População desempregada atinge recorde de 14,2 milhões.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,7% no trimestre encerrado em março, segundo o IBGE.

RIO - A taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,7% no trimestre encerrado em março de 2017, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a população desempregada atingiu o recorde de 14,2 milhões de pessoas.

O resultado ficou igual à mediana (13,70%) e, portanto, dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 13,20% e 14,10%.

Em igual período de 2016, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 10,9%. No trimestre encerrado em fevereiro de 2017, o resultado ficou em 13,2%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.110,00 no trimestre até março. O resultado ficou estável em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 182,9 bilhões no trimestre até março, também estável ante igual período do ano anterior.

Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional. A pesquisa substituiu a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrangia apenas as seis principais regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produzia informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.

Fonte:Estadão

Contas do governo têm maior rombo para março e 1º trimestre em 21 anos.

De janeiro a março, déficit primário nas contas do governo atingiu R$ 18,29 bilhões, informou nesta quinta-feira a Secretaria do Tesouro Nacional.

As contas do governo federal registraram rombo recorde no mês de março e no primeiro trimestre deste ano, segundo números divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta quinta-feira (27).

Somente em março, as despesas do governo superaram as receitas com impostos em R$ 11,06 bilhões - o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1997. De janeiro a março, o chamado déficit primário totalizou R$ 18,29 bilhões, também o pior para o período em 21 anos.

Essas contas não levam em consideração os gastos do governo federal com o pagamento dos juros das dívida pública.

O fraco resultado das contas públicas acontece em um ambiente ainda de baixo nível de atividade, que tem resultado em queda da arrecadação.

Embora apareçam alguns sinais de melhora do ritmo da economia, como alta da confiança e da produção industrial, o desemprego ainda segue alto, o que impõe uma velocidade menor ao ritmo de recuperação.

Receitas e despesas

De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, as receitas totais recuaram 3,2% em termos reais (após o abatimento da inflação) no primeiro trimestre, na comparação com igual período de 2016, para R$ 334,43 bilhões.

Por outro lado, as despesas totais recuaram de forma mais intensa nesta comparação: somaram R$ 293,76 bilhões no primeiro trimestre de 2017, com queda de 4,9% em termos reais quando comparadas ao mesmo período de 2016.

Rombo da Previdência Social

A Secretaria do Tesouro Nacional informou que o rombo da Previdência Social (sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado) avançou de R$ 28,98 bilhões, no primeiro trimestre de 2016, para R$ 40 bilhões nos três primeiros meses deste ano, um aumento de 38,1%.

Para 2017, a expectativa do governo é de que o INSS registre novo resultado negativo, de R$ 188,8 bilhões.

O Congresso discute proposta do governo Michel Temer para reforma da Previdência. De acordo com o governo, o objetivo da medida é frear o crescimento do déficit do INSS.

A proposta original previa idade mínima de aposentadoria de 65 anos, para homens e mulheres, entre outras mudanças. Entretanto, o relator do reforma na Câmara, deputador Arthur Maia (PPS-BA), apresentou um novo texto, com regras menos rígidas.

O objetivo do governo é tentar manter a sustentabilidade das contas públicas, diante de um déficit crescente do sistema previdenciário brasileiro.

Concessões e investimentos

Nos três primeiros meses deste ano, ainda de acordo com os dados oficiais, as receitas com concessões registraram forte queda, para R$ 560 milhões, contra R$ 11,63 bilhões no mesmo período do ano passado.

Por outro lado, houve um pequeno aumento no recebimento de dividendos, que totalizaram R$ 1,77 bilhão nos três primeiros meses deste ano, em comparação com R$ 392 milhões no mesmo período de 2016.

Os dados oficiais mostram que o governo também diminuiu fortemente o pagamento de investimentos de janeiro a março deste ano, para R$ 5,75 bilhões. No mesmo período de 2016, os gastos com investimentos somaram R$ 14,14 bilhões.

Meta fiscal e medidas de ajuste

A meta fiscal do governo federal para este ano é de déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar os juros da dívida pública) de até R$ 139 bilhões. Neste começo de 2017, as receitas com impostos foram menores que as previstas, o que levou a equipe econômica a anunciar, no mês passado, uma série de medidas para tentar atingir a meta. São elas:

Bloqueio de R$ 42,1 bilhões em gastos públicos
Receita extra com o aumento da tributação sobre a folha de pagamento: R$ 4,8 bilhões
Receitas extras com relicitação de 4 hidrelétricas: R$ 10,1 bilhões
Receita extra com a equiparação da alíquota de IOF de cooperativas de crédito, com a cobrada de bancos: R$ 1,2 bilhão

No ano passado, o rombo fiscal somou R$ 154,2 bilhões, o maior em 20 anos. Em 2015, o déficit fiscal totalizou R$ 115 bilhões. A consequência de as contas públicas registrarem déficits fiscais seguidos é a piora da dívida pública e mais pressões inflacionárias.

Os analistas das instituições financeiras, porém, preveem que a meta fiscal não será cumprida em 2017. Estimativa do mercado feita em janeiro, e divulgada recentemente, aponta para um rombo de R$ 147 bilhões nas contas do governo neste ano, acima da meta fiscal.


Fonte:G1

O desmonte parcial do corporativismo.

O anúncio foi publicado em fundo amarelo-pato. Por meio dele, a Fiesp anunciou ontem aos leitores dos principais jornais do país que decidira apoiar o fim do imposto sindical. Havia chegado a hora da meritocracia, dizia. Por isso, a entidade, em respeito à coerência, decidira aceitar a navalha na própria carne. Em artigo, também publicado ontem, aos leitores dos principais jornais do país que decidira apoiar o fim do imposto sindical. Havia chegado a hora da meritocracia, dizia. Por isso, a entidade, em respeito à coerência, decidira aceitar a navalha na própria carne.

Em artigo, também publicado ontem, na "Folha de S.Paulo", três dirigentes industriais, Horácio Lafer Piva, Pedro Luiz Passos e Pedro Wongtschowski, expuseram a profundidade da navalhada. No texto, o ex-presidente da Fiesp, e o atual e o ex-presidente do Iedi afirmam que a proposta tirará dos sindicatos trabalhistas R$ 2,1 bilhões, referentes ao dia de salário que os trabalhadores pagam compulsoriamente.

