ser uma das principais bandeiras de luta da entidade, que vai desenvolver várias ações para vê-la implementada na Justiça do Trabalho o mais rápido possível. Também na ocasião, foi aprovado o anteprojeto de honorários de sucumbência na Justiça do Trabalho apresentado pela Seccional da OAB do Rio de Janeiro. A proposição foi elaborada por uma comissão integrada pelo ex-ministro Arnaldo Sussekind, o autor da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e aprovada como a proposta que deve receber apoio concentrado da OAB no Congresso. O texto aglutina pontos em comum dos demais projetos em tramitação.súmulas. Outra iniciativa que o Conselho Federal da Ordem deverá tomar com vistas a instituir os honorários de sucumbência na Justiça trabalhista, de acordo com o parecer do diretor Ophir Cavalcante Junior, deve ser a de "formular um pedido ao TST, na forma regimental, de cancelamento das súmulas 219 e 329, por não se justificar mais a existência de ambas, abrindo, assim, a possibilidade de os juízes trabalhistas passarem a deferir a verba de sucumbência honorária em suas decisões".
Fonte: OAB/C.F.

OAB irá ao STF contra nova lei

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) questionará no Supremo Tribunal Federal (STF), até o fim desta semana, a Lei 12.016/09, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 7. A norma regulamenta o mandado de segurança individual e coletivo. A decisão de arguir a constitucionalidade do novo texto legal foi tomada ontem, durante sessão do Conselho Federal da entidade. A lei foi sancionada sob protestos da advocacia, que apontou irregularidades no projeto que deu origem ao texto. O presidente da Comissão Nacional de Legislação da OAB, Marcus Vinícius Coêlho, explicou que a Ação Direta de Inconstitucionalidade que a entidade moverá irá contestar cinco pontos da norma. Um deles é o artigo 7º, inciso 3º. O dispositivo torna facultativo aos juízes a exigência de caução, fiança, ou depósito para a concessão da liminar. "O ponto mais grave da lei é justamente esse que possibilita ao juiz condicionar a concessão da liminar ao depósito prévio do valor discutido. Essa é a maior inconsticionalidade da lei, que cria um apartheid no Judiciário. Só terá acesso quem tiver dinheiro para fazer o depósito", criticou. O advogado afirmou que o dispositivo é inconstitucional por dois aspectos. O primeiro pelo fato de o mandado de segurança estar previsto na Constituição, sem nenhum tipo de condicionante. O segundo também pelo fato de a Carta prever o acesso a Justiça, independentemente de valores. "Em decisão recente, o Supremo, inclusive, julgou inconstitucional a exigência de depósito prévio para a interposição de recursos na administração pública. Isso no âmbito administrativo, imagine no acesso à Justiça", afirmou. "O intuito dessa medida, em minha opinião, é proteger o poder público. Se a liminar for revertida, o poder público já estará protegido. A liminar só pode ser concedida quando houver perigo de dano irreparável. Assim, ou o juiz nega ou não a liminar. Não há essa de depósito. A proteção do poder público não pode justificar essa medida que pode impedir o acesso ao Judiciário", acrescentou Marcus Vinicius Coêlho.Outro dispositivo a ser arguido pela OAB será o artigo 7o, parágrafo 2o. O dispositivo impede a concessão de medida liminar que tenha por objetivo a reclassificação ou equiparação de servidores públicos, entre outros. "A ideia é a de que uma liminar concedida para garantir o reajuste de salário poderia trazer prejuízo ao poder público. No entanto, isso não é justificativa para que o funcionário seja tratado como cidadão de segunda classe. Não há na ordem constitucional previsão para esse limite", afirmou o advogado, destacando outros pontos da lei que também serão questionados na ação. São eles: o artigo 22, parágrafo 2º, que prevê a oitiva na concessão do mandado de segurança coletivo; o artigo 1º, parágrafo 2º, que prevê que "não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público"; e o artigo 25, que veda, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios."No mais, estamos protestando contra outras condicionantes, como, por exemplo, o prazo para o ajuizamento, a proibição de condenação em honorários advocatícios, a vedação de liminar em atos de gestão, entre outros", afirmou. O advogado explicou que o mandado de segurança está previsto no ordenamento jurídico brasileiro desde 1934. "Somente no Estado Novo, durante a presidência de Getúlio Vargas, sofreu agressão tão grande quanto agora, no governo Lula", criticou.
Fonte: OAB/c. nacional

Brasil pagará 4 bilhões de euros a mais por submarinos


Não adiantam choro, nem vela: a decisão é sigilosa, mas o governo já fez opção pela proposta da França. Vai comprar 36 aviões caça para a FAB e, para a Marinha, quatro submarinos convencionais e a obra da Base Naval para construir um submarino nuclear de grande porte. O problema são os custos: só na Marinha, a proposta francesa é de 6,7 bilhões de euros, 4 bilhões mais cara do que a alemã, de 2,6 bilhões de euros.A diferença de 4 bilhões de euros que o País pagará à França corresponde ao custo do estaleiro, da Base Naval e de pessoal do submarino nuclear.O negócio entre o Brasil e a França poderá ser anunciado durante a visita do presidente Nicolas Sarkozy, em 7 de setembro.Além de submarinos, a França venderá 30 milhões de euros em torpedos. E o Brasil pagará 450 milhões de euros pela transferência de tecnologia.
Fonte: JC

