Desemprego sobe e país tem 12 milhões de desocupados

Taxa subiu a 11,8% no trimestre e renda média real do trabalhador mostrou estabilidade em relação ao mesmo período do ano anterior.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,8% no trimestre encerrado em agosto de 2016, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Isso significa que o país tem hoje 12 milhões de pessoas sem emprego.
Em igual período do ano passado, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8,7%. A renda média real do trabalhador foi de 2.011 reais no trimestre até agosto de 2016. O resultado representa estabilidade em relação ao mesmo período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou 177 bilhões de reais no trimestre até agosto, queda de 3,0% ante igual período do ano anterior.
Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional. A nova pesquisa substitui a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrangia apenas as seis principais regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.
(Com Estadão Conteúdo)

Fonte: Veja

Arrecadação do governo cai 10% e tem pior agosto desde 2009, diz Receita.

A retração econômica voltou a derrubar as receitas do governo federal, que somaram R$ 91,8 bilhões e tiveram queda real (retirado o efeito da inflação) de 10,12% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, divulgou nesta quinta-feira (29) a Receita Federal.
Foi o pior agosto desde 2009, quando a arrecadação somou R$ 85,1 bilhões. No acumulado do ano, quando a arrecadação totalizou R$ 816,4 bilhões, a queda é de 7,45% na comparação com o mesmo período do ano passado —pior período período entre janeiro e agosto desde 2010.

Fonte: Uol.

‘Inflação do aluguel’ acelera e acumula alta de 10,66% no ano

No mês, IGP-M subiu 0,20%, um crescimento de 0,05 ponto percentual em relação a agosto, quando a alta foi de 0,15%, informou a FGV

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,20%, em setembro. Em agosto, o índice teve alta de 0,15%. Em setembro do ano passado, o crescimento foi de 0,95%. No acumulado do ano, até setembro, o índice acumula alta de 6,46%. Em 12 meses, o IGP-M registrou alta de 10,66%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, apresentou alta de 0,18%. No mês anterior, a taxa foi de 0,04%. O índice relativo aos Bens Finais teve queda de 0,25% no mês. Em agosto, este grupo de produtos mostrou alta de 0,15%. Contribuiu para este recuo o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou queda de 0,54% para queda de 6,36%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, o índice de Bens Finais registrou crescimento de 0,53%. Em agosto, a taxa foi de 0,22%.
O índice referente ao grupo Bens Intermediários teve queda de 0,33%. Em agosto, a taxa foi de -0,36%. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de queda de 0,76% para queda de 0,50%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou -0,28%, ante -0,50%, em agosto.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou alta de 0,16% em setembro, ante 0,40%, em agosto. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram desaceleração em suas taxas. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação (que passou de alta de 0,66% para uma alta menor, de 0,09%).  Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item laticínios, cuja taxa passou de alta de 6,46% para queda de 1,39%.
Também apresentaram desaceleração em suas taxas de variação os grupos: Transportes (de 0,27% para -0,12%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,76% para 0,40%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,83% para 0,56%), Comunicação (de 0,39% para 0,02%) e Despesas Diversas (de 0,10% para -0,27%).
Em contrapartida, aceleraram a alta de suas taxas os grupos: Habitação (que passou de 0,01% para 0,24%) e Vestuário (que passou de 0,07% em agosto para 0,20% no último mês). Nestas classes de despesa, destacaram-se: tarifa de eletricidade residencial (que passaram de queda 1,50% para queda de 0,07%) e roupas femininas (de -0,50% para 0,44%), respectivamente.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em setembro, alta de 0,37%, acima do resultado de agosto, de 0,26%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços teve crescimento de 0,16%. Em agosto, a taxa havia ficado em 0,26%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou taxa de 0,55%. No mês anterior, este grupo aumentou 0,26%.