O projeto, dizem, também vai abolir a versão patronal deste imposto que, no cálculo dos industriais, somou R$ 934 milhões, distribuídos, em 2016, para entidades como Fiesp, CNI e CNA. Não está escrito lá, mas o livro-caixa da Federação das Indústrias de São Paulo registra que a fatia a ser subtraída da instituição, com seu desprendido aval, representa 10% do seu orçamento.

As contribuições que, de fato, mantêm essas entidades, estão salvaguardadas pelo texto da reforma. A receita do Sistema S hoje soma R$ 16 bilhões, o equivalente a 17 vezes a quantia que as entidades patronais vão abrir mão com o fim do imposto sindical. A navalha não vai provocar um arranhão sequer.

As entidades que patrocinaram a ascensão de Michel Temer à Presidência da República vão ganhar uma legislação trabalhista para chamar de sua a custo de uma gorjeta. O desmonte do corporativismo é parcial.Quem diz isso são os signatários do artigo: "Se os empresários desejam fazer valer princípios de eficácia, foco em resultados, clareza nas relações com a sociedade e redução de custos e de burocracia, está na hora de defendê-los, enfrentando um tema sobre o qual muito se fala e pouco se faz".

Lafer Piva, Passos e Wongtschowski depenaram o pato. Cobraram o fim da contribuição compulsória (0,2% a 2,5% da folha de salários) e atribuíram ao desvirtuamento de seus objetivos originais de formação técnica dos trabalhadores a construção de instalações que definiram com quatro adjetivos: suntuosas, megalômanas, anacrônicas e dispendiosas. Essas anomalias, dizia o artigo, deslegitimaram direções que não prestam contas de seus gastos, se eternizam no construção de instalações que definiram com quatro adjetivos: suntuosas, megalômanas, anacrônicas e dispendiosas. Essas anomalias, dizia o artigo, deslegitimaram direções que não prestam contas de seus gastos, se eternizam no poder e não são conduzidas por industriais de verdade.

O pato está depenado mas respira. O mandato do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, símbolo-mor desse baronato industrial que só fabrica distorções, acaba no fim do ano. Apesar de ter mudado o estatuto para poder completar 14 anos no cargo, O pato está depenado mas respira. O mandato do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, símbolo-mor desse baronato industrial que só fabrica distorções, acaba no fim do ano. Apesar de ter mudado o estatuto para poder completar 14 anos no cargo, dificilmente terá condições políticas de fazê-lo.

O aparelhamento da Fiesp, iniciado pelas candidaturas de Skaf ao Senado e ao governo do Estado, culminou com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Foi na defesa de recursos para sua campanha que o presidente Michel Temer mais se expôs nas conversas com os empreiteiros que agora delatam na Lava-jato.

Seu modelo de liderança empresarial se esvazia num momento em que o prefeito de São Paulo, João Dória, escancara suas ambições de se tornar o principal representante da categoria nas eleições de 2018. O arcabouço corporativista sobre o qual Skaf está montado, no entanto, ainda custará a ser desfeito, em grande parte, pelas vantagens que dele auferem uma ampla rede de aliados.

Colecionador de acórdãos do TCU sobre as contas do Sistema S, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) tem, na ponta do lápis, os valores de depósitos bancários bilionários das entidades registrados, inexplicavelmente, com rendimentos abaixo daqueles auferidos por cadernetas de poupança. No início do mês, o senador conseguiu assinaturas suficientes para votar, em regime de urgência, projeto que destinava 30% das rendas do Sistema S para a Previdência. A máquina pemedebista do Senado conseguiu fazer sumir os signatários da noite para o dia.

Algo parecido já havia sido tentado, sem sucesso, pelo ex-ministro da Fazenda do governo Dilma, Joaquim Levy. Acabou rechaçado pelos mesmos partidos que hoje se encastelam na base de Temer e resistem à reforma da Previdência sem oferecer alternativas para saneá-la. Pelo grau de informalidade no trabalho previsto nos textos da terceirização e da reforma trabalhista podem provocar o pior dos mundos para a seguridade social: achatam sua arrecadação e se opõem a mudanças para reduzir suas despesas.

O Sistema S não entrou na reforma trabalhista a despeito de ser uma contribuição compulsória recolhida por entidade sindical porque dele se alimenta todo o sistema partidário. Desde a posse de Temer, apenas o PT foi destronado das entidades que presidia, mas PMDB, PSDB, PTB e PSD ainda mantêm sob sua influência as grandes confederações patronais que gerem entidades de toda a cadeia produtiva.

O fim do imposto sindical trabalhista vai fechar entidades trabalhistas de fachada e pôr um freio na proliferação de centrais que se valem do cartório sem nada representar. É resquício de um Estado que se valeu da organização sindical para amortecer conflitos e agrupar contingentes de trabalhadores num país que começava a se industrializar.

Os grandes sindicatos do país, principalmente aqueles da CUT, não serão muito afetados pelo fim do imposto sindical. Mas a medida não vai abalar apenas as entidades de gaveta. A representação sindical, principalmente dos trabalhadores menos qualificados, será afetada no momento de maior mudança da história da Consolidação das Leis do Trabalho. A principal inovação, a possibilidade de as empresas negociarem acordos diretamente com os trabalhadores sem representação sindical tanto pode ser uma porta aberta para a produtividade quanto para a corrupção.

Se os cartórios forem desmontados pela metade não se poderá falar de uma nova relação entre capital e trabalho. Será apenas mais um capítulo de uma história há muito conhecida por quem, desde sempre, paga o pato.

Fonte:valor econômico.com.br

Pessimismo com política derruba confiança do consumidor em abril.

Após queda de 3,1 pontos, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) medido pela Fundação Getulio Vargas foi a 82,2 pontos em abril.

São Paulo – A confiança do consumidor brasileiro interrompeu uma sequência de três meses de melhora e recuou em abril, diante de um pessimismo relacionado a eventos políticos no país, de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas divulgados nesta quarta-feira.

Após queda de 3,1 pontos, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) foi a 82,2 pontos em abril, com perdas tanto na avaliação sobre a situação atual quanto das expectativas.

“A queda da confiança dos consumidores em abril está relacionada a uma calibragem das expectativas … em um quadro que pode ser considerado como de pessimismo moderado”, disse em nota a coordenadora da pesquisa, Viviane Seda Bittencourt.

Ela explica que as expectativas foram afetadas por fatores políticos, destacando o envolvimento de políticos em escândalos de corrupção.