O paradoxo do dólar


A moeda norte-americana, quem diria, é hoje a aposta mais contrária que existe, não apenas no Brasil, como praticamente no mundo inteiro. A greenback, como é apelidada a divisa, vem perdendo nos últimos anos o status de um dos ativos mais desejados do planeta, passando a ser um dos mais desprezados. De repente, qualquer investidor passou a preferir ações, petróleo, cobre, dívidas de empresas e até moedas das mais exóticas do que tê-la em seu portfófio. O dólar, porém, ainda é a moeda global, a mais importante de todas e, como ficou demonstrado no auge da crise, é para ela que todos correm quando a incerteza e o medo crescem.De 2002 para cá, a divisa vem perdendo valor nos cinco continentes. O Dollar Index mede a sua força em relação a uma cesta de moedas fortes, de países que são grandes parceiros comerciais dos EUA. A cesta é composta por euro, franco suíço, libra inglesa, iene, dólar canadense e coroa sueca. O índice alcançou uma máxima de 121,02 pontos em julho de 2001 e depois despencou, até cravar uma mínima em março de 2008, em 70,698 pontos. Isso significa uma perda de 41,6 % do seu valor. Em relação às unidades de países emergentes, o processo recente de derrocada se iniciou um pouco mais tarde. No Brasil, pouco antes da eleição de Lula, a taxa de câmbio chegou a R$ 4, a partir do que começou a derreter, até alcançar R$ 1,5545 em agosto de 2008; um recuo de 61,25%.O caso específico da correspondência com o euro, que foi lançado em maio de 1999, valendo US$ 1,1750, é emblemático. A moeda única europeia enfrentou um processo de desvalorização logo nos primórdios de sua existência e chegou a ser cotada a US$ 0,823, em outubro de 2000 (queda de 30%). Após esta marca, o euro subiu consistentemente até valer US$ 1,6038 em 15 de julho do ano passado, registrando apreciação de 95% frente à unidade ianque. Em 2008, o dólar iniciou uma reação e o agravamento da crise financeira, em setembro, apressou a correção no processo de perda de poder da greenback, que teve uma expressiva recuperação de valor, tanto em relação ao euro, como frente à grande maioria das moedas. O período foi marcado pelo assombro de investidores com o caos financeiro e por temores econômicos generalizados. Consequentemente, instaurou-se uma corrida para o velho e bom dólar e para títulos do Tesouro dos EUA. Nesse breve contra-ataque da divisa americana, o euro recuou a US$ 1,2330, cotação que foi registrada em 28 de outubro (uma depreciação de 23% em cinco meses), depois do que avançou repentinamente até atingir US$ 1,4719 em dezembro (apreciação de 19% em dois meses). De dezembro até quatro de março de 2009, a divisa europeia cedeu novamente até o valor mínimo de US$ 1,2457. No começo de março, teve início um rali nas bolsas de ações mundiais, com a percepção predominante de que o fim da crise estaria próximo. Em junho, houve uma pequena correção desse rali, após o que os mercados acionários retomaram o viés altista. O sentimento otimista fez com que investidores começassem a abandonar o dólar outra vez e, na quinta-feira passada, o euro chegou a US$ 1,43 (apreciação de 14,79% em três meses).No Brasil, durante a fase de maior estresse, a paridade saltou de 1 US$ = R$ 1,56 para tocar R$ 2,62 por US$, em12 de maio. Ou seja, o dólar subiu 67,95% em sete meses e meio. De março para cá, alinhado à valorização das ações, o movimento de apreciação do real foi retomado com consistência, sendo que até o momento já houve um avanço de quase 25% da divisa brasileira, em cinco meses e meio.Tamanha volatilidade nos mercados de câmbio em todo o planeta sugere duas coisas. A primeira é que há muita gente se aproveitando dela. Basta olhar o balanço dos principais bancos de investimento americanos, que registraram ganhos portentosos no primeiro semestre de 2009 com especulações cambiais. É bom lembrar que apostas em moedas formam o maior mercado financeiro do mundo, com diversos segmentos. De acordo com o Bank for International Settlements(BIS), o volume diário transacionado nos mercados de taxas de câmbio em todo o planeta já ultrapassa hoje a casa dos US$ 4 trilhões (aproximadamente 6% do PIB global), crescendo ano a ano. A segunda conclusão que se pode tirar destas guinadas bruscas nos valores relativos das unidades monetárias dos países é que os fundamentos econômicos, que deveriam determinar a força ou fraqueza de cada divisa, estão cada vez mais frágeis e ininteligíveis. Isto significa que, uma vez mais, os mercados se afastam dos fundamentos, gerando volatilidade.Atualmente, o movimento dos diversos mercados financeiros mundiais vem seguindo, diariamente, um padrão que dificilmente é alterado. Em dias de bom humor, vende-se dólares e compra-se euros e demais divisas europeias. Por aqui, compra-se reais. Paralelamente, adquire-se ações nos cinco continentes e as bolsas sobem. O trem da alegria se completa com a compra de commodities, principalmente aquelas diretamente atreladas ao crescimento econômico, como o petróleo, e cujos contratos futuros oferecem maior liquidez, alavancagem e volatilidade. Inversamente, em dias de pessimismo, compra-se dólares e vende-se ações e commodities. O detalhe é que uma mesma notícia pode justificar tanto o bom, quanto o mau humor. Depende de como é interpretada. Por sua vez, a interpretação dos maiores players dos mercados comumente possui um viés pré-determinado, antes da chegada da notícia. Macroeconomicamente falando, a principal moeda do mundo não pode seguir se desvalorizando indefinidamente, sem consequências relevantes. As commodities tampouco continuarão galgando às alturas, sem limites de preços, sem que ocorram sérios desdobramentos na economia real. Os Estados Unidos ainda representam mais de 20% do PIB mundial. São os maiores parceiros comerciais do resto do mundo. Suas importações e exportações repercutem