Carteira total de crédito no País chega a R$ 1,4 tri em janeiro


As operações de crédito do sistema financeiro apresentaram expansão de 0,7% em janeiro deste ano na comparação com dezembro do ano passado, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. Segundo a autoridade monetária, o crescimento levou a carteira total de empréstimos a R$ 1,422 trilhão. No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, essa carteira acumula crescimento de 15,7%. A participação do crédito no Produto Interno Bruto (PIB) atingiu 44,6% ao fim de janeiro passado. O percentual é inferior ao observado em dezembro último, quando estava em 45%, mas supera os 40% de janeiro de 2009. Entre as várias operações, o total de crédito tomado pelo setor privado teve alta de 0,6% em janeiro ante dezembro, para R$ 1,360 trilhão. Nesse segmento, chama a atenção a expansão de 1,6% no mês e de 45% em 12 meses do crédito destinado à habitação, que somava R$ 93,360 bilhões no fim do mês passado. Nas operações para as pessoas físicas, o aumento do total de crédito foi de 0,9%, em base mensal, e de 18,3% em 12 meses. Para o setor público, o total de crédito avançou 4% no mês passado ante o mês anterior e acumula alta de 121,8% em 12 meses.
Fonte: JC

Quatro verbos - Hífen o carrasco

A reforma ortográfica conjugou quatro verbos: manter, mudar, cassar e acrescentar. Os estudos insistiram nas mudanças. Deram, assim, um nó nos miolos da moçada. A questão mais importante hoje não é saber o que mudou. É saber o que não mudou. Comecemos por aí. Primeiro passo: o hífen problemático se usa na formação de vocábulos. Há dois processos:1. a composição: duas ou mais palavras se unem e formam uma terceira. É o caso de beija-flor. Beija é verbo. Flor, belezura que enfeita vasos e jardins. A duas ligadas dão nome a um pássaro. É o caso também de guarda-noturno, arco-íris, bom-dia. 2. a prefixação: Com o auxílio de prefixo, a palavra mantém a classe gramatical. Mas acrescenta ideia nova de tamanho (minissaia), de oposição (anti-herói), de associação (coautor). E por aí vai.
Composição
A reforma dividiu os nomes compostos em dois times. O primeiro: formado de duas palavras (guarda-costas, porta-retratos, para-raios). O segundo: formado de mais de duas palavras em que uma funciona como ligação (pé de moleque, pôr do sol, joão-de-barro).
Duplinhas
Nas duplinhas, imperou o verbo manter. Praticamente não houve mudanças. O que tinha hífen continuou com o tracinho: arco-íris, mestre-sala, bom-dia, boa-tarde, boa-noite, porta-bandeira, porta-luvas, para-choque.Houve alterações? Houve. Quais? 1. Paraquedas, paraquedista, paraquedismo e outros membros da família amortecedora perderam o tracinho. Os demais compostos com para conservam-se firmes e fortes para-raios, para-lama, para-choque.2. Tão só, tão somente e à toa tinham hífen. Mandaram-no plantar batata na Terra do Nunca.3. Palavras onomatopaicas que se escreviam juntas ficaram com um pedaço lá e outro cá: zum-zum, zigue-zaga, tim-tim.
Mais de dois
As composições com mais de duas palavras foram divididas em dois grupos:1. os pertencentes aos reinos animal ou vegetal. Eles mantiveram o tracinho: joão-de-barro, castanha-do-pará, pimenta-do-reino, cana-de-açúcar.2. os outros não pertencentes ao mundo das plantas ou da bicharada. Eles perderam o tracinho: pé de moleque, tomara que caia, calcanhar de aquiles, dor de cotovelo.Exceções? Claro que há. Permanecem com o hífen água-de-colônia, pé-de-meia, cor-de-rosa. Por quê? Porque hífen é castigo de Deus.

