PIB segue em queda livre.

De acordo com pesquisa, contração deve ter atingido 1,2% no terceiro trimestre do ano ante o segundo e 4,1% em relação ao período julho/setembro de 2014, o maior recuo interanual desde o início da série história do IBGE, em 1996.

A recessão no Brasil provavelmente aprofundou ainda mais no terceiro trimestre, com a queda anual da economia alcançando o maior ritmo já visto. em meio à crise política e econômica, segundo pesquisa divulgada pela Reuters. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve ter caído 1,2% no terceiro trimestre ante o segundo, com ajuste sazonal, após baixa de 1,9% entre abril e junho, segundo a mediana de 33 estimativas na pesquisa, que foi de queda de 2,4% a 0,5%. Em relação ao terceiro trimestre de 2014, o PIB deve ter contraído 4,1%, maior queda interanual desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1996. Neste caso, a mediana das estimativas foram de recuo de 5,1% a 2,1%. Mais de 1 milhão de pessoas já perderam o emprego formal nos últimos 12 meses, no início do que deve ser a recessão mais longa do Brasil desde os anos 1930. Com a confiança em mínimas recordes e os investimentos praticamente paralisados, os economistas continuam revisando para baixo as suas projeções. E muitos alertam que o pior ainda pode estar por vir. “É difícil visualizar melhora nos fundamentos da economia brasileira, mesmo com o uso de binóculos poderosos”, afirmaram economistas da MCM Consultores em relatório. “A dívida cresce e vai romper o limite psicológico de 70% do PIB; as agências de risco provavelmente vão continuar rebaixando o País, o que acelera a piora da dinâmica da dívida; e o governo enfrenta dificuldades hercúleas para gerar superávits primários. Todos esses fatores se retroalimentam num perigoso círculo vicioso”, acrescentaram. A produção deve ter encolhido em praticamente toda a economia no terceiro trimestre, segundo economistas ouvidos na pesquisa. Os investimentos devem ter caído pelo nono trimestre seguido e o consumo das famílias pode ter recuado mais de 1% ante o segundo trimestre, segundo o economista do Itaú Unibanco Rodrigo Miyamoto. A disparada do dólar ante o real – de cerca de 40% neste ano – pode ter ajudado ao reduzir as importações, mas provavelmente não muito, segundo Miyamoto. Ele estimou contribuição externa positiva de cerca de 0,7 ponto percentual no período, quando o dó- lar subia a níveis recordes. Outros países emergentes como a África do Sul também têm passado por dificuldades em 2015 com a perspectiva de juros maiores nos Estados Unidos e a desaceleração gradual da economia chinesa. Nenhum, porém, teve queda tão dramática quanto o Brasil, a ponto de perder o grau de investimento e com várias de suas principais empresas em sérios problemas. Petrobras, BTG Pactual e Odebrecht, por exemplo, são algumas das empresas citadas no escândalo da Lava-Jato. Enquanto isso, a mineradora Vale enfrenta as consequências do desastre ambiental de Mariana. O cenário de contração econômica vem também em meio à inflação elevada, com perspectivas de que suba tanto que estoure a meta do governo – de 4,5% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos – tanto em 2015 quanto em 2016. Diante disso, o Banco Central já deu sinais que deve elevar em breve a taxa básica de juros, hoje em 14,25% ao ano, para conter a escalada nos preços. Porém, ao limitar o consumo por meio do encarecimento do crédito, o movimento pode impactar ainda mais a atividade. O IBGE divulga o resultado do PIB brasileiro do terceiro trimestre no próximo dia 1º de dezembro.





Fonte: JC

Fitch: Brasil é o emergente mais vulnerável a rebaixamento em 2016.

Déficit nas contas públicas é ‘a maior causa de preocupações’, segundo analista da agência.

Os mercados emergentes deverão enfrentar outra onda de rebaixamento de ratings para o próximo ano, disse o principal analista de ratings soberanos da agência de classificação de risco Fitch, James McCormack, em entrevista. Segundo ele, o Brasil pode ter um corte para grau especulativo e a região da África e Oriente Médio receber potencialmente uma “perspectiva negativa” — O Brasil parece ser o mais vulnerável (a perder o grau de investimento) — disse McCormack, citando a falta de consolidação fiscal do país como a maior causa de preocupações. — Vamos olhar para isso novamente no começo de 2016. Quando as coisas estão se deteriorando, precisamos acompanhar com maior frequência. Faz apenas poucos meses (desde o último rebaixamento em outubro), mas até o momento nós não vimos de fato nenhuma melhora. Em outubro a Fitch cortou a nota de crédito do Brasil para “BBB-”, último degrau que garante o grau de investimento, e agora todas as atenções estão voltadas para ver se ela segue a S&P e corta a nota do Brasil para grau especulativo. — Creio que é um padrão que vamos continuar vendo no próximo ano — disse McCormack. Em setembro, a Standard & Poor’s retirou o selo de bom pagador do Brasil ao cortar o rating do país para “BB+” ante “BBB-”, e sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo, ao manter a perspectiva “negativa” para a nota de crédito brasileira. Tal movimento pode retirar mais de US$ 20 bilhões de valor dos títulos brasileiros, prevê o JPMorgan. Os preços deprimidos das commodities combinados com o crescimento global medíocre e a aproximação da primeira elevação dos juros nos Estados Unidos em quase uma década estão se mostrando uma ameaça para os ratings dos países em desenvolvimento, disse McCormack à Reuters. Além do Brasil, a agência já cortou o rating de 11 economias emergentes exportadoras de commodities neste ano, e 14 países, incluindo grandes nomes como Rússia, África do Sul e Nigéria estão atualmente sob alertas de rebaixamento — ou perspectivas negativas na linguagem da agência de rating. As expectativas de que o dólar continuará a subir quando a taxa de juros dos EUA começar a ser elevada também são importantes para os ratings de mercados emergentes. — Historicamente não há relação entre o rating médio dos mercados emergentes e a taxa de juros do Fed, mas há uma relação bem próxima entre o dólar e o rating médio dos mercados emergentes — completou McCormack.





Fonte: O Globo

Desemprego sobe a 8,9%.

No terceiro trimestre do ano, população desocupada cresceu 33,9% ante igual período de 2014, recorde para a série iniciada em 2012, o que significa 2,274 milhões de pessoas a mais procurando vaga. Ao todo, são 8,979 milhões de desempregados no País.