violentamente nos balanços de pagamentos de outros participantes de peso na cena global, como China, Japão e Brasil. Por serem precificadas na unidade norte-americana, as commodities ficam automaticamente mais baratas para os demais países que não os EUA, à medida que o dólar cai; tanto para produtores quanto para compradores. As cotações tendem a se elevar, então, por um sistema de compensação, já que a subida do preço (em dólares), é de certa forma anulada pela involução da greenback. Para os EUA, todavia, esta brincadeira pode acabar saindo bastante caro, literalmente. O resultado da combinação é um encarecimento exponencial das matérias primas para a maior potência planetária. Para eles, o aumento devido à subida das cotações (em número absoluto) se torna mais um entrave à recuperação econômica e realimenta a desvalorização do dólar, via inflação. Isto, somado ao aumento de liquidez promovido para combater a crise, pode desencadear um poderoso processo inflacionário logo no início da recuperação econômica. O ciclo vicioso, uma vez instaurado, necessitaria de medidas duras do Federal Reserve (o Banco Central americano) para ser interrompido. O procedimento básico é o aperto monetário, num nível que se assemelhe, talvez, ao promovido por Paul Volcker, então presidente do Fed, no começo dos anos 80. Como bem lembra o economista Hilário Muylaert, em meados da década de 70, após o abandono da conversibilidade ao ouro (em 1971), o dólar estava sob ataque especulativo, o que empurrou a inflação nos Estados Unidos a 13,5%, em 1981. Em junho daquele ano, Volcker elevou a taxa básica de juros do país a 20%, aplicando um choque monetário restritivo, e conseguindo atrair os capitais de volta aos EUA e ao dólar, renovando a confiança internacional na divisa. O mesmo Paul Volcker é hoje chefe da equipe de conselheiros econômicos do presidente Barack Obama.Nos mercados financeiros, as possibilidades são duas. Um caminho é a manutenção do padrão atual, com a continuidade da desvalorização do dólar, em conjunto com a alta das ações e das commodities, até quando a corda arrebentar novamente. A sustentar essas tendências, há ainda um outro arranjo subliminar, no qual as moedas de países emergentes, com taxas de câmbio flutuantes, se valorizam mais do que as principais unidades europeias, do que o iene e de que o yuan, já que a China fixa a paridade de sua divisa com a americana, impedindo a sua apreciação. Esta situação permitiu, de certa forma, e apesar da força do euro, que as duas principais economias do bloco, Alemanha e França, tenham sido as primeiras potências desenvolvidas a saírem da recessão no segundo trimestre de 2009, sendo que ambos os países vêm conseguindo reerguer gradualmente o volume de suas exportações. Alemanha e França também mantiveram uma posição bem mais conservadora no auge da crise, com pacotes de estímulos extremamente contidos, quando comparados aos executado por Estados Unidos, Reino Unido e China, principalmente. Se as apostas na sustentabilidade deste modelo prevalecerem, pode-se esperar que em breve, quem sabe até o primeiro trimestre do ano que vem, o euro busque as máximas de 2008 em relação ao dólar (US$ 1,6038), bem como no Brasil a paridade vá testar a mínima de R$ 1,55 por unidade americana. No segmento das commodities, ter-se-ia o petróleo subindo às nuvens, provavelmente superando os US$ 100 por barril (a máxima histórica foi de US$ 147 em julho de 2008). Já as ações, mantido esse compasso, continuariam se valorizando, sendo que as das principais economias emergentes, dentre as quais o Brasil, teriam tudo para estar testando suas pontuações mais altas já no começo de 2010 (a máxima do Ibovespa é de 73.920 em maio de 2008). A segunda hipótese para o desenrolar dos mercados financeiros nos próximos meses é que novos solavancos, em algumas das principais economias mundiais, convençam os grandes investidores de que o padrão em curso é insustentável. Eles então inverteriam suas apostas, retornando ao dólar, ou partindo com maior determinação para ativos como o ouro e a prata, por exemplo. Neste caso, a paridade euro x dólar poderia recuar para testar novamente a faixa entre US$ 1,25 e US$ 1,23 por euro. No Brasil, provavelmente, a moeda americana voltaria a valer mais de R$ 2. Nos mercados de ações, uma correção mais aguda seria observada, segundo o mega investidor Mark Mobius, de até 30%. Neste cenário, o petróleo e a maioria das matérias primas não teriam fôlego para segurar os recentes ganhos e retrocederiam, talvez em proporção semelhante às ações. Para diagnosticar qual dos dois caminhos (e apostas) está prevalecendo a cada momento, é fundamental acompanhar de perto todas as movimentações que envolvem o dólar. Na semana passada, apenas 3% dos analistas ou gestores consultados pela Bloomberg apostavam na moeda americana. Isso quer dizer que a esmagadora maioria dos apostadores colocava suas fichas contra a greenback. Em termos de mercados tão somente, ignorando-se quaisquer fundamentos, vale lembrar que tal desequilíbrio não costuma perdurar por muito tempo, já que, para um funcionamento harmonioso, é necessária sempre a presença de vendedores e compradores. Observando-se o Dollar Index, contudo, nota-se que o indicador rompeu o suporte em torno dos 78,5 pontos, em 31 de julho. Se o nível logo abaixo dos 78 pontos não segurar, a próxima linha de suporte é em 76, após o que as antigas mínimas, próximas a 70, ficariam expostas. A chave para se decifrar até quando será mantido o atual padrão (de tendências) nos diversos mercados financeiros pode estar aí. Cada um desses suportes possui grandes chances de ser um fundo para a mais importante moeda global. Ou seja, tecnicamente falando, uma reversão (mesmo que temporária) das tendências que configuram o atual padrão pode ser iniciada em qualquer um desses níveis.
Fonte: JC

