Elevação de juros nos EUA vai acentuar desequilíbrios brasileiros


A economia brasileira chega ao dia em que será anunciado o esperado aumento da taxa de juros nos Estados Unidos marcada por profundas incertezas, agravadas pela nova derrota do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na tentativa de ajustar as contas públicas. O consenso dos especialistas é que os desequilíbrios macroeconômicos que fragilizam o país serão ainda mais acentuados nessa nova etapa em que a política monetária norte-americana começa o caminho de volta à normalidade.


A manutenção de taxas de juros próximas de zero, como aconteceu nos Estados Unidos durante os últimos sete anos, na esteira da crise financeira de 2008, deve ser considerada uma exceção na história econômica moderna. A política agressiva de expansão monetária praticada pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano, foi a estratégia adotada para evitar que os transtornos deflagrados pelo colapso  do banco Lehman Brothers contagiassem ainda mais a economia mundial. O poder letal das crises financeiras globais condiciona a reação dos governos nesses momentos. 

Ao longo desses anos, os americanos avançaram no marco regulatório do setor financeiro e prepararam o retorno à política monetária tradicional. Apesar de amplamente antecipado pelo Fed, o movimento de elevação dos juros na principal economia do mundo encontra o Brasil em momento de particular desajuste econômico e político. Uma recessão de grandes proporções deverá se estender pelo menos até 2016, enquanto a taxa de inflação quebra a barreira dos dois dígitos e o desemprego percorre uma trajetória ascendente. No campo político, a presidente Dilma Rousseff trava uma luta acirrada pela sobrevivência no cargo. 

– O Brasil teve todo o tempo do mundo nesses últimos dois anos para corrigir os seus desequilíbrios internos e externos. Não conseguiu, por escolhas erradas de política macroeconômica até 2014. As tentativas de mudar o rumo neste ano esbarraram em dificuldades na área fiscal e no impasse político. Agora, o provável aumento dos juros pelo Fed torna o ambiente externo mais hostil e dificulta a superação do quadro de recessão com inflação – analisa o presidente do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central. 

Tendência
A sua conclusão, em conversa com o blog, é que o timing da decisão do Federal Reserve é ruim para o país. As fragilidades da economia brasileira estarão expostas justamente no momento em que ocorrerá uma dinâmica de realocação de capitais no sistema financeiro global. Nesse novo contexto, a tendência é que países que enfrentam desajustes macroeconômicos, como o Brasil, saiam perdendo na disputa por recursos e mercados em escala global. A expectativa é de valorização do dólar em relação às demais moedas, com impacto mais evidente nas economias em desequilíbrio.
O Brasil se insere nessa condição, mas Langoni ressalva que os fatores dominantes na variação do real hoje são o impasse político e a situação fiscal do país. Ou seja, as questões internas têm ditado a desvalorização da moeda brasileira. Um movimento mais brusco e agressivo do Federal Reserve na elevação dos juros poderia sobrepor esse cenário interno, mas não é o que está colocado no horizonte. O mais provável é que o Fed promova uma elevação de 25 pontos-base e caminhe gradualmente, ao longo de dois anos, em direção à média histórica dos juros nos EUA – em torno de 4% ao ano. 

Os acontecimentos de ontem na discussão da meta fiscal para 2016 confirmam o peso dos fatores internos na crise econômica brasileira. A decisão de reduzir a meta de superávit primário para 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, com a possibilidade de zerá-la diante de uma série de eventos – a começar pela frustração da arrecadação tributária – comprovou mais uma vez a dificuldade que o governo encontra para gerir as contas públicas. Sem um compromisso claro com o ajuste fiscal, o país encontra-se à beira da perda do grau de investimento por uma segunda agência de classificação de risco. 

Trata-se de uma “combinação infeliz”, na avaliação de Langoni, essa que adiciona ao aumento de juros nos Estados Unidos a possibilidade de um novo rebaixamento da nota de crédito do país. A piora na percepção de risco-país que viria na esteira da descida de mais um degrau na classificação das agências internacionais não afetaria apenas a nota da dívida soberana. Repercutiria também na classificação de empresas e setores, como uma onda que propaga efeitos negativos. Nesse ambiente, a preferência pelos títulos americanos, com risco praticamente nulo e reforçados por taxas de juros mais atraentes, será irresistível. 

Commodities
As consequências da decisão dos integrantes do Federal Reserve devem atingir também uma área especialmente relevante para o Brasil, que é a exportação de commodities. O fim do superciclo que elevou às alturas os preços das commodities no mercado global começou a se acentuar a partir de 2012. A tendência, agora, é que seus preços sejam ainda mais deprimidos diante do aumento dos custos financeiros decorrentes da elevação de juros nos Estados Unidos. Como mercadorias negociadas em mercados globalizados, esses produtos são sensíveis às condições de financiamento para estocagem. 