A parcela da população brasileira que está em busca de um emprego cresceu a uma taxa recorde no terceiro trimestre deste ano, comparada com igual período de 2014, e chegou perto de 9 milhões de pessoas, com a recessão no País provocando maior busca por vagas e perdas no rendimento. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que, no terceiro trimestre deste ano, a população desocupada – aqueles que tomaram alguma providência para conseguir trabalho – saltou 33,9% em relação ao igual período de 2014, recorde para a série iniciada em 2012, o que significa 2,274 milhões de pessoas a mais procurando uma vaga, somando ao todo 8,979 milhões. De acordo com a Pnad Contínua, em relação ao segundo trimestre deste ano, o aumento foi de 7,5%. Diante desse cenário, a taxa de desemprego medida pelo levantamento subiu a 8,9% no trimestre passado, renovando o maior patamar histórico pela quinta vez seguida. No segundo trimestre deste ano, a taxa havia ficado em 8,3%, chegando a 8,7% no trimestre até agosto. A leitura também mostrou forte piora em relação ao terceiro trimestre do ano passado, quando o desemprego estava em 6,8%. “As pessoas estão perdendo emprego e tentando se realocar. Há uma dificuldade para se recolocar no mercado”, disse o coordenador da pesquisa no IBGE, Cimar Azeredo. A expectativa em pesquisa da Reuters feita com economistas era de que o desemprego chegasse a 8,9% no terceiro trimestre. Neste ano o mercado de trabalho não vem conseguindo gerar vagas, ao mesmo tempo em que enfrenta aumento da procura por trabalho num ambiente de inflação e juros elevados que provoca insegurança nos empresários. Ainda segundo a Pnad Contínua, a população ocupada registrou queda de 0,1% nos três meses até setembro sobre o trimestre anterior, atingindo 92,09 milhões de pessoas, e recuo de 0,2% sobre o igual trimestre de 2014. O IBGE adota a comparação com o trimestre imediatamente anterior ao período anunciado para evitar repetição de dados. O nível de ocupação, que mede a parcela da população ocupada em relação àquela em idade de trabalhar, caiu a 56% no trimestre até setembro, contra 56,2% nos três meses até junho. Em relação à renda média real habitual, houve recuo de 1,2% no terceiro trimestre sobre o segundo, e estável sobre o igual intervalo de 2014, para R$ 1.889. Diante da recessão no País, agravada por indefinições fiscais e crise política que afetam as decisões de investimento, nem mesmo o período de fim de ano deve dar algum alento. “Até a virada do ano ainda tende a piorar. O comércio, de onde vem a maioria das contratações temporárias no Natal, está muito fraco e não deve haver melhora como em outros anos”, disse a economista da CM Capital Markets Jessica Strasburg. A pesquisa Focus do Banco Central feito com uma centena de especialistas aponta que a contração do Produto Interno Bruto (PIB) projetada para este ano é de 3,15% e de 2,01% em 2016. Na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, que leva em conta dados apurados apenas em seis regiões metropolitanas do País e que será substituída pela Pnad Contínua no começo do próximo ano, a taxa de desemprego chegou em outubro a 7,9%, maior nível para o mês desde 2007.






Fonte: JC

"Economia do Brasil está sendo assassinada por causa do PT" , diz Forbes.

Revista ressalta que o Brasil tem gerado apenas notícias negativas e Dilma precisa fazer com que a economia volte a crescer se quiser salvar sua vida política e a do seu partido.

Em matéria publicada neste final de semana, a revista Forbes fez uma das críticas mais contundentes ao governo brasileiro em meio à crise econômica que o país enfrenta. A revista busca culpados pelo "fiasco brasileiro", que passaria pela presidente Dilma Rousseff, o ex­ministro da Fazenda Guido Mantega, ou até o seu substituto, Joaquim Levy. "Adicione a Petrobras na mistura", prossegue, ressaltando o escândalo de corrupção deflagrado pela Operação Lava Jato que envolve tanto o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB­RJ) quanto o presidente do Senado, Renan Calheiros, (PMDB­AL). Mas, de uma forma enfática, a publicação diz que, em outras palavras, “a economia do Brasil está sendo assassinada por causa do PT, as duas letras da sigla do Partido dos Trabalhadores''. A revista ressalta que o Brasil tem gerado apenas notícias negativas e Dilma precisa fazer com que a economia volte a crescer se quiser salvar sua vida política e a do seu partido. Neste ano, a expectativa é de que o PIB caia 3,5% e, na melhor das hipóteses, a expectativa é de que a economia fique estável no ano que vem. A Forbes ressalta ainda que a bolsa subiu em outubro, mas se deve mais à queda do dólar e fatores externos do que à uma mudança estrutural plausível no País. "O mercado está operando em termos técnicos apenas", afirma a publicação, ressaltando que não há nada além de más notícias no País e ele está fora do radar dos mercados com algumas exceções. A revista também destaca os dados do Caged, mostrando que o Brasil fechou 169.131 vagas formais de emprego no mês de outubro, além dos dados ruins da indústria. Vale ressaltar que a revista já havia feito críticas contundentes ao governo brasileiro, ao afirmar que os políticos “cavam a sepultura'' nacional e até que o País estaria se aproximando de se tornar uma "nova Grécia".




Fonte: InfoMoney

Déficit da Previdência Social pode chegar a US$ 1 trilhão em 2050.

Especialista alerta que, quando terminar bônus demográfico, governo precisará de R$ 222,5 bi para fechar rombo.