Brasil tem os bancos mais rentáveis das Américas

BB, com lucro líquido de R$ 4,014 bilhões e rentabilidade de 12,9%, encabeça a lista; Bradesco é vice-líder.
O Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido de R$ 4,014 bilhões de janeiro a junho, alta de 0,6% quando comparado ao dos meses correspondentes do ano passado. No segundo trimestre, o lucro líquido alcançou R$ 2,348 bilhões, acréscimo de 42,8% sobre igual período de 2008. Com a divulgação destes resultados, completa-se a safra de balanços dos grandes bancos brasileiros que, conforme estudo da consultoria Economatica, são os mais rentáveis das Américas. Em primeiro lugar no ranking está o próprio BB, com rentabilidade de 12,9% sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês). A segunda posição é do Bradesco e a terceira, do Itaú Unibanco. Os três superam instituições como American Express, Citigroup e Bank of America. O presidente do BB, Aldemir Bendine, disse que o banco provou estar seguindo a estratégia correta ao promover o destravamento do crédito "de forma responsável". O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao comentar o desempenho do BB, disse que o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal, equivocou-se ao afirmar que a redução de spreads promovida pelos bancos oficiais - Banco do Brasil à frente - não é sustentável.
Fonte: JC

Inadimplência do consumidor perde o fôlego, informa Serasa

Bancos e cartões de crédito encabeçam a lista dos principais tipos de dívidas não honradas.
Mesmo tendo crescido 2,8% de junho para julho, a inadimplência das pessoas físicas entrou em desaceleração, segundo pesquisa da Serasa Experian divulgada ontem. A elevação, explicou a empresa, deveu-se ao forte recuo verificado em junho (-2,1%), o que formou um base de comparação desfavorável. Os dados da pesquisa mostram que no primeiro trimestre, confrontado com igual período de 2008, a inadimplência aumentou 11,4%, percentual que baixou para 9,4% entre os segundos trimestres, em um claro arrefecimento. Para a Serasa, a perda de fôlego na inadimplência do consumidor decorreu da recuperação da economia brasileira diante dos desdobramentos da recessão. A partir do segundo trimestre de 2009, apontam os analistas da empresa, aumentou a contratação de mão de obra, o crédito retornou com prazos mais longos e as dívidas voltaram a ser negociadas com taxas de juros menores. Por segmento, bancos e cartões de crédito encabeçam a lista dos principais tipos de dívidas não honradas pelos consumidores.

O baú do bispo Macedo

A despeito da ação aberta na 9ª Vara Criminal de São Paulo - em que é acusado, com mais nove dirigentes da Igreja Universal, por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro -, o bispo Edir Macedo vai ampliando o seu Reino de Deus. Certo de que será inocentado ao fim de mais este processo (alega ser alvo, novamente, de perseguição), o nº 1 da IURD retomou o projeto de criar uma rede varejista de eletrodomésticos e artigos para o lar. A exemplo do que fez Silvio Santos com o SBT e as lojas do Baú, Macedo quer aproveitar a força comercial do seu império de comunicação, que inclui 23 emissoras de TV (Rede Record), 42 emissoras próprias de rádio e mais 36 arrendadas (Rede Aleluia), além dos jornais Correio do Povo (RS), Hoje em Dia (MG) e Folha Universal. E mais: a Igreja Universal conta com cerca de 8 milhões de fiéis sectários, potenciais consumidores, sem considerar uma rede de 4,5 mil templos no Brasil.
Fonte: JC

Itaú registra lucro deR$ 2,429 bilhões no 2º tri

O Itaú Unibanco Holding registrou lucro líquido de R$ 4,585 bilhões no primeiro semestre de 2009, aumento de 12,26% sobre os seis primeiros meses de 2008. Os ativos totais somaram R$ 596,387 bilhões, acréscimo de 72,41%, e os empréstimos totais foram de R$ 265,966 bilhões, crescimento de 79,61%. Especificamente no segundo trimestre, o lucro líquido recorrente situou-se em R$ 2,429 bilhões, queda de 14,35% ante igual período de 2008. O lucro líquido da controladora caiu 8,08%, para R$ 2,571 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido médio caiu de 26,5% para 22,3%, e o retorno sobre o ativo médio anualizado passou de 2,2% para 1,7%. O balanço da instituição, divulgado ontem, mostra que de abril a junho o Bradesco superou o Itaú Unibanco em rentabilidade e na qualidade da carteira. Embora tenha registrado um lucro contábil menor, de R$ 2,297 bilhões, o Bradesco apresentou rentabilidade sobre o patrimônio líquido - um dos principais indicadores de desempenho dos bancos - de 23,7% no segundo trimestre deste ano, contra os 22,3% do Itaú Unibanco.
Fonte: B.C.B

