População desempregada soma 13,326 milhões de pessoas, revela IBGE.

A fila do desemprego no País contava com 13,326 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na manhã desta quinta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado significa que há mais 1,480 milhão de desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um aumento de 12,5%. Por outro lado, o total de ocupados aumentou 0,2% no período de um ano, o equivalente à criação de 190 mil postos de trabalho.

Como consequência, a taxa de desemprego passou de 11,6% no trimestre encerrado em julho de 2016 para 12,8% no trimestre até julho de 2017. Em julho, o País tinha 350 mil brasileiros a mais na inatividade, em relação ao patamar de um ano antes. O aumento na população que está fora da força de trabalho foi de 0,5% no trimestre encerrado em julho ante o mesmo período de 2016.

O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,8% no trimestre até julho.

Taxa menor

A taxa de desemprego de 12,8% registrada no País no trimestre encerrado em julho foi a menor desde o trimestre encerrado em janeiro, quando estava em 12,6%. O País ganhou 1,439 milhão de postos de trabalho em um trimestre, ao mesmo tempo em que 721 mil pessoas deixaram o contingente de desempregados.

“Sem dúvida você tem uma recuperação do mercado de trabalho, mas uma recuperação sobre uma plataforma informal”, explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

No trimestre até julho, o mercado de trabalho gerou 54 mil vagas com carteira assinada em relação ao trimestre anterior. O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado cresceu em 468 mil pessoas, e outros 351 mil indivíduos aderiram ao trabalho por conta própria.


Fonte: Istoé.com

IGP-M tem alta de 0,10% em agosto, após 4 quedas seguidas, aponta FGV.

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) voltou a subir em agosto após quatro meses de deflação, diante da maior pressão dos preços ao consumidor e da queda mais fraca no atacado.

O IGP-M registrou alta de 0,10 por cento em agosto, após recuo de 0,72 por cento em julho, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta quarta-feira.

Em agosto, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do indicador geral, registrou variação negativa de 0,05 por cento, depois de ter recuado 1,16 por cento em julho.

No IPA, os Produtos Industriais passaram a subir 0,48 por cento neste mês, depois de os preços terem caído 0,66 por cento em julho. Já a queda dos Produtos Agropecuários diminuiu para 1,61 por cento, contra deflação de 2,60 por cento no mês anterior.

Por sua vez o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30 por cento no IGP-M, acelerou a alta a 0,33 por cento no período, contra variação positiva de 0,04 por cento em julho.

O destaque aqui ficou para a alta de 1,70 por cento registrada pelo grupo Transportes, depois de queda de 0,42 por cento. Isso porque o preço do item gasolina subiu 8,5 por cento em agosto, contra queda de 2,03 por cento em julho.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou avanço de 0,40 por cento, depois de ter subido 0,22 por cento em julho.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.

Veja abaixo a variação dos grupos (em %):

Julho Agosto

IGP-M -0,72 +0,10

IPA -1,16 -0,05

.Estágios

..Bens Finais -1,37 -0,85

..Bens Intermediários -0,76 -0,08

..Matérias Primas Brutas -1,37 +1,04

.Origem

..Produtos Agropecuários -2,60 -1,61

..Produtos Industriais -0,66 +0,48

IPC +0,04 +0,33

.Alimentação -0,44 -0,47

.Habitação +0,46 +0,53

.Vestuário 0,00 -0,28

.Saúde e Cuidados Pessoais +0,32 +0,34

.Educação, Leitura e Recreação +0,67 +0,03

.Transportes -0,42 +1,70

.Despesas Diversas +0,08 +0,13

.Comunicação +0,32 +0,26

INCC +0,22 +0,40

.Materiais, Equipamentos

Serviços +0,03 +0,20

.Mão de Obra +0,37 +0,56.




Fonte: Investing.com




Crise derruba demanda por aluguel de espaços para empresas e indústrias no Rio.

Nas áreas em oferta para escritórios, taxa de imóveis vazios atinge recorde de 41%.

RIO - A crise fiscal fluminense derrubou a demanda por espaços alugados pela indústria e por empresas no Rio de Janeiro. A oferta de áreas para escritórios bateu 41% de vacância no primeiro semestre, patamar inédito para o segmento. No Porto, chega a 93% ao se considerar apenas imóveis classe A e A+, segundo dados da Colliers International. No segmento de galpões logísticos, um quarto do inventário total disponível está vazio e o balanço de janeiro a junho é negativo. Ou seja, houve mais espaços devolvidos do que locados.

— A situação do mercado do Rio é resultado de um conjunto de fatores. Existe a recessão do Brasil, a crise fiscal do estado, a retração da cadeia de óleo e gás, com o encolhimento da Petrobras e de outras companhias do setor. A violência também preocupa. Uma taxa de vacância saudável deveria ser de cerca de 10%. Está muito acima, reduzindo os preços de locação — explica Ricardo Betancourt, presidente da consultoria.

Na área de galpões logísticos — utilizados sobretudo pela indústria — o preço do metro quadrado para locação fechou o semestre em R$ 22 por metro quadrado. Em igual período de 2014, estava a R$ 26,20. A oferta no segmento soma 1,59 milhão de metros quadrados. De janeiro a junho, o saldo líquido foi de 74 mil m² devolvidos a seus proprietários.

— O Rio sempre teve um preço bem mais alto principalmente em razão à geografia da cidade. Atualmente, está equivalente ao valor pedido em São Paulo. Na hora de fechar o contrato, porém, o preço fica em média 20% menor — destaca Betancourt. — Os imóveis mais antigos sofrem mais. A demanda se concentra em espaços mais modernos e, por isso, de operação mais eficiente, como os próximos ao Arco Metropolitano.

VACÂNCIA DE ESCRITÓRIOS ENTRE AS MAIS ALTAS DO MUNDO

Em áreas para espaços corporativos, a vacância pode estar entre as mais altas do mundo, observa o executivo:

— Em São Paulo, a vacância no segmento de espaços comerciais (para escritórios) está em 24%; na América Latina, em 18%. A do Rio já supera os 40%.

A oferta de espaços comerciais é de 1,7 milhão de metros quadrados. Na faixa superior, dos imóveis classe A e A+, o valor médio para locação fechou junho em R$ 106/m², contra R$ 123/m² em igual período de 2014. Já há recuperação, porém, na comparação com o fim de 2016, quando o preço chegou a R$ 103/m². Em áreas como o Porto, a vacância bateu 93% nesse segmento superior. Em imóveis classe B, menos de um terço (30%) estão vazios, com o metro quadrado a R$ 85/mês para o aluguel.

— O Zona Portuária é como uma nova área da cidade. Com a revitalização da região, que avançou em infraestrutura urbana, houve investimento em prédios corporativos. Com a crise, é natural que a vacância esteja alta. A previsão é que, com a retomada da economia, a demanda se aqueça. O próximo leilão de petróleo já deve começar a fazer a economia do Rio reagir — espera Betancourt.

A Tishman Speyer, um das construtoras com projetos na região portuária, vai entregar o Aqwa Corporate em outubro, que entra no escopo classe A e A+. A companhia reconhece que o “momento econômico como um todo e do mercado de imóveis em particular tem impacto mais intenso no Rio de Janeiro”. Mas afirma trabalhar com planejamento de longo prazo, confiante na demanda corporativa de empresas brasileiras e estrangeiras por espaços naquela área. O Port Corporate, concluído pela empresa em dezembro de 2014 na região e onde funciona o escritório da Tishman no Rio, ainda não foi ocupado.

Fonte: Jornal o Globo

Melhora da economia vai demorar a surtir efeito na arrecadação.

Inflação baixa e contribuição menor de indústria e bancos afetam receitas.

A recuperação da economia vai levar tempo para se refletir no recolhimento de impostos. As receitas são afetadas pela inflação mais baixa e pela arrecadação menor da indústria e do setor financeiro. -BRASÍLIA- A queda livre nas receitas, que obrigou o governo a propor mudanças nas metas fiscais de 2017 e 2018, foi resultado de uma combinação de fatores que se transformou numa tempestade perfeita para a equipe econômica. Além da recessão, que vinha derrubando o recolhimento de impostos e contribuições desde 2014, o governo teve de enfrentar o efeito da redução dos índices de preços sobre a arrecadação e a contribuição cada vez menor dos setores industrial e financeiro aos cofres públicos. No mês passado, a Receita Federal recolheu R$ 109,9 bilhões, 0,34% a menos que em julho de 2016.

Especialistas e integrantes do governo ouvidos pelo GLOBO afirmam que, embora a economia já dê sinais de recuperação, isso vai demorar a se refletir nas receitas, deixando um quadro fiscal difícil nos próximos anos. O pesquisador do Ibre/FGV e exsecretário de Política Econômica da Fazenda Manoel Pires lembra que a receita líquida do governo atingiu 20% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, quando as contas públicas fecharam o ano com superávit primário de 2% do PIB. De lá para cá, a receita caiu, ficando em 17,4% do PIB em 2016. Para este ano, a projeção é de 17,3% e, para 2018, de 16,8%.