“Não há como se descartar a possibilidade de que esta calibragem tenha relação com o mau humor provocado pela nova rodada de eventos políticos –como a divulgação da lista de políticos mencionados nas planilhas de controle da Odebrecht,

ocorrida em 16 de abril”, completou ela.

Na terça-feira, a Polícia Federal confirmou ter recebido do Supremo Tribunal Federal (STF) os autos de 30 dos 76 inquéritos abertos pela corte a partir das delações de executivos da Odebrecht que envolvem principalmente pessoas com foro privilegiado.

Na lista dos que serão alvos de investigação pela PF nessa primeira leva de apurações estão, por exemplo, os presidentes do PMDB e PSDB, respectivamente os senadores Romero Jucá (RJ) e Aécio Neves (MG), e o ex-presidente do Senado e líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL).

No ICC, o Índice de Expectativas (IE) foi o que teve maior recuo, de 4,6 pontos, indo a 91,1 pontos. O Índice da Situação Atual (ISA) teve queda de 0,7 ponto, para 70,8 pontos.

Segundo a FGV, em relação às perspectivas futuras o Indicador de Ímpeto de Compras de Duráveis nos meses seguintes foi o que mais contribuiu para o resultado do ICC. Também apresentaram perdas os índices que medem o otimismo com a economia e com a situação financeira

O recuo da confiança em abril acontece apesar de a inflação e a taxa de juros continuarem em queda e da liberação do saque das contas inativas do FGTS. Entretanto, “o aumento da incerteza, principalmente no ambiente político parece agir como uma ducha de água fria no sentimento dos consumidores”, destacou a FGV.


Fonte: Exame.com

Ibovespa futuro no negativo com commodities e decisão do PSB de fechar questão contra a Previdência.

Investing.com - O Ibovespa Futuros opera em baixa depois de um dia de euforia com o menor risco na Europa e o aumento das incertezas em relação à capacidade do governo de aprovar a reforma da Previdência no Congresso.

O índice opera com perdas de 0,5% aos 64.900 pontos, indicando uma abertura negativa para o Ibovespa.

Ontem o governo de Michel Temer sofreu um importante revés político na estratégia de aprovar a reforma da Previdência na Câmara com a decisão do PSB em fechar questão contra o texto negociado na Comissão Especial que trata do tema. O partido é o primeiro da base aliada a orientar oficialmente o voto contrário ao governo.

A movimentação do partido socialista veio um dia após Temer determinar em conversa com aliados que não era mais possível fazer concessões e o texto deveria ir a voto. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, confirmou que não tinha ainda os 308 votos necessários para a aprovação, mas que trabalharia para entregar 330 votos no começo de maio.

O governo acredita contar com cerca de um terço dos 35 votos que o PSB detém na Câmara e fez movimento para que deputados mais alinhados peçam a revisão da decisão do partido de fechar questão contra a reforma. A expectativa é que a história tenha novos capítulos hoje e as notícias deverão mexer com o humor dos investidores.

O último grande teste para o governo antes da Previdência poderá ocorrer amanhã, quando será apreciado na Câmara a reforma trabalhista. Se o governo mostrar força e entregar um número relevante de votos, o clima poderá ficar mais positivo tanto no mercado, quanto no Planalto Central.

Expectativa por Trump

Após a vitória no primeiro turno e os acordos políticos costurados por Emmanuel Macron, que praticamente definem sua vitória sobre a eurocética Marine Le Pen, as atenções internacionais se voltam para os EUA.

Trump deverá divulgar seu ‘maciço’ plano de corte de impostos possivelmente nesta quarta-feira e a expectativa é que o governo federal dos EUA reduza de 35% para 15% os encargos às empresas, além de cortar impostos também para pessoas físicas.

Os índices futuros dos EUA abriram em alta acompanhando os ganhos europeus. Dow 30sobe 0,8%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq valorizam 0,2%. Na Alemanha, o DAX é negociado a +0,1% em níveis recordes históricos, enquanto o CAC 40 ganha 0,3% e oFTSE 100 sobe 0,2%.

Mais tarde nos EUA, são esperadas as publicações de índice de confiança do consumidore os dados do setor imobiliário.

Os EUA também permanecem no foco quanto aos receios em relação à escalada do tom de guerra com a Coreia do Norte. Ontem, Trump ligou para os presidentes Xi Jiping da China e o primeiro ministro japonês Shinzo Abe para tratar do tema, enquanto movimenta seus navios de combate na região. A Coreia do Norte iniciou exercícios militares com a chegada de um submarino nuclear americano na vizinha rival, Coreia do Sul.

Commodities

O petróleo opera estável após uma sequência de seis dias de perdas levando a cotação para o US$ 49 nos EUA e US$ 52 no Brent, em Londres.

O minério de ferro cedeu 0,7% para a entrega imediata no Porto de Qingdao, na China, e fechou negociado a US$ 66,07 a tonelada. Na bolsa de futuros de Dalian, o contrato mais negociado, para entrega em novembro, perdeu 0,1% e encerrou o dia a 498,5 iuanes a tonelada.

Mundo corporativo

A Hypermarcas (SA:HYPE3) negou estar negociando a venda da empresa a grupos estrangeiros ainda durante o pregão de ontem. A ação que chegou a subir 7% com a notícia fechou em alta de 3,8%.

A Justiça negou pedido de liminar da Nippon Steel para anular as decisões do conselho de administração da Usiminas (SA:USIM5) no final de março, incluindo a eleição de Sérgio Leite para comandar a empresa. A japonesa queria o retorno de Rômel de Souza para o cargo.

O ministro de Ciência e Tecnologia Gilberto Kassab informou ontem que a MP que autorizará uma possível intervenção na Oi (SA:OIBR4) deverá ser publicada nos próximos dias. O texto deverá conter como alternativas a troca do pagamento das dívidas por mais investimentos.
A Kroton (SA:KROT3) teve alta de 10% na captação de alunos de graduação presencial de janeiro a março comparação com igual período de 2016, enquanto as rematrículas cederam 4%. No ensino a distância (EAD), a taxa de captação de alunos de graduação subiu 11%, mas as rematrículas recuaram 1%.


Fonte:Investing.com

Temer reúne líderes e determina que texto da reforma da Previdência será votado como está.

Missão agora é enfrentar as resistências no voto e aprovar o texto negociado com o relator Arthur Maia.