Advogado, protagonista da democracia

O exercício da advocacia sempre foi um dos pilares essenciais para o aperfeiçoamento democrático do País. Por essa razão, não poderia deixar de saudar os advogados brasileiros, neste mês em que se comemora a data máxima de nossa Advocacia, 11 de agosto, com a lembrança de históricas lutas em que a nossa classe travou de maneira denodada para a consolidação da cidadania e em prol dos valores da liberdade e da igualdade. Recordo a contribuição crucial dos advogados brasileiros na defesa veemente do Estado de Direito, seja patrocinando causas de cidadãos perseguidos por ditaduras ou assumindo a linha de frente pela liberdade de expressão. A Advocacia esteve presente na formulação das Cartas Constitucionais, pela esfera dos corpos parlamentares, dizendo-se presente nas ruas e nas batalhas para ampliar o acesso à Justiça dos menos favorecidos.Tenho a convicção de que este papel de protagonista da disseminação da Justiça faz com que tantos jovens se inspirem em abraçar a carreira do Direito. Em uma época na qual o idealismo vê arrefecido o calor de sua chama, é gratificante verificar que muitos jovens buscam uma carreira que, no seu cerne, inspira o ideário da Cidadania e o Primado da Liberdade. Para esses jovens, dedico algumas palavras. O mundo contemporâneo vive um estado de permanente mutação. Trata-se de uma situação que alcança todas as áreas do conhecimento humano. E em relação ao Direito, não poderia ser diferente.O mundo em transformação, vale lembrar, torna cada vez mais necessária o múnus advocatício. A competitividade na esfera dos negócios e a expansão dos conflitos em praticamente todos os campos da atividade humana formam o pano de fundo que paira sobre nossa atividade. Dessa moldura, podemos fazer a ilação de que o advogado precisa ser um dos mais completos e qualificados profissionais do mercado. Ocorre que enfrentamos enormes barreiras, em nosso país, para que esta meta seja atingida. A começar pela proliferação de instituições de ensino do Direito, que estão longe da qualidade necessária para formar profissionais habilitados. Sobre essa questão, faço duas considerações. A primeira diz respeito ao fato de que, em decorrência da complexidade da própria sociedade, a carreira de advogado está cada vez mais especializada. Trata-se de uma boa notícia. Áreas como as do Direito Ambiental, do Direito do Consumidor e do Direito Econômico, apenas para citar algumas, ganham relevância crescente e devem ser encaradas não apenas como oportunidades de mercado, mas como especializações que mantêm íntegro o princípio basilar de se fazer avançar a cidadania.O outro aspecto diz respeito a uma luta da qual não podemos abdicar: o empenho de todos os nossos esforços para interromper a degradação que se abate sobre ensino jurídico. É inadmissível permitir que certos cursos jurídicos continuem inundando o mercado com profissionais sem as mínimas qualificações. A OAB tem empenhado seu ânimo para mudar esta realidade. Temos de continuar a desfraldar a bandeira da qualidade. Por ocasião do mês do Advogado, conclamo a nossa classe a continuar na vanguarda de luta pela defesa do Ideário do Estado Democrático de Direito.

Fonte:Luiz Flávio Borges D"Urso-Presidente da OAB-SP

acionista da petrobras receberá dividendos

A Petrobras divulgou comunicado informando que pagará dividendos e a terceira e última parcela dos juros sobre o capital próprio no próximo dia 14 aos acionistas detentores de ações ordinárias ou preferenciais, na data base de 8 de abril de 2009 para os dividendos, e de 26 de dezembro de 2008 para os juros sobre o capital próprio. "Com este pagamento, a companhia conclui a distribuição do valor aprovado pela Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia 8 de abril de 2009", diz o comunicado.
Fonte: Empresa

Financiamento de imóveis com poupança bate recorde

Em seis meses, montante foi de R$ 13,6 bilhões; até dezembro, deve chegar a R$ 30 bilhões.
O volume de financiamentos imobiliários com recursos da caderneta de poupança cresceu 5,07% no primeiro semestre, em relação a igual período do ano passado, e atingiu R$ 13,605 bilhões. "Esse foi o melhor primeiro semestre da história", afirmou o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Luiz Antonio França, para quem em 2009 o volume de crédito acumulará R$ 30 bilhões. "Nossa expectativa é conservadora", disse França, acrescentando que a perspectiva é que os financiamentos do segundo semestre fiquem em nível semelhante ao dos R$ 17 bilhões da segunda metade do ano passado. Dos R$ 13,605 bilhões utilizados no primeiro semestre, R$ 8 bilhões foram direcionados para compra de imóveis, com crescimento de 29% em relação a igual período do ano passado, e o restante foi para construção. Conforme França, se incluídos os R$ 15 bilhões previstos no orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o crédito imobiliário irá a pelo menos R$ 45 bilhões este ano, ante R$ 40 bilhões em 2008.
Fonte: JC