Empresas pagam tributos antes de alta nos juros

Com receio de altas na taxa básica de juros, a Selic, muitas empresas anteciparam para o mês de janeiro o pagamento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), segundo dados divulgados ontem pela Receita Federal. O coordenador-geral de Estudos, Previsão e Análise da Receita, Raimundo Elói de Carvalho, disse que as empresas têm até março para fazer o pagamento dos tributos devidos, de acordo com a declaração de ajuste anual, mas muitas preferiram antecipar o pagamento para janeiro. O valor devido é corrigido pela Selic mais 1% ao mês. A Receita recebeu R$ 1,975 bilhão no mês passado em função da Declaração de Ajuste Anual, o que representou crescimento real de 29,64% em relação a janeiro de 2009.
fonte: JC

BC discute mudança nas regras do depósito compulsório

Objetivo é determinar nível de provisão de liquidez necessário às instituições.
O Banco Central estuda mudanças nas regras do depósito compulsório dos bancos para manter a liquidez do sistema, informou ontem o presidente da instituição, Henrique Meirelles. "Estamos olhando a questão dos compulsórios do ponto de vista de liquidez não só de cada instituição, como do sistema como um todo. "Queremos saber qual seria o nível de provisão de liquidez necessário para as instituições terem no Brasil e quanto disso deverá ser preenchido pelo compulsório", disse Meirelles, em evento da Associação Brasileira de Bancos Internacionais (ABBI), em São Paulo. Para Meirelles, as experiências internacionais e as últimas discussões do Comitê de Basileia, que reúne os supervisores do sistema financeiro internacional, mostram que é necessário prudência. No próximo dia 1º de abril acabam alguns dos incentivos criados no auge da crise e a oferta de recursos deve diminuir ao mesmo tempo em que custos tendem a subir. Serão cerca de R$ 120 bilhões a menos na capacidade de empréstimo dos bancos e o fim de abatimentos no depósito compulsório.

Fonte:RFB

Em busca de uma nova correlação de tendências


O ano começa para valer no país do carnaval envolto em uma nuvem de incertezas. Após a chacoalhada no mercado de ações no começo de fevereiro, as tendências que deverão reger a evolução dos preços de ativos nos próximos meses dividem a opinião de analistas. O ressurgimento do dólar frente ao euro é, sem dúvida, a novidade mais impactante na cena global. Os desdobramentos do retorno da greenback em termos de mercados emergentes, mercados acionários em geral e commodities, entretanto, ainda não estão claros. No ano passado, o Brasil liderou o apetite global por ações, com o rali nos mercados acionários de todo o mundo atrelado à desvalorização do dólar ante o euro e outras principais divisas do velho continente, bem como em relação ao iene. As apostas de grandes investidores internacionais em mercados emergentes e em commodities se multiplicaram. Se a derrocada da moeda única europeia de fato prevalecer, a correlação de valores que norteou investidores ao redor do planeta em 2009 levaria, a princípio, a uma paralela desvalorização das commodities, bem como dos preços de ações. 22/02/2010
Fonte: JC

OAB-RJ pede ao CNJ liberação do terno

A onda de calor por qual passa o Rio de Janeiro levou a seção fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) a pleitear, aos tribunais, permissão para que os profissionais do sexo masculino dispensem a vestimenta de trabalho habitual: o terno. A seccional, inclusive, protocolou, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pedido de providências para que seja permitido aos advogados o ingresso nas dependências do Judiciário sem paletó e gravata, substituídos por camisa e calça social. Na petição ao Conselho, a OAB-RJ argumenta que, apesar da exigência dos tribunais e da tradição de uso do terno nas audiências e nos gabinetes dos magistrados, a Lei Federal 8.906/1994, conhecida como Estatuto da Advocacia e da OAB, prevê que compete ao Conselho Seccional da Ordem dos Advogados "determinar, com exclusividade, critérios para o traje dos advogados, no exercício profissional". O presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, frisou que a opção de usar ou não terno e gravata será de cada advogado, e vai vigorar até o fim do verão. "Sabemos que o tema é polêmico e alguns colegas podem até preferir manter a tradição. Só estamos possibilitando a adoção de roupas mais leves nesse calor", informou.Na exposição de motivos ao CNJ, a OAB do Rio diz que frequentemente as altas temperaturas, com a sensação térmica chegando aos 50 graus, vêm causando desmaios e alterações na pressão arterial em advogados obrigados ao terno nos tribunais, prejudicando sua saúde.
resistência.
O pedido de providências, com pedido de liminar, foi justificado também pelo "fundado receio de que haja resistência", por parte dos magistrados, à determinação da OAB-RJ, "seja pelo ineditismo da medida, seja pela eventual existência de regras regimentais conflitantes".No pedido ao CNJ, a OAB argumenta, com base em reportagens publicadas, que a temperatura na capital tem diuturnamente ultrapassado a faixa dos 40 graus e, como não chove há quase duas semanas, a falta de umidade eleva a sensação térmica a escaldantes 50 graus."Mesmo sendo o Brasil um País de clima tropical, as carreiras jurídicas ainda mantêm a tradição do uso do paletó e gravata. É notório que muitos magistrados se recusam a receber advogados em seus gabinetes, ou a permitir sua entrada em salas de audiência, se estes não estiverem portando a referida vestimenta", diz Damous.
Fonte: OAB-RJ