Fonte: Veja

Brasil cai e amarga 81ª colocação em ranking de competitividade

Queda de seis posições deixa o país em sua pior colocação em dez anos. Fórum Econômico Mundial cita fatores políticos entre principais responsáveis

O Brasil caiu seis posições no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial, para 81º, e agora ocupa sua pior posição em uma década. O Índice de Competitividade Global 2016-2017  (ICG) faz um balanço da produtividade e prosperidade em 138 países. Para fazer o ranking, são analisados tanto dados estatísticos – como atividade econômica e inflação – quanto a percepção de executivos que atuam nesses países em uma centena de assuntos como infraestrutura, estabilidade política, segurança e inovação.
Desde 2012, o país já perdeu 33 posições no total, resultado de uma menor sofisticação dos negócios e em um baixo grau de inovação. Entre os mercados emergentes, o brasileiro foi o único cujo ICG não cresceu de 2015 para este ano. Quando comparado às dez maiores economias da América Latina, o Brasil amarga a nona colocação. Chile e Panamá estão no topo na região.
De acordo com o economista Daniel Gomez Gaviria, que comanda os estudos de competitividade do Fórum Econômico Mundial, os principais aspectos em que o país foi mal avaliado são absorção tecnológica, de inovação e de sofisticação empresarial. “Pilares de sofisticação de negócios e inovação caíram em comparação com o ano passado. Temos visto que inovação e tecnologia estão assumindo papéis importantes como geradores de competitividades nos países”, explica Gaviria.
Além da crise política e econômica, que vem se deteriorando desde 2014, há fatores estruturais e regulatórios que pesam no desempenho, como sistema regulatório e tributário inadequados e infraestrutura deficiente.
Segundo a Fundação Dom Cabral, que faz o estudo em parceria com o Fórum, esses fatores juntamente à baixa produtividade, resultam em uma economia fragilizada e incapaz de promover avanços na competitividade interna e internacional sem maior inserção no mercado mundial.
Gaviria explica que o propósito do levantamento é justamente indicar as falhas que minam a atividade econômica como um todo “O índice ajuda a identificar as brechas. Se não forem construídas agendas público-privadas que as fechem, o país vai seguir caindo”, diz. Em relação às razões que dificultem fazer negócio no Brasil, os itens mais citados são as taxas elevadas, a corrupção, a burocracia, a ineficiência do governo e a instabilidade política.
Apesar da imagem negativa desses aspectos, o economista vê neste ano um aumento na qualidade de instituições. “Medidas que dão independência do sistema judicial, ética e corrupção melhoraram do ano passado para este. Estão resolvendo problemas nessas áreas e as pessoas veem isso”, explica.
Quando o assunto é macroeconomia, a inflação é o principal fator de queda nesse quesito. “Foi o que mais puxou, mas não por ser uma característica particular do país. Esse problema atingiu a todos os países exportadores de commodities.”

Top 10

Pelo oitavo ano consecutivo, a Suíça se mantém no topo do ranking como a economia mais competitiva do mundo. Em seguida, vêm Cingapura e Estados Unidos. Apesar de pequenas trocas, os sete locais que compõem o top 10 são os mesmos de 2015: Holanda, Alemanha, Suécia, Reino Unido, Japão, Hong Kong e Finlândia.
Para a Fundação Dom Cabral, essa manutenção confirma a dificuldade de ganhos de produtividade por países emergentes. A instituição acredita que para pôr fim à tendência de queda da competitividade é preciso mais que melhorar os indicadores econômicos. “São necessárias reformas como a tributária e previdenciária que visem de fato a solucionar questões insustentáveis no longo prazo”, avalia.


Fonte: Veja

Controladora da Oi paga multa milionária nos Estados Unidos

Portugueses da Pharol não informaram adequadamente investidores sobre os riscos de aplicações da empresa, aponta a SEC, que fiscaliza o mercado americano

Os portugueses da Pharol (ex-Portugal Telecom), que são os principais acionistas da operadora de telefonia brasileira Oi, aceitaram pagar uma multa de 1,25 milhão de dólares (cerca de 4,1 milhões de reais) à Securities and Exchange Commission (SEC), o órgão que fiscaliza o mercado de capitais nos Estados Unidos, por terem falhado em informar adequadamente a natureza e a extensão dos riscos envolvidos em investimentos realizados nas companhias do Grupo Espírito Santo.
Segundo a SEC, os comunicados financeiros divulgados pela então Portugal Telecom em 2013 continham múltiplas falhas de informação, o que impediu que os investidores pudessem ter o quadro completo dos riscos que surgiam das aplicações financeiras no Grupo Espírito Santo. O órgão americano também citou controles internos insuficientes da Portugal Telecom. Entre os investimentos estavam títulos da holding Rioforte, que foram aportados pela Portugal Telecom na Oi quando houve a fusão entre as duas, no mesmo ano. Em 2014, a Rioforte deu calote no pagamento de 847 milhões de euros, em escândalo que alterou os termos da fusão (a fatia dos portugueses foi reduzida).
Com o acordo e o pagamento da multa, a SEC encerra a investigação contra a atuação da Pharol, sem que a empresa tenha oficialmente admitido ou negado a culpa pela conduta em relação a esses investimentos.
A fusão da Pharol (então Portugal Telecom) com a Oi é investigada também pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira, mas não houve conclusão de nenhum dos inquéritos que foram abertos nem acordo para encerrar o caso.
No Brasil, os portugueses da Pharol possuem 27,5% das ações com direito a voto da Oi, que se encontra em processo de recuperação judicial. Eles indicaram cinco dos nove integrantes do conselho de administração, que deu aval ao plano de recuperação apresentado pela Oi no início do mês e que foi criticado por parte dos credores, porque propõe o perdão de até 70% da dívida sem oferecer em troca participação no capital da empresa de forma imediata.
O governo brasileiro (via Anatel, Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal) é credor de quase um terço da dívida total de 65,4 bilhões de reais da Oi e pode abrir mão de 60% desse valor (ou seja, de 12 bilhões de reais em um volume aproximado de 20 bilhões de reais) caso a proposta seja aceita sem modificações.


Fonte: Veja

Prejuízo da Oi sobe 31% em julho e supera R$ 2,8 bilhões


Rio de Janeiro - O prejuízo das sete empresas incluídas no processo de recuperação judicial da Oi somou R$ 2,828 bilhões em julho, alta de 31% na comparação com o mês anterior, aponta relatório apresentado pelo administrador judicial à 7.ª Vara Empresarial do Rio, onde corre o processo da companhia. Em junho, a perda tinha sido de R$ 2,161 bilhões.
Não são todas as empresas do grupo Oi que estão em recuperação judicial. Fazem parte do processo Oi S.A., Telemar Norte Leste, Oi Móvel, Copart 4 Participações, Copart 5 Participações, Portugal Telecom International Finance B.V, Oi Brasil Holdings Coöperatief.
O demonstrativo aponta que a receita líquida de venda de bens e serviços das empresas aumentou 16% entre junho e julho, de R$ 11,724 bilhões para R$ 13,627 bilhões. O resultado bruto passou de R$ 3,969 bilhões para R$ 4,649 bilhões, na mesma comparação.
Já o resultado operacional ficou negativo em R$ 5,629 bilhões em julho, enquanto era negativo em R$ 4,557 bilhões no mês anterior. O resultado financeiro negativo foi de R$ 857,7 milhões em julho, contra resultado também negativo de R$ 337,6 milhões em junho.

Passivos

O juiz responsável pela recuperação judicial da Oi, Fernando Viana, decidiu na quinta-feira, 15, que a companhia deve apresentar lista de credores detalhada com o passivo de cada uma das sete empresas do grupo que fazem parte do processo.
A sentença é uma resposta a um pedido feito por dois credores.
O grupo, que entrou com pedido de recuperação judicial em 20 de junho, tem dívidas de cerca de R$ 65 bilhões. Além disso, já são cerca de 68 mil credores identificados, de acordo com o magistrado.
O documento deve ser apresentado 30 dias depois da publicação de edital que trará informações como prazos para habilitação dos créditos, o resumo do pedido da Oi e da decisão que concedeu a recuperação judicial. A lista será posteriormente publicada no site do Tribunal de Justiça do Rio.

Fonte:Exame

Focus: mercado eleva previsão de inflação para 2016

Os analistas consultados pelo Banco Central subiram a previsão do IPCA deste ano para 7,32%, acima da meta oficial


Economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central aumentaram suas projeções para inflação para 2016 e reduziram a previsão de quedas no PIB e na produção industrial. Segundo o Boletim Focus, a expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano em 7,36%, acima do teto oficial de 6,5%. A previsão anterior para o indicador era de 7,34%. Na semana passada, o IBGE divulgou que o índice ficou em 0,44% em agosto, o que representa uma alta de 5,42% no acumulado dos oito primeiros meses do ano.
Em relação ao PIB, a nova estimativa é de um déficit de -3,18% no ano, ante uma previsão de -3,20% na semana anterior. A queda esperada na produção industrial ficou em -5,93%, ante 6,03% na semana anterior.
Para 2017, as previsões de IPCA (5,12%), PIB (1,30%) e produção industrial (0,50%) permanecem inalteradas.


Fonte: Veja

Como a Oi pretende pagar os R$ 65 bi de dívidas com credores




São Paulo – Se você é um dos 10.000 credores, 138.300 funcionários ou um dos 69 milhões de clientes da operadora Oi, é bom entender qual o plano de recuperação judicial da empresa.



Dona de um faturamento bruto de R$ 40 bilhões e de 18,52% do mercado de telefonia móvel, a empresa é também protagonista do maior pedido de recuperação já feito na história do país.

Em 20 de junho, a operadora entrou com o pedido por acumular uma dívida de R$ 65,4 bilhões, com a qual não consegue arcar. Ontem de noite apresentou como pretende pagar o montante, enquanto segue em operação.

O plano prevê pagamento de quatro tipos diferentes de credores e deve passar por assembleia geral na tarde da próxima quinta, dia 8, para ser aprovado e seguir adiante.

Veja, a seguir, os principais destaques do plano proposto pela Oi:


Credores trabalhistas

Para os funcionários (classe I), a empresa se propõe a pagar o que deve em cinco parcelas mensais iguais com seis meses de carência após a homologação do plano.

Os créditos trabalhistas ainda não reconhecidos serão pagos após trânsito em julgado da decisão que encerrar o processo e homologar o valor devido, aponta o documento.

Já o crédito trabalhista que o funcionário tenha com a Fundação Atlântico de Seguridade Social, entidade de previdência privada vinculada ao Grupo Oi, será paga em seis parcelas anuais com 5 anos de carência, segundo o plano.

Para esses, a atualização monetária será de INPC + 5,5% ao ano, a partir da homologação do plano. Os juros acumulados no período serão pagos a partir do sexto ano, junto do principal.


Credores com Garantia Real

Depois do pagamento de funcionários, quem tem prioridade em receber o que deve são os credores que tem garantia real (classe II), que tinham em contrato uma segurança de recebimento.

Esses receberão, se aprovado e depois de homologado o plano, os valores que constam na lista de credores, corrigido pela taxa de juros prevista em contrato.

O principal da dívida será pago em 10 parcelas semestrais a partir do 11º ano, com pagamento de 20% por ano, em parcelas semestrais de 10%.

A atualização monetária é calculada em cima do montante a ser recebido por cada credor nos primeiros sete anos, e depois pagas semestralmente.


Quirografários

Essa classe III, d credores sem garantia real, são a grande maioria dos fornecedores que tem o que receber da Oi. Para esses, as opções são mais complexas e diversas.

Os que tem até R$ 1.000 em crédito, poderão receber o valor até 20 dias depois da homologação do plano. Os que possuem títulos acima disso, podem concordar em receber uma parcela única, mas apenas no valor de R$ 1.000, também no prazo de 20 dias.

Se não concordarem, “será disponibilizado um cardápio de ofertas limitadas a um montante máximo por oferta”, aponta o plano.

A primeira oferta é a de uma reestruturação sem conversão de ações, com um teto de valor que pode ser recebido se a dívida for em real ou em dólar, com taxas de juros combinadas.

E a opção com conversão de ações para os que possuem créditos superiores a R$ 50.000. Para esses, a Oi pretende emitir títulos de ações, de qualquer uma das empresas do grupo, no valor total de R$ 32,330 bilhões – o que representa 85% do capital social da Oi.

“Ou de sociedade que venha a substituí-la após reorganização societária”, consta no plano.

Durante 3 anos após a homologação do plano, ao final de cada semestre, a companhia poderia resgatar, parcial ou integralmente, esse título valor de face acrescido de juros de 4% ao ano.

Há ainda uma opção aos credores que quiserem seguir dando crédito para a operadora. Para eles, os novos empréstimos serão pagos junto aos outros valores devidos pela Oi, mas com prioridade – será quitado em 10 anos a partir do sexto ano, em cinco parcelas anuais de 20%.

Os fornecedores que continuarem parceiros da empresa também terão vantagens. Os com crédito de até R$ 150.000 para receber, receberão o valor total em 20 dias úteis.

Os que tiverem crédito acima desse valor, recebem o mesmo valor à vista e o saldo remanescente em duas parcelas anuais e iguais, com juros de TR + 0,5% ao ano.


Credores ME e EPP

Assim como os credores trabalhistas, os de microempresa e empresa de pequeno (classe IV) porte de depósito judicial têm prioridade em receber e precisam aprovar o plano em maioria.

As regras gerais são parecidas com as do quirografário: aceitar à vista R$ 1.000 depois de 20 dias úteis do plano homologado, mesmo que o credor tenha um valor cima desse a receber.

Também da mesma forma, os que não aceitarem teriam a opção de reestruturação com ou sem conversão de ações.

Os que concordarem com os valores citados na lista de credores e tiverem garantia, receberiam na medida em que os recursos fossem liberados para a companhia.


Aprovação

A assembleia de credores acontecerá na tarde da quinta, quando o plano será votado. Para a aprovação é necessário que a maioria dos credores trabalhistas e ME e EPP aprovem as condições.

Os votos a favor dos credores com garantia real e quirografários, em maioria simples de crédito por valor dos presentes, também precisa ser computado para o plano seguir adiante.

Abaixo, confira como ficaria o fluxo de pagamentos dos credores, previsto pela Oi, caso o plano de recuperação seja realmente aprovado.






Tabela do Imposto de Renda será corrigida em 5% no ano que vem

O governo vai corrigir a tabela de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) em 5%. O reajuste será concedido de forma linear entre todas as faixas de rendimento. A correção é inferior à projeção do governo para a inflação deste ano, de 7,2%, mas um pouco maior do que a expectativa para a inflação – medida pelo IPCA – para 2017, de 4,8%.
O salário mínimo deve ficar em R$ 945,80 no ano que vem. As estimativas integram o Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) apresentado pelo governo na quarta-feira, 31, primeiro dia da gestão efetivada de Michel Temer na Presidência e último dia do prazo para apresentação da proposta orçamentária para 2017.
O reajuste da tabela do IR é um aceno do governo para a classe média. A equipe econômica era contra a proposta, que deve reduzir ainda mais as receitas em um ano em que o déficit deve atingir R$ 139 bilhões.
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, admitiu que a correção da tabela do Imposto de Renda vai reduzir a arrecadação prevista para o ano que vem, mas afirmou que isso já está incluído nos cálculos feitos para o Orçamento.
Por outro lado, o governo optou por não incluir as compensações que constam no projeto de lei que já tramita no Congresso Nacional, como mudanças na tributação de heranças, por exemplo. Se forem aprovadas, elas podem aumentar a arrecadação da União. “O efeito da correção da tabela do IR reduz previsão de receitas, mas as compensações do projeto não estão previstas na projeção de arrecadação de 2017”, explicou.
Atualmente em R$ 880, o salário mínimo deve ser reajustado em 7,48%, projeção da União para a inflação medida pelo INPC neste ano. Não haverá contribuição do PIB para o cálculo, uma vez que houve recessão em 2015. A elevação neste ano foi de 11,6% em relação a 2015, quando estava em R$ 788,00.
Em abril, o salário mínimo proposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017 era de R$ 946. A proposta foi apresentada em abril deste ano. Em julho, na revisão da LDO, a projeção para o mínimo foi reduzida para R$ 945,50.
A regra de reajuste do salário mínimo estabelece que o valor seja corrigido pela inflação do ano anterior, medida pelo INPC, e pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Essa norma foi aprovada em lei e valerá até 2019.
A política de valorização do salário mínimo foi um marco do governo petista. A vinculação do mínimo aos benefícios pagos pela Previdência Social ajudou a melhorar o poder de compra da classe média, mas acelerou os gastos da área, que deve registrar um déficit de R$ 181,25 bilhões no ano que vem, segundo previsão do próprio governo.


Fonte: IstoÉ