Emprego industrial dá sinais de recuperação

Ritmo de demissões perdeu intensidade em junho e número de horas pagas cresceu.
Embora tenha sofrido a maior queda semestral já registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o emprego industrial apresentou, em junho, indicações de que está entrando em recuperação. Dados divulgados pelo instituto, na sexta-feira, mostram queda no ritmo de demissões e sinais de uma possível retomada das contratações. O nível de emprego, que havia recuado 0,5% em maio em relação a abril, caiu 0,1% em junho, na comparação com maio. Além disso, após oito meses consecutivos de queda, o número de horas pagas subiu 0,5%. "As horas pagas são um dado auspicioso. Existe caminho para uma recuperação, pois o ajuste na produção já foi feito", diz o economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rogério César de Souza. O alívio de uma queda menor no nível de emprego e de uma alta das horas pagas pode ser exemplificado pelo tamanho do tombo que o mercado de trabalho industrial sofreu com o acirramento da crise internacional, cujo ápice foi a falência do Lehman Brothers, em setembro do ano passado. Ritmo de demissões perdeu intensidade em junho e número de horas pagas cresceu.
Embora tenha sofrido a maior queda semestral já registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o emprego industrial apresentou, em junho, indicações de que está entrando em recuperação. Dados divulgados pelo instituto, na sexta-feira, mostram queda no ritmo de demissões e sinais de uma possível retomada das contratações. O nível de emprego, que havia recuado 0,5% em maio em relação a abril, caiu 0,1% em junho, na comparação com maio. Além disso, após oito meses consecutivos de queda, o número de horas pagas subiu 0,5%. "As horas pagas são um dado auspicioso. Existe caminho para uma recuperação, pois o ajuste na produção já foi feito", diz o economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rogério César de Souza. O alívio de uma queda menor no nível de emprego e de uma alta das horas pagas pode ser exemplificado pelo tamanho do tombo que o mercado de trabalho industrial sofreu com o acirramento da crise internacional, cujo ápice foi a falência do Lehman Brothers, em setembro do ano passado.
Fonte: JC

Poupança tem a maior captação do Plano Real

Causa não teria sido a migração de outras aplicações, mas, sim, a melhora da economia.
Os depósitos voltaram a superar os saques na poupança, em julho, levando as cadernetas a novo recorde de captação líquida de recursos. Dados do Banco Central (BC) mostram que as cadernetas receberam R$ 6,67 bilhões em novas aplicações no mês passado, o melhor julho desde a criação do real, em 1994. O bom desempenho, porém, não foi causado por uma migração de outras aplicações, porque também houve captação líquida nos fundos de investimento e Certificados de Depósito Bancário (CDB). Na opinião de especialistas, os depósitos têm crescido na esteira da recuperação da economia, sinalizada pela melhora nos indicadores de emprego e renda. Em julho, a poupança apresentou resultado positivo pelo terceiro mês seguido. Nesse trimestre, as aplicações superaram as retiradas em R$ 10,64 bilhões. O desempenho foi mais que suficiente para anular os meses do ano em que foi registrada saída líquida de recursos. No governo, havia o temor de que a taxa básica de juros da economia (Selic) mais baixa tirasse competitividade dos títulos públicos e que, por isso, houvesse migração em massa para a caderneta de poupança. Números apresentados nos últimos dias, porém, evidenciam que as principais aplicações financeiras receberam aportes. Em 31 de julho, o saldo de todas as contas de caderneta somava R$ 290,3 bilhões.
Fonte: JC