Em outras palavras, o aumento dos custos financeiros tende a perpetuar os preços deprimidos de produtos como minério de ferro, importante na pauta de exportação brasileira, petróleo e grãos, entre outros. Ficaram distantes os tempos em que a tonelada de minério de ferro alcançou, em 2011, o pico de US$ 190 – hoje, está em torno de US$ 40. É claro, como ressalva Langoni, que o principal fator de retração da demanda pelas commodities é o fim da era de ouro da China, aquela em que a economia do país asiático cresceu a taxas superiores a 10% ano. Em contraste, a previsão mais recente para a próxima década é que a China avance em torno de 5% ao ano, ou até menos. 

O Brasil está colocado, assim, diante de desafios múltiplos para se reinventar no contexto de uma nova realidade econômica global. Imersas nos problemas internos, as lideranças políticas e empresariais do país parecem alheias ao risco que esse novo cenário internacional representa. No fundo, como diz Langoni, trata-se de uma “crise de Estado” vivida pelo Brasil e pontuada pelo esgotamento de um modelo que funcionou a contento numa época de bonança para a exportação de commodities e de liquidez abundante no mundo. 

A mudança na política monetária norte-americana adiciona, portanto, mais um capítulo na história das dificuldades brasileiras para se readaptar às mudanças estruturais em curso. A estratégia defendida pelo ex-presidente do Banco Central é uma guinada liberal da economia do país em direção a mais inovação, produtividade e tecnologia, os vetores principais da geração de riqueza no mundo. “Não é uma questão ideológica e sim pragmática”, defende. No mercado internacional mais competitivo e restrito, será necessário diversificar as exportações brasileiras, minimizando a dependência atual em relação às commodities. 

Essa mudança de foco proposta por Langoni pressupõe o equilíbrio das contas públicas e a busca de novas parcerias no campo comercial. Os acordos que poderiam abrir novos mercados para os produtos brasileiros estão engavetados ou sequer começaram a ser negociados, como ele lamenta. A pedra de toque do ajuste fiscal está relacionada à incapacidade gerencial e financeira de o Estado brasileiro alimentar um novo ciclo de desenvolvimento. As decisões tomadas ontem pela presidente Dilma Rousseff na definição da meta fiscal para 2016 indicam que o novo caminho proposto passa longe do Palácio do Planalto.