— A receita está em torno de 17% de um PIB que não cresce. Teria de voltar a um patamar de 19% para que o país volte a fazer superávits primários e reduza a dívida pública — explicou Pires.

RECUPERAÇÃO COM REFORMA Os cálculos da equipe econômica mostram que a forte queda da inflação teve impacto negativo sobre as contas públicas. Se preços mais baixos são bons para a renda das famílias, também reduzem a base de incidência dos impostos e contribuem para derrubar as receitas. A inflação baixa (menor que o centro da meta, de 4,5%) fez com que as projeções dos técnicos no Orçamento de 2017 ficassem muito descoladas do resultado efetivo verificado até agora. A frustração apenas com esse fator já está em R$ 19 bilhões. Para 2018, o número é ainda maior, de R$ 23 bilhões.

A estrutura tributária brasileira se tornou um agravante. Com a recuperação da economia puxada mais fortemente pelo setor do agronegócio, que tem carga tributária menor que o segmento industrial, a receita também sofreu. Além disso, o setor financeiro vem dando contribuições menores para a arrecadação. Em entrevista ao GLOBO, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicou que os bancos fizeram provisões nos últimos anos e estão descontando perdas do imposto devido. E muitas empresas estão num processo de absorção de prejuízos do passado, o que impacta a arrecadação:

— Isso vai mudar. O que nós prevemos é uma recuperação gradual. Quando o PIB está subindo, a receita cresce mais do que o PIB. Quando começa a cair, a receita cai mais. Com a recuperação da economia e com PIB crescendo mais, a receita vai crescer. Com isso, vamos chegar a superávits primários importantes. Ainda é difícil prever quando vai acontecer.

O ministro afirmou que será preciso fazer uma reforma tributária que mude a distribuição da carga tributária entre os setores:

— Tem questões estruturais que vamos ter que olhar à frente, que são as mudanças setoriais na economia.

Para o professor do Instituto de Direito Público (IDP) e pesquisador do Ibre/FGV José Roberto Afonso, a arrecadação não voltará aos tempos áureos da década passada sem uma reforma tributária. Segundo ele, com as mudanças nas relações econômicas, o sistema, voltado a tributação de mercadorias e serviços, tornouse obsoleto. Transações virtuais (armazenamento de dados em nuvem, ouvir música) crescem cada vez mais e não geram arrecadação. Além disso, afirmou, há transformações no mercado formal de trabalho, com maior participação de prestadores de serviços e menos carteira assinada.

— A perspectiva é que a carga tributária siga se deteriorando, como já vem ocorrendo desde o fim da década passada. Vai melhorar só quando se construir um novo e moderno sistema tributário — disse Afonso.

IMPACTO DO CÂMBIO Segundo dados da Receita Federal, o recolhimento de tributos de entidades financeiras já caiu quase 7% no ano, ficando em R$ 91,4 bilhões até julho.

Para Afonso, os ganhos financeiros que sustentavam muito da arrecadação despencaram com juros reais e menos crédito. Ele lembrou o caso do BNDES, que chegou a emprestar R$ 200 bilhões por ano e que, em 2017, mal chegará a um terço. Isso representa menos IR, CSLL e PIS/Cofins.

Fontes do mercado financeiro argumentam que a situação é diferente de acordo com o foco de cada banco. Em instituições com muitos negócios fora do país, como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, a queda no recolhimento de impostos está relacionada ao câmbio. Esses bancos tiveram prejuízo tributário com operações de hedge (proteção contra variações da moeda estrangeira) porque o dólar subiu nos dois últimos anos e, agora, estão com estoque de crédito — o que vem reduzindo a base de impostos a pagar.

A recessão — que praticamente paralisou novas concessões de crédito e a arrecadação de impostos desse serviço, num cenário de risco mais alto por causa da inadimplência — ajuda a explicar porque os bancos estão pagando menos para o Fisco.

Segundo técnicos do governo, a demora dos contribuintes em aderir ao novo Refis por causa da dificuldade do governo em fechar acordo com o Congresso em torno do regime tem impacto negativo na arrecadação.


Fonte: Jornal o Globo

Cautela prevalece e confiança do consumidor brasileiro tem menor nível desde janeiro, diz FGV.


SÃO PAULO (Reuters) - Os consumidores permaneceram cautelosos em agosto em relação aos gastos a prazo diante do desemprego elevado, e a confiança do consumidor no país caiu ao menor nível desde janeiro, informou a Fundação Getulio Vargas nesta sexta-feira.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV caiu 1,1 ponto em agosto e chegou a 80,9 pontos, na terceira queda consecutiva, em um ambiente ainda de incertezas sobre evolução da economia.

"Ainda há incerteza em relação ao futuro e por isso muita cautela nos gastos com compras a prazo, em um ambiente que o comprometimento de renda e o desemprego são ainda elevados", destacou em nota a coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt.

Em agosto, a principal influência para o resultado do ICC partiu do Índice de Expectativas (IE), que recuou 2,5 pontos e foi a 88,9 pontos, também o menor patamar desde janeiro.

O pessimismo em relação à situação econômica futura compensou a melhora na percepção sobre as finanças familiares no momento atual. Assim, a alta de 1,0 ponto do Índice da Situação Atual (ISA), para 70,7 pontos, não foi suficiente para evitar a queda do IE.

O consumidor brasileiro vive um momento de inflação e taxa de juros baixos, porém com desemprego ainda alto e uma retomada da economia que ainda engatinha, o que traz cautela.


Fonte: Investing.com

Principais credores da Oi se unem para apresentar proposta de reestruturação.


Os principais credores da operadora Oi – representados pelo banco americano Moelis e pela assessoria G5, em parceria com bancos de fomentos estrangeiros, reunidos pela consultoria FTI – se uniram para apresentar uma proposta de plano de reestruturação da dívida de R$ 64 bilhões da tele. Esse grupo tem R$ 22,6 bilhões em débitos da Oi.

Todos os detentores da dívida (“bondholders”) da companhia somam R$ 32 bilhões.

A proposta do novo grupo prevê uma injeção de R$ 3 bilhões na companhia e não conta mais com a participação do empresário egípcio Naguib Sawiris, que estava alinhado com o Moelis. O plano prevê também a conversão de 88% das dívidas em ações. Na oferta anterior, apresentada somente pelos credores do Moelis, essa porcentagem era de 95%.

De acordo com comunicado enviado pelos integrantes do novo grupo, há discussões em andamento com outros credores-chave e partes interessadas da Oi sobre os termos de reestruturação conjunta da dívida da companhia. Procurada, a tele não comenta.

Disputa. A operadora entrou com pedido de recuperação judicial em junho do ano passado e desde então vem enfrentando uma disputa entre acionistas e credores, que discordam sobre os rumos da companhia.

Sem esse acordo, a Oi não terá condições de apresentar hoje, quando vence o prazo determinado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), um plano de reestruturação reformulado. A tele enfrenta o maior processo de recuperação judicial do País, com R$ 63,95 bilhões em dívidas e 55 mil credores. Uma assembleia entre credores e acionistas deverá ser convocada para outubro, segundo fontes.

Carta

Conforme apurou o Estadão/Broadcast, com fontes próximas ao processo, a Oi apresentará apenas uma carta de resposta ao órgão regulador, ressaltando avanços na saúde financeira e operacional da companhia, bem como o status atualizado das negociações com credores.

Essa decisão foi tomada na quarta-feira, 23, durante reunião do conselho de administração da operadora, que contou com a presença de um representante da Anatel. No encontro, os conselheiros independentes cobraram agilidade da empresa, sob o risco de que o processo se arraste por um tempo excessivamente longo, causando prejuízos futuros às operações da empresa.

Os conselheiros independentes foram indicados ao cargo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também credor da tele, ao lado da Caixa Econômica Federal e da própria Anatel.

Pelas discussões conduzidas ontem, ainda não foram definidas as condições para a planejada capitalização de R$ 8 bilhões, com pendências remanescentes sobre origem dos recursos e o prazo para efetivação dos aportes. Porcentuais de diluição de acionistas e conversão de dívida de credores em ações também são pontas que permanecem soltas.

No começo deste mês, a Anatel deu prazo de 15 dias para que a Oi apresentasse uma versão reformulada de seu plano de recuperação judicial.

Alinhamento

Uma fonte ouvida pelo Estado afirmou que a união desse grupo de credores foi bem recebida. É a primeira vez que o fundo abutre Aurelius, representado pelo G5, considerado o mais agressivo nessa disputa, está alinhado para uma proposta, segundo essa pessoa que não quis se identificar.

Em conversa com jornalistas nesta semana, o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), afastou a possibilidade de uma intervenção imediata na Oi caso o novo plano de recuperação judicial não seja apresentado dentro do prazo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Istoé.com

IPTU pode subir até 70% no Rio.

Projeto de Crivella que revê regras de cobrança do imposto é aprovado em primeira discussão na Câmara.

“Em 2000, o IPTU representava 33% dos impostos arrecadados pela prefeitura. Hoje, esse percentual está em 20%” Paulo Messina Vereador, líder do governo na Câmara Municipal.

