Ações da Oi disparam em meio a disputa entre acionistas

As ações da operadora de telefonia Oi dispararam nesta sexta-feira, um dia depois de o fundo americano PointState Capital informar que vai votar a favor de mudanças na empresa propostas pelo empresário Nelson Tanure. As ações ordinárias fecharam em alta de 19,67%, para 3,59 reais, e as preferenciais, 12,86%, a 2,37 reais.
Por meio do fundo Société Mondiale, Tanure ganha força na disputa com a Pharol (antiga Portugal Telecom), maior acionista da tele. Na pauta das assembleias de acionistas, marcadas para 8 de setembro, está a destituição de membros do conselho de administração ligados à Pharol e a eleição dos indicados de Tanure. O posicionamento favorável às mudanças sugeridas pelo empresário foi feito em documento entregue à Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos.
O Société Mondiale e o Point State têm fatias de 8,32% e 6,32% na Oi, respectivamente, mas os porcentuais podem subir nos próximos dias, segundo aAgência Estado. A Pharol é dona de 22,24% do capital social da tele.
Juntos, os fundos têm hoje quase o mesmo poder de decisão em assembleias que os portugueses, já que todos os acionistas estão limitados a um poder de voto de 15%. Ainda de acordo com a Agência Estado, Tanure já teria o apoio de ao menos outros oito fundos. Além disso, ele deverá elevar sua fatia na tele até a assembleia, caso ela ocorra.
No documento enviado à SEC, o PointState disse ter mandado carta ao agente fiduciário BNY Mellon, em 17 de agosto, pedindo que o seu voto em assembleia fosse computado a favor da proposta do Société Mondiale.
Com uma dívida de 65,4 bilhões de reais, a Oi entrou com pedido de recuperação judicial no dia 20 de junho. Nove dias depois, a solicitação foi acatada pela Justiça.


Fonte: Veja

Governo projeta alta de 1,6% no PIB em 2017


A equipe econômica deve elevar de 1,2% para 1,6% a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, no projeto de lei orçamentária para o ano que vem. Com a estimativa de crescimento maior, o governo pretende “engordar” a receita prevista para o ano que vem. Com arrecadação maior, ficaria reduzida a necessidade de medidas de aumento de tributos para garantir o cumprimento da meta fiscal.
O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias enviado ao Congresso projeta um rombo de R$ 139 bilhões em 2017 nas contas do governo federal. Segundo uma fonte do governo, o presidente em exercício Michel Temer não quer anunciar medidas de aumento de impostos. A estratégia que está sendo traçada é mostrar que a meta orçamentária pode ser garantida com o aumento da arrecadação, puxado pela retomada do crescimento e pela venda de ativos. Não está descartado, porém, o envio ao Congresso de algumas medidas “pontuais” de alta de alguns tributos para serem analisadas pelo Congresso.
O número de 1,6%, no entanto, está acima das previsões do mercado para o crescimento do PIB no ano que vem. No relatório Focus do Banco Central, que compila as previsões do mercado financeiro, a estimativa média para o crescimento da economia no próximo ano está em 1,1%, embora algumas instituições até visualizem a possibilidade de um resultado melhor, próximo de 2%.
Na segunda-feira, 15, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a dizer que, se for necessário para o reequilíbrio das contas públicas, haverá aumento de impostos. Segundo ele, porém, a economia está evoluindo dentro das projeções e começa a dar os primeiros sinais de retomada. “As indicações são de que vai haver crescimento da economia e consequente aumento da arrecadação. Se isso se configurar, não será necessário aumentar impostos. Mas, se for necessário, nós vamos aprovar (esse aumento)”, disse, após reunião com analistas do mercado financeiro em São Paulo.
Mais tarde, Meirelles e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, se reuniram com o presidente em exercício, Michel Temer, para tratar exatamente do orçamento de 2017.
Quando apresentou, no começo de julho, a proposta de meta fiscal com um déficit de R$ 139 bilhões no próximo ano, o governo revelou que a conta incluía um reforço de receitas de R$ 55,4 bilhões, que viriam principalmente de concessões de serviços e da privatização de estatais.
Agora, com a aposta de que, passado o processo de impeachment, a economia terá uma evolução melhor do que a prevista anteriormente e de que as receitas devem crescer mais no próximo ano, essa necessidade de reforço deve ser menor. Ou seja, o governo trabalha com um cenário em que será preciso privatizar menos e ainda assim evitar aumento de impostos.
Corte
Mas mesmo que a equipe econômica decida elevar a expectativa de crescimento da economia brasileira para 2017, fontes do governo ouvidas pelo Estado não descartam medidas adicionais para o cumprimento da meta fiscal. Para isso, é provável que o governo recorra a mais redução de despesas. “O aumento (de receita) não é tão imediato e há espaço para cortar despesa”, afirmou uma fonte do governo. (Adriana Fernandes, Eduardo Rodrigues, Carla Araújo, Francisco Carlos de Assis e Álvaro Campos, Colaboraram Rachel Gamarski e Fabrício de Castro)

Fonte: ISTOÉ

Juízes ignoram fase de conciliação e descumprem novo código.