Fonte. Exame

Revolução francesa


O petróleo caiu para US$ 37 e chegou a ser vendido por US$ 36, no menor valor desde 2008. Há razões imediatas para a queda da cotação, mas o mundo desenhado em Paris, na COP-21, é aquele em que, dentro de algumas décadas, os países terão que ser neutros em carbono. Essa virada na economia global começa agora e produzirá muita atividade econômica. O Brasil pode ser bem sucedido no tempo pós-petróleo.
A incapacidade dos governantes brasileiros fez com que, em anos recentes, se apostasse tudo no pré-sal como o passaporte para o futuro. A energia fóssil já carimbou seu passaporte para o passado. Não será de imediato, mas na reunião de Paris o mundo se propôs a ser, o mais cedo possível, neutro em carbono. Isso significa plantar muito mais árvores para sequestrar as emissões, reduzir fortemente o uso dos combustíveis fósseis nos próximos anos e décadas e aumentar a eficiência energética em todos os processos econômicos.
Nesse momento, os especialistas dizem que o preço do petróleo cai por excesso de oferta e altos estoques. Mas, no futuro, as novas energias renováveis crescerão e ficarão mais baratas. Quem critica ou pouco se entusiasma com o acordo argumenta que na verdade as metas que os países se comprometeram a cumprir nos próximos anos não são suficientes para deter o aquecimento global em 1,5 °C. É verdade. Mas os países concordaram, por unanimidade, em buscar esse objetivo, e por isso terão de aceitar nos próximos anos elevação das metas que estabeleceram.
Os objetivos nacionais foram registrados na ONU e de cinco em cinco anos terão que ser revistos em reuniões periódicas que os países farão. A primeira está prevista para 2018. Haverá formas universais de medir e avaliar as emissões. O Comitê de Especialistas que fiscalizará não tem poder de punir, mas será um poderoso instrumento de pressão.
E virão outras COPs, a próxima em Marrakesh, para aperfeiçoar e ampliar o que se conseguiu em Paris. Países desenvolvidos vão registrar o que deram aos países mais pobres, que, por sua vez, terão que explicar como gastaram a ajuda para a adaptação de seus países aos tempos de clima mais rigoroso.
Tornar a economia mundial neutra em carbono em, digamos, 2050 encomenda um enorme volume de tarefas aos países e às empresas. Quem quiser fazer a sério planejamento estratégico terá que ter isso como parâmetro. Parte do pré-sal ficará inviabilizado com o preço atual, e uma parte ficará sem futuro com o acordo do clima.
O Brasil é o país que tem a maior quantidade de energia renovável por km2, o que será valorizado neste mundo que atravessou no último fim de semana um importante marco. O aumento da produção das energias alternativas tornará cada vez mais baratos os insumos. O Brasil tem em quase todo o seu território alto fator de capacidade na geração de energia solar. A fonte se desenvolveu pouco por incapacidade governamental. Há cinco Itaipus de energia eólica só no Nordeste e apenas em terra. Há outras fontes que se tornarão cada vez mais viáveis. Será inevitável criar uma regulação que incentive as novas renováveis e que retire os subsídios ainda existentes ao petróleo e ao carvão.
Ao final da bem sucedida reunião de Paris, o mundo tem pela primeira vez um acordo universal do clima. Ele cria mecanismos, regras, sistema de verificação de metas, fluxos financeiros, e a estrada pela qual o mundo vai buscar esse futuro de maior segurança. Até agora, o que o planeta tinha a seu favor era Kyoto, que é limitado, foi seguido por poucos países, e tem data para acabar. Nada como o acordo de Paris aconteceu antes. Claro que tudo somado não é suficiente. Mas foi um raro momento de sensatez da vida internacional.
O Brasil sugeriu e outros países participaram da elaboração de um novo mecanismo de desenvolvimento limpo, mais amplo que o de Kyoto, e que permitirá às empresas entrarem neste esforço de reduzir as emissões. A economia terá um forte impulso para buscar a redução das emissões através de novas fontes e tecnologias. O mundo começou a mudar de forma tão profunda a partir da reunião do clima de Paris que daqui para diante países, organizações e empresas terão que se preparar para algo que chamaremos de revolução. E, de novo, começou na França.


Fonte: OGlobo

Mercado prevê alta de 0,5 ponto da Selic em março

Segundo o cenário traçado por economistas, taxa teria em seguida mais dois reajustes de 0,25 ponto cada, o que levaria os juros a 15,25% ao ano. Queda só a partir de setembro.

DA AGÊNCIA REUTERS


Diante das persistentes pressões inflacionárias e das sinalizações do Banco Central de que pretende voltar a elevar os juros básicos em breve, economistas passaram a esperar nova alta da Selic em março, de acordo com a pesquisa Focus do BC divulgada ontem, que ouve semanalmente uma centena de economistas. Na semana passada, a expectativa era de que a taxa permanecesse nos atuais 14,25%. A primeira alta da taxa de juros acontecerá em março, de 0,5 ponto percentual, segundo o cenário traçado na pesquisa, com outras duas de 0,25 ponto cada em seguida, o que levaria a Selic a 15,25%. Segundo o levantamento, a taxa básica voltaria a cair a partir de setembro. Com a própria autoridade monetária piorando suas estimativas para a inflação e adotando retórica cada vez mais dura, o mercado de Certificados de Depósitos Interbancá- rios (DIs) já vinha precificando pelo menos três aumentos de 0,5 ponto percentual na taxa a partir de janeiro. Mesmo com a expectativa de aperto monetário, as estimativas para a inflação não arrefecem. A projeção para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no fim de 2016 agora é de 6,8%, 0,1 ponto percentual maior do que na semana anterior. Para 2015, a estimativa passou a 10,61%, contra 10,44%. Nos dois anos, a inflação estouraria o teto da meta, que é de 4,5% pelo IPCA, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Em novembro, a inflação superou dois dígitos pela primeira vez em 12 anos, chegando a 10,48% no acumulado em 12 meses. Para 2017, o Focus aponta expectativa de que o IPCA subirá 5,1%, acima do centro da meta oficial, de 4,5%, mas com tolerância de 1,5 ponto percentual. As perspectivas de inflação permanecem elevadas mesmo diante do cenário de deteriora- ção da economia. Para este ano a projeção dos analistas para o Produto Interno Bruto (PIB) agora é de contração de 3,62% na pesquisa divulgada ontem, contra queda de 3,5% na no levantamento anterior. Para 2016 é esperada retra- ção de 2,67%, contra recuo de 2,31% anteriormente, com forte piora do desempenho da produção industrial. A perspectiva para o setor no ano que vem é de queda de 3,45%, contra recuo de 2,4% antes.