O IPTU poderá aumentar até 70,03% no Centro e em Santa Teresa caso seja aprovado na Câmara o projeto de Crivella. Ontem, o texto passou em primeira votação. O IPTU cobrado de imóveis residenciais no Rio sofrerá um reajuste médio que pode chegar a 70% no Centro, caso o projeto do prefeito Marcelo Crivella seja aprovado pela Câmara Municipal. Em média, para os 999.699 contribuintes que já pagam o imposto, o reajuste será de 36%. As informações constam de um estudo da Secretaria municipal de Fazenda feito a pedido de PSOL. O percentual de 70%, em média, atingiria imóveis da região conhecida como AP-1, que inclui Centro, Rio Comprido, São Cristóvão e Santa Teresa. Na Zona Sul, o aumento médio proposto é de 48%, enquanto que, na AP-4 (Barra, Recreio e Jacarepaguá), pode chegar a 19,1 %. Ontem à noite, os vereadores aprovaram o projeto em primeira discussão, sem emendas, por 32 votos a 18.

A PROPOSTA DE REAJUSTE DO IMPOSTO OS VALORES DO TRIBUTO RESIDENCIAL, EM MÉDIA, DE ACORDO COM AS REGIÕES DA CIDADE

O texto prevê que o aumento seja repassado em parcelas iguais em 2018 e 2019. Ao todo, 239.307 contribuintes residenciais também vão passar a recolher o imposto. Deste total, 21.538 são de Copacabana e 9.904, da Tijuca. A explicação para a redução do número de isentos é que as regras atuais de cobrança, em vigor desde 1999, preveem que todo imóvel com até cem metros quadrados e valor de mercado estimado em até R$ 260 mil tem direito a um desconto de 40% no imposto e na taxa de coleta de lixo (paga no mesmo carnê do IPTU). Caso o valor final fique abaixo de R$ 96, o contribuinte é automaticamente declarado isento. O novo projeto acaba com a isenção por metragem.

O reajuste será elevado porque desde 1997 a prefeitura não atualiza a chamada Planta de Valores, que estima o preço do metro quadrado em toda a cidade e serve de parâmetro para calcular o imposto. Mesmo com as mudanças na regras, cerca de 40% dos mais de 1,9 milhão de imóveis da cidade (760 mil, incluindo residenciais, comercias e terrenos) ainda ficarão livres do imposto. Hoje 60% dos imóveis (cerca de 1,1 milhão) não recolhem o tributo ou só pagam a taxa de coleta de lixo. COMÉRCIO TAMBÉM AFETADO Em relação a imóveis comerciais, a prefeitura não divulgou simulações de percentuais de reajuste. A Fecomércio, no entanto, fez um estudo que foi entregue ontem aos vereadores. Pelas projeções da entidade, o reajuste de imóveis comerciais pode chegar a 153% na Barra; a 162% em Campo Grande; e a 118% em Madureira. Procurada, a Secretaria de Fazenda não comentou os dados.

— A situação do comércio já é muito difícil hoje. Muitos comerciantes mal conseguem pagar o aluguel e vão ter que arcar com um reajuste substancial. Uma proposta como esta tem que ser discutida de forma mais aprofundada, o que até agora não aconteceu. Não há necessidade de pressa — disse Natan Schiper, diretor da Fecomércio, lembrando que o prazo final para o projeto ser aprovado e entrar em vigor no ano que vem é o dia 30 de setembro.

Com as mudanças, a prefeitura quer arrecadar R$ 600 milhões a mais com o IPTU. O projeto também prevê um aumento de 2% para 3% da alíquota do ITBI, cobrado em transações imobiliárias, o que, segundo estimativas do município, pode gerar mais R$ 300 milhões de receita a partir de 2018.

Ontem à tarde, os vereadores apresentaram às comissões temáticas da Casa várias propostas de emendas. A bancada governista vai analisar as sugestões em conjunto com técnicos da Secretaria de Fazenda, para decidir quais teriam a chancela de Crivella. Pelo cronograma elaborado pelo líder do governo, Paulo Messina (Pros), o projeto será debatido em audiência pública na próxima segunda-feira. Já a votação final será na quarta-feira, dia 30.

Algumas propostas já são estão previamente aprovadas. Uma delas, apresentada por vereadores com bases eleitorais nas zonas Norte e Oeste, tem o objetivo de manter a isenção para conjuntos habitacionais de baixa renda. Há também a proposta do vereador Fernando William (PDT) para limitar o teto do reajuste a 60%. O vereador e ex-prefeito Cesar Maia (DEM) sugeriu fixar o reajuste do imposto em, no máximo, 10% e que o aumento só seja válido a partir de 2019. ARRECADAÇÃO VEM CAINDO A bancada do PSOL também apresentou uma série de emendas. Uma delas prevê a aplicação de alíquotas progressivas, conforme o valor de mercado dos imóveis. Integrante da bancada, Paulo Pinheiro diz que o objetivo é diminuir o impacto do aumento entre os moradores de menor poder aquisitivo. Ele observa, por exemplo, que o reajuste chega a 41,8% na Zona Norte e a 36,3% na Zona Oeste.

Por sua vez, Leandro Lyra (Novo) defende uma proposta que prevê a universalização da cobrança do imposto, com base na capacidade contributiva, sem que haja um aumento real na arrecadação.

Em um esforço para tentar convencer os vereadores a votarem a favor do projeto, Paulo Messina citou dados sobre a arrecadação do IPTU.

— Em 2000, o IPTU representava 33% dos impostos arrecadados pela prefeitura. Hoje, esse percentual está em 20%. Além da Planta de Valores não ser atualizada há anos, o valor real que é cobrado diminui à medida que os imóveis envelhecem. É preciso fazer a atualização — disse Messina.

Entre os que são contrários ao projeto está o presidente da Comissão de Assuntos Urbanos, vereador Chiquinho Brazão (PMDB):

— Aumentar imposto agora só vai estimular a inadimplência.



Fonte: Jornal o Globo

País tem 59,4 milhões de inadimplentes, mostra pesquisa.

Desemprego e queda na renda são apontados como as principais causas.

SÃO PAULO - A cabeleireira Sandra Rita dos Santos, de 38 anos, viu sua renda cair pelo menos 40% nos últimos meses com o movimento mais fraco do salão de beleza onde trabalha em São Paulo. O resultado foi o atraso em contas como telefone e internet. Seu nome ainda não está negativado na praça, já que ela não deixa as contas vencerem por três meses consecutivos. Mas ainda não conseguiu colocar tudo em dia.

- Minha renda caiu em torno de R$ 800. Atrasei o pagamento de contas como telefone e internet por pelo menos dois meses, desde março passado. Ainda não consegui colocar tudo em dia. Mas não deixo passar três meses consecutivos para não ficar negativada - conta a cabeleireira, que é solteira.

Sandra se enquadra no perfil do brasileiro inadimplente, segundo uma pesquisa inédita do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que será divulgada nesta terça-feira.

Mesmo com sinais de melhora da economia, incluindo a geração de vagas formais de trabalho (no primeiro semestre foram criados 67,3 mil postos, segundo o Ministério do trabalho), o desemprego e a queda na renda ainda são apontados como os principais fatores da inadimplência no país, segundo a pesquisa.

O levantamento mostrou que entre as pessoas com contas em atraso em até 90 dias, 26% ainda culpa a perda do emprego pelo calote e outros 14% apontaram a queda na renda como causa. A pesquisa foi feita em todos os estados do país e entrevistou 600 pessoas. Em anos anteriores da pesquisa, o desemprego foi apontado por 28% dos entrevistados (2016) e 33% (em 2015) como maior culpado pelo atraso nas contas.

Atualmente, segundo o SPC Brasil, existe uma legião de 59,4 milhões de brasileiros com o CPF negativado na praça - o que significa que o nome já foi parar nas listas de inadimplentes, após 90 dias de atraso. Em janeiro deste ano, o total de negativados chegava a 58,3 milhões de pessoas. Há uma elevação de 1 milhão de negativados, mas o número continua dentro da margem de erro da pesquisa, segundo explicou o SPC.

- O desemprego e a perda de renda continuam sendo os principais fatores que levam à inadimplência. Mesmo com inflação abaixo de 3% e queda nos juros, o brasileiro ainda não sentiu no bolso os efeitos desse processo. O desemprego continua elevado e a renda segue deprimida, o que ainda afeta a vida financeira das pessoas - diz Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

A dívida média em atraso do brasileiro é de R$ 2.980,00 um valor considerado alto pela economista do SPC. Mas o que mais assusta e mostra descontrole financeiro, diz ela, é o fato de que 43% das pessoas não sabem ao certo o quanto devem.

A pesquisa mostrou ainda que outros motivos que levaram os brasileiros à situação de inadimplência foram a falta de controle financeiro (11%) e o empréstimo de nome a terceiros (5%). Na comparação com 2016 (9%) e 2015 (7%), houve uma queda no percentual de pessoas que apontam o empréstimo de nome a terceiros como causa da inadimplência.

