Itaú acusa Oi de 'comprar' voto de credor


O Itaú Unibanco apresentou recurso à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro contra a proposta da Oi para o pagamento antecipado de dívidas de até R$ 50 mil a pequenos credores da companhia, autorizada pela Justiça no fim do ano passado.

De acordo com o banco, que tem cerca de R$ 1,5 bilhão em créditos dentro do processo de recuperação da operadora, a Oi estaria tentando "operar compra de votos para facilitar a aprovação de seu plano de recuperação judicial", uma vez que o credor que optar por esta alternativa deverá outorgar uma procuração irrevogável a um mandatário com poderes expressos para votar na assembleia geral de credores.





Fonte: Valor Econômico

Recuperação judicial da Dedini é aprovada


     O juiz Marcos Douglas Veloso Balbino da Silva, da 2.ª Vara Cível de Piracicaba (SP), homologou nesta quarta-feira, 15, o plano de recuperação judicial da Dedini, fabricante de equipamentos para a indústria de açúcar e álcool. A decisão veio um ano e meio depois da aprovação do acordo de recuperação pelos credores, em 19 de setembro de 2015. 

     O passivo da companhia, na época do pedido, era estimado em cerca de R$ 300 milhões. A crise do setor sucroalcooleiro fez o faturamento da Dedini começar a despencar, após atingir R$ 2,1 bilhões em 2008. Em 2014, a companhia faturou R$ 380 milhões. A Dedini espera atingir receita líquida operacional de R$ 306 milhões neste primeiro ano de cumprimento do plano, com pequeno crescimento previsto para 2018 e 2019. 

    A proposta aprovada ontem pela Justiça prevê o pagamento integral dos créditos e rescisões trabalhistas ainda em 2017. Segundo a companhia, a liberação de aproximadamente R$ 21 milhões referentes à venda de um de seus ativos – o estacionamento do Shopping Piracicaba -, que estava atrelada à aprovação do plano de recuperação judicial, vai permitir à Dedini liquidar passivos de mais da metade dos credores trabalhistas. Os demais credores não trabalhistas serão pagos em 11 anos com o abatimento de 50% do valor devido pela indústria de base que já foi a maior produtora do mundo de usinas do setor sucroenergético. 

     Segundo o plano, os fornecedores dispõem de cláusulas que lhes permitem reduzir ou eliminar seu deságio frente a novos fornecimentos de serviços ou insumos na retomada da empresa. Em nota divulgada nesta quarta-feira, 15, o presidente do conselho da companhia, Giuliano Dedini Ometto Duarte, considerou a decisão “uma vitória no processo de recuperação da empresa, que está empenhada em voltar a ser uma grande geradora de empregos e contribuir com o desenvolvimento sustentável do Brasil”. Duarte afirmou ainda que “a empresa tem tudo para voltar a ter posição de destaque no cenário mundial, liderando mercados em que atua e se mostrando como pioneira na inovação tecnológica na área, assim como na qualidade e leque dos produtos ofertados”.





Fonte: Exame.

Anatel já tem equipe montada para intervir na Oi, se necessário, diz Kassab

Ministro disse, porém, que espera uma 'solução de mercado' para o processo de recuperação judicial da operadora. Ele também afirmou que não há chance de franquia na banda larga voltar a ser liberada.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já tem uma equipe montada para intervir na operadora de telefonia Oi, caso isso venha a ser necessário nos próximos meses, informou ao G1 o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab.

Maior concessionária de telefonia fixa do Brasil e quarta maior operadora de celular, a Oi fez no ano passado o maior pedido de recuperação judicial da história do país. O pedido, aceito em junho pela Justiça, envolve um total de R$ 65,4 bilhões em dívidas.

Ao G1, a assessoria de imprensa da Oi informou que a empresa vem conversando com os principais credores e "estuda a possibilidade de melhorias no seu plano, considerando alternativas como a entrega de ações como pagamento de parte de sua dívida".

A empresa disse ainda que, até o momento, não existe ainda "nenhum ajuste formalizado no Plano de Recuperação Judicial já proposto à Justiça pela Oi" (leia a íntegra da resposta da Oi ao final desta reportagem).

“Assim que o Juarez [Quadros, presidente da agência] assumiu a Anatel, eu pedi que ele se preparasse para fazer a intervenção”, disse Kassab. Ele destacou que, mais recentemente, consultou o presidente da Anatel, que informou já estar “preparado” para a intervenção, se ela for determinada pelo governo.

De acordo com Kassab, neste caso a “tarefa” da Anatel é “montar uma equipe” de técnicos, que assumiria a administração da Oi durante o período da intervenção.