Fonte: JC

Relator manterá corte de R$ 10 bi no Bolsa Família.

Ricardo Barros detalha remanejamento de recursos no montante de R$ 16,51 bilhões com objetivo de garantir a meta de superávit primário de 0,7% do PIB fixada pelo ministro Levy.

Para garantir o cumprimento do superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), o relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou na sexta-feira que vai manter o corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família, correspondente a 35% do total do programa. Em entrevista coletiva, o parlamentar detalhou os cortes de despesas e o remanejamento de recursos do Orçamento no montante de R$ 16,51 bilhões a fim de garantir a meta fiscal estipulada pelo governo. Barros afirmou que o corte no Bolsa Família vai atingir, conforme projeções da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, 23 milhões de pessoas. Em sua justificativa, o relator disse que auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) identificaram deficiências no programa, como falta do registro de frequência de alunos beneficiá- rios ou mesmo famílias beneficiárias com rendas superiores ao previsto em lei. “Não tenho nada contra o Bolsa Família, é um excelente programa. Mas o que está fora da lei não pode prevalecer”, afirmou o deputado. Ele disse que a restrição ao programa poderá ser revista caso seja aprovada uma recomposição orçamentária – o corte seja retirado desde que se aprove um destaque em que se diga de onde vai haver a compensação.
 O líder do governo na Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Paulo Pimenta (PT-RS), já disse que vai apresentar uma proposta nesse sentido. Contudo, Barros avaliou que, diante do engessamento do Orçamento de 2016, considera ser difícil que essa mudança prospere. “A recomposição é apenas jogar para a plateia”, disse o deputado, que também é um dos vice-líderes do governo na Câmara. Além de mexer no Bolsa Família, o relator propõe, entre cortes para atingir a meta fiscal e ajustar os parâmetros, uma “tesourada” de R$ 320 milhões no pagamento do auxílio-reclusão (50% do previsto, condicionado à aprovação de um projeto de autoria dele em tramitação na Câmara – hoje o benefício segue a regra da pensão por morte e, com a proposta, seria limitada a seis meses), outra de R$ 80 milhões no auxílio moradia e ainda uma economia de R$ 1,84 bilhão da Previdência Social por não se pagar compensações em razão da desoneração da folha de pagamento – por causa da diminuição da atividade econômica. Barros também propõe um remanejamento de despesas no valor de R$ 4,3 bilhões. Ele sugere um corte médio de 40% nos investimentos do Judiciá- rio (R$ 720 milhões), do Legislativo (R$ 90 milhões) e Ministério Público da União (R$ 4 milhões). Na parte de custeio, o corte no custeio do Judiciário, do Legislativo, do Ministério Público da União e do Executivo chegam a R$ 3,42 bilhões. “Entendemos que é necessário fazer esses cortes, infelizmente não tem outra solução”, disse Barros. “É uma solução adequada e o importante é que informe aos brasileiros que tenhamos um Orçamento adequado”. Conforme já havia adiantado, o relator disse que a proposta prevê uma arrecadação com o retorno da CPMF de R$ 10,3 bilhões e outros R$ 21 bilhões com o projeto de repatriação de recursos de brasileiros no exterior não declarados ao Fisco. Questionado se isso é propor um Orçamento “fictício”, por se valer de propostas que sequer foram aprovadas, o deputado foi sucinto: “Se as receitas condicionadas não se confirmarem, as despesas vinculadas a elas não poderão ser realizadas.” A expectativa dele é que o Orçamento de 2016 seja votada pelo plenário do Congresso até a próxima quinta-feira, dia 17. Por esse calendário, deputados e senadores precisam votar antes o Plano Plurianual de 2016 a 2019 – que está na pauta do Congresso da próxima terça-feira. Só depois, por conta do regimento, a CMO e, em seguida, o plenário do Congresso poderão votar o Orçamento. 

Agência Moody’s rebaixa nota da Petrobras na classificação de risco



A agência de classificação de risco de crédito Moody’s revisou o nível (rating) da dívida da Petrobras, que passou de Ba2 para Ba3, com perspectiva negativa. Na avaliação da agência, a elevação do risco de refinanciamento em função da piora das condições da indústria do petróleo, dificuldades de realização do plano de desinvestimentos, elevadas amortizações de dívidas nos próximos anos e perspectiva de geração de caixa negativa, foram os motivos para a alteração.