- Provavelmente quem emprestava o nome para terceiros agora compartilha das mesmas dificuldades de quem pedia o nome emprestado - afirma o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli. 

O perfil do inadimplente mostra que a maioria é de mulheres (56% contra 44% dos homens), reflexo da população do país. Por faixa etária, a maior concentração de calotes está em pessoas com idade entre 25 e 49 anos, que juntos detém 65% da amostra.

Segundo a pesquisa, nove em cada dez (93%) dos inadimplentes entrevistados são das classes C, D e E, e 7% pertencem às classes A e B. O estudo revela que de cada dez consumidores com contas em atraso, cinco (48%) não acreditam que vão conseguir pagar nem ao menos uma parte de suas pendências nos próximos três meses.

- É importante lembrar que cerca de 70% dos brasileiros pertencem às classes C,D e E. Portanto, não é supresa o percentual de 93% apontado pela pesquisa. E houve um impacto grande negativo da crise no setor de serviços, onde muita gente das classes C, D e E trabalha informalmente. O resultado foi a diminuição da renda - diz Maurício Prado, diretor executivo da Plano CDE, uma empresque pesquisa esse segmento da população.

Ele observa que as pessoas acabam fazendo uma "seleção das dívidas", priorizando algumas contas na hora do pagamento. A pesquisa do SPC mostrou que os compromissos que os inadimplentes mais pagam em dia, são aqueles considerados básicos, como plano de saúde (93% dos que têm esse compromisso), condomínio (89%), aluguel (84%). As contas que mais estão em atraso, mesmo sem ter gerado negativação do CPF, são as de juros mais elevados, como cartão de loja (84% entre os que têm essa conta), empréstimo em banco ou financeira (74%), cartão de crédito (74%), cheque especial (72%) e crediário (67%).

O estudo revela que de cada dez consumidores com contas em atraso, cinco (48%) não acreditam que vão conseguir pagar nem ao menos uma parte de suas pendências nos próximos três meses. Para 51%, a maior dificuldade para quitar a dívida em atraso é o fato de o valor total da pendência superar em muitas vezes a renda que possui.Entre os 20% que disseram ter a intenção de pagar toda a dívida nos próximos 90 dias e os 26% que pagarão ao menos parte do que devem, pretendem fazer um acordo com os credores.

- Acertei algumas contas que estavam em atraso, mas não consegui quitar a dívida com o cartão de crédito, que com os juros chega a R$ 9 mil. Não consigo fazer acordo com o banco, porque os juros que eles cobram são muito elevados - diz a ex-bancária Simone de Azevedo, de 37 anos, que perdeu o emprego e ficou com a situação financeira em descontrole.

A pesquisa revelou que os inadimplentes atrasam até mesmo o pagamento de roupas e compras de supermercado. A compra em supermercados por meio de parcelamentos foi o segundo item que mais originou a inadimplência, sendo responsável por 31% das compras não pagas e feitas com cartão de crédito, cartão de lojas, cheque ou crediário. Em primeiro lugar está a compra de roupas, calçados e acessórios com 60% das respostas.

- Preocupa muito o fato de as pessoas ainda estarem fazendo compras de supermercado parceladas. É um sinal de falta de controle do orçamento - diz Marcela Kawauti.


Fonte: Jornal o Globo


Monitor do PIB da FGV aponta queda de 0,24% no 2º trimestre ante o 1º trimestre.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,24% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre do ano, estima o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB, divulgado nesta segunda-feira, 21. O indicador antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais. “Esta taxa interrompe a trajetória de recuperação observada no primeiro trimestre”, ressaltou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB/FGV, em nota oficial.

Na comparação com o segundo trimestre do ano anterior, o PIB do segundo trimestre teve retração de 0,3%. O destaque foi o desempenho negativo do total da indústria, com queda de 1,8%, influenciado, principalmente, pela retração de 7,4% da atividade de construção.

O consumo das famílias cresceu 0,6% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo trimestre em 2016, a primeira variação positiva após nove trimestres negativos consecutivos. O consumo de serviços manteve resultados negativos (-1,0%), enquanto o consumo de bens não duráveis cresceu 0,5%, o de semiduráveis subiu 7,3%, e o consumo de bens duráveis registrou crescimento de 3,8%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve retração de 5,1% no segundo trimestre em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O desempenho do componente de máquinas e equipamentos continua positivo (0,4%), mas contribuiu com apenas 0,1 ponto porcentual para o indicador de investimentos. Já o componente de construção teve forte queda de 9,0%, com impacto de -4,6 pontos porcentuais para a taxa trimestral da FBCF.

As exportações cresceram 3,2% no segundo trimestre em comparação ao mesmo período de 2016, puxada pelos produtos da extrativa mineral (19,1%) e bens de consumo duráveis (35,9%). As importações diminuíram 1,8% no segundo trimestre, com avanços em bens de consumo não duráveis (12,4%), bens de consumo semiduráveis (60,2%), bens intermediários (12,5%) e serviços (0,3%), mas uma retração acentuada em bens de capital (-43,1%).

O PIB apresentou crescimento de 2,65% em junho ante maio, após ter recuado 5,79% no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a atividade econômica encolheu 1,2% em junho, depois dos resultados positivos registrados nos meses de março e abril.

Em termos monetários, o PIB acumulado em 2017 até o primeiro semestre alcançou cerca de R$ 3,21 trilhões em valores correntes.


Fonte: Istoé.com

Crise fiscal é principal razão para a piora no mercado de trabalho do Rio.

Com atraso nos salários, R$ 3,3 bilhões deixam de circular.

RIO e BRASÍLIA - Enquanto a recessão começa a perder força e o mercado de trabalho dá sinais de estabilização no país, o Estado do Rio de Janeiro anda na contramão. Segundo dados divulgados na quinta-feira pelo IBGE, a taxa de desemprego no Brasil caiu de 13,7% para 13%, entre o primeiro e o segundo trimestres deste ano. No Rio, o número subiu de 14,5% para 15,6%, uma alta de 1,1 ponto percentual. Por trás desse movimento, está a crise fiscal fluminense. Estudo do Tesouro Nacional revelado também na quinta indica que o estado se mantém na lanterna das contas públicas do país: segundo o novo Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais, o governo fluminense está há pelo menos três anos nessa situação, com nota de classificação D, a mais baixa da escala.

Entre os seis estados que apresentavam nota D ou D+ (as mais baixas na classificação de saúde fiscal medida pelo Ministério da Fazenda) em 2015, apenas o Rio não teve melhora. Mesmo Rio Grande do Sul e Minas Gerais, também em situação fiscal complicada, melhoraram seus resultados em 2016. No ano passado, as despesas com folha de pagamentos no Rio cresceram 6%, para R$ 33,67 bilhões, enquanto na média do país a alta foi de só 4,7%.

SEM SALÁRIOS, R$ 3,3 BI DEIXAM DE CIRCULAR

A crise fiscal do Estado do Rio, segundo especialistas, é a principal razão para a piora no mercado de trabalho fluminense. O salto no desemprego no Rio foi o segundo maior do país, atrás apenas de Pernambuco, onde a taxa subiu de 17,1% para 18,8%. Manuel Thedim, economista do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), lembra que a folha de ativos e inativos representa uma injeção mensal de R$ 3,3 bilhões na economia fluminense. Quando os salários atrasam, é este o volume de dinheiro que deixa de circular.

— A incerteza afeta o consumo totalmente. O servidor não sabe se vai receber no mês que vem e para de gastar. Há ainda o corte de investimentos da Petrobras, além da crise política, mais intensa aqui no estado. É a tempestade perfeita para o tipo de crise que a gente vive — afirma Thedim.

O economista Fernando Holanda de Barbosa Filho, da FGV, aponta que os problemas do Rio — nas áreas fiscal e de trabalho — foram postergados pela Olimpíada. De fato: em 2015, na esteira da preparação para os Jogos, a taxa de desemprego se manteve abaixo da média nacional. Disparou após o fim da euforia com o evento e a desmobilização de áreas como construção civil e serviços.

— A Olimpíada ajudou o estado do Rio, não só (com os empregos gerados) nas obras, mas na ajuda que o estado recebeu do governo federal para evitar o caos durante a festa. Passada a Olimpíada, a realidade bate à porta — analisa.

João Saboia, da UFRJ, acrescenta que a escalada da violência no Rio agrava o desemprego.

Na média do Brasil, a taxa de desemprego recuou, mas o país ainda tem 13,5 milhões de desempregados. E o número de brasileiros subocupados, ou seja, que estão disponíveis para trabalhar e não buscaram vagas e os que gostariam de trabalhar por mais horas, é ainda mais elevado. O levantamento mostra que falta trabalho para 26,3 milhões de pessoas. Além disso, outros 2,9 milhões estão em busca de uma vaga há mais de dois anos.


Fonte: Jornal o Globo

Minuta indica que Fed pode esperar para elevar juros.