Questionado se a Anatel já tem essa equipe montada, Kassab respondeu: “Já tem.”

Em novembro de 2016, o próprio Kassab havia confirmado que o governo estudava a edição de uma Medida Provisória que permitiria a intervenção em empresas que prestam serviço público por meio de concessão, autorização e até permissão. Um dos alvos da MP é a Oi.

Chance de intervenção

Kassab também disse que, nos últimos meses, aumentaram as chances de o governo decretar a intervenção na Oi. Numa escala de zero a dez, disse o ministro, as chances, que há algum tempo atrás estavam em 1, “hoje já está em 3.”

“O tempo passa, vai aumentando [o risco de o governo retomar o controle da Oi], disse.

De acordo com o ministro, a intervenção ocorrerá se não for possível a chamada “solução de mercado”, ou seja, se a Oi não conseguir chegar a um acordo com os credores. A Anatel também acompanha se operadora mantém a qualidade dos serviços, durante o processo de recuperação.

Kassab disse que é "zero" a chance de o governo injetar dinheiro na Oi. Se a solução de mercado não ocorrer, afirmou, a única opção será a intervenção, seguida do leilão da operadora "o mais rápido possível."

O ministro disse ainda não ver possibilidade de fatiar a Oi entre outras operadoras.

Franquia na banda larga

Kassab afirmou ainda que não há chance, pelo menos no governo Michel Temer, de a Anatel voltar a liberar a chamada franquia nos pacotes de banda larga fixa. A franquia é um limite de navegação na internet. A adoção dela pelas empresas que prestam o serviço gerou polêmica no ano passado e levou a agência a proibir as operadoas de praticá-la.

Segundo o ministro, as operadoras "vão ter que investir" para dar conta do aumento da demanda por dados no Brasil. Ele disse discordar da afirmação de que o preço do serviço, sem a franquia, pode aumentar, e afirmou que o governo pode intervir no setor caso isso ocorra.

"O governo pode intervir. Em qualquer lugar do mundo, num serviço como esse em que é limitado o número de participantes, a legislação prevê em diversos graus a presença do governo. Isso é muito mais uma ação que não é do nosso ministério, é do governo", disse.

Em janeiro, o presidente da Anatel, Juarez Quadros, afirmou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não tem intenção de reabrir o debate sobre a franquia nos planos de internet.

Oi responde

Veja abaixo a resposta enviada pela Oi ao G1:

Conforme já divulgado pela Oi, a empresa está promovendo conversas com seus principais credores e estuda a possibilidade de melhorias no seu plano, considerando alternativas como a entrega de ações como pagamento de parte de sua dívida. A companhia vem trabalhando na busca de uma solução de mercado para o equacionamento do endividamento e acredita na possibilidade da aprovação do Plano que está desenvolvendo. Até o momento, não existe ainda nenhum ajuste formalizado no Plano de Recuperação Judicial já proposto à Justiça pela Oi.

A Oi acrescenta que como já foi divulgado pela imprensa, a expectativa é de que assembleia geral de credores e a aprovação do seu Plano de Recuperação Judicial ocorram no primeiro semestre de 2017.

A Oi vê com naturalidade o acompanhamento do processo pela Anatel, orgão regulador do setor de telecom e responsável pela fiscalização dos serviços, que inclusive registraram melhora significativa nos indicadores de qualidade nos últimos meses. As reclamações junto à Anatel caíram 18% no último trimestre de 2016, quando comparado a igual período do ano anterior. No mesmo período, foi registrada queda de 18% nas reclamações no Procon e queda de 58% das ações movidas no JEC – Juizado Especial Civil (pequenas causas).







Fonte: G1.

Taxa média de juros do cartão cai para 441,76% ao ano em janeiro, diz Anefac

Em dezembro, os juros eram de 453,74% ao ano. Taxas do cheque especial e do comércio também sofreram redução, segundo a pesquisa.

As Taxas de juros das operações de crédito caíram pelo segundo mês seguido em janeiro, na esteira da redução dos juros básicos (Selic), segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

No caso do cartão de crédito, a taxa média caiu de 453,74% ao ano em dezembro, para 441,76%, em janeiro. A taxa deste mês é a menor desde abril de 2016, de acordo com o levantamento. Também foram reduzidos os juros do cheque especial, de 314,51% ao ano para 309,24%, e do comércio, de 98,50% ao ano para 97,61%.