Em nota a Petrobras, informou que, além disso, também foi levada em consideração pela Moody's, a decisão de colocar a classificação do risco soberano sob revisão. De acordo com a companhia, a Moody´s revelou ainda ter preocupação com as investigações relacionadas à Operação Lava Jato, que estão em andamento, vão levar tempo, demandar atenção dos administradores e apresentar riscos de penalidades.

Na nota, a Petrobras destacou que a agência apontou que o crédito da Petrobras é apoiado pelas grandes reservas de petróleo, “sua forte presença e importância no mercado brasileiro, expertise tecnológica e potencial de crescimento da produção no longo prazo”. (ABr)

Inflação mantém a escalada

Com o resultado de 1,01% em novembro, o mais alto para o mês desde 2002, IPCA acumulado em 12 meses sobe a 10,48%, superando a barreira dos dois dígitos pela primeira vez em 12 anos. Dados do IBGE mostram que os aumentos de preços foram disseminados.

A inflação oficial no País alcançou 1,01% em novembro, o mais alto resultado para o mês desde 2002. Com isso, a taxa acumulada em 12 meses saltou para 10,48%, superando a barreira dos dois dígitos pela primeira vez em 12 anos, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os reajustes dos combustíveis e da energia elétrica pesaram mais no bolso do consumidor em novembro. Houve pressão também da valorização do dólar e dos estragos causados pela chuva sobre os preços dos alimentos. Mas os aumentos foram disseminados. O índice de difusão, que indica o percentual de itens com aumento de preços, alcançou 76,9%, resultado recorde para o mês. “Não é um processo que está concentrado num punhado de produtos, ele está bastante difuso. Do jeito que está hoje, com quase 80% dos itens com aumento, é um processo que contaminou praticamente tudo”, avalia Alexandre Schwartsman, ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central. Diante da disparada de preços, economistas elevaram as expectativas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reinicie em 2016 o ciclo de aumento na taxa básica de juros, que está a 14,25% ao ano desde julho. Schwartsman prevê pelo menos dois aumentos de 0,5 ponto percentual no início do ano. Serviços Segundo o IBGE, o reajuste de contratos indexados à inflação levará a novos aumentos expressivos de serviços em 2016. “Temos vários itens que são reajustados por contrato, como plano de saúde. Então isso vai provocar aumento forte em alguns itens no ano seguinte”, lembra Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. Eulina reconhece que já há uma questão “psicológica” induzindo aumentos espalhados de produtos e serviços. Diante da percepção de inflação alta e elevação generalizada, comerciantes e prestadores de serviços também reajustam seus preços, agravando o cenário. No entanto, ela afirma que o quadro atual não é comparável à época da hiperinflação. “Ainda está muito longe de comparar à hiperinflação, porque naquela época não havia parâmetro de preços. Você não conseguia nem explicar de onde vinha a inflação. Agora a gente domina os resultados, a gente sabe o que está acontecendo”, defende Eulina. No ano, o reajuste de contas de consumo – luz e água – e dos combustíveis – gasolina e diesel – tem puxado o IPCA, com a desvalorização do real em relação ao dólar, que pressiona os alimentos. Embora o diesel não tenha impacto direto expressivo no cálculo da inflação, o item afeta outros setores à medida que encarece o frete, lembra a coordenadora do IBGE. A energia ficou 0,98% mais cara no IPCA de novembro, enquanto os alimentos consumidos em casa subiram 2,46% e os combustíveis aumentaram 4,16%. Sob pressão do dólar e das chuvas, os produtos alimentícios vendidos nos supermercados subiram mais do que os consumidos fora de casa. Entre os vilões estão batata-inglesa, tomate e açúcar. O dólar encareceu o adubo e estimulou as exportações, diminuindo a oferta interna de produtos. Ao mesmo tempo, as chuvas recentes prejudicaram algumas lavouras. O cenário para a inflação daqui para frente é incerto por estar sujeito a variáveis difíceis de controlar, alerta o professor Heron do Carmo, da Faculdade de Economia e Administração (FEA). Ele cita como exemplo a incerteza política, que se não for equacionada poderá ampliar o impasse fiscal, levar à perda do grau de investimento por outra agência de risco, com reflexos sobre o câmbio. INPC O IBGE também informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 1,11% em novembro, após ter registrado alta de 0,77% em outubro, Com o resultado, o índice acumulou alta de 10,28% no ano e de 10,97% em 12 meses. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados. Em novembro de 2014, o INPC tinha ficado em 0,53%. O Índice Nacional da Construção Civil (INCC/Sinapi), também divulgado pelo IBGE, variou 0,28% em novembro, após alta de 0,27% em outubro. O índice acumulado no ano foi de 5,43%, e o resultado em 12 meses ficou em 6,12%. Segundo o IBGE, o custo nacional da construção alcançou R$ 962,84 por metro quadrado em novembro, acima dos R$ 960,17 por metro quadrado estimados em outubro. A parcela dos materiais variou 0,41%, enquanto o custo da mão de obra ficou em 0,13% em novembro, ante 0,37% em outubro.