Decifrado o genoma do HIV

O vírus HIV já matou 25 milhões de pessoas no mundo e corre no sangue de outras 33 milhões. Apesar do desenvolvimento de drogas que aumentaram a sobrevida dos pacientes, a falta de compreensão sobre o micro-organismo responsável pela epidemia era um obstáculo para a ciência. No entanto, essa limitação caiu por terra ontem, com a publicação de um estudo revolucionário na capa da revista científica Nature. Foi no Laboratório de Biologia Química e Estrutural do Transcriptoma da Universidade da Carolina do Norte que o especialista Kevin Weeks debruçou-se por dois anos até concluir a primeira decodificação completa do genoma do HIV-1.Em entrevista exclusiva à reportagem, por e-mail, Weeks explicou que seu laboratório vinha desenvolvendo reações químicas especiais que fornecem informações sobre a estrutura do ácido ribonucléico (RNA), responsável pela síntese de proteínas nas células. "Essas reações possibilitaram que avaliássemos, em um único experimento, a composição de RNAs extensos, como o genoma do RNA do HIV", afirmou.Segundo o cientista, as moléculas de RNA são construídas a partir de blocos individuais chamados de nucleotídeos. "Descobrimos que o genoma do HIV-1 é amplo e contém duas tranças de RNA com 10 mil nucleotídeos em cada", acrescentou. A tecnologia elaborada por Weeks e seus colegas permitiu analisar a arquitetura do genoma do HIV isolado de culturas contendo trilhões de partículas virais em crescimento, os chamados vírions.De acordo com o autor da pesquisa, antes dessa técnica era extremamente difícil obter uma imagem da estrutura de RNAs extensos. Isso porque as imagens obtidas eram de baixa qualidade e desprovidas de características importantes. "Agora, temos uma figura completa da estrutura do RNA. Anteriormente, apenas poucas regiões do genoma do RNA haviam sido decifradas", comentou Weeks. "O mais importante resultado de nosso estudo é que o genoma do HIV está repleto de estruturas de RNA não conhecidas antes. Muitas delas parecem desempenhar um papel importante na replicação do vírus", destacou o cientista.Conhecer mais sobre o inimigo é um meio de se escolher as armas para combatê-lo. Enquanto todos os seres vivos - incluindo os humanos, os cães, as flores e os mosquitos - têm genomas baseados em DNA e muito similares entre si, os vírus podem ser feitos também de RNA. Nesse caso, são quase sempre causadores de graves doenças, como Aids, gripe suína hepatite C e poliomielite.3D. O que torna os genomas de RNA diferentes entre si é o fato de a molécula se assemelhar a uma fita que pode se dobrar e originar objetos tridimensionais. "A estrutura inteira do genoma do HIV é como um bracelete, no qual vários objetos tridimensionais (semelhantes a talismãs) se conectam a ele, que mantém tudo unido", explicou Weeks. Segundo ele, a grande surpresa da pesquisa foi que o genoma contém um grande número desses objetos em 3D. "Eles parecem ter um papel muito importante na replicação do ciclo do HIV-1", revelou o especialista.Weeks acredita que muitas das estruturas recém-descobertas do genoma do HIV afetam o modo como o vírus produz as proteínas. "Essas substâncias são essenciais para a habilidade do HIV de replicar seu genoma, fabricar novos vírions e se agrupar, a fim de entrar nas células humanas", disse. Os cientistas agora já sabem que é importante que partes diferentes de proteínas do HIV sejam sintetizadas a taxas distintas. "Muitas das estruturas do RNA, no genoma do HIV, parecem ter a função de "redutores de velocidade", no sentido de desacelerarem o processo de síntese proteíca em períodos bastante específicos", esclareceu o pesquisador norte-americano.Até o momento, os especialistas só estudaram o genoma completo de um único vírus, o HIV. Caso a norma se aplique a outros vírus feitos com RNAs, a ciência poderá entender um novo nível de código genético, jamais compreendido até então.TRATAMENTO. A descoberta de Weeks provavelmente vai impactar o tratamento da Aids. De acordo com Weeks, a maior parte das drogas atua por meio da interrupção ou da modulação da função de proteínas essenciais. Ele exemplifica com a importância dos inibidores de protease do HIV, que se unem a estruturas específicas da protease e barram a ação dessa substância fabricada pelo vírus da Aids. "No geral, as drogas não têm sido direcionadas contra importantes estruturas do RNA. Uma das razões para isso está no fato de que essas estruturas quase sempre não são compreendidas como estruturas protéicas", disse.Com a nova pesquisa da Universidade da Carolina, Weeks espera que seus métodos e resultados ajudem a ciência a criar novas estratégias para impedir a ação do HIV, ao atingirem diretamente os genomas do RNA.
Fonte: Revista Cientifica Nature

Pré-sal: Lula recebe três anteprojetos

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que não procede informação veiculada ontem pela imprensa, segundo a qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer que a União receba 80% do óleo do pré-sal no sistema de partilha da produção. Ele confirmou que, entre as propostas apresentadas a Lula, está a de que a Petrobras seja a operadora de todo o pré-sal, mas, segundo ele, não se fixou qual será a participação mínima que a estatal terá em cada um dos blocos. Ontem, a comissão que elabora o novo marco regulatório do setor de petróleo, que inclui as regras para o pré-sal, apresentou três anteprojetos sobre o tema a Lula, em encontro que reuniu ministros e assessores técnicos por mais de três horas.
Fonte: JC