BRASÍLIA - O governo endureceu as negociações com os parlamentares e deu um basta a novas concessões na reforma da Previdência, rejeitando, assim, o lobby pesado de algumas categorias do serviço público, sobretudo aquelas com altos salários, que querem continuar se aposentando mais cedo com integralidade (último salário da carreira) e paridade (reajustes salarias iguais ao do pessoal da ativa). Diante do risco de que a proposta fosse desidratada com o aumento das pressões no Congresso, o presidente Michel Temer convocou os líderes da base aliada e ministros para uma reunião na sua residência, no fim da tarde de ontem — quando o martelo foi batido. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles antecipou o retorno de Washington, onde estava para a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), e participou do encontro.

A missão agora é enfrentar as resistências no voto e aprovar o texto negociado com o relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA) — que também participou da reunião com Temer. Na última quarta-feira, Maia surpreendeu o governo ao anunciar que iria flexibilizar a regra para os servidores públicos. Ele estava sendo pressionado diretamente por entidades representativas de juízes e procuradores, que querem uma regra de transição para continuar fazendo jus à paridade e à integralidade.

Pelo relatório fechado com o governo, quem ingressou no serviço público até 2003 terá de ficar mais tempo em atividade, até completar 65 anos (homem) e 62 anos (mulher) para receber esses dois benefícios. A obrigatoriedade valerá já a partir da aprovação da reforma.

Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, a reunião foi detalhada, o governo refez as contas e viu que não há mais espaço para novas concessões.

— A reforma tem que ser aprovada para evitar que a União, o Brasil, se transformem em um novo Rio de Janeiro — afirmou o ministro ao GLOBO após a reunião, fazendo referência à situação fiscal do estado, com aposentados e pensionistas que enfrentam dificuldade para receber seus benefícios.

O TEXTO DEVE SER VOTADO EM 2 DE MAIO

Moreira Franco destacou, ainda, que a reforma preserva os direitos de quase 70% da população, que ganha até um salário mínimo:

— Esse mecanismo de pressão vem de uma minoria, que ganha salários elevados.

Com o aumento do lobby das categorias nos últimos dias, além de Maia, outros parlamentares, inclusive da base aliada começaram a defender uma flexibilização na regra de transição dos servidores públicos. Os técnicos da área econômica vinham resistindo às investidas e tinham como aliado o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele afirmou que “não há mais espaço para novas concessões”.

— Era preciso dar um basta. As pressões já estavam passando do limite — disse um interlocutor do Planalto.

Depois da reunião, o líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), reforçou o argumento do governo.

— Não cabe mais espaço para nenhuma mudança — observou Moura, acrescentando que, na reunião, Temer pediu empenho para votar a reforma trabalhista e o projeto de socorro financeiro aos estados.

Já está certo que a reforma trabalhista será votada na comissão especial na terça-feira, sendo enviada, logo a seguir, para o plenário da Câmara.

Os técnicos, no entanto, sabem que precisam ficar de prontidão para evitar que a reforma da Previdência seja desfigurada durante o trâmite no Congresso, porque as pressões vão continuar. O relatório de Arthur Maia começará a ser discutido amanhã na comissão especial que debate o tema, com previsão de ser votado no dia 2 de maio.

Por trás do lobby estão auditores da Receita Federal, juízes, procuradores e até consultores legislativos — que assessoram o próprio relator da reforma da Previdência. Nos últimos dias, essas categorias intensificaram a pressão sob os parlamentares para continuar se aposentando mais cedo e com direito à integralidade e à paridade, sem ter de esperar a idade de 65 anos (homem) e 62 anos (mulher).

Essa exigência foi sugerida pela área econômica e acatada inicialmente pelo relator para quem ingressou no serviço público até 2003 (quem entrou depois desta data não tem mais direito à integralidade e paridade). Segundo os técnicos envolvidos nas negociações, é a medida com maior potencial para compensar as perdas decorrentes das concessões do governo em relação à proposta enviada ao Congresso. O efeito, é sobretudo, a curto prazo, com redução de despesas com pagamento de benefícios, pelo fato de os servidores adiarem um pouco mais a aposentadoria para receber um benefício maior.

Arthur Maia vem sendo pressionado desde que apresentou o texto, na última quarta-feira. Num manifesto entregue a ele por entidades representativas de juízes e procuradores, a classe alega que todos os trabalhadores tiveram direito a uma transição. Em apoio, a Unafisco diz em seu site que a classe “envidará todos os esforços para que essa medida abusiva e desproporcional não prospere no Congresso”.

O movimento tem o apoio da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), que tem feito propaganda contra a reforma, com o argumento, contestado pelo governo, de que a seguridade social é superavitária.

A reforma proposta ainda permite que o servidor se aposente antes de cumprir a idade mínima. Neste caso, o valor do benefício é calculado com base no montante de contribuições realizadas. Ainda assim, esses servidores poderão continuar com aposentadorias altas — até o teto do salário do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que é de R$ 33,7 mil.

— Muitas, se não todas as principais contribuições que fizeram os deputados da base até dos deputados da oposição foram incorporadas o que nos dá a sensação de que mantivemos as linhas principais da reforma da Previdência — disse o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy.

Segundo os técnicos da área econômica, a integralidade é um benefício especialmente oneroso para União e estados. Tome-se o exemplo de um juiz. Ele contribui por dez anos como advogado para o teto do INSS (R$ 5.531); mais dez anos como técnico do Judiciário, para ter direito a uma aposentadoria de R$ 10 mil; e depois mais 15 anos, como juiz. Neste caso, ele poderá receber uma aposentadoria no valor de R$ 30 mil. Caso fosse levada em consideração a efetiva contribuição dele, o benefício seria de R$ 15 mil.

— A regra da transição para o servidor público já é mais benevolente — disse um técnico.

TEMER SE REÚNE COM MINISTROS HOJE

O governo trabalha com a possibilidade de aprovar a reforma no Congresso ainda no segundo semestre. Mas, já admite que o cronograma pode atrasar, porque será preciso fazer todo um trabalho de convencimento junto às bancadas, com o envolvimento de ministros e de todas as lideranças partidárias, inclusive executivas nacionais. Apesar de todos os recuos em relação à proposta enviada ao Congresso, há ainda muita resistência por parte dos parlamentares, que estão “morrendo de medo de perder a eleição em 2018 e ficar sem foro” (com o desfecho da Lava-Jato), resumiu um integrante da base de apoio.