Fonte: JC

Com retomada ainda distante, economistas seguem piorando previsões.

 Lógica da recuperação da economia passa pela volta da confiança, mas fatores como Lava-Jato e crise política impedem a melhora dos prognósticos.

"A única função das previsões econômicas é fazer a astrologia parecer respeitável", dizia o economista canadense John Kenneth Galbraith. Os críticos da futurologia econômica revisitam a máxima de Galbraith sempre que desejam reafirmar o quanto os economistas falham quando tentam antever o futuro. No momento, o futuro que grande parte dos economistas enxerga para a economia não é nada animador: não apenas o ano de 2015 está perdido, com retração que ficará em torno de 3,5%, mas também 2016. Para os mais pessimistas - ou mais realistas, a depender do ponto de vista -, a recuperação só ocorrerá em 2018. E mais: as previsões, que já eram ruins no início de 2015, só fizeram piorar desde então. Erram os futurologistas, como dizia Galbraith? Dadas as condições atuais, a recuperação realmente não parece estar tão próxima.As previsões ficaram piores porque também mais bicudo ficou o quadro geral. No início de 2015, esperava-se crescimento - sim, crescimento - para 2015. A projeção era de alta de 0,4% para o PIB, segundo a pesquisa Focus, realizada com 100 economistas pelo Banco Central semanalmente. Agora, até o governo - que, por dever de ofício, precisa ser otimista - prevê queda do produto interno bruto (PIB) superior a 3%. A dificuldade do governo de levar adiante no Congresso o projeto de ajuste fiscal, a crise política, a piora das contas públicas e o aprofundamento da Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção em contratos com a Petrobras, exigiram revisão das projeções. Só os desdobramentos Lava Jato engoliram 142,6 bilhões de reais da economia, o equivalente a 2,5% do PIB, segundo estudo da consultoria econômica GO Associados.O quadro de incerteza leva as empresas a adiar investimentos e contratações, razão de as previsões terem piorado ao longo de 2015. "Quando a recessão começa, o desemprego não é imediato, assim como as contratações não ocorrem logo depois do início da retomada", diz Hélio Zylberstajn, professor do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo. "Leva alguns meses para o empresário ter certeza de que a retomada é para valer - e essa certeza ainda está longe de acontecer." As previsões mais frequentes no momento falam de taxa de desemprego em torno de 9% ao fim de 2015. O número é um contraste com o que se via há apenas doze meses, quando o desemprego era de menos de 5%. A taxa deve chegar a dois dígitos - as projeções ficam entre 10% e 12% - no primeiro semestre de 2016.De onde vêm essas projeções? De indicadores como a formação bruta de capital fixo. Esse indicador registra o quanto as empresas aumentam ou diminuem seus bens de capital, que é a infraestrutura de máquinas e equipamentos usados na fabricação de outros produtos. No acumulado entre janeiro e setembro, a formação bruta de capital fixo recuou 12,7%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a queda foi de 4%, e, na comparação com o mesmo período de 2014, o declínio foi de eloquentes 15%. Com menos demanda de consumo, as empresas diminuem sua estrutura de produção e cortam empregos. Depois, quando veem que a demanda está em recuperação, recompõem seu parque industrial e voltam a contratar. Todo esse processo leva tempo, como explica o professor Zylberstajn. Por isso os economistas têm adiado o momento para o início da recuperação em seus prognósticos.As pedras no caminho do porta-bandeira - O ajuste fiscal era um ponto central nas previsões para a economia brasileira feitas no início de 2015. Os cortes de despesas e aumentos de impostos propostos pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, porta-bandeira do ajuste, eram medidas duras e impopulares, mas essenciais para o reequilíbrio das contas públicas e a recuperação da credibilidade no cenário externo. Mas Congresso e governo têm vivido às turras desde o início do ano - seja por convicção dos opositores, seja pela pressão da dita base aliada por cargos e vantagens. E, com os desentendimentos, até agora o ajuste fiscal foi votado por completo. Resultado: A desconfiança com a capacidade do governo de conseguir aprovação para o ajuste cresceu. Essa desconfiança puxou a alta do dólar, que, por sua vez, alimentou a inflação. "Economia é muito expectativa e credibilidade", diz Alexandre Espírito Santo, professor de finanças do Ibmec, no Rio de Janeiro. "Será que o governo vai conseguir o ajuste no ano que vem se não conseguiu fazer até agora? A resposta não é trivial."A desconfiança externa com o quadro da economia brasileira costuma ser resumida pela avaliação feita pelas agências de classificação de risco. Em setembro, a Standard & Poor's tirou o Brasil de sua lista de bons pagadores e pôs o país na lista de "grau especulativo", na qual estão países e empresas considerados mais arriscados para os investidores. Moody's e Fitch ainda mantêm o Brasil no patamar dos bons pagadores (ou investment grade). Ter boa nota na lista dessas agências não é questão de mera vaidade. Quanto mais altas as notas, menos o país e as empresas pagam para tomar empréstimos. Esses empréstimos, por sua vez, se transformam em mais investimentos e empregos. Rebaixamento significa fuga de dinheiro. "Mas a questão não está só com o investidor estrangeiro. O investidor doméstico também está desestimulado", diz o economista Luiz Alberto Machado, conselheiro do Conselho Federal de Economia.O governo pareceu ter conseguido dar passos adiante no Congresso quando, no fim de novembro, destravou a "pauta bomba", formada por um conjunto de vetos da presidente Dilma Rousseff a medidas que aumentariam pesadamente os gastos do governo. Os vetos foram mantidos. Uma semana depois, a ironia: no mesmo dia em que conseguiu sua maior vitória no Congresso em muito tempo - e mudança da meta fiscal para 2015, que autoriza o governo a fechar 2015 com rombo de 119,9 bilhões de reais sem ser enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal -, Dilma viu o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolher o processo de impeachment contra ela. Qualquer que seja o desdobramento desse processo, ele exigirá mais embate entre Planalto e Congresso, o que tende a adiar votações importantes para a retomada da economia brasileira. "A crise política levou à paralisia do Congresso, que é o oposto do que precisamos no momento: Um Congresso ágil na votação das reformas", diz o professor Alexandre Espírito Santo, do Ibmec. "Estamos paralisados." A piora das previsões, como se vê, não é mero pessimismo de quem insiste em desafiar a máxima de John Kenneth Galbraith.