Membros do banco central americano estão divididos sobre os riscos da inflação, e alguns integrantes argumentam que eles podem “ser pacientes” antes de voltar a aumentar as taxas de juros, de acordo com a minuta da última reunião divulgada nesta quarta-feira.

Era esperado que o Federal Reserve (Fed) aumentasse a taxa de juros pela terceira vez neste ano, mas a minuta da reunião de 25 e 26 de julho mostrou que os tomadores de decisão continuam confusos com a persistência da inflação fraca, apesar do desemprego em nível muito baixo.

Mas membros do Comitê Federak de Mercado Aberto concordaram que o Fed pode anunciar “relativamente em breve” o começo dos esforços planejados para reduzir seus ativos, uma medida que vai aumentar os custos de empréstimos.

Diante do cenário de criação de empregos estável e desaceleração nos índices de desemprego, muitos membros do Fed continuam a desprezar a fraca pressão dos preços, culpando fatores “idiossincráticos”, como queda dos preços de planos de telefonia móvel e de medicamentos.

Mas, após aumentar a taxa de juros duas vezes neste ano, os formuladores de políticas monetárias tiveram dificuldade de explicar a ausência de inflação – os índices continuam fracos ou até em retração em relação à meta de 2% do Fed.

A minuta indicou com os membros do Fed têm opiniões cada vez mais divergentes. Alguns acreditam que o atual momento de baixa inflação pode durar bastante.

Preocupados com isso, alertaram que o banco central deve “ser paciente” antes de adotar uma nova alta de juros, “até que novas informações confirmem que as leituras recentes da inflação não devem persistir”.

Outros participantes temem que baixas taxas de juros possam criar instabilidade e encorajar decisões arriscadas nos mercados financeiros.

Os membros do Fed em geral acreditam que a inflação continuará baixa na segunda metade deste ano. Vários esperam que a taxa volte ao normal “nos próximos dois anos”, de acordo com a minuta.

Contudo, outros “viram alguma probabilidade de a inflação permanecer abaixo dos 2% por mais tempo do que o esperado atualmente”.

A minuta também confirmou expectativas de que o banco central possa anunciar, até em sua próxima reunião, em setembro, o começo de um processo de redução dos 4,5 trilhões de dólares em ativos detidos.

O Fed comprou enormes quantidades de títulos para apoiar o mercado financeiro durante a crise de 2008, com efeito similar a corte nos juros, e tem trabalhado há meses num plano para reduzir gradualmente o investimento sem incomodar o mercado.


Fonte: Istoé.com

Para economistas, meta fiscal é incerta e insuficiente.

Analistas dizem que revisão era inevitável, mas defendem ações de longo prazo.

RIO e SÃO PAULO - A revisão da meta fiscal foi vista por analistas como inevitável e um sintoma do desequilíbrio das contas públicas no país. Economistas questionaram, no entanto, se o governo, mesmo prevendo um rombo maior, conseguirá cumprir o objetivo — já que o ajuste proposto depende de medidas que passarão pelo Congresso. E alertaram para a necessidade de ações de longo prazo que ajudem a equilibrar as finanças da União, como a reforma da Previdência.

Para a economista Margarida Gutierrez, professora da Coppead/UFRJ, as novas metas dão mais folga para o governo bancar as despesas de custeio e afastam o risco de apagão fiscal, o chamado shutdown. No entanto, persiste a incerteza sobre o custo previdenciário, que consome cerca de 70% dos gastos do governo, nas contas dela. A especialista argumenta, ainda, que o teto de gasto, em vigor já neste ano, se tornou uma medida de controle das despesas mais importante que a meta fiscal.

— (A revisão) dá mais folga. É importante não ter que ficar mudando a meta toda hora. Hoje, temos um pilar fiscal, a emenda do teto, que é muito mais forte, que contém o gasto. Nesse sentido, acho que não deve ter muita repercussão — avalia.

Luis Otávio de Souza, economista-chefe do banco ABC Brasil, destaca que não há clareza sobre quais medidas serão aprovadas no Congresso.

— A pergunta a ser feita é: como vai alcançar agora? O Refis pendurado, leilão de quatro usinas da Cemig numa situação indefinida. São receitas esperadas que ninguém sabe se serão realizadas. Qual o coelho que será tirado da cartola? — questionou.

Para Rafael Bistafa, economista da Rosenberg Associados, o teor do anúncio de ontem mostra que a situação fiscal do país ainda é bastante crítica, e que, sem uma profunda reforma em áreas como a Previdência, o governo terá de recorrer a medidas acessórias para conseguir estabilizar o déficit e cumprir as metas.

— A queda do déficit está fora do horizonte, e vamos continuar nessa precariedade fiscal, sem conseguir estabilizar a dívida pública, que vai continuar crescendo — diz Bistafa.

DE SUPERÁVIT A DÉFICIT EM 2020

Ele lembra que, para estabilizar a dívida, o setor público precisa de um superávit de 2,5% do PIB, mas as novas metas significam um déficit de 2,5% do PIB.

O economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, vê a revisão apenas como uma consequência do quadro fiscal. Ele discorda do argumento utilizado pelo governo, que atribui à inflação mais baixa boa parte da frustração de receita que levou às mudanças de projeção:

— Quando a inflação cai, a gente tem que sair em praça pública e vibrar. A economia melhora a saúde, e a perda real da atividade econômica fica menor.

O especialista defende mudanças profundas, como o estabelecimento de um teto de gastos dividido por setor, em vez do limite global. Em sua avaliação, isso incentivaria que todos os segmentos do governo se esforçassem para poupar, o que resultaria numa redução de despesas sem sacrificar gastos não obrigatórios, como os investimentos.

Além de anunciar a revisão das metas para 2017 e 2018, o governo alterou a previsão para 2020, anteriormente de superávit de R$ 10 bilhões, para rombo de R$ 65 bilhões. Dessa forma, o país segue sem previsão de voltar a economizar para pagar os juros da dívida pública.

Margarida, da UFRJ, vê o número como resultado da política fiscal malsucedida:

— Superávit em 2020 é impossível. O governo atualizou para dar mais transparência.
Na avaliação de Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco, a revisão da meta em uma proporção próxima à frustração de receitas deve ser bem entendida pelos mercados financeiros. Esse valor, segundo ele, é justamente os R$ 20 bilhões acrescidos pela equipe econômica:

— Um déficit fiscal maior, se fosse percebido como um abandono de meta, os prêmios de risco poderiam subir.

O aumento da meta não deve afetar a credibilidade da equipe econômica, afirmou a agência de classificação de risco Moody’s, em análise do início do mês.

BOLSA PERDE FORÇA

A expectativa de revisão da meta deixou o mercado financeiro em compasso de espera. O Ibovespa, principal índice de ações da B3 (ex-BM&FBovespa e Cetip), perdeu força ao fim do pregão e fechou ontem com leve alta de 0,10%, aos 68.355 pontos — na máxima, chegou a subir 0,82%. Já o dólar comercial encerrou em queda de 0,87%, a R$ 3,175.


Fonte: Jornal o Globo


Comércio ainda está no vermelho no primeiro semestre de 2017, mas registra terceira alta mensal seguida.

Pesquisa Mensal do Comércio mostra ainda o primeiro crescimento em um trimestre após nove taxas negativas.

RIO - O comércio brasileiro ainda está no vermelho no primeiro semestre de 2017 — é o quinto semestre seguido com taxas negativas —, mas os números do mês e do trimestre mostram algum respiro, segundo os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, divulgados nesta terça-feira. A queda no primeiro semestre do ano foi de 0,1%, a menor intensidade desde o primeiro semestre de 2015 (-2,1%), e o varejo conquistou em junho a terceira alta seguida, frente ao mês anterior, de 1,2%, além de um crescimento de 2,5% no segundo trimestre — frente ao recuo de 2,7% no primeiro trimestre e acabando com uma sequência de nove taxas negativas.

Entre janeiro e junho, apesar da variação negativa de 0,1%, alguns segmentos mostraram alguma reação, como foi o caso de móveis e eletrodomésticos (5,9%) e tecidos. O desempenho no primeiro semestre foi bem melhor que no segundo semestre de 2016, quando tinha caído 5,6%.

O resultado ainda no terreno negativo destoa do desempenho da indústria, que fechou o primeiro semestre com alta de 0,5%, o melhor resultado desde 2013.


Fonte: Jornal o Globo

Governo deve anunciar hoje mudança da meta fiscal.

O presidente Michel Temer e os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, terão hoje (14) a reunião final para definir em quanto vai aumentar a meta de déficit primário para este ano e para 2018. Em nota conjunta enviada na última quinta-feira (10), as duas pastas informaram que qualquer decisão será anunciada imediatamente depois de tomada.

O déficit primário é o resultado negativo nas contas do governo, desconsiderando os juros da dívida pública. Originalmente, a meta de déficit estava fixada em R$ 139 bilhões para este ano e em R$ 129 bilhões para o próximo. No entanto, a arrecadação ainda em queda e uma série de frustrações de receitas dificultaram o cumprimento da meta original.