Considerando todas as linhas de crédito para a pessoa física, a taxa de juros média geral passou de 8,16% ao mês (156,33% ao ano) em dezembro de 2016 para 8,12% ao mês (155,20% ao ano) em janeiro de 2017 - a menor desde julho de 2016.

No caso das linhas para pessoa jurídica, a taxa de juros média geral também caiu, de 74,32% ao ano em dezembro de 2016 para 73,92% ao ano, em janeiro de 2017 - a menor taxa de juros desde junho de 2016.

Das três linhas de crédito pesquisadas, duas tiveram suas taxas de juros reduzidas no mês (capital de giro e desconto de duplicatas) e uma teve sua taxa de juros elevada no mês (conta garantida).

Restrição do uso do rotativo

No final de janeiro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a norma que restringe o prazo do crédito rotativo do cartão de crédito.

Segundo a norma, o rotativo só poderá ser usado até o vencimento da fatura seguinte. Se na data do vencimento o cliente não tiver feito o pagamento total do valor da fatura, o restante terá que ser parcelado ou quitado.

O Banco Central informou que a medida tem como objetivo tornar o uso do cartão de crédito mais eficiente e mais barato. A expectativa é que as mudanças ajudem a reduzir a taxa de juros do crédito.

Segundo o Banco Central, o parcelamento terá que ser “financiado em condições mais vantajosas ou liquidado imediatamente pelo cliente”.

Atualmente o montante do crédito rotativo é de R$ 37 bilhões. Ele representa uma parcela pequena dos R$ 700 bilhões do montante ligado a cartões de crédito.







Fonte: G1.

RJ perde mais de 11 mil lojas em 2016, diz levantamento

Só na capital, segundo o CDL Rio, 4,7 mil estabelecimentos comerciais fecharam as portas - 11.950, um aumento de 23,1% em relação a 2015.

Um levantamento divulgado nesta terça-feira (7) indica que o estado do Rio perdeu 11.950 lojas em 2016 - 25,2% em comparação com o ano de 2015. Só em em dezembro foram 1220 estabelecimentos comerciais fechados, 0,6% mais em relação ao mesmo mês do ano passado.

Segundo a pequisa do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio), só a capital perdeu 4,7 mil lojas em 2016. Apenas em dezembro, 518 estabelecimentos comerciais fecharam suas portas, um aumento de 7,5% em relação ao mesmo mês de 2015. Entre janeiro e dezembro de 2016, o crescimento no número de lojas fechadas foi 23,1% em comparação com o mesmo período de 2015.

Do total de 518 estabelecimentos comerciais que encerram as suas atividades em dezembro na cidade do Rio, 188 foram na Zona Norte, 171 na Zona Oeste, 82 na Zona Sul e 77 no Centro, um crescimento total de 7,5% em relação ao mesmo mês de 2015. Entre janeiro/dezembro de 2016 os números foram os seguintes: 1.722 na Zona Norte, 1420 na Zona Oeste, 815 na Zona Sul e 783 no Centro, crescimento total de 23,1% em comparação com o mesmo período de 2015.

De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, o quadro econômico do país tem afetado profundamente o comportamento do consumidor influenciando a sua disposição para a compra. “Neste momento de incertezas, a primeira atitude do consumidor é reduzir os gastos, entre eles com as compras. Com isso o comércio lojista, já massacrado pelo peso da burocracia e da alta carga tributária acaba sucumbindo e não encontra alternativa a não ser o encerramento de sua atividade”, diz Aldo.





Fonte: G1.

Pedidos de falência em janeiro têm queda de 12,2%, diz Boa Vista SCPC

A pesquisa também mostra que houve queda no número de empresas que pediram recuperação judicial.

O Numero de empresas que pediram falência em janeiro caiu 12,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (2) pela Boa Vista SCPC. Entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017, a queda foi maior, de 33,9%.

No entanto, considerando os últimos 12 meses terminados em janeiro, os pedidos de falência tiveram aumente de 11,1%.

Já o número de falências decretadas em janeiro aumentou em relação ao mesmo mês de 2016, com alta de 4,3%. Na comparação entre dezembro de 2016 e janeiro de 2014, houve queda de 24,2%. Em 12 meses, há aumento de 14%.

Recuperações judiciais

A pesquisa também mostra que houve queda no número de empresas que pediram recuperação judicial em janeiro. Na comparação com o mesmo mês de 2016, o recuo foi de 35%. Entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017, a queda foi de 36,5%.

Diminuiu também o número de pedidos de recuperação aceitos pela Justiça em janeiro. Na comparação com o mês imediatamente anterior, o recuo foi de 34,5%. Já em relação a 2016, de 17,4%.

