Cortes devem promover volta do voto em papel.

Portaria assinada pelos presidentes do STF e do TSE diz que contingenciamento anunciado do Orçamento 'inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico'

Portaria publicada ontem no Diário Oficial, assinada pelos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro do STF José Antonio Dias Toffoli, e por representantes dos demais tribunais superiores, informou que o contingenciamento do Orçamento deste ano, no valor de R$ 11,2 bilhões, anunciado ontem pelo governo federal “inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico”. Mais tarde, em nota, o TSE informou que deverá deixar de receber R$ 428,7 milhões, "o que prejudicará a aquisição e manutenção de equipamentos necessários para a execução do pleito do próximo ano". De acordo com a corte, o maior impacto será sobre a licitação já em andamento para aquisição de urnas eletrônicas, que tem despesa estimada de R$ 200 milhões e, de acordo com o TSE, prevê a contratação "imprescindível" até o fim de dezembro. "A demora ou a não conclusão do procedimento licitatório causará dano irreversível e irreparável à Justiça Eleitoral. As urnas que estão sendo licitadas têm prazo certo e improrrogável para que estejam em produção nos cartórios eleitorais", afirma a nota. "Na espécie, não há dúvida que o interesse público envolvido há que prevalecer, ante a iminente ameaça de grave lesão à ordem, por comprometer as Eleições Eletrônicas Municipais de 2016." A nota do TSE garante ainda que tanto Toffoli quanto Lewandowski "irão envidar todos os esforços no Congresso Nacional para que as verbas devidas sejam autorizadas, a fim de se garantir a normalidade das eleições do ano que vem". O governo da presidente Dilma Rousseff tinha até ontem para publicar o decreto sobre o contingenciamento, já que o Congresso Nacional ainda não votou a alteração da meta de resultado primário para este ano, prevendo déficit em vez de superávit. Com isso, o Executivo se viu obrigado a indicar cortes. A votação estava prevista para quarta-feira da semana passada, mas foi afetada pela prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, por suspeita de obstrução no andamento da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. A sessão acabou sendo adiada para hoje. (Com Agência Reuters)




Fonte: JC

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