Se nada for feito pelo governo, o Brasil enfrentará, dentro de dez anos, o mesmo que a Grécia viveu nos últimos meses. Essa é a avaliação do especialista em Previdência e contas públicas Leonardo Rolim, consultor legislativo no Congresso e ex­secretário do Ministério da Previdência Social. A pedido do Estado, ele calculou a trajetória do déficit previdenciário do País até 2050 e verificou que, quando o chamado bônus demográfico terminar, por volta de 2027, o governo vai precisar de R$ 222,5 bilhões, ou 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB), para fechar o rombo. A título de comparação, o déficit agora em 2015 deve ser de R$ 89,9 bilhões, ou 1,5% do PIB. A partir da década de 2030, a piora nas contas será mais rápida. Com o fim do bônus demográfico, a entrada de adultos jovens no mercado de trabalho não vai mais superar a aposentadoria dos idosos – ao contrário. O Brasil vai se assemelhar ao que ocorre na Europa e no Japão e passará a ter um contingente maior de pessoas idosas do que jovens. No estudo de Rolim, o déficit da Previdência vai atingir R$ 1 trilhão ao fim de 2050. O levantamento foi feito com a taxa de câmbio de 2015, isto é, com a simples atualização monetária, o buraco de R$ 1 trilhão será atingido antes. “Com a mudança demográfica e o ritmo mais fraco de crescimento econômico, que são movimentos inter­relacionados, o quadro para a Previdência, se o regime não for alterado pelo governo, é caótico. Seremos uma Grécia de hoje dentro de dez anos e algo ainda pior anos depois. O Brasil está sempre preocupado com o curto prazo, mas o problema de médio e longo prazos é muito grave e precisa ser endereço agora.” Rolim aponta serem necessárias mudanças urgentes no regime de aposentadorias e pensões do INSS tanto em zonas urbanas quanto na área rural. Ele defende a introdução da idade mínima de 65 anos, para homens e mulheres, concomitante a um aprimoramento do regime que foi instituído pelo governo Dilma Rousseff neste mês, o chamado 85/95 progressivo. Pela nova regra, o cidadão que desejar escapar do fator previdenciário e receber aposentadoria integral precisa acumular 85 pontos, para mulheres, e 95, para homens. Mulheres precisarão de uma contribuição mínima de 30 anos e homens de 35, que, somados à idade, atingem a fórmula 85/95, respectivamente. A regra 85/95 valerá até o fim de 2018. A lei fixa a progressividade da pontuação subindo um ponto a cada dois anos, a partir de 31 de dezembro de 2018, atingindo o máximo de 90/100 em 31 de dezembro de 2026. Rolim defende que a progressividade precisa chegar a 105 pontos e esse valor deve ser igual para homens e mulheres, como ocorre em países desenvolvidos. Ele também defende que o governo faça uma revisão geral dos benefícios rurais, uma vez que o INSS paga mais aposentadorias rurais do que o total de idosos morando no campo, segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). “Como pode ter mais aposentados rurais do que idosos vivendo no campo? Não faz sentido”, diz Rolim. Déficit da Previdência Social pode chegar a US$ 1 trilhão em 2050.





Fonte: JESP

Real não deve se recuperar antes de 2019, aponta 'Bloomberg'.

'Calma' na cotação do real é apenas aparente, segundo a publicação. Expectativa é que moeda chegue ao final do ano a R$ 4 por dólar.

Moeda com a pior performance em 2015 entre as mais relevantes do mundo, o real vai continuar a enfraquecer até o final deste ano, e não vai se recuperar antes de 2019, segundo estimativas feitas pelo "Bloomberg LATAM Brief" a partir de pesquisas. "Estrategistas de Wall Street estão alertando clientes a não se deixarem enganar pela aparente calma do real", diz o boletim. "As oscilações de preço estão diminuindo com ao declínio dos clamores pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, reduzindo a preocupação com um caos político no Brasil. No entanto, analistas dizem que o otimismo é exagerado e que a calma momentária não muda as perspectivas de longo prazo, que incluem um potencial rebaixamento da nota de crédito e uma recessão mais profunda", aponta. O real já perdeu cerca de 30% de seu valor frente ao dólar deste o início deste ano. No fechamento dos negócios de terça-feira (17), o real valia R$ 3,817 por dólar, depois de ter batido uma cotação recorde de R$ 4,24. Mas, para um estrategista ouvido pela "Bloomberg", a moeda brasileira ainda está cara: "Deveria estar acima de R$ 4", disse Christian Lawrence, do Rabobank. Bernd Berg, diretor de estratégias para mercados emergentes do Société Générale, também vê o câmbio brasileiro com pessimismo, e vê como altamente provável que a nota de crédito do Brasil seja rebaixada novamente nos próximos meses, a menos que haja uma melhora nas perspectivas econômicas. Como a melhora é pouco provável, a moeda pode cair a R$ 4,40 por dólar, disse Berg. Analistas não estão convencidos de que as perspectivas possam melhorar no curto prazo. "Eles projetam que o real vá terminar o ano a R$ 4 por dólar, e continuar perto desse patamar em 2016 e 2017. Eles projetam uma queda para R$ 4,18 até o final de 2018, antes de uma recuperação no ano seguinte", diz a publicação.



Fonte: G1

Pai que deve pensão pode ficar com nome sujo no comércio, decide STJ.

Em muitos casos, juízes recusam medida para manter segredo do processo. Novo Código de Processo Civil permitirá medida a partir do ano que vem.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) permitiu nesta terça-feira (17) que um pai que devia pensão alimentícia a um filho passe a ter o nome inscrito em cadastros de proteção ao crédito, ficando com o nome sujo no comércio. A decisão reverteu sentença de instância inferior que rejeitava tal medida por contrariar o segredo de Justiça imposto a processos envolvendo direito de família, de forma a preservar a intimidade nesses casos. Por unanimidade, os ministros da Quarta Turma do STJ entenderam que o direito de um filho receber a pensão é mais importante, ainda que seja necessário revelar o nome do pai para forçar a retomada do pagamento.  “Considerando-se que os alimentos devidos exigem urgentes e imediatas soluções – a fome não espera – mostra-se juridicamente possível os pedidos […] de protesto e de inclusão do nome do devedor de alimentos nos cadastros de proteção ao crédito (SPC e Serasa), como medida executiva a ser adotada pelo magistrado para garantir a efetivação dos direitos fundamentais da criança e do adolescente”, escreveu em seu voto o relator do caso, ministro Luís Felipe Salomão. Para o ministro, incluir o nome no cadastro de devedores é "muitas vezes, o meio coercitivo mais eficaz para que o devedor cumpra a obrigação, podendo, para muitos, ter carga coercitiva maior do que a própria prisão", hipótese também prevista em caso de inadimplência do pai. O ministro ressaltou que a inclusão do nome de pai devedor em cadastro negativo depende de autorização judicial. Mas tal exigência só valerá até março de 2016, quando a medida será facilitada por uma nova regra do Código de Processo Civil. No caso analisado pelo STJ, além de não pagar a pensão, o pai não tinha bens que pudessem ser penhorados para quitar a dívida. Por isso, a mãe pediu a inclusão do nome dele no Serasa e no SPC. A mãe argumentou que a Justiça deveria priorizar os direitos fundamentais da criança, "especialmente a vida, a saúde e a alimentação, devendo-se buscar todas as medidas cabíveis para fazer valer o seu direito, inclusive a inclusão do nome do executado nos órgãos de proteção ao crédito".