Primeiramente, o Tribunal de Contas da União (TCU) mandou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) refazer o edital do leilão de renovação de concessão de usinas hidrelétricas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig (SA:CMIG4)), que renderia R$ 11 bilhões aos cofres federais este ano.

A segunda versão do programa de regularização de ativos no exterior, conhecida comorepatriação, arrecadou apenas R$ 1,61 bilhão, contra R$ 13 bilhões inicialmente previstos. As alterações na medida provisória que criou a renegociação especial de dívidas com a União também podem diminuir a previsão de arrecadação, caso o governo não consiga reverter essas mudanças.

Por fim, o governo teve de recuar de duas medidas que elevariam as receitas. O aumento do Programa de Integração Social e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre o etanol foi parcialmente revertido, reduzindo a previsão de arrecadação em R$ 501 milhões.

Na semana passada, o governo revogou a medida provisória (MP) que acabaria com a desoneração da folha de pagamento para 46 dos 52 setores beneficiados pela política. A MP, que trancava a pauta da Câmara dos Deputados, perdeu a validade na última quinta-feira (10) e foi revogada sem passar por votação. O governo enviará um projeto de lei sobre o assunto. A revogação resultará em perda de R$ 4,8 bilhões.

Incertezas

O governo enfrenta ainda incertezas com receitas extraordinárias. Em julho, o TCU emitiu um alerta de que a União terá dificuldades em arrecadar R$ 19,3 bilhões por causa de receitas de concessões que podem não entrar no caixa do governo em 2017. Além dos R$ 11 bilhões dos leilões de hidrelétricas, que não vão mais entrar nos cofres federais este ano, o governo fará um leilão de R$ 8 bilhões de concessões de petróleo e gás no próximo mês.

A equipe econômica também pretende concluir a venda de ações do Tesouro no IRB-Brasil, empresa que detém o monopólio do mercado de resseguros no país, e privatizar a Caixa Seguridade e a Lotex, empresa de loterias. As vendas, no entanto, precisam ser concluídas até outubro para que os recursos ingressem no caixa do governo ainda este ano.


Fonte: Investing.com

Lucro da Petrobras cai 14,6% no 2º trimestre.

Regularização tributária, provisão para perdas com sonda e queda de venda de combustíveis afetam resultado.

A Petrobras registrou no segundo trimestre lucro de R$ 316 milhões, 14,6% menos que no mesmo período de 2016. A empresa atribuiu o resultado à redução de 8,3% na venda de combustíveis e a uma provisão para despesas extraordinárias. Ainda assim, no semestre o lucro foi de R$ 4,7 bi, revertendo prejuízo do ano passado. Com queda na venda de combustíveis e provisão para despesas extraordinárias, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 316 milhões no segundo trimestre. O resultado significa um recuo de 14,6% em relação a igual período do ano passado. A estatal teve gastos de R$ 6,234 bilhões com a adesão a programas especiais de regularização tributária, que incluem débitos ligados à repactuação do fundo de pensão da companhia, a Petros. Além disso, a companhia teve de provisionar outros R$ 818 milhões referentes a recebíveis ao navio-sonda Vitória 10.000. A crise econômica no Brasil também pesou, com a queda de 8,3% nas vendas de combustíveis no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2016.

Houve ainda recuo de 93% na comparação com o primeiro trimestre do ano, quando a companhia ganhou R$ 4,449 bilhões. Assim, no semestre, a estatal registrou resultado positivo de R$ 4,765 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 876 milhões do mesmo período de 2016.

EXPORTAÇÃO EM ALTA O resultado dividiu especialistas. Uma parte esperava prejuízo de até R$ 3 bilhões; e outra estimava lucro de até R$ 1,2 bilhão. Mas todos avaliam que as provisões fiscais atrapalharam o desempenho da estatal.

Por outro lado, a Petrobras cortou as despesas. No primeiro semestre do ano, os custos ficaram em R$ 5,248 bilhões, uma queda de 40% em relação ao mesmo período de 2016. Com o plano de incentivo a demissões, o efetivo da companhia teve redução de 18% nos primeiros seis meses do ano e ficou em 63.152 empregados. Os investimentos somaram R$ 20,156 bilhões entre janeiro e junho, um recuo de 23% em relação ao ano passado. Isso permitiu um fluxo de caixa livre (recursos gerados pelas atividades operacionais descontados os investimentos) de R$ 22,722 bilhões no semestre. Com o desempenho, a estatal chegou a nove trimestres consecutivos de fluxo de caixa livre positivo.

A empresa também melhorou o seu perfil de endividamento. Passou de US$ 95 bilhões (R$ 301 bilhões) no primeiro trimestre deste ano para US$ 89,3 bilhões (R$ 295,3 bilhões) no segundo trimestre deste ano. A produção subiu 3% no primeiro semestre, chegando a 2,791 milhões de barris por dia.

No semestre, as exportações de petróleo subiram 48%, chegando a 717 mil barris por dia. Pedro Parente, presidente da Petrobras, destacou os resultados da companhia:

— Por efeitos extraordinários, tivemos um lucro líquido menor, mas tivemos fluxo de caixa livre positivo pelo nono trimestre e uma dívida abaixo de US$ 90 bilhões.

Parente destacou que a companhia sentiu o menor preço do petróleo no mercado internacional, que caiu de uma média de US$ 50,70 por barril entre janeiro e março para US$ 47,25 entre abril e junho. Assim, a receita caiu 8,3% no segundo trimestre, para R$ 51,301 bilhões. Na comparação semestral, o recuo foi de 3%, para R$ 105,230 bilhões.

Questionado sobre a eficácia da nova política de preços, com variações praticamente diárias, o presidente da Petrobras explicou que há defasagem de dois meses até que essa política de reajustes mostre resultados financeiros:

— Não é resultado ruim. A política foi mudada a partir de julho. Entre comprar e chegar, leva 60 dias. O resultado da política será visível até setembro. A política, na nossa visão, está indo muito bem. A única coisa que estamos fazendo é reagir ao que acontece com a commodity.

CAPTAÇÃO DE R$ 2 BI COM BNDES Ivan Monteiro, diretor financeiro, destacou a crise econômica e a queda no preço do petróleo.

— Apesar de a produção subir, a recessão afetou a venda de nossos produtos. Mas a companhia vem melhorando, com queda nas despesas. Tivemos a adesão ao programa tributário do governo e o valor do contrato de arrendamento da sonda. Houve uma imensa redução de ociosidade de equipamentos e a queda de gastos com poços secos (o recuo foi de 82,1%, caindo de R$ 1,810 bilhão para R$ 324 milhões entre o primeiro semestre de 2016 e 2017) — disse Monteiro.

A companhia, porém, precisa melhorar seu nível de endividamento, destacou Monteiro. Ele lembrou que a empresa vai reduzir seus vencimentos em 2018 (de US$ 9,3 bilhões) em US$ 1,5 bilhão a US$ 2 bilhões. Para isso, a companhia vai acessar o mercado financeiro internacional nos próximos meses. A Petrobras também vai voltar a fazer operações com o BNDES. Para Monteiro, a expectativa é captar até R$ 2 bilhões nos próximos seis meses através do Finame, linha destinada à compra de máquina e equipamentos.

De olho no caixa para esse ano, a empresa pretende vender ativos e manter a meta de US$ 21 bilhões até o ano que vem. O diretor financeiro disse que a empresa tem hoje uma carteira total de US$ 40 bilhões em desinvestimentos.

— Temos um portfólio de US$ 40 bilhões. Estamos otimistas. O nível de interesse é alto. Houve alterações importantes no ambiente de regulação. Isso aumenta o interesse pelos ativos e aumenta o valor. Uma das decisões foi fazer a abertura de capital da BR Distribuidora. Terão iniciativas importantes no segundo semestre — explicou ele. DESCOBERTA EM CAMPOS O especialista Flávio Conde da consultoria WhatsCall disse que o resultado decepcionou porque, além dos impactos negativos das provisões, o resultado operacional não foi muito positivo. Conde, que esperava lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, disse que a empresa teve forte queda nas vendas de combustíveis, principalmente de diesel, que caíram 11% no segundo trimestre:

— A Petrobras teve perda de receita e de rentabilidade. Isso mostra como é importante continuar o plano de venda de ativos para a redução do endividamento da companhia. Esperamos que a venda das ações da BR Distribuidora aconteça até outubro.

Para Phillip Soares, analista da Ativa Investimentos, o resultado operacional veio fraco:

— Um ponto positivo foi o anúncio da descoberta de petróleo no pré-sal na área do campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos.


Fonte: Jornal o Globo

Rio fica fora do movimento de recuperação

Afundado na pior das crises fiscais que assolam os Estados e de ressaca após investimentos para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, o Rio ficou de fora do movimento de início de recuperação do mercado de trabalho no País como um todo. No 1.º semestre, foram fechadas 65.582 vagas de emprego formal no Rio, pior desempenho entre todos os Estados, revela estudo da CNC, com dados do Caged.