Novo Código de Processo Civil obriga juiz a marcar audiência de acordo.
Magistrados alegam falta de estrutura e até morosidade para pular etapa.


Decisões obtidas mostram que juízes do país têm pulado a audiência prévia de conciliação nos processos. A etapa passou a ser obrigatória pelo novo Código de Processo Civil com o objetivo de desafogar o Judiciário, criando uma fase em que as próprias partes podem tentar um acordo antes que a demanda vire um processo.

Nas decisões, os juízes alegam que a conciliação obrigatória atrasa ainda mais o Judiciário e que não há conciliadores e mediadores suficientes para realizar as audiências.
Em um deles, uma juíza afirma que a audiência pode ser dispensada, pois compete ao juiz “velar pela duração razoável do processo, o que certamente não ocorreria se os autos fossem encaminhados ao Cejusc para agendamento de audiência”.

Os Cejuscs (Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania) foram criados antes do CPC e passaram a ser uma incumbência dos tribunais estaduais, por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2010. Com o novo código, que entrou em vigor em março , a conciliação passa a ser feita preferencialmente nesses locais e é obrigatória em todos os processos em que é possível.
Em outra decisão que dispensou a audiência, um juiz paulista argumenta que a aplicação do novo CPC pode trazer “resultados inconstitucionais”, por isso, “a audiência de conciliação ou mediação deve ser designada apenas nas hipóteses em que, segundo a legislação, não seja possível o julgamento do mérito [final]”. Não existe essa previsão no novo código.
Em outro processo, de Itaquaquecetuba, interior paulista, o juiz deixou de designar a audiência “diante da falta de estrutura do Cejusc”, argumentando que o autor da ação não manifestou vontade expressa de conciliar.
Pelo novo CPC, a audiência acontece mesmo se o autor não manifestar vontade. Ela não se realiza só se as duas partes disserem ser contra.

Ministra Cármen Lúcia é eleita presidente do Supremo


 A ministra Cármen Lúcia foi eleita hoje (10) presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e vai ocupar o cargo pelos próximos dois anos. A partir do dia 10  de setembro, a ministra ficará no lugar do atual presidente, Ricardo Lewandowski. A eleição foi simbólica, porque a ministra já ocupa o cargo de vice-presidente da Corte.

Vendas no varejo no Brasil crescem 0,1% em junho, acima do esperado


As vendas no varejo do Brasil cresceram 0,1% em junho passado, melhor resultado para o mês desde 2013 (+0,4%) e acima do esperado, mas ainda sem sinais consistentes de recuperação mais robusta.
Na comparação com junho de 2015, informou nesta terça-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve queda de 5,3% nas vendas.
Pesquisa Reuters indicava queda de 0,40% na comparação mensal e de 6,35% em bases anuais. Em maio sobre o mês anterior, a queda foi revisada para 0,9% ante baixa de 1% divulgada inicialmente.
Segundo o IBGE, três das oito atividades pesquisas mostraram expansão em junho na comparação com maio, com destaque os segmentos de Tecidos, vestuário e calçados (+0,7 por cento) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (+0,8 por cento), influenciados pelas comemorações das datas festivas do mês.
Na ponta oposta, o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou contração de 0,4% no período, após leve alta de 0,1% em maio.
O IBGE informou ainda que o volume de vendas do varejo ampliado --que inclui veículos e material de construção-- caiu 0,2% em junho na comparação mensal, após queda de 0,3% em maio.