Já considerando os últimos 12 meses terminados em janeiro, houve aumento de 39,4% do número de pedidos de recuperação, e de 52,9% na quantidade de recuperações aceitas pela Justiça.





Fonte: G1.

Conselho da Oi aprova possibilidade de converter dívida em ações

Comunicado divulgado nesta quarta-feira (1) diz que conversas com credores para solucionar impasse 'estão evoluindo'.

O Conselho de Administração da Oi, operadora em recuperação judicial, informou nesta quarta-feira (1) que autorizou a diretoria da empresa a continuar com as negociações com os credores, incluindo a possibilidade de converter parte da dívida da companhia em ações.

"O Conselho autorizou a Diretoria da Oi a prosseguir com entendimentos junto aos credores, aprofundando alguns itens críticos, incluindo, dentre outros, a possibilidade de conversão de parte da dívida em ações (equity)", disse a operadora em comunicado.

Segundo a empresa, as interações com credores "estão evoluindo". Em nota, a Oi informou que continuará reunindo-se regularmente com seus credores, demais stakeholders e potenciais investidores, "com vistas a reunir impressões, comentários e sugestões".

Um grupo de credores da Oi apoiados pelo bilionário egípcio Naguib Sawiris revelou em dezembro uma proposta alternativa para a recuperação judicial da Oi. O plano previa que os credores assumiriam o controle da Oi em uma operação de troca de dívida por ações na qual R$ 24,82 bilhões em dívida seria trocada por 95% do patrimônio líquido da operadora

Na última sexta-feira (27), a Pharol SGPS, antiga Portugal Telecom e maior acionista da Oi , disse que não apoiará nenhum plano alternativo de reorganização para a empresa.

Pedido de recuperação

Em junho de 2016, a Oi pediu recuperação judicial, incluindo no processo um total de R$ 65,4 bilhões em dívidas. A Oi é a maior operadora em telefonia fixa do país e a quarta em telefonia móvel, com cerca de 70 milhões de clientes.

A recuperação judicial é o mecanismo através do qual as empresas em dificuldade financeira tentam reestruturar a dívida com credores. A lei 11.101, sancionada em 9 de fevereiro de 2005 pelo Presidência da República, regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade.

Histórico da empresa

A Oi nasceu da reestruturação da antiga Telemar, em março de 2007, quando assumiu o mercado na região Sudeste (exceto São Paulo), Nordeste e demais estados do Norte.

Desde 1997, a telefonia fixa no Brasil estava dividida em três áreas pela provatização do setor de telecomunicações, com a pulverização da Telebrás. A Brasil Telecom ficou com os estados do Sul, do Centro-Oeste e com os estados do Acre, Rondônia e Tocantins e a espanhola Telefônica ficou com o mercado paulista.

Em 2008, a Oi uniu-se à Brasil Telecom para criar uma "supertele verde e amarela", operadora de atuação quase nacional, com sócios majoritários brasileiros. A mudança afetou mais de 20 milhões de clientes das duas companhias, em um negócio de R$ 5,86 bilhões, acima das expectativas de mercado.

Problemas com a Portugal Telecom

Em 2013, a empresa anunciou com a Portugal Telecom (PT) um processo de fusão para criar uma empresa chamada CorpCo, que previa um aumento de capital de pelo menos R$ 13,1 bilhões na operadora brasileira. O negócio surgiria para ajudar a controlar a dívida crescente da empresa.

Mas no ano seguinte, a empresa portuguesa pediu para reformular sua fusão com a Oi ao assumir que teria dificuldades em recuperar os € 900 milhões investidos em títulos da holding Rioforte, do colapsado Grupo Espírito Santo (GES), um dos acionistas da PT.

O objetivo era amortecer o impacto que da falta de pagamento no projeto de ambas empresas. Afundada em seus próprios problemas financeiros, a Portugal Telecom teve sua participação na Oi reduzida para 25,6% desde então.

Em 2014, a Oi contratou o BTG Pactual para tentar fazer uma oferta pela TIM Participações, num esforço para não ficar à margem na consolidação em curso no setor de telecomunicações no Brasil, mas o negócio não vingou. A LetterOne, empresa de investimento do bilionário russo Mikhail Fridman, desistiu do negócio após ter proposto investir até US$ 4 bilhões no negócio.

Depois do fracasso da fusão com a TIM, veio a tentativa de reestruturar a dívida da Oi. No final de maio, a Anatel aprovou a troca de multas não pagas pela Oi por um programa de investimentos ao longo de quatro anos estimado em R$ 3,2 bilhões.






Fonte: G1.