Fonte: Veja.com


Resiliências políticas.


A palavra da moda é resiliência. Oriunda do latim,resiliens, significa voltar ao normal, após alguma situação crítica ou fora do comum. É um conceito muito usado no debate ambiental, na psicologia, na física e na gestão. Agora, é uma das palavras mais utilizadas no Palácio do Planalto e nos corredores do Congresso. Será preciso mesmo muita resiliência das instituições republicanas para enfrentar a atual situação, principalmente depois que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, decidiu dar andamento ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os vetores da crise tríplice — econômica, política e ética — se retroalimentam. Na semana passada, foi a Operação Lava-Jato, o vetor ético, com a prisão do líder do governo, Delcídio do Amaral (PT-MS), e do banqueiro André Esteves. Nesta, foi a crise política, com a admissão pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do pedido de impeachment impetrado pelo jurista Miguel Reale e pelo ex-deputado Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, com apoio do PSDB, do DEM, do PPS e do Solidariedade. Cunha (PMDB-RJ) é alvo de um pedido de cassação por quebra de decoro no Conselho de Ética da Casa. Segundo o presidente da Câmara, a decisão estava tomada desde segunda-feira, mas somente foi anunciada ontem. Naquele dia, o Ministério Público o acusou de ter recebido R$ 45 milhões para aprovar uma medida provisória. Cunha esperou uma definição do PT em relação ao seu caso no Conselho de Ética para tornar público o acolhimento do pedido, uma atribuição que lhe fora atribuí- da por decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o rito de apreciação dos pedidos de impeachment. Cunha tinha esperança de que a presidente Dilma enquadrasse os três representantes do PT no Conselho de Ética, para que votassem contra a abertura do processo de cassação do seu mandato. Instigada pelo presidente da legenda, Rui Falcão, e sob a liderança do ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PTSP), que perdeu a disputa pelo comando da Casa para Cunha, a bancada do PT fechou questão a favor da cassação do peemedebista. Para os petistas, é melhor correr o risco de votar o impeachment no Congresso do que ver a oposição empolgar as ruas com um “Fora Cunha, Dilma e Lula!” Convencido pela oposição de que está com a cabeça a prêmio e de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pretende pedir seu afastamento do cargo ao Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha resolveu disparar o processo de impeachment. Em que pesem as negociações com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, Cunha manteve a desconfiança de que Dilma articula com Janot o seu afastamento do comando da Câmara. A posição da bancada, por ampla maioria, confirmou suas suspeitas. Após a decisão da bancada do PT e com sessão do Congresso em andamento para votar a nova meta fiscal, Cunha manobrou para o Conselho de Ética adiar pela terceira vez a apreciação do relatório prévio, defendendo a continuidade das investigações contra ele. A sessão estava prevista para ontem, mas nem foi iniciada, por conta da ordem do dia na reunião conjunta de deputados e senadores. A previsão é que a análise seja retomada na próxima terça-feira.
O impeachment
Pode parecer que a situação se aproxima de um rápido desfecho, mas não é bem assim que as coisas funcionam. Se não for abortado, o processo de impeachment de Dilma será longo. Deixou de ser um rito sumaríssimo, como foi o do ex-presidente Collor, para garantir ampla defesa. E nada impede que o PT recorra ao Supremo Tribunal Federal, com o argumento de que houve chantagem e retaliação do presidente da Câmara por causa do seu processo no Conselho de Ética. Cunha demonstrou capacidade de resiliência, mas a da presidente Dilma também é grande, apesar das suas trapalhadas, quando nada porque o governo será sempre a forma mais concentrada de poder, pois arrecada, normatiza e coage. Uma demonstração disso foi aprovação pelo Congresso da mudança da meta fiscal, para permitir um deficit fiscal de R$ 120 bilhões, em vez do superavit de R$ 56 bilhões que estava previsto. Com isso, Dilma livrou-se das “pedaladas fiscais” de 2015, que poderiam caracterizar a prática de crime de responsabilidade no atual mandato, por desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal. A presidente Dilma Rousseff reagiu à decisão de Cunha em entrevista, na qual apostou no confronto de sua imagem com a de Cunha, uma espécie de Dragão da Maldade contra a Santa Guerreira, para usar a linguagem glauberiana do antigo “cinema novo”, bem a gosto do marqueteiro João Santana. Entretanto, quem tem demonstrado menos capacidade de resiliência é a economia, cuja situação se agrava cada vez mais e já não oferece perspectiva de recuperação em 2016. É o vetor mais robusto da crise.