Fonte: G1

Brasileiro desconhece juro que dobra valor da compra.


Comprar um carro ou um imóvel e pagar, em parcelas, quase dois. Embora muitos consumidores passem por essa situação, quase nenhum deles sabe apontar o mecanismo que, combinado aos juros altos, faz com que o valor pago por um bem seja tão mais alto que o original. É o que mostra pesquisa elaborada pelo diretor da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel José Ribeiro de Oliveira, em parceria com o portal Vida Econômica. De acordo com o levantamento, 99,4% dos brasileiros desconhecem o conceito de juros compostos –983 usuários do site tiveram seus conhecimentos testados sobre o assunto. Para entender o mecanismo, utilizado nas transações financeiras no Brasil, é preciso fazer as contas. Quem aplica R$ 10 mil em um investimento com rendimento mensal de 1%, teria no mês seguinte R$ 10,1 mil. No próximo período, os juros serão calculados sobre o montante atual, e não sobre o inicial. Portanto, no segundo mês, teria R$ 10.100 mais 1%, ou seja, R$ 10.201, e assim sucessivamente. Se os juros fossem simples, o rendimento seria sempre calculado sobre os R$ 10 mil iniciais. No caso de compras parceladas no longo prazo, os juros compostos elevam o preço final do bem, já que as taxas são sempre calculadas sobre os juros anteriores.





COMPRAS
Um exemplo simples é a aquisição de um carro de R$ 55 mil, com entrada de 20% do valor –ou R$ 11 mil. Os R$ 44 mil restantes, se financiados em 72 parcelas de R$ 1.323,70, com juros compostos mensais de 2,50%, totalizariam R$ 95.306,40, elevando o valor final do carro para R$ 106.306,40. O raciocínio é o mesmo no que diz respeito a imóveis. Cálculos de Mauro Calil, da Academia do Dinheiro, mostram que um apartamento de R$ 500 mil, com entrada de R$ 165 mil e financiado em 30 anos a juros anuais de 11% somaria R$ 1,26 milhão ao final do período –ou seja, mais que o dobro do valor inicial. Mas, mais do que saber como funciona o cálculo, os especialistas afirmam que o consumidor precisa prestar mais atenção ao preço final do item, e não só no valor da parcela. Ainda de acordo com a pesquisa, 95% dos participantes verificam apenas se a prestação cabe no bolso. "A pesquisa não é surpresa para nós. O brasileiro olha muito a prestação na hora de fazer o financiamento, e não a taxa de juros. Se estivesse nos EUA ou na Europa, não teria que se preocupar com isso. Mas no Brasil, com juros elevados, é preciso conhecer a taxa. No fim, você paga dois carros", afirma Ribeiro. Para ele, a crise deve fazer com que os consumidores se atentem mais aos juros das compras. "O aumento do desemprego, a redução do crédito e a elevação da inflação e dos juros passam a exigir do consumidor mais pesquisa de preços e instrumentos que possibilitem planejar e fazer economia", diz. O momento é bom também para guardar dinheiro e barganhar desconto no pagamento à vista. Para móveis, eletrônicos e carro, vale poupar e adquirir o produto sem parcelar. Já no caso do imóvel, a dica é economizar o máximo possível para dar uma entrada maior e reduzir o valor a ser financiado. Ribeiro diz ainda que o consumidor deve tomar cuidado com prazos curtos e comparar o número de prestações em lojas diferentes.






Fonte: Folha SP


Dilma inventou a Máquina do Tempo.

Você achou que a máquina do tempo ainda não havia sido inventada? Saiba que você se enganou! Considerando os resultados econômicos do último ano, é evidente o retrocesso que o Brasil vem passando! PIB, Inflação, Dívida, Desemprego e Produção Industrial voltaram no tempo!

Assim como Doutor Brown inventou a máquina do tempo, usando seu carro DeLorean para avançar para 2015 (Filme: Back to the Future Part II), a presidenta Dilma parece conquistar um feito mais impressionante: Inventou uma máquina chamada Nova Matriz Econômica (NME), que gerou resultados capazes de levar um país de dimensões continentais no caminho inverso ao do Doutor Brown – indo de 2015 para o passado.

Vejamos a lista que comprova tal feito.

1 – Trouxe nossa taxa de desemprego de volta para 2010

Em setembro deste ano, dotada da sua Máquina NME, conseguimos levar nosso país para março/10, quando nossa taxa de desemprego estava a 7,6%. Feito histórico! 5 anos no passado!
  


2 – Retornamos nossa produção industrial em 6 anos

Sim! Ainda em igual mês do gráfico acima (setembro), o país viu sua produção industrial voltar 6 anos no passado, atingir o nível de produção de 2009! (ou 2004, caso desconsidere a crise)


3 – Voltamos com nossa dívida bruta para 2003

Não satisfeita com os feitos anteriores, a condutora da máquina conseguiu regredir nossa dívida bruta (em % do PIB) de setembro de 2015 para próximo de janeiro de 2003! Quantos anos voltamos no tempo??


4 – Inflação quase em 2 dígitos

Situação não vista desde o fim de 2003, conseguimos voltar para uma inflação de quase 2 dígitos (em outubro ela chegou a 9,93%). Ela voltou no tempo e conseguiu reviver o dragão da inflação, que feito!


 5 – Voltamos para década de 30

Não satisfeita, e querendo testar o poder total de sua Máquina NME, a chefa configurou-a na potência máxima. Assim, ela planeja para que no ano que vem o Brasil retorne para os anos de 1930 e 1931, repetindo dois anos seguidos de queda do PIB – algo nunca conseguido até então. É de aplaudir de pé.






Fonte: O Economicista

Pela 1ª vez, mercado prevê inflação acima de 10% neste ano.

Analistas passaram a prever inflação em dois dígitos no ano de 2015. Para 2016, previsão sobe para de 6,5%, no limite da meta de inflação.

A inflação deve passar dos 10% este ano, segundo estimativa do mercado financeiro. A previsão, feita na semana passada, foi divulgada nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. É fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. A expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, feche o ano em 10,04%. Na semana anterior, a taxa esperada era de 9,99%. Se confirmada a previsão, representará o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002 – quando ficou em 12,53%.


Essa foi a nona alta seguida no indicador. O BC informou, no fim de setembro, que estima um IPCA de 9,5% para este ano. Segundo economistas, a alta do dólar e, principalmente, dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços ainda segue pressionando os preços. Para 2016, os economistas das instituições financeiras elevaram sua expectativa de inflação de 6,47% para 6,5% na última semana – no limite da meta de inflação para o ano que vem. Foi a 15ª alta seguida do indicador que continua se distanciando da meta central de 4,5% fixada para o ano que vem. Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, a inflação deverá superar o teto do sistema de metas em 2015, algo que não acontece desde 2003. Recentemente, o BC admitiu que não conseguirá trazer o IPCA para a meta central de 4,5% no próximo ano. Segundo a autoridade monetária, isso será possível somente em 2017. Na semana passada, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Altamir Lopes, informou que, apesar da desistência da autoridade monetária de trazer o IPCA para 4,5% em 2016, que ele permanecerá dentro da banda do sistema de metas, ou seja, abaixo de 6,5%. "[A inflação] estará contida no intervalo do regime de metas [em 2016]", disse ele na ocasião.
Contração de 2% para o PIB de 2016
Para o PIB deste ano, o mercado financeiro manteve a estimativa de retração de 3,10%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.


Para 2016, os economistas das instituições financeiras aumentaram de 1,90% para 2% a expectativa de contração na economia do país. Esta foi a sexta queda seguida na previsão do mercado para o PIB do próximo ano. Se a previsão se concretizar, será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de contração na economia – a série histórica oficial, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem início em 1948. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. No mês passado, a "prévia" do PIB do BC indicou uma contração de 2,99% até agosto. No fim de agosto, o IBGE informou que a economia brasileira registrou retração de 1,9% no segundo trimestre de 2015 em relação aos três meses anteriores, e o país entrou na chamada "recessão técnica", que ocorre quando a economia registra dois trimestres seguidos de queda. De janeiro a março deste ano, o PIB teve baixa de 0,7% (dado revisado).
Taxa de juros
Após o Banco Central ter mantido os juros estáveis em 14,25% em outubro, o maior patamar em nove anos, o mercado manteve a estimativa de que não devem ocorrer novos aumentos de juros em 2015. Para o fim de 2016, a estimativa permaneceu em 13,25% ao ano – o que pressupõe redução da taxa Selic ao longo do ano que vem. A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.
Câmbio, balança e investimentos
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 recuou de R$ 4 para R$ 3,96 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 4,20. A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 subiu de US$ 14,6 bilhões para US$ 14,95 bilhões de resultado positivo. Para 2016, a previsão de superávit avançou de US$ 29 bilhões para US$ 30,55 bilhões. Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil subiu de US$ 62,3 bilhões para US$ 62,8 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte recuou de US$ 60 bilhões para US$ 58 bilhões.





Fonte: G1

Pedidos de recuperação judicial batem recorde nos primeiros dez meses do ano.

Dos 1.015 requerimentos de janeiro a outubro, as micro e pequenas responderam por 50,9%; no mesmo período foram decretadas 713 falências.

O número de pedidos de recuperação judicial caiu 30,6% em outubro, em relação a setembro. Foram 102 requerimentos, contra 147 no mês anterior. No acumulado desde janeiro, foram registrados 1.015 pedidos, alta de 41,3% sobre o mesmo período do ano passado (718 pedidos). É o maior número para os primeiros dez meses do ano desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências (em junho de 2005). As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial de janeiro a setembro, com 50,9% do total (517 pedidos), seguidas pelas médias, com 29,6% (301) e pelas grandes empresas, com 197 requerimentos (19,4% do total). De acordo com os economistas da Serasa Experian, o aprofundamento da recessão econômica, os custos do crédito cada vez mais elevados e a alta acumulada do dólar neste ano estão impondo dificuldades financeiras às empresas, seja pelo enfraquecimento da geração de caixa (recessão), seja pela elevação de custos (juros e dólar). Neste ambiente, a solvência empresarial fica pressionada, culminando em aumentos nos pedidos de falências e recuperações judiciais.
Falências
Em outubro, foram registrados 157 pedidos de falência, 7,6% a menos do que em setembro, quando ocorreram 70 solicitações. Em relação a outubro de 2014 (142 falências requeridas), houve alta de 10,5%. Dos 157 pedidos registrados em outubro, 74 (47,1%) referem-se a micro e pequenas empresas, 39 a médias (24,8%) e 44 a empresas de grande porte (28,0%). Houve apenas 54 decretos de falência no mês passado, 19 a menos do que em setembro (+26%), dos quais 33 de micro e pequenas (61,1% do total), 16 de médias (29,6%) e 5 de grandes empresas (9,2%). No acumulado desde janeiro, o número de falências requeridas chegou a 1.483, alta de 5,5% sobre o mesmo período de 2014 (1.405). Foram decretadas 713 falências, contra 631 entre janeiro e outubro do ano passado (avanço de 13%). Os números de outubro de 2015 (os números entre parênteses referem-se ao acumulado entre janeiro e outubro):

• Pedidos de falência: 157 (1.483)
- Micro e pequenas: 74 (765)
- Médias: 39 (349)
- Grandes: 44 (369)

• Falências decretadas: 54 (713)
- Micro e pequenas: 33 (498)
- Médias: 16 (167)
- Grandes: 5 (48)

• Pedidos de recuperação judicial: 102 (1.015)
- Micro e pequenas: 51 (517)
- Médias: 24 (301)
- Grandes: 27 (197)

• Recuperações judiciais deferidas: 100 (877)
- Micro e pequenas: 50 (426)
- Médias: 18 (266)
- Grandes: 32 (185)

• Recuperações judiciais concedidas: 17 (248)
• Recuperação extrajudicial requerida: 0 (2)
• Recuperação extrajudicial homologada: 0 (0)





Fonte: Serasa/Veja/O Globo

Índice que mede clima econômico no Brasil atinge menor nível desde 1989.

Pesquisa referente a outubro foi divulgada nesta quinta-feira (12) pela FGV. Clima econômico piorou também na América Latina.

O Índice de Clima Econômico (ICE) do Brasil recuou 11% entre julho e outubro, passando de 76 para 68 pontos e atingindo o menor nível da série iniciada em janeiro de 1989, quando bateu 44 pontos. No Brasil, inflação e falta de confiança na política do governo são os principais problemas apontados pelo levantamento. Esse indicador é elaborado em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a FGV tendo como fonte de dados a Ifo World Economic Survey (WES). O Índice da Situação Atual (ISA) do Brasil, que integra o cálculo do ICE manteve-se, em outubro, no nível mínimo de 20 pontos), que havia alcançado em julho passado. Na América Latina, o ICE caiu 5% em relação a julho passado, ficando em nível inferior à média histórica pelo 10º trimestre consecutivo. O ICE mundial também recuou no trimestre, 7%, ficando abaixo da média pela primeira vez desde outubro de 2012. "Na América Latina, a queda no clima econômico foi determinada pela piora das expectativas, já que a avaliação da situação atual da economia ficou estável em relação a julho. Ao nível mundial, houve queda dos dois indicadores", diz a FGV, em nota. A piora do Índice de Clima Econômico foi disseminada entre as principais economias ocidentais, de acordo com o estudo. O indicador continua em nível favorável nos Estados Unidos e na União Europeia. No grupo dos BRICS, apenas a Índia registra clima econômico favorável e melhora em relação à última avaliação, em julho. A avaliação do clima na Rússia melhorou, mas não o suficiente para o país passar para a região favorável do ICE. Entre os BRICS, o Brasil apresentou o pior Indicador de Clima Econômico. "No plano mundial, a falta de confiança na política do governo e a demanda insuficiente são considerados os principais problemas. Na América Latina, a falta de confiança na política governamental reflete um cenário de incertezas."





Fonte: G1

Projeção para juro em 2016 sobe a 13,25% e inflação se aproxima do teto da meta.

Expectativas para a economia tiveram nova piora; para 2015, analistas esperam inflação de 9,99% e queda de 3,10% do PIB.

As expectativas para a a taxa básica de juros no fim de 2016 subiram na pesquisa Focus do Banco Central, após a autoridade monetária indicar que pode elevar a Selic se entender necessário. Já as estimativas para a inflação no próximo ano chegaram praticamente ao teto da meta. O levantamento com uma centena de especialistas mostrou que permanece em 14,25% a projeção para a Selic no fim deste ano, mas a expectativa para 2016 alcançou 13,25%, contra 13% anteriormente. O diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, passou na semana passada a mensagem de que o BC fará o que for preciso para levar a inflação ao centro da meta em 2017. E apesar de seguir acreditando na manutenção do atual patamar da Selic para ter sucesso na tarefa, poderá elevá­la se entender necessário, mesmo diante da fraqueza econômica. Para a inflação, a pesquisa mensal mostrou que os economistas consultados agora veem alta de 6,47% do IPCA em 2016, 0,18 ponto porcentual maior do que o avanço previsto na semana anterior. Com isso, a alta dos preços praticamente atingiria o teto da meta do governo, que é de 4,5% com tolerância de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. Para este ano, a piora na estimativa de alta do IPCA, a oitava seguida, foi de 0,08 ponto porcentual, para 9,99%. A projeção para o aumento dos preços administrados chegou a 17% neste ano, contra 16,50% no levantamento publicado na semana passada, e a 6,95% em 2016, ante 6,75%. Em outubro, o IPCA acelerou a alta a 0,82%, maior nível para o mês em 13 anos, pressionado principalmente pelo reajuste dos preços de combustíveis e pela valorização do dólar. O cenário para a economia também continua se deteriorando, em um ambiente atual de forte recessão, turbulências fiscais e políticas e desemprego em alta. A expectativa de contração do Produto Interno Bruto neste ano agora é de 3,10%, contra queda de 3,05% no levantamento anterior. Para 2016 é esperada uma retração de 1,90%, maior do que o recuo de 1,51% estimado previamente.




Fonte: JESP

Batatinha volta ao McDonald’s na Venezuela - mas por US$ 126.


As batatas fritas do McDonald’s estavam ausentes da Venezuela desde o início do ano. Agora, elas voltaram, mas ainda não são acessíveis a todos. O preço de uma porção grande é de 800 bolívares venezuelanos, ou 126 dólares. Com o câmbio controlado pelo governo, inflação altíssima e com o colapso do preço do petróleo, que corresponde a 95% do PIB, o país vive uma escassez de diversos produtos. A importação de batatas caiu 85% no ano passado, segundo a AFP, quando o McDonald’s retirou as fritas do cardápio. Até então, o tubérculo importado tinha sido substituído pela yuca, raiz também conhecida como cassava, nos mais de 100 restaurantes da rede no país. Porém, desde o início da semana, o McDonald’s começou uma campanha de marketing anunciando a volta das batatas fritas à rede na Venezuela. Com posts nas redes sociais, a empresa criou um suspense em torno do relançamento. Mas o que mais surpreendeu os consumidores foi o preço sugerido para as batatinhas. A porção normal irá custar 500 bolívares, cerca de 79 dólares. Já a versão maior sai por 800 bolívares, que são aproximadamente 126 dólares, segundo o câmbio oficial. Usando o câmbio do mercado negro, no entanto, a batata do McDonald’s valeria 64 centavos de dólares, tamanho médio, e 1,15 dólar, a grande, segundo a Fusion. Segundo uma porta-voz da Arcos Dorados, que controla as franquias do McDonald’s na América Latina, o retorno das batatas só foi possível buscando fornecedores locais. A nova batata é feita com ingredientes totalmente nacionais. A Venezuela enfrenta uma severa falta de produtos, como cerveja e papel higiênico. Por conta disso, uma camisinha era vendida por mais de 2.000 reais. Já um iPhone 6 só podia ser comprado ao desembolsar 145 mil reais.





Fonte: Revista Exame

Inflação de janeiro a outubro é a maior desde 1996, diz IBGE

No ano, o IPCA acumula alta de 8,52% e, em 12 meses, de quase 10%. De setembro para outubro, avanço de preços foi puxado pela gasolina.

Em outubro, os brasileiros tiveram de gastar ainda mais para morar, comer e se locomover. O aumento desses custos acabou impactando a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que passou de 0,54% em setembro para 0,82% no mês seguinte, atingindo a maior alta para o período desde 2002. Os recordes negativos também são vistos em outras bases de comparação. No ano, o IPCA acumula alta de 8,52%, a maior para o período de janeiro a outubro desde 1996, quando ficou em 8,70%. Em 12 meses, o indicador foi para 9,93% e é o mais elevado, considerando o período, desde 2003, quando chegou a 11,02%. De setembro para outubro, o que mais influenciou a alta de preços no país foram os combustíveis. O aumento foi de 6,09% e representou quase 40% na composição do IPCA.


No caso da gasolina, que teve seu reajuste de preços autorizado pela Petrobras no final de setembro, ficou, em média, 5,05% mais cara, puxada por São Paulo, onde os postos aplicaram um aumento acima de 6%. Quem costuma abastecer o carro com o etanol teve de desembolsar mais ainda. O preço do combustível subiu 12,29%. Apesar do avanço ter sido maior que o da gasolina, o etanol tem peso menor no cálculo da inflação. “Com o aumento da gasolina, as pessoas tendem a procurar mais o etanol, então, tem uma pressão de demanda sobre o etanol. Além disso, há notícias de que a exportação do etanol tem aumentado, então tem uma demanda externa também sobre o combustível”, analisou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índice de Preços do IBGE. Com o aumento dos preços dos combustíveis, o grupo de gastos com transporte, um dos pesquisados pelo IBGE, registrou a maior variação, de 1,72% em outubro, contra 0,71% em setembro. Ficaram mais caros ainda passagem aérea (4,01%), pneu (0,94%), ônibus intermunicipal (0,84%), conserto de automóvel (0,69%) e acessórios e peças (0,46%). "O IPCA de outubro foi dominado pelos transportes, que é o segundo grupo de maior peso, logo depois dos alimentos. Eles [juntos] exerceram pressão muito forte [no mês], apesar da maioria dos grupos subir de um mês para o outro. Que a maioria está subindo é um fato, mas dentro dos transportes [o impacto] são os combustíveis, e nos alimentos, é o dólar impactando...e também tem a questão das chuvas”, analisou.
Alimentos e habitação
Depois dos transportes, o maior aumento partiu de alimentação e bebidas (de 0,24% para 0,77%). Isso porque os alimentos consumidos fora de casa subiram 0,93%, e os consumidos dentro de casa, 0,68%. “Nesse mês, os alimentos consumidos no domicilio ficaram com preço menor do que os consumidos fora. Os preços das refeições fora continuam subindo. Os agricultores têm se queixado bastante dos custos agrícolas que vêm crescendo. Além disso, as chuvas que vêm ocorrendo no sul do país, que são os principais produtores de agricultura, vêm atrapalhando bastante as lavouras. Os produtores de arroz têm apontado prejuízo por excesso de chuva. No geral, a gente tem pressão do câmbio, das chuvas e exportações também." Os gastos com habitação registraram a terceira maior alta, ainda que a variação tenha sido menor de setembro para outubro (de 1,30% para 0,75%). O avanço do preço do botijão de gás perdeu força, ao passar de 12,98% em setembro, para 3,27%, em outubro - ainda um reflexo do reajuste de 15% permitido pela Petrobras a partir de setembro. Subiram também os preços de energia elétrica, mão de obra para pequenos reparos, aluguel e artigos de limpeza. Na sequência, estão os grupos de preços relativos a vestuário (de 0,50% para 0,67%), despesas pessoais (de 0,33% para 0,57%), saúde e cuidados pessoais (estável em 0,55%), comunicação (de 0,01% para 0,39%), artigos de residência (de 0,19% para 0,39%) e educação, de 0,25% para 0,10%).
Inflação por regiões
Na análise por região, o maior IPCA ficou com Brasília (1,24%) e o menor, no Rio de Janeiro (0,59%).
Previsões alinhadas
Para 2015, a expectativa dos economistas, segundo o boletim Focus, do Banco Central, é que IPCA feche o ano em 9,91%, se aproximando assim da marca dos 10%. Se confirmada a estimativa, representará o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002 – quando ficou em 12,53%. O BC informou recentemente que estima um IPCA de 9,5% para este ano. Segundo economistas, a alta do dólar e, principalmente, dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressionam os preços em 2015. INPC
O IBGE também divulgou o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de outubro, que ficou em 0,77%, depois de avançar 0,51% em setembro. No ano, o índice acumula alta de 9,07% e, em 12 meses, de 10,33%. “O INPC nos 12 meses já passou dos dois dígitos. O que isso significa? Como se refere a uma população de renda mais baixa, em que os alimentos têm maior participação, (...) quando os preços aumentam, todo mundo é penalizado. Mas a população com renda mais baixa está sendo mais penalizada do que a da mais alta”, analisou Eulina Nunes, que acrescentou ainda que a alta do botijão de gás, ônibus e energia também impactam o INPC.





Fonte: G1

Nova aposentadoria: veja perguntas e respostas e tire suas dúvidas.

Esclareça as principais dúvidas para pedir a aposentadoria integral. Cálculo progressivo exige pontuação maior com o passar do tempo.

A fórmula que calcula o tempo mínimo para se aposentar mudou. Para conseguir 100% do benefício, é preciso atingir uma pontuação mínima, que é resultado da soma entre idade e tempo de contribuição, mais um valor que depende do ano da aposentadoria (veja mais detalhes abaixo).
O novo cálculo, que já está em vigor, é uma alternativa ao fator previdenciário, que continua valendo, caso o trabalhador queira se aposentar antes, mas com um benefício menor. Para o especialista em direito previdenciário Rodrigo Sodero, a fórmula fará com que a pessoa precise esperar mais tempo se quiser a aposentadoria integral.
Veja perguntas e respostas sobre o cálculo progressivo da aposentadoria:

Sou homem, tenho 36 anos de contribuição e 59 de idade. Posso me aposentar em 2016 com 100% do benefício?
Sim, porque você atingiu a pontuação mínima de 95 (59 anos + 36 de contribuição), que é válida até 2018. Você só não poderia se aposentar em 2016 se seu tempo de contribuição fosse menor que 35 anos ou a somatória dos pontos fosse menor que 95.
Para me aposentar em 2022, quando tempo precisarei contribuir com a Previdência?
Quem se aposentar em 2022 precisará atingir 87 pontos se for mulher e 97 pontos se for homem. O tempo mínimo de contribuição continua o mesmo: 30 para mulheres e 35 para homens. Mas a idade deverá ser maior para atingir a somatória. As mulheres deverão ter 57 anos e os homens, 62.
 