Com a crise, o governo fluminense acumula dívida de cerca de R$ 8 bilhões com fornecedores e os atrasos de salários somam cerca de R$ 2,4 bilhões, incluindo parte do 13º. O resultado é a lentidão ainda maior na recuperação do consumo, com impacto direto no comércio.

Tanto que o varejo foi o setor que mais fechou vagas com carteira assinada no Rio no 1.º semestre – o saldo negativo no Caged foi de 20.447 vagas.

Desde o início da recessão, em 2014, 49.762 estabelecimentos comerciais fecharam no Estado, segundo o Clube de Diretores Lojistas do Rio (CDLRio). No 1.º semestre deste ano foram 9.730 lojas fechadas, salto de 55% ante o mesmo período de 2016. Na média, foram fechadas 54 lojas por dia. “O Estado do Rio está falido. Há 200 mil funcionários públicos sem receber e a crise da Petrobrás levou ao cancelamento de contratos e a demissões”, disse o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves.

O coordenador de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), William Figueiredo, lembra que servidores públicos têm renda acima da média e, portanto, peso maior no consumo das famílias. Sem garantia de receber salários em dia, os funcionários públicos retraem seu consumo, principalmente de bens mais caros, como imóveis.

O setor da construção no Rio foi atingido em cheio tanto pela queda na demanda por imóveis quanto pelo fim das grandes obras de infraestrutura com vistas aos Jogos Olímpicos, como a revitalização da região portuária e a Linha 4 do Metrô. Conforme o Caged, no total, foram fechadas 6.633 vagas na construção civil no primeiro semestre.

Bicos

Jefferson da Silva Teixeira dos Santos, de 24 anos, foi demitido há três meses. Seu último emprego foi na Construtora Santa Isabel, onde trabalhou como auxiliar de almoxarifado de uma obra que foi paralisada. Desde a demissão, faz bicos nos fins de semana como guardião de piscinas em condomínios. “Tenho muita fé em Deus de melhorar alguma coisa, mas quando a gente vai num canteiro de obra e vê um mestre de obras falando que a tendência é só piorar o País, a gente fica até um pouco mais abalado”, disse.

A ressaca após os Jogos Olímpicos não está só na paralisação de novas obras de infraestrutura, mas também nos hotéis vazios. O setor hoteleiro investiu pesadamente em expansão e apostou num aumento permanente da demanda, que não veio. Vazios, os hotéis demitem. No 1.º semestre, foram fechadas 12.655 vagas no setor serviços de alojamento e alimentação, que inclui a hotelaria.

Tiago Rodrigues, de 20 anos, foi demitido depois de um ano e dois meses trabalhando como recepcionista de um hotel na zona sul da capital. “Com o aumento no número de assaltos, os turistas não querem vir para o Rio. Quero continuar na hotelaria, por isso cogito sair da cidade e até do Estado”, disse Rodrigues na semana passada, quando foi ao sindicato para assinar sua rescisão. O hotel dispensou metade da equipe de recepção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Istoé.com

Inflação volta a subir e fica em 0,24% em julho; em 12 meses, está abaixo da meta do governo.

Dados do IPCA foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira.

RIO - Após registrar em junho a primeira deflação em 11 anos, o Brasil voltou a registrar alta de preços, informou o IBGE nesta quarta-feira. Em julho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,24%. No acumulado em 12 meses, ficou em 2,71%, ou seja, abaixo do piso da meta de inflação do governo, pela primeira vez desde 2007.

A meta, no entanto, é considerada neste caso apenas como referência, já que é contabilizada oficialmente apenas no ano fechado, ou seja, entre janeiro e dezembro de 2017. O objetivo do governo é que o índice oficial fique em 4,5% neste ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, encerro o ano entre um piso de 3% e um teto de 6%.

O resultado ficou acima da expectativa de analistas ouvidos pela Bloomberg, que previam um IPCA de 0,18% em julho e de 2,65% em 12 meses.

Apesar da taxa baixa no acumulado em 12 meses, o mercado espera que o IPCA volte a acelerar nos próximos meses. Segundo o boletim Focus mais recente, divulgado na segunda-feira pelo Banco Central, a mediana das projeções indica que o indicador encerre 2017 em 3,45% — ainda assim, dentro da meta estabelecida.


Fonte: Jornal o Globo

Previdência já consome sete vezes mais que a Saúde. Em 2025, pode chegar a dez vezes.

Despesas previdenciárias abocanham 56,8% do Orçamento da União e vão atingir R$ 735,5 bilhões este ano.

BRASÍLIA, RIO e SÃO PAULO - Em trajetória crescente, as despesas previdenciárias abocanham, hoje, 56,8% do Orçamento da União e vão atingir R$ 735,5 bilhões este ano. Para se ter uma ideia do espaço que é tomado por esses desembolsos, o número é sete vezes maior do que o governo gasta com saúde (excluindo folha de pagamento), R$ 103,8 bilhões. Ele também é 23 vezes maior do que as despesas com benefícios assistenciais, incluindo o programa Bolsa Família, de R$ 30,8 bilhões. Os números foram apresentados ontem pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, em encontro com investidores chineses no qual ele fez uma defesa da reforma da Previdência.

— Basicamente, estamos gastando 57% do Orçamento federal com Previdência. Apenas os gastos com o regime geral (R$ 560 bilhões) subiram cerca de R$ 50 bilhões este ano e representam duas vezes o investimento público. Tem algo muito errado nas nossas contas, que é o fato de que estamos colocando o dinheiro para pagar aposentado e não para investir. Disso decorre grande parte dos problemas de infraestrutura que nós temos — disse o ministro.

O economista Leonardo Rolim, consultor do Orçamento da Câmara dos Deputados na área de Previdência, estima que aposentadorias e pensões devem consumir dez vezes mais que a Saúde em 2025, se nenhuma reforma for feita:

— Os gastos com saúde não vão cair. Pela lei do teto de gastos, vai se manter nesse piso e ser reajustado pela inflação. Mas essas despesas precisavam aumentar, porque a população está envelhecendo e demandando mais assistência.

BENEFÍCIOS DESIGUAIS

Rolim estima que as despesas com Previdência devem crescer perto de 3% ao ano, descontada a inflação. Considerando o projeto original de reforma do governo, a despesa subiria pouco. Com as mudanças já feitas no substitutivo na Câmara, as despesas devem crescer cerca de 1% ao ano:

— Atualmente, destinamos para a saúde metade do que a Europa gasta e quase a mesma coisa no caso da Previdência.

Oliveira lembrou que, no caso da Previdência, o governo quer resolver algumas assimetrias. Como exemplo citou que o déficit na previdência dos trabalhadores do setor privado é de R$ 185 bilhões e contempla 70 milhões de beneficiários. Já a dos servidores públicos tem déficit de R$ 30 bilhões, mas para um milhão de servidores aposentados.

O ministro também fez um paralelo entre quanto a equipe econômica tem nas mãos para fazer investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) — R$ 26,7 bilhões ou 2,1% das despesas primárias da União — e quanto tem de pagar em benefícios.

Enquanto os investimentos do PAC despencaram de 2016 para 2017 de R$ 42 bilhões para R$ 26,7 bilhões, as despesas previdenciárias totais subiram R$ 67,8 bilhões. O segundo maior gasto do Orçamento é com folha de pagamento, que chegará a R$ 162,4 bilhões e também teve aumento de 2016 para este ano: R$ 15,3 bilhões.

Segundo Oliveira, o governo precisa fazer um ajuste fiscal de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos dez anos. Isso significa sair de um déficit primário de 2,5% do PIB para um superávit de 2,5%:

— Este é o tamanho do trabalho que o Brasil precisa fazer nos próximos dez anos.

O economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, calculou o peso da Previdência na economia em 50 anos:

— Atualmente, os benefícios consomem perto de 11% do PIB e devem chegar a 22% em 50 anos. Essa diferença de gastos em relação à Saúde só vai aumentar.

Rolim calcula que a Previdência deve representar 82% da despesa primária em 2025. Atualmente, equivale a 56,8%:

— Estão contra a reforma para defender privilegiados como eu, funcionário público. Não faz sentido.

Maia defende manutenção do texto

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também defendeu a reforma da Previdência, que está na lista de prioridades do governo para a agenda do Congresso após a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer. Meirelles disse esperar que o conjunto de reformas seja votado este ano. Perguntado se vai aceitar mudar ainda mais o projeto da Previdência, que já foi aprovado em comissão especial da Câmara, Meirelles afirmou defender a manutenção do texto. No entanto, admitiu que o governo pode ter de fazer concessões e lutar para aprovar o que for possível:

— Defendemos a manutenção do projeto como está hoje no relatório aprovado na comissão especial, mas, como já mencionou o presidente (Temer), vamos estar discutindo democraticamente e fazendo aquilo que é possível. Mas sempre alertando a todos para uma realidade que é factual, objetiva. Quanto mais perto do projeto como está hoje for aprovada a reforma da Previdência, mais tempo vamos passar no Brasil sem discutir a Previdência.