Fonte: JC

Recessão pode ser a pior em 35 anos


O atual ciclo econômico, iniciado em abril de 2014, deverá durar 11 trimestres, encolhendo o PIB em 8,1%. Confirmada a previsão, será a pior recessão do Brasil em 35 anos: tão longa quanto a de 1989-1992, no governo Collor, e com a magnitude da retração da época da moratória (1981-83), no governo Figueiredo.






































Fonte: O Globo


Cortes devem promover volta do voto em papel.

Portaria assinada pelos presidentes do STF e do TSE diz que contingenciamento anunciado do Orçamento 'inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico'

Portaria publicada ontem no Diário Oficial, assinada pelos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro do STF José Antonio Dias Toffoli, e por representantes dos demais tribunais superiores, informou que o contingenciamento do Orçamento deste ano, no valor de R$ 11,2 bilhões, anunciado ontem pelo governo federal “inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico”. Mais tarde, em nota, o TSE informou que deverá deixar de receber R$ 428,7 milhões, "o que prejudicará a aquisição e manutenção de equipamentos necessários para a execução do pleito do próximo ano". De acordo com a corte, o maior impacto será sobre a licitação já em andamento para aquisição de urnas eletrônicas, que tem despesa estimada de R$ 200 milhões e, de acordo com o TSE, prevê a contratação "imprescindível" até o fim de dezembro. "A demora ou a não conclusão do procedimento licitatório causará dano irreversível e irreparável à Justiça Eleitoral. As urnas que estão sendo licitadas têm prazo certo e improrrogável para que estejam em produção nos cartórios eleitorais", afirma a nota. "Na espécie, não há dúvida que o interesse público envolvido há que prevalecer, ante a iminente ameaça de grave lesão à ordem, por comprometer as Eleições Eletrônicas Municipais de 2016." A nota do TSE garante ainda que tanto Toffoli quanto Lewandowski "irão envidar todos os esforços no Congresso Nacional para que as verbas devidas sejam autorizadas, a fim de se garantir a normalidade das eleições do ano que vem". O governo da presidente Dilma Rousseff tinha até ontem para publicar o decreto sobre o contingenciamento, já que o Congresso Nacional ainda não votou a alteração da meta de resultado primário para este ano, prevendo déficit em vez de superávit. Com isso, o Executivo se viu obrigado a indicar cortes. A votação estava prevista para quarta-feira da semana passada, mas foi afetada pela prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, por suspeita de obstrução no andamento da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. A sessão acabou sendo adiada para hoje. (Com Agência Reuters)




Fonte: JC