Projeção de IPCA de 4,78% já passa centro da meta de inflação


Pesquisa Focus eleva pela 3ª semana consecutiva previsão do índice para este ano.
Em meio à queda de braço entre as equipes do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, sobre qual o melhor momento para aumentar a taxa básica de juros da economia, o mercado financeiro elevou a projeção para a inflação e manteve a previsão de que a Selic vai permanecer em 8,75% até o fim deste trimestre. Na pesquisa Focus divulgada ontem pelo BC, o atual round parece ter sido vencido pela equipe de Meirelles. Analistas do mercado elevaram pela terceira semana consecutiva a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010, cuja mediana passou de 4,62% para 4,78% - há quatro semanas, a previsão estava em 4,5%. Com o movimento observado nas últimas três pesquisas, o número esperado pelos analistas se afasta do centro da meta de inflação para o ano, de 4,5%. Os reajustes em itens do grupo de serviços, que vêm pressionando a inflação desde o início do ano passado, desaceleraram o ritmo de alta no fim de 2009, mas deverão ganhar força no segundo trimestre, segundo analistas.
fonte:JC

Pesquisa dá peso maior a municípios remotos

A pesquisa CNT/Sensus, indicando "empate técnico" entre José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), deu peso expressivo, nas entrevistas, a municípios remotos alvos de programas assistencialistas de Lula, como o Bolsa-Família. O Sensus informou ao TSE que no Rio Grande do Norte, por exemplo, ouviu 9 pessoas em Natal (508 mil eleitores), onde o PT perdeu em 2008, e 13 em Sítio Novo (4 mil eleitores, 803 bolsas).
Exemplo típico
Em Santa Catarina, o Sensus entrevistou apenas 4 pessoas na capital, Florianópolis (306 mil eleitores), e 13 em Guaraciaba (7,7 mil eleitores).
Outro caso
O Sensus ouviu apenas 4 pessoas na capital capixaba, Vitória (245 mil eleitores), e 17 em Venda Nova do Imigrante (14 mil eleitores).
Ah, bom
Ricardo Guedes, do Sensus, explica que todos os institutos usam a técnica "PPT" (Probabilidade Proporcional ao Tamanho) de municípios.
Fonte: C.H.R.S.

Produção industrial tem pior ano em duas décadas


Desde o segundo semestre, porém, a recuperação tem sido consistente.
A crise econômica derrubou a produção da indústria brasileira em 2009. O setor fechou o ano com queda de 7,4%, o pior resultado das últimas duas décadas e o primeiro dado negativo anual apurado pelo IBGE em 10 anos. Apesar da retração, a atividade fabril encerrou o período em processo de recuperação, com retomada dos investimentos. Em dezembro, a produção aumentou 18,9% ante igual mês de 2008. Houve queda de 0,3% em relação a novembro, mas a economista da Coordenação de Indústria do IBGE, Isabella Nunes, avalia que não há reversão na tendência de expansão do setor. Ela lembra que o ano passado foi marcado por uma recuperação gradual para o segmento, em relação ao tombo de dezembro de 2008, fundo do poço para as empresas industriais.
Fonte: JC

Balança comercial tem déficit abaixo do esperado

Média diárias das exportações em janeiro alcançou US$ 565,3 milhões, recorde histórico para o mês.
A balança comercial brasileira apresentou déficit de US$ 166 milhões em janeiro, resultado abaixo do saldo negativo de US$ 529 milhões visto em igual período do ano passado e das projeções do mercado, que apontavam, em média, para um buraco de cerca de US$ 1 bilhão. O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, disse que o déficit se deu por motivos sazonais, já que a produção também tende a diminuir no início do ano. Na avaliação dele, o quadro vai melhorar a partir de março. As exportações no mês passado totalizaram US$ 11,305 bilhões e as importações, US$ 11,471 bilhões. Dado considerado animador pelo secretário, a média diária de exportações bateu recorde histórico em janeiro, alcançando US$ 565,3 milhões, aumento de 21,3% em relação a janeiro de 2009. De acordo com Barral, a alta recente da cotação do dólar frente ao real foi importante para o desempenho das exportações, principalmente para assegurar a continuidade da presença de produtos brasileiros em alguns mercados. 02/02/2010
Fonte: JC