Fonte: UOL

Juros da compra a prazo superam os 115% ao ano


Compre um, pague dois: essa é a realidade de quem escolhe o crediário como forma de pagamento no comércio. A possibilidade de parcelar em mais vezes e a maior facilidade de aprovação de crédito podem fazer o carnê parecer um bom negócio à primeira vista, mas é preciso prestar atenção às taxas de juros, que superam 110% ao ano.
Como comparação, essa taxa é quase quatro vezes maior do que os juros cobrados no financiamento de veículos, de 30,8% ao ano, de acordo com os últimos dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). No caso de empréstimo pessoal em bancos, a taxa está em 67,8%.
Por isso, o educador financeiro Vinicius Azambuja, da Novi Soluções Financeiras, acredita que o crediário deve ser a última opção. “A parcela do carnê acaba sendo menor por causa do prazo mais longo. Mas não se engane: quanto maior o prazo, maiores os juros”, diz. Na Casas Bahia, por exemplo, é possível comprar eletrodomésticos e eletroeletrônicos em até 18 vezes no carnê, ao custo de 115,07% ao ano. No Magazine Luiza, a taxa está em 112,9%.
Segundo Azambuja, a cultura do parcelamento no Brasil é muito forte e prejudica o planejamento. Se não há urgência em comprar uma televisão, a pessoa pode poupar, mês a mês, e depois comprar o equipamento à vista, com desconto. “Mas o brasileiro faz o contrário: em vez de ganhar juros em uma aplicação, gasta com juros no parcelamento”, diz.
Com uma análise de crédito menos rigorosa, o carnê se torna opção para trabalhadores informais que têm dificuldade para comprovar renda, mas também atrai consumidores que já esgotaram outras formas de financiamento, como o cartão de crédito.
Na Casas Bahia, os níveis de aprovação do carnê chegam a ser três vezes superiores aos do cartão da loja, segundo a empresa, que pede RG, CPF e comprovante de renda para análise. O Magazine Luiza pede apenas RG e CPF.
Inadimplência
A facilidade na liberação de crédito se reflete na inadimplência. Segundo a Boa Vista SCPC, pela primeira vez desde 2012, o carnê ultrapassou o cartão de crédito como meio de calote na cidade de São Paulo.
O cartão de crédito da própria loja também é oferecido como meio de pagamento. É preciso estar atento, pois esses cartões cobram taxas e encargos, como anuidade, e os juros do rotativo – quando consumidor paga apenas o valor mínimo da fatura e rola a dívida – são altíssimos.
O jornal O Estado de S. Paulo teve dificuldades para descobrir essas taxas nas duas redes varejistas. Na primeira visita às lojas, os vendedores não souberam informar as taxas do rotativo.
O Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) também não informou as taxas, alegando que elas variam com frequência. Em uma segunda tentativa em lojas físicas, após muita insistência e espera, os funcionários informaram as taxas: na Casas Bahia, o juro do rotativo está em 12,99% ao mês (333% ao ano) e no Magazine Luiza, em 19% ao mês (706% ao ano).
Segundo o Procon-SP, essa taxa não precisa estar no contrato, mas o consumidor deve ter acesso prévio aos custos cobrados na utilização do cartão, como juros, parcelamentos ou atrasos, multas e outros encargos.
A Casas Bahia afirmou que as taxas de juros variam de acordo com diversos fatores, como promoções periódicas e análise de risco do cliente, e que segue rigorosamente o Código de Defesa do Consumidor. O Itaú Unibanco, responsável pelo crédito do Magazine Luiza, não se manifestou.


FONTE: ISTOÉ

Taxas futuras de juros sobem e refletem preocupações com deterioração fiscal


Os juros futuros estão em alta desde a abertura dos negócios desta quarta-feira, 3, tendo os temores com a falta de sinais de ajuste fiscal no foco. O investidor começa o dia digerindo a informação de que nada andou no front fiscal na terça-feira, primeira dio de trabalho do Congresso depois do recesso.

O dólar mostra volatilidade, mas voltou a subir ante o real durante a manhã e, no exterior, a moeda se fortaleceu levemente ante o euro, após a divulgação do relatório de criação de vagas no setor privado da Automatic Data Processing (ADP) nos Estados Unidos.

Às 9h39, o DI para janeiro de 2018 estava a 12,86%, de 12,82% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 estava a 12,12%, de 12,05% no ajuste anterior.

O setor privado dos EUA criou 179 mil empregos em julho, levemente acima da expectativa de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que previam geração de 178 mil. O dado é considerado um sinalizador para o relatório oficial de emprego dos EUA, o "payroll", que será divulgado na sexta-feira.


No fiscal, o Congresso encerrou a sessão na terça sem votar a meta fiscal de 2017, por falta de quórum, e o governo não conseguiu avançar com a PEC do teto de gastos públicos, mesmo com o governo cedendo ás pressões para afrouxar as medidas de contenção de gastos públicos.



Fonte: ISTOÉ

Itaú Unibanco tem queda de 9% no lucro e corta projeções


O Itaú Unibanco encerrou o segundo trimestre com queda de cerca de 9% no lucro líquido recorrente para 5.575 bilhões de reais, ante 6.134 bilhões no mesmo trimestre do ano anterior. O banco anunciou proposta de pagamento de bonificação aos acionