Expectativas para a
economia tiveram nova piora; para 2015, analistas esperam inflação de 9,99% e
queda de 3,10% do PIB.
As expectativas para a a taxa básica de juros
no fim de 2016 subiram na pesquisa Focus do Banco Central, após a autoridade
monetária indicar que pode elevar a Selic se entender necessário. Já as
estimativas para a inflação no próximo ano chegaram praticamente ao teto da
meta. O levantamento com uma centena de especialistas mostrou que permanece em
14,25% a projeção para a Selic no fim deste ano, mas a expectativa para 2016
alcançou 13,25%, contra 13% anteriormente. O diretor de Política Econômica do
BC, Altamir Lopes, passou na semana passada a mensagem de que o BC fará o que
for preciso para levar a inflação ao centro da meta em 2017. E apesar de seguir
acreditando na manutenção do atual patamar da Selic para ter sucesso na tarefa,
poderá elevála se entender necessário, mesmo diante da fraqueza econômica. Para
a inflação, a pesquisa mensal mostrou que os economistas consultados agora veem
alta de 6,47% do IPCA em 2016, 0,18 ponto porcentual maior do que o avanço
previsto na semana anterior. Com isso, a alta dos preços praticamente atingiria
o teto da meta do governo, que é de 4,5% com tolerância de 2 pontos porcentuais
para mais ou para menos. Para este ano, a piora na estimativa de alta do IPCA,
a oitava seguida, foi de 0,08 ponto porcentual, para 9,99%. A projeção para o
aumento dos preços administrados chegou a 17% neste ano, contra 16,50% no
levantamento publicado na semana passada, e a 6,95% em 2016, ante 6,75%. Em
outubro, o IPCA acelerou a alta a 0,82%, maior nível para o mês em 13 anos,
pressionado principalmente pelo reajuste dos preços de combustíveis e pela
valorização do dólar. O cenário para a economia também continua se
deteriorando, em um ambiente atual de forte recessão, turbulências fiscais e
políticas e desemprego em alta. A expectativa de contração do Produto Interno
Bruto neste ano agora é de 3,10%, contra queda de 3,05% no levantamento
anterior. Para 2016 é esperada uma retração de 1,90%, maior do que o recuo de
1,51% estimado previamente.
Fonte:
JESP
Nenhum comentário:
Postar um comentário