Sou mulher, contribuí com a Previdência por 30 anos, mas ainda tenho 47 anos de idade. Quando vou poder me aposentar?
Você já atingiu o tempo de contribuição mínimo para pedir a aposentadoria integral, mas precisa de mais oito pontos para atingir os 85 necessários. A cada ano, você ganha dois pontos se não parar de trabalhar (pelo seu aniversário, mais o ano de contribuição). Portanto, em quatro anos você atingiria 85 pontos. Mas em 2019, será preciso mais dois pontos para se aposentar, somando 86. Em 2020, você terá 87 pontos, e consegue se aposentar, porque o mínimo será de 86 pontos.
Sou mulher, tenho 55 anos, mas trabalhei por 25 anos. Em que ano posso me aposentar?
Hoje você soma 80 pontos. Você precisa de mais cinco anos de contribuição para atingir o mínimo de 30 anos de trabalho para as mulheres. Em 2020, a regra pedirá a somatória de 86 pontos para ter direito a 100% do benefício. Você terá 90 pontos (mais cinco anos da idade e cinco de contribuição) e poderá se aposentar a partir deste período.
Pela nova fórmula, vou ter que trabalhar até os 85 anos para me aposentar?
Não. Na nova regra, o tempo de contribuição somado à idade deve ser igual a 95 para os homens e 85 para as mulheres – o que não significa a idade para se aposentar. Por exemplo: um homem de 60 anos que contribuiu por 35 anos chega ao total de 95. Nesse caso, ele já poderia pedir a aposentadoria integral sem cair no cálculo do fator previdenciário e receber o teto da previdência, que hoje é de R$ 4.663,75. No caso dos professores, a lei prevê que a soma deve ser de 80, para mulheres, e 90, para homens.





Fonte: G1

CONAPE - Para ministros, novo CPC agilizará perícias e provas.

Luiz Fux, do STF, e Luis Felipe Salomão, do STJ, participam do Quinto Congresso Nacional de Perícias Judiciais e apostam em avanços com novas normativas.

O novo Código de Processo Civil (CPC - Lei 13.105/2015) também é importante para agilizar as perícias e, consequentemente, a produção de provas. A afirmação é do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que proferiu palestra ontem durante o Quinto Congresso Nacional de Perícias Judiciais (Conape), realizado no Hotel Rio Othon Palace, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. "O novo código, que passa a valer a partir de março de 2016, visa contribuir para o cumprimento da garantia constitucional da razoável duração dos processos e também possibilitará avanços para a perícia judicial", disse o ministro. Fux, que atuou como presidente da comissão de juristas responsável pela elaboração do anteprojeto do novo CPC, explicou os impactos que a normativa trará para a categoria. Segundo o ministro, um ponto inovador do Código se refere à perícia consensual, em que as partes, de comum acordo, podem escolher o perito e indicá-lo ao juiz por meio de requerimento. A perícia simplificada, que consiste na substituição da perícia por uma inquirição a um especialista, em relação a um ponto controvertido da causa e que demanda conhecimento técnico ou cientifico, e a perícia abrangente, em que a prova é produzida em conjunto por especialistas de diversas áreas, também foram destacadas pelo ministro do STF. "Os procedimentos visam facilitar a produção das provas, assim como evitar impugnações pelas partes no curso do processo judicial. No campo do processo, facilitará, e muito, o trabalho, principalmente em relação à perícia simplicada e consensual", afirma. Simplificação 
Fux explicou ainda que no campo extrajudicial existe uma regulamentação própria, mas que a perícia poderá se basear nas novas regras do processo civil. O ministro também tem declarado seu otimismo em rela- ção ao Código, afirmando que ele poderá simplificar e agilizar o andamento de processos. "Na prática, o texto servirá de aperfeiçoamento para a ordem jurídica e as decisões acontecerão de forma mais rápida. Os recursos serão em número menor, para que não seja prolongada a decisão judicial. Este é um código da sociedade brasileira, que contou com a participação do cidadão e na prática ele mostrará a sua importância". Para resolver litígios sem congestionar os tribunais com mais processos foi criada a nova Lei da Arbitragem (13.129/15). "Esta é uma alternativa para a solução de conflitos sem que seja preciso iniciar o processo na Justiça, o que evita até mesmo prejuízos financeiros", explicou durante o encontro o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luís Felipe Salomão. "Os litígios que exigem conhecimento técnico ou específico cabem e funcionam melhor na arbitragem. Além de ser mais ágil, ela também evita prejuízos aos envolvidos", disse o ministro. Ele cita como exemplo o caso dos grandes contratos de infraestrutura, em que a arbitragem não prejudicaria o andamento da obra, ou seja, não iria paralisar e nem dificultar a solução do contrato. Hoje, o Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial dos países que mais utilizam o procedimento de arbitragem. Salomão explica que a atualização da Lei de Arbitragem se fez necessária para regularizar uma série de processos, entre elas a aplicação de medidas cautelares no procedimento. "O nosso País passa por um momento extraordinário, a despeito da má fase da economia. Vamos ter aqui eventos que envolvem grande infraestrutura, como tivemos a Copa do Mundo, agora com a Olimpíada e a Paraolimpíada. Temos diversos investimentos em obras públicas e isso desafia o olhar do investidor, faz com que, havendo a possibilidade da arbitragem, se amplie o campo de trabalho a todos", argumentou Salomão. Outra inovação, segundo o ministro, foi a permissão para a administração pública aderir ao procedimento, o que também contribuiu para abrir oportunidade às perícias. Salomão explicou que o método de solução de conflito está alinhado com o novo CPC, que entra em vigor em 2016. Segundo o presidente da Comissão Executiva do Congresso, Jarbas Barsanti, o encontro possibilitará um melhor entendimento por parte da classe dos peritos sobre os impactos que trarão tanto a nova Lei da Arbitragem como o novo CPC. "As normativas vêm contribuir para a melhora do cenário e agilização da prova pericial, e a presença dos ministros do STF e do STJ mostra a importância da perícia dentro deste contexto", disse Barsanti. A quinta edição do Conape termina hoje, com debates sobre temas como A atuação do perito na Lei de Recuperações Judicias e de Falências; e A Visão da AGU na perícia judicial.





Fonte: JC