Temer fará uma reunião com os ministros hoje, para determinar prioridade à reforma da Previdência. Os ministros serão orientados a continuar recebendo parlamentares, mas fora dos horários de discussão e votação da proposta. Os líderes da base também intensificarão, nas próximas semanas, um corpo a corpo com as bancadas para explicar que o texto final da reforma atende a todos os principais pleitos e, por isso, não é mais a proposta dura enviada inicialmente. Segundo interlocutores do Planalto, a ideia é trabalhar para construir o fechamento de questão pelos partidos, no momento que que reforma for à votação no plenário da Câmara e do Senado. Em primeiro turno no plenário da Câmara, isso deve ocorrer entre 10 e 20 de maio.



Fonte: Jornal o Globo

Ibovespa Futuro em alta com ganhos no minério e petróleo; Vale tem recorde na produção.

Investing.com - O Ibovespa Futuro opera em alta de 0,6% nesta véspera de feriado e embalado pela alta do minério de ferro e do petróleo e a vitória do governo na Câmara dos Deputados.

A Vale (SA:VALE5) está no radar dos investidores após divulgar novo recorde na produção de minério de ferro, com alta de mais de 11% no primeiro trimestre em relação a igual período do ano passado. Ao todo, a companhia extraiu 86,2 milhões de toneladas e manteve a meta para 2017 no intervalo entre 360 e 380 milhões de toneladas.

No radar da companhia, o minério de ferro registrou novo dia de ganhos na China, com avanço de mais de 1% para entrega imediata em Qingdao e de 3Minério de ferro refinado 62% Fe CFR Futuros. Ontem, a alta da commodity deu força à empresa no início do pregão, mas que acabou fechando com leve perda de 0,1% após um pessimismo geral no Ibovespa.

O petróleo sobe quase 1%, recuperando-se de seu pior dia em seis semanas após os principais produtores de petróleo do Golfo Pérsico, Arábia Saudita e Kuwait, apresentarem o sinal mais claro de que a OPEP planeja estender para o segundo semestre do ano o pacto com países externos à organização para reduzir a oferta de petróleo.

De Brasília, o governo conseguiu reorganizar a base aliada e aprovar a urgência na reforma trabalhista com 287 votos a favor e 144 contra, dando sinal de força após a atabalhoada derrota no dia anterior. O presidente da Câmara Rodrigo Maia acredita conseguir votar a matéria terça-feira na comissão e quarta-feira em plenário.

O IPCA-15 veio a 0,21%, abaixo da previsão do mercado de 0,27% o que mantém as forças para redução da taxa Selic em um ritmo igual ou maior do que os 1 p.p determinados pelo Copom na semana passada.

Internacional

O ambiente externo é de cautela a poucos dias da eleição na França e com as provocações entre Estados Unidos e Coreia do Norte se intensificando com ameaças diretas.

O CAC 40 opera em alta de 0,8%, enquanto o DAX está estável e o FTSE 100 recua 0,1%. Na Ásia, a China fechou com ganhos após quatro dias de perdas e o índice CSI300 subiu 0,5%. O Kospi avançou 0,5¨, o Hnag Seng 1% e o S&P/ASX 200 +0,3%, já o Nikkeirecuou 0,01%.

Coorporativo

A Usiminas (SA:USIM5) tem um noticiário chegou com a confirmação de lucro de R$ 108 milhões, número que já havia sido adiantado durante a semana, revertendo longa sequência de prejuízos. As vendas avançaram 3% no primeiro trimestre, para 930 mil toneladas.

O Cade indeferiu pedido da CSN (SA:CSNA3) para indicar conselheiro e participar da AGO da concorrente. A empresa possui 15% das ações ordinárias e 19% das preferenciais.

A Oi (SA:OIBR4) informou que a justiça holandesa decretou falência das subsidiárias da empresa em decisão que ainda cabe recursos. A telefônica informou a determinação não tem impacto sobre o dia a dia da companhia.

Ontem, um relatório do JP Morgan mostrou que os analistas do banco acreditam que a empresa entrou em franco processo de decadência com as disputas judiciais envolvendo seus controladores no processo de recuperação judicial. Os dados da Anatel contidos no documento mostram que a telefônica não está tendo capacidade de melhorar a qualidade de seus serviços e de reter clientes.


Fonte: Investing.com

IGP-M recua 0,99% na 2ª prévia de abril e tem menor taxa para uma 2ª leitura, diz FGV.

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) recuou 0,99 por cento na segunda prévia de abril e registrou a menor taxa da série para a segunda leitura do indicador, com forte recuo das matérias-primas brutas no atacado.

No mesmo período de apuração de março, o IGP-M havia apresentado avanço de 0,08 por cento.

Os dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, apresentou no período aceleração da deflação a 1,60 por cento, contra recuo de 0,08 por cento antes.

Dentro do IPA, somente as Matérias-Primas Brutas apresentaram recuo de 4,62 por cento no período, contra alta de 0,28 mês anterior, com destaque para o minério de ferro, a soja e o milho.

Por outro lado, os preços dos bens finais passaram a subir 0,27 por cento na segunda prévia de abril, depois de caírem 0,22 por cento em março.

Os preços ao consumidor por sua vez mostraram pouca alteração na segunda prévia de abril, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30 por cento no índice geral, subindo 0,30 por cento após avanço de 0,32 por cento na segunda leitura de março.

A principal contribuição para o resultado do IPC veio do grupo Transportes, que recuou 0,34 por cento ante alta de 0,45 por cento no mês anterior, com destaque para o item gasolina.

O grupo Vestuário também apresentou recuo, de 0,50 por cento, após alta de 0,41 por cento antes.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) recuou 0,09 por cento na segunda prévia de abril, contra avanço de 0,52 por cento no período anterior.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.

A segunda prévia do IGP-M calculou as variações de preços no período entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.


Fonte: investing.com

Texto final da reforma da Previdência enfrenta impasses e ainda não foi fechado.

Idade mínima de aposentadoria da mulher ainda em debate.

BRASÍLIA - Prometido para ser lido nesta terça-feira, o relatório da reforma da Previdência ainda não está totalmente fechado. Um dos principais impasses é a regra de aposentadoria das mulheres. A equipe econômica defende redução no tempo de contribuição, que seria de 23 anos para as mulheres, mantendo a idade mínima em 65 anos, igual a dos homens. Mas os parlamentares pressionam por mais mudanças e querem mexer também na idade. O assunto será discutido no café da manhã que o presidente Michel Temer oferecerá aos integrantes da base nesta terça-feira.

O relator da proposta, deputado Arthur Maia (PPS-BA), já admite uma idade um menor para mulheres, mas ainda sem definição. Já a área técnica por hora ainda resiste porque isso vai exigir alterar pontos já definidos, como aposentadoria para trabalhadoras rurais, professoras e policiais. Até agora, está acordado que essas profissionais poderão se aposentar aos 60 anos.

Além da questão das mulheres, há ainda outros impasses, mas que os técnicos evitam detalhar para não prejudicar ainda mais as negociações. As pressões de parlamentares para incluir itens não acordados com o governo cresceram na reta final da elaboração do relatório.

O lobby dos policiais (federais e civis) para não serem afetados pela reforma é outro ponto que está emperrando o fechamento do relatório. O relator deverá se reunir na tarde desta terça-feira com a chamada bancada da bala para definir essa questão. A princípio, eles terão idade mínima inicial para aposentadoria de 45 anos. Esta idade vai subindo até chegar em 60 anos, no fim da transição. A categoria ainda briga para manter paridade salarial com os ativos e benefício integral. Há itens referentes a aposentadoria especial dos policiais relacionados à atividade de risco ainda em discussão.

Há ainda expectativa de que o texto seja lido ainda nesta terça-feira na comissão especial que discute o assunto na Câmara dos Deputados. Outra possibilidade é o adiamento da apresentação do documento para amanhã.


Fonte: Jornal o Globo.






Preços de agropecuários no atacado têm forte queda e IGP-10 cai 0,76% em abril, diz FGV.


SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) teve queda de 0,76 por cento em abril, depois de subir 0,05 por cento em março, com forte recuo dos preços de produtos agropecuários no atacado.

A queda do indicador divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira foi mais forte do que o recuo de 0,60 por cento esperado em pesquisa da Reuters.

A FGV informou que o Índice de Preços ao Produtor Amplo-10 (IPA-10), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, apresentou queda de 1,29 por cento em abril, após recuo de 0,12 por cento no mês anterior.

De acordo com os dados do IPA, os Produtos Agropecuários ampliaram a queda a 3,43 por cento no período, contra deflação de 0,55 por cento antes.

Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor-10 (IPC-10), que por sua vez responde por 30 por cento do índice geral, subiu 0,42 por cento, depois de avançar 0,32 por cento em março.

O destaque ficou com o grupo Alimentação, cujos preços avançaram 0,92 por cento ante alta de 0,11 por cento no mês anterior. Nesta classe, ressalta-se o comportamento do item hortaliças e legumes.

Os grupos Saúde e Cuidados Pessoais; Educação, Leitura e Recreação e Despesas Diversas também ampliaram a alta.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção-10 (INCC-10) teve queda de 0,02 por cento em março, sobre alta de 0,59 por cento em março.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Fonte: Investing.com

Recessão no país encolhe quase um terço da importação, diz OMC.

Para a entidade, a queda de 28% nos volumes importados do país é sinal de debilidade da economia, e não pode ser considerada como um ponto positivo.


A recessão no Brasil leva o país a sofrer a maior queda de importações entre as grandes economias do mundo e uma recuperação não deve vir até 2019.

A contração, segundo a OMC, já havia começado em 2013, 2014 e 2015, mas foi mantida em 2016.

O resultado já coloca a economia brasileira como a que viu a maior redução de compras até meados da atual década.

Em termos acumulados, a recessão já representou uma queda de 28% nos volumes importados e que passaram pelos portos do País em três anos.

Para a entidade, essa contração é sinal de debilidade da economia, e não pode ser considerada como um ponto positivo.

No ano passado, a queda foi de quase 20% no valor nas importações, bem acima da média de uma redução de 3% no mundo.

O resultado, de US$ 143 bilhões, levou o Brasil a despencar no ranking dos maiores importadores.
 
Em 2013 e 2014, o Brasil aparecia na 21a posição entre as economias que mais importavam.

Ao final de 2016, o País estava na 28a posição, superado até mesmo pela pequena economia da Áustria.

Em valores, a queda das importações no Brasil foi uma constante nos últimos três anos.

Em 2014, a contração havia sido de 4,5%, contra uma queda de 25% em 2015 e 19,8% no ano passado.

Em média a redução foi de 4,7% entre 2010 e 2016, a maior do mundo entre as grandes economias.

Em volume, a queda também foi substancial.  

Ela foi de 2,7% em 2014, 15,1% e mais 12,8% de contração em 2016.
    
Para 2017, a previsão não é das melhores.

O ano pode acabar com uma importação em baixa ainda de -0,6% na América do Sul, em grande parte dominada pelo Brasil.

Para 2018, a expansão seria de apenas 1% a 3%.

“A recessão teve grande papel”, disse Roberto Azevedo, diretor-geral da OMC, que espera que a contração do PIB nacional perca força em 2017.

“Isso vai ser um fator para avaliar como a economia e o comércio vão se comportar no mundo. Importação é significativa. Se ela cai rapidamente, é um indicador avançado de uma desaceleração. Às vezes, essa queda é comemorada. Mas isso não é uma boa notícia. Apenas quer dizer que uma economia está se desacelerando”, disse o brasileiro.

“Muito vai depender do comportamento do PIB (brasileiro)”, estima.

Segundo a OMC, a situação brasileira contaminou os resultados de toda a América do Sul, que acabou tendo o pior resultado entre todas as regiões.

“A queda nas importações da América do Sul foi mais persistente e profunda, levadas em grande parte por quedas nos preços de commodities”, disse a entidade.

“Grande parte do declínio ocorreu por conta do Brasil, que continuou enfrentando uma severa recessão”, apontou.

Em volume, a importação da América do Sul foi também a que registrou a maior queda do mundo, com uma contração de 8,7%.

O Mercosul ainda foi o bloco econômico com os piores resultados, com queda de 20,9% de redução nas importações em termos de valores.


Contraste

A queda brasileira se contrasta com a expansão registrada até 2012, com saltos de mais de 20% por ano nas importações.

A tendência levou centenas de multinacionais a cobiçar o mercado brasileiro, investir e compensar suas fracas vendas na Europa com apostas no Brasil.

Com a contração na economia brasileira, o impacto foi sentido pelo setor industrial e por consumidores que deixaram de importar nos mesmos níveis dos últimos anos.

As importações de serviços no Brasil também caíram de forma dramática, com redução de 19,8% em 2015 e somando US$ 69 bilhões. Em 2016, mais uma contração, de 10,8%.

O maior importador do mundo continua sendo os EUA, com compras em 2016 de US$ 2,2 trilhões, uma queda de 3% em comparação a 2015.

A China vem em segundo lugar, com US$ 1,5 trilhão, mas com uma queda de 5% nas compras diante da desaceleração de sua economia.


Exportação

No lado das vendas ao exterior, o Brasil também registrou uma queda, com uma contração de 3% em valores e colocando o país na 25ª posição entre os exportadores.

Hoje, os produtos nacionais representam apenas 1,2% do mercado mundial e mesmo a Polônia e Malásia já exportam mais que o Brasil ao mundo.

Mesmo com a recuperação parcial dos preços de algumas commodities, a tendência não foi suficiente para evitar a contração.

O Brasil, que chegou a ser o 22o maior exportador do mundo, previa estar entre os 20 primeiros se a crise não tivesse atingido os preços de sua pauta exportadora.

Nesse ranking, a líder é a China, com US$ 2 trilhões em vendas em 2016, mas também com uma queda de 8%.

Os americanos aparecem com US$ 1,4 trilhão.



Fonte: Exame.com

Trabalhar duas vezes por semana com habitualidade garante vínculo, decide TST.

A prestação habitual de serviços por longos períodos e horário definido, mesmo que não diariamente, configura vínculo de emprego. Assim entendeu, por unanimidade, a 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao confirmar a relação de emprego entre uma faxineira e uma rede de lojas de colchões.

A faxineira prestou serviços de 2005 a 2007, às terças e sextas-feiras, fazendo limpeza em duas lojas da rede. Ela recebia R$ 250 por mês e R$ 30 de vale-transporte. Sem registro na Carteira de Trabalho, pediu reconhecimento do vínculo, com o pagamento das verbas decorrentes.

Como a faxineira não escolhia os dias e os horários para trabalhar, o TST entendeu ela não tinha autonomia em suas atividades. Para o tribunal, esse cenário configura os requisitos de pessoalidade, subordinação e onerosidade que caracterizam o vínculo de emprego, nos termos do artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho.

O preposto da empresa confirmou que a trabalhadora fazia limpeza uma vez por semana em cada loja, levando cerca de cinco horas nas tarefas. O juízo da 4ª Vara do Trabalho de Criciúma (SC) concluiu que houve vínculo de emprego. A sentença foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC), que classificou o serviço de limpeza essencial à atividade da empresa e não o viu como atividade eventual.

Também destacou que a remuneração por tarefa está prevista na legislação trabalhista. A empresa recorreu ao TST alegando que fazer a faxina em dois dias da semana para vários tomadores configura o serviço de diarista autônoma.

Mas o relator, ministro Alexandre Agra Belmonte, não conheceu do recurso, ressaltando que a caracterização da falta de eventualidade não pode ser obstada pela natureza intermitente da prestação habitual dos serviços. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.
RR-142700-58.2009.12.0055.


Fonte:Conjur

Governo libera capital estrangeiro nas companhias aéreas.

Percentual que era limitado a 20% agora poderá chegar a 100%.


BRASÍLIA - O governo anuncia, nesta terça-feira, a edição de uma Medida Provisória (MP) que libera o capital estrangeiro nas empresas aéreas nacionais, sem limites. Ou seja, a participação do investidor estrangeiro no setor — hoje limitada a 20% — poderá chegar a 100%. A medida é vista como uma alternativa para ajudar a capitalizar as companhias brasileiras e fomentar a aviação regional.

Em março de 2016, a ex-presidente Dilma Rousseff assinou uma MP que elevava o capital estrangeiro para 49%. Na Câmara dos Deputados, o percentual subiu para 100%. Mas diante de risco de derrota no Senado, o presidente Michel Temer fez um acordo com os partidos da base para aprovar o texto na Casa, com o compromisso de vetar a medida — o que acorreu. A solução foi uma alternativa para salvar a MP e, assim, ajudar a Infraero com o perdão de dívidas com a União referentes ao Adicional Tarifário (Ataero), que foi extinto.

Desta vez, a nova tentativa de abertura do setor ao capital estrangeiro faz parte do plano “Brasil + Turismo” elaborado pelo governo federal para estimular a atividade turística no Brasil. O pacote de medidas será anunciado pelo ministro do Turismo, Marx Beltrão.




POR GERALDA DOCA.

IPC-S fica em 0,49% na 1ª quadrissemana de abril, diz FGV (0,47% na 4ª de março).


O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou levemente o ritmo de alta para 0,49% na primeira quadrissemana de abril ante 0,47% na última leitura de março. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira, 10, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Das oito classes de despesas pesquisadas, quatro registraram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (0,71% para 1,03%), Educação, Leitura e Recreação (-0,11% para 0,10%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,71% para 0,79%) e Comunicação (-0,95% para -0,65%).

Em contrapartida, os seguintes grupos tiveram um decréscimo em suas taxas de variação: Habitação (1,10% para 0,78%), Transportes (-0,30% para -0,39%), Vestuário (0,11% para -0,20%) e Despesas Diversas (0,90% para 0,77%).

Grupos

O principal destaque da leve aceleração do Índice do IPC-S de entre a quarta quadrissemana de março e a primeira leitura de abril veio do grupo Alimentação, informou a FGV. A classe de despesa saiu de inflação de 0,71% para uma alta de 1,03%, tendo como principal contribuição o item hortaliças e legumes (5,45% para 11,44%).

Dentre as outras classes de despesas que registraram acréscimo em suas taxas de variação, a FGV destacou o comportamento dos itens: passagem aérea (-6,58% para 5,24%), em Educação, Leitura e Recreação; medicamentos em geral (0,03% para 0,34%), em Saúde e Cuidados Pessoais; tarifa de telefone residencial (-3,55% para -2,55%), em Comunicação.

De forma isolada, os itens com as maiores influências de alta foram tarifa de eletricidade residencial (mesmo com a desaceleração de 6,15% para 3,69%), tomate (21,79% para 41,00%), refeições em bares e restaurantes (apesar da leve queda na taxa de 0,62% para 0,61%), plano e seguro de saúde (a despeito de a variação ter caído de 1,00% para 0,99%) e condomínio residencial (apesar da desaceleração de 1,78% para 1,38%).