Em entrevista à CBN, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também defendeu a votação do texto aprovado na comissão:

— O Brasil chegou a uma situação, com a questão fiscal e o déficit previdenciário, que, se tivermos um pouco de bom senso e maturidade, vamos votar no mínimo o texto que foi aprovado na comissão, porque não adianta fazer uma reforma da Previdência menor do que isso. Não vai resolver o problema dos brasileiros, pois o déficit continuará aumentando.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que o governo quer ainda avançar na reforma tributária, mas que antes é necessário tratar da Previdência. Segundo ele, sem isso, o governo ficaria sob a pressão constante para o aumento do gasto público, impulsionado pelas despesas previdenciárias.

Fonte: Jornal o Globo

Investimentos de R$ 102 bilhões à espera de novas regras.

Crise política atrasa mudanças nos setores de gás, telecomunicações, rodovias e ferrovias.

RIO - Os dilemas no setor de infraestrutura vão além da devolução da concessão do aeroporto de Campinas, um dos maiores do país, por parte da iniciativa privada. Segmentos como os de gás, telecomunicações, rodovias e ferrovias aguardam mudanças em seus marcos regulatórios, em meio à paralisia provocada pela crise política. Com isso, investimentos de pelo menos R$ 102 bilhões estão empacados há quase um ano, de acordo com levantamento feito pelo GLOBO.

Esses investimentos podem nem sair do papel, alertam especialistas, caso a crise política continue a tomar conta do Congresso, atrasando a publicação de medidas provisórias e projetos de lei com as novas regras. Em alguns casos, como as rodovias, já há até uma ameaça de devolução das concessões. No setor de gás, por exemplo, os leilões, que começam em setembro, ainda não contam com o novo marco regulatório.

Do outro lado, fontes no próprio governo classificam como otimista a possibilidade de mudança nas regras ainda neste ano em grande parte dos setores, mesmo com a rejeição da denúncia pela Câmara contra o presidente Michel Temer, impedindo a investigação por corrupção passiva no Supremo Tribunal Federal (STF).

— É imperativo atrair investimento privado, já que não haverá grande volume de recursos do governo ou das estatais, como Petrobras e Eletrobras. Como são investimentos complexos de longa duração, tem que haver previsibilidade regulatória. As mudanças estão na direção certa, mas demoram muito porque a fragilidade política absorve muita energia — disse Claudio Frischtak, da Inter.B Consultoria.

O setor de gás, concentrado nas mãos da Petrobras, tende a receber investimentos privados de cerca de R$ 14 bilhões até 2030, caso as mudanças do programa Gás Para Crescer, conduzido pelo Ministério de Minas e Energia, consigam ser aprovadas pelo Congresso. A meta é que no próximo dia 15 as regras para permitir o acesso das empresas privadas a gasodutos, estações de regaseificação e terminais de Gás Natural Liquefeito (GNL) sejam reunidas em um projeto de lei a ser enviado à Casa Civil.

— Com essas mudanças, a gente já considera investimentos até 2030 de R$ 14 bilhões em gasodutos, terminais de GNL e plantas de processamento de gás. A mudança regulatória vai permitir isso. A gente vai ver se consegue colocar esse projeto de lei em regime de urgência. E talvez consiga tramitar ao longo desse segundo semestre, mas é uma visão bastante otimista — afirmou Márcio Felix, secretário de Petróleo do Ministério de Minas e Energia.
Regras para renovação de concessões

Os investimentos podem ser ainda maiores. Se levar em conta a construção de gasodutos pela iniciativa privada para campos como Carcará, Pão de Açúcar e Gávea, todos no pré-sal da Bacia de Santos, que estão em fase de exploração, os recursos podem somar R$ 50 bilhões.

— Novos atores estão chegando no Brasil. Esperamos que haja mais competição, com mercado maior e mais dinâmico — pontuou Felix.

Segundo o advogado Giovani Loss, sócio do escritório Mattos Filho, muitas das mudanças foram iniciadas antes do aprofundamento da crise política. A lógica, diz ele, é que as mudanças venham para melhorar o ambiente de negócios:

— O objetivo das novas regras é fazer com que o mercado privado tenha garantias para atuar num segmento que só tem a Petrobras.

No setor de telecomunicações a mudança na regulamentação poderia destravar investimentos de cerca de R$ 15 bilhões em um período de cinco anos, destaca uma fonte do mercado. Porém, a proposta de projeto de lei (PL) que permite a migração das concessões de telefonia fixa para autorizações, enviada para o Senado em 2016, ainda aguarda uma decisão final do Supremo Tribunal Federal (STF).

— Essa indefinição está se arrastando durante todo este ano. Há uma promessa de o assunto avançar a partir deste mês de agosto, com um entendimento entre o STF e o Senado sobre o tema. Enquanto isso, o setor está paralisado — disse uma fonte do setor.

Segundo advogados e especialistas, o aumento do investimento em telecomunicações, com a aprovação do PL, virá, entre outras coisas, dos chamados bens reversíveis, como prédios e terrenos que pertencem à União e serão repassados às teles em troca da ampliação da banda larga no país.

— Embora positivo, o projeto de lei vai mudar de forma radical o setor. Ao transformar a concessão em autorização, o perfil do investimento muda, com foco em internet — destacou Sérgio Guerra, professor da FGV Direito Rio, .

Rafael Pistono, especialista em direito regulatório do Vinhas e Redenschi Advogados, destaca que a falta de mudança na regulamentação atrapalha o cronograma de investimentos, que poderiam ser muito maiores que os atuais. Hoje, em média, o setor investe ao ano cerca de R$ 25 bilhões, número que, segundo fontes, poderia chegar a R$ 33 bilhões.

— As mudanças na lei são afetadas pela instabilidade política. Está parado por causa da agenda política — disse Pistono.

O setor de transporte também atravessa momento de mudanças. Entre as ferrovias, a alteração na regulamentação, com a publicação de uma lei (a antiga MP das concessões), que permite antecipar a renovação anos antes do término do contrato, vai destravar investimentos de R$ 25 bilhões, segundo a Associação Nacional dos Transportes Ferroviários (ANTF). As concessões poderão ter validade de até 30 anos. Mas a lei ainda precisa ser regulamentada.

Em nota, a ANTF disse que “as novas regras conferem maior segurança jurídica ao setor". Segundo a associação, as prorrogações antecipadas dos contratos poderão gerar mais de 40 mil empregos, entre diretos e indiretos.

Com a mudança, a Rumo, diz Guilherme Penin, diretor Institucional da empresa, prevê investimentos de R$ 5 bilhões até 2023, como na ampliação da capacidade dos trens da linha que liga Mato Grosso do Sul e São Paulo:

— Se não houvesse mudança na lei, não seria possível fazer um investimento sem a garantia de que a concessão será renovada.

Mas a lei que está dando uma dose de otimismo ao setor ferroviário não atendeu às empresas de transporte rodoviário, que não tiveram a possibilidade de renovar seus contratos antecipadamente. Por isso, o setor defende uma outra medida provisória, para permitir a ampliação do prazo de concessão dos atuais cinco anos para algo em torno de dez a 14 anos. Essa medida tende a destravar R$ 12 bilhões em investimentos que hoje estão paralisados.

Segundo César Borges, presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), a nova medida é essencial para destravar obras que hoje estão paradas, como a BR-163, em Mato Grosso, a BR-040, que liga Brasília e Juiz de Fora, entre outras:

— O projeto de MP está bastante avançado. Mas tem que ter vontade política. Não se pode demorar até o fim do ano. Isso tem que sair até o fim deste mês. Os investimentos pararam. São mais de cinco mil quilômetros. Só com essa MP é possível salvar os investimentos. Caso essa MP demore, as concessões podem ser devolvidas, como ocorreu com Viracopos.

Novo marco para o setor elétrico

O setor elétrico se prepara para novas regras, cinco anos após a criação da MP 579, que baixou artificialmente a conta de luz com a renovação dos contratos de concessão de várias usinas hidrelétricas. O novo marco, que está em consulta pública até o dia 17 deste mês pelo Ministério de Minas e Energia, visa a desatar o nó do setor elétrico, dando a empresas médias a possibilidade de comprar energia no mercado livre e possibilitando que a Eletrobras venda suas usinas. A dúvida é se o governo federal terá condições de encaminhar as propostas de mudanças ao Congresso Nacional até o fim do ano.

— Estamos reorganizando o setor para dar mais transparência. Com o novo marco, vamos ter o aumento de investimentos e maior eficiência no funcionamento do setor. Teremos ainda uma mudança no modelo de investimentos — disse o secretário de Energia do MME, Paulo Pedrosa, que espera que as mudanças cheguem em setembro ao Congresso.

O novo marco vai estabelecer regras para o uso das térmicas a gás de forma contínua no sistema elétrico. De olho nessa expectativa, empresas já planejam investir mais. É o caso da Engie Brasil (ex-GDF Suez). O diretor de Gás da empresa, Emmanuel Delfosse, planeja investir R$ 8 bilhões nos próximos cinco anos no país:

— Estamos confiantes de que a crise política não atrapalhe o andamento do novo marco.


Fonte: Jornal o Globo