Cresce o ceticismo mundial e quadro pode ficar pior

Os acontecimentos da semana passada se combinaram de forma a reforçar o sentimento negativo acerca da situação econômica no planeta. Acirrou-se também a percepção de que os preços de ações e commodities – além de outros ativos ao redor do globo (como imóveis nos Estados Unidos, por exemplo) – ainda poderão descer a níveis mais baixos, antes de engrenarem em uma recuperação mais consistente e gradual. À medida que a tal recessão em W ganha cores mais vivas nos EUA, as bolsas de valores mundiais se mantêm variando dentro de intervalos que se estreitam. Na falta de fatos mais contundentes, capazes de aguçar o ímpeto comprador ou vendedor a ponto de levar as cotações a novos patamares (para cima ou para baixo), nos quais as tendências fiquem mais óbvias, as operações de curto prazo (dentro dessas faixas de preços já demarcadas) dominam os pregões. Enquanto persiste a mesmice, contudo, poupadores de longo prazo começam a abandonar o barco, com medo de um movimento mais pronunciado e acelerado de desvalorização. O temor faz sentido.

Esta inflação é benigna

A pesquisa Focus de ontem consolida o cenário de uma inflação benigna, ao menos a curto e médio prazos, e indica que o mercado não espera novos ajustes da taxa Selic este ano, prevê a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em sua análise semanal, destacando dois eventos no calendário bancário doméstico. Primeiro, a divulgação, hoje, pelo BC, da Nota de Crédito referente ao mês de julho: a expectativa da entidade é de crescimento moderado nas linhas de recursos livres, com desempenho mais fraco em PJ, possivelmente por conta do deslocamento da demanda para o mercado de capitais. O segundo evento importante é o início do julgamento, amanhã, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), de diversas ações envolvendo os planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e II. O julgamento envolve os chamados recursos repetitivos, o que significa que as decisões serão aplicadas a todos os processos desta natureza. É possível que o julgamento não termine amanhã (basta um ministro pedir vistas para a decisão ser adiada), mas ainda assim o posicionamento de alguns já poderá apontar uma direção do STJ.

Lula tem opções de peso para ministro do STF

Para a vaga de Eros Grau no Supremo Tribunal Federal, segue favorito o ministro Cesar Asfor Rocha, que na presidência do Superior Tribunal de Justiça orgulhou a magistratura. Têm sido citados Odilon Oliveira, valente juiz federal há anos sob proteção policial, e Jansen Fialho de Almeida, admirado juiz da 2ª Vara Cível do DF, da comissão de juristas que elaborou o anteprojeto de reforma do Código de Processo Civil.

OAB Federal decide que FGV aplicará o Exame de Ordem Unificado

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) passará a ser responsável pela organização e realização do Exame de Ordem Unificado em todo o país, a partir de agora. A decisão é do Colégio de Presidentes de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil e da Diretoria do Conselho Federal da OAB. Por deliberação do Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB e de sua Diretoria, o Conselho Federal da entidade rescindiu hoje o contrato que mantinha com a Fundação Universidade de Brasília (FUB) para a organização e realização dos Exames de Ordem Unificados de 2010, serviços que ela prestava por meio do Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe/UnB).