Gerdau, a mais internacional



A siderúrgica Gerdau foi a empresa brasileira com maior presença no exterior em 2008, com 57% de sua receita provenientes de operações fora do Brasil, 63% do total de seus ativos localizados em outros países e 50% do quadro geral de empregados em unidades estrangeiras. A companhia liderou o Ranking das Transnacionais Brasileiras 2009, ano-base 2008, produzido pela Fundação Dom Cabral e patrocinado pela consultoria KPMG.A segunda colocada no ranking divulgado ontem é a fabricante de autopeças Sabó. O terceiro lugar é ocupado pela empresa de alimentos Marfrig, que no ano passado aumentou em 358% os seus ativos no exterior em valor, resultado de uma agressiva estratégia de aquisições.Para calcular o "índice de transnacionalidade", a Fundação Dom Cabral avalia três indicadores empresariais: a relação entre receitas brutas de subsidiárias no exterior e receitas totais; a proporção entre os valores dos ativos no exterior e o valor total dos ativos das empresas e a relação entre número de funcionários no exterior e o número total de funcionários.Apesar da crise financeira internacional a partir de setembro, a pesquisa da Fundação Dom Cabral mostra que as 20 maiores transnacionais brasileiras não reduziram seus níveis de internacionalização no ano passado. Pelo contrário, os números chegam a mostrar certa evolução, movidos sobretudo por novas aquisições feitas pelas empresas no exterior.Em 2008, as receitas das 20 maiores transnacionais brasileiras no exterior representaram 25,32% do faturamento total no intervalo. Em 2007, esse índice ficou em 24,16%. Já o valor dos ativos das empresas fora do País representou 27,66% do total no ano passado, ante 24,94% em 2007. Por fim, o número de funcionários no exterior foi equivalente a 27,52% do quadro geral de empregados. Na pesquisa anterior, esse percentual foi de 22,33%.A líder do ranking, Gerdau, foi responsável pela maior aquisição no exterior no ano passado com a compra da Gerdau Macsteel Inc., no valor de US$ 1,458 bilhão. A segunda maior compra foi feita pela Magnesita, que adquiriu a LWB Refractories, na Alemanha, seguida pelas aquisições dos ativos do grupo OSI na Europa e no Brasil pela Marfrig.REDUÇÃO. No entanto, o coordenador do núcleo de negócios internacionais da Fundação Dom Cabral, professor Jase Ramsey, ressalta que, do total de 41 empresas participantes da pesquisa, 14 reduziram seu nível de internacionalização no ano passado, em resposta à crise internacional, que provocou problemas de liquidez, acesso a crédito e falta de previsibilidade dos negócios.Em levantamento que considera um universo mais amplo de empresas, a KMPG comprovou redução no número de aquisições promovidas por empresas brasileiras no exterior. Em 2007 - ano recordista em número de compras de companhias no exterior -, a consultoria identificou 66 transações desse tipo, enquanto no ano passado esse número caiu "para pouco menos de 60", segundo o responsável pela área de Corporate Finance da KPMG, Cláudio Ramos."A partir do cenário efetivo de desaceleração econômica ou recessão em alguns países, no quarto trimestre, houve aumento do risco de inadimplência, elevação abrupta do prêmio de risco no mercado acionário, aversão ao risco, aumento do desemprego, queda do consumo e uma crise de crédito e de confiança", lembrou Ramos. Diante desse cenário, as empresas optaram por privilegiar o seu caixa e a expansão por meio de aquisições deixou de ser prioritária, conforme o executivo.Além de Gerdau e Marfrig, estão relacionadas entre as 20 companhias com maior índice de transnacionalidade as seguintes empresas de capital aberto, com a respectiva posição no ranking: Vale (4º), Aracruz (7º), Suzano Papel e Celulose (10º), Lupatech (11º), Marcopolo (12º), Embraer (13º), Weg (16º), ALL (17º) e Petrobras (20º).de fora. Segundo o professor da Fundação Dom Cabral Álvaro Cyrino, um dos coordenadores da pesquisa, algumas empresas brasileiras com elevado grau de internacionalização, como a JBS Friboi, ficaram fora da relação por não terem participado da pesquisa, feita a partir de questionários respondidos pelas próprias companhias.O fluxo de investimento brasileiro em fusões e aquisições no exterior totalizou R$ 10,8 bilhões no ano passado, aproximadamente 25% do total de investimento brasileiro direto no exterior, segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid).As 20 maiores transnacionais brasileiras acumularam um volume de R$ 201 bilhões de ativos no exterior em 2008, estoque 32% superior ao verificado em 2007. A Vale é a empresa brasileira com mais ativos no exterior, equivalentes a R$ 95,8 bilhões. A Gerdau é a segunda colocada, com R$ 37,4 bilhões em ativos fora do País, seguida pela Petrobras, com R$ 26,5 bilhões.
Fonte: Agência Estado

Indústria tem o pior semestre desde 1975

A produção voltou a crescer em junho, em relação a maio, mas em percentual pequeno.
A produção industrial brasileira caiu 13,4% no primeiro semestre, em relação a igual período do ano passado, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física-Brasil (PIM-PF), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o pior resultado desde o início da série histórica, iniciada em 1975, em um recuo que teve como principal responsável o setor de veículos automotores (automóveis, ônibus e caminhões). Em junho, em relação a maio, a produção cresceu 0,2%, na sexta alta consecutiva. O mau resultado do setor de veículos automotores, que no semestre encolheu 23,6%, apesar da desoneração tributária, explica-se não somente pela elevada base de comparação, como também devido aos estoques: a produção ainda não se normalizou porque as vendas estimuladas pela carga tributária menor serviram principalmente para esvaziar os pátios das montadoras e concessionárias, cheios no final do ano passado. Em relação a junho de 2008, a produção industrial encolheu 10,9%.
Fonte: J.C.

Rentabilidade da bolsa bate os demais ativos

Valorização do Ibovespa chegou a 6,41% em julho e no ano acumula alta de 45,86%
A retomada de investimentos externos na bolsa de valores brasileira, associada às boas notícias no Brasil e no exterior, contribuiu para a melhora do humor dos investidores e levou o índice da bolsa brasileira à melhor rentabilidade - valorização de 6,41% - entre os principais ativos financeiros em julho. Analistas, no entanto, sugerem cautela com as aplicações no mercado de ações, pois embora a economia global dê a cada dia sinais de que o pior da crise já passou, o horizonte ainda não está totalmente claro. Balizado pela queda da taxa básica de juros, pelos balanços de empresas americanas com resultados acima dos projetados e pela melhora da demanda por commodities no mercado chinês, o Ibovespa, puxado pelos papéis do setor de construção civil, fechou o quinto mês em alta em 2009. Com o resultado, o ganho acumulado este ano atinge 45,86%, o maior desde 1999 para o período. Segundo dados da Bovespa, no mês, até o dia 29, o saldo de investimentos estrangeiros na bolsa estava positivo em R$ 1,354 bilhão. A apreciação do real fez o dólar encerrar julho em queda de 5,04%. No ano, o valor da moeda americana recuou 20,13%.
Fonte: JC