Já os cinco itens com as maiores influências de baixa foram gasolina (-1,93% para -2,21%), etanol (-3,92% para -4,48%), tarifa de telefone residencial (apesar da menor deflação, como citado acima), maçã (-8,43% para -10,03%), bombons e chocolates (-6,06% para -7,81%).

Estadão Conteúdo.

Inflação foi de 0,25% em março e está quase na meta.

A inflação no primeiro trimestre de 2017 foi a mais baixa para o período desde o início do Plano Real em 1994.


São Paulo – A inflação no Brasil foi de 0,25% em março, divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É menos do que os 0,33% registrados em fevereiro e do que os 0,46% de março do ano passado.

Com isso, o acumulado de 12 meses chegou a 4,57%, quase no centro da meta de 4,5% definida pelo governo – com tolerância de dois pontos percentuais para cima (6,5%) ou para baixo (2,5%).

4 grupos monitorados tiveram queda de preços no mês. Transportes ficou em -0,86% puxado por quedas de 2,21% na gasolina, 5,10% no etanol e 9,63% nas passagens aéreas.

Já o grupo Comunicação ficou em -0,63%, fruto em parte de uma redução nas tarifas das ligações de fixo para móvel a partir do dia 25 de fevereiro.

O maior impacto individual foi da energia elétrica, que sozinha contribuiu com 0,15 ponto percentual no índice do mês através do grupo Habitação, que subiu 1,18% em março.


Qatar Holdings vende fatia no Santander Brasil por R$2,3 bi.

SÃO PAULO (Reuters) - A Qatar Holdings, grupo de investimento controlado pelo governo do Catar, vendeu uma participação de cerca de 2,5 por cento no Banco Santander Brasil (SA:SANB11) por 2,3 bilhões de reais em uma oferta restrita após bancos exercerem uma opção de comprar um lote adicional de units.

De acordo com fato relevante do Santander Brasil à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), investidores pagaram 25 reais por cada unit da oferta inicial de 80 milhões de papéis, sendo 22 milhões de ações para a oferta brasileira e 58 milhões de ADSs para a oferta internacional, bem como para 12 milhões de units em um lote adicional na oferta internacional.


O fundo do Catar e os bancos coordenadores da operação haviam sugerido um preço de 27 reais por unit, afirmaram três fontes com conhecimento direto da operação, mas investidores recusaram tal preço e pressionaram por um valor menor.


As units recuaram 5,2 por cento na quarta-feira, em meio a notícias sobre o movimento dos investidores, caindo a 26,13 reais, o menor nível desde o final de dezembro.


Investidores colocaram ofertas 2,5 vezes a 3 vezes a quantidade de units do quarto maior banco do país na oferta, disseram as fontes.

(Por Paula Arend Laier e Guillermo Parra-Bernal)

Inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos é de 4,24% em 12 meses.


Em todo o país, o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, ficou em 0,56% em março. A taxa é superior ao 0,07% de fevereiro. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IPC-C1 acumula taxas de 1,18% no ano e 4,24% em 12 meses.

A taxa do IPC-C1 em março ficou abaixo do Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda e que ficou em 0,47% naquele mês. No acumulado de 12 meses, no entanto, a taxa do IPC-C1 ficou abaixo dos 4,55% do IPC-BR.

Preços de alimentos sobem

O avanço do IPC-C1 entre fevereiro e março foi impulsionado por acréscimos nas taxas de cinco das oito classes de despesa que compõem o índice, com destaque para alimentação, que passou de uma deflação (queda de preços) de 0,45% para uma inflação de 0,60%, e para habitação, cuja taxa cresceu de 0,27% para 1,22%.

Também tiveram alta na taxa do IPC-C1, as classes de despesa saúde e cuidados pessoais (de 0,32% para 0,61%), vestuário (de -0,37% para 0,11%) e despesas diversas (de 0,36% para 1,01%).

Três classes de despesa tiveram queda na taxa: transportes (de 0,72% para -0,15%), comunicação (de -0,02% para -1,53%) e educação, leitura e recreação (de 0,67% para -0,19%).



Agência Brasil.

Exposição dos bancos à crise fiscal nos estados chega a R$49,8 bi.

Dados divulgados nesta terça-feira mostram que o maior peso no resultado do mês foi exercido pelo grupo Alimentação, que subiu 0,34 por cento.


São Paulo – O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo terminou março com alta de 0,14 por cento depois de queda de 0,08 por cento no mês anterior, puxado principalmente por alimentos, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Os dados divulgados nesta terça-feira mostram que o maior peso no resultado do mês foi exercido pelo grupo Alimentação, cujos preços avançaram 0,34 por cento após queda de 0,69 por cento em fevereiro, exercendo uma influência de 0,0826 ponto percentual.

Na outra ponta, o grupo Transportes apresentou queda de 0,49 por cento, contra recuo nos preços de 0,17 por cento no mês anterior.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço do indicador de 0,12 por cento em março.

O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.




IPC-S tem variação de 0,47% em sete capitais.


O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas em sete capitais, apresentou variação de 0,47% na última semana. A taxa foi 0,08 ponto percentual (p.p.) abaixo da registrada na última divulgação. Com o resultado, o indicador acumula alta de 1,48% no ano e 4,55% nos últimos 12 meses.

Segundo a pesquisa feita em Brasília, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram elevação nas taxas de variação, sendo que a maior foi a do grupo Alimentação (subiu de 0,42% para 0,71%).

Preços sobem

Em seguida, aparecem os grupos Habitação (de 0,94% para 1,10%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,61% para 0,71%), Despesas Diversas (de 0,80% para 0,90%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,18% para -0,11%).

Nestas classes de despesa o destaque fica por conta dos itens hortaliças e legumes (de 3,30 % para 5,45%), eletricidade residencial (4,62% para 6,15%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,76% para 1,25%), clínica veterinária (0,25% para 1,26%) e passagem aérea (-12,19% para -6,58%).

No sentido contrário, apresentando decréscimo nas taxas de variação, estão os grupos Transportes (-0,03% para -0,30%), Comunicação (-0,77% para -0,95%) e Vestuário (0,12% para 0,11%).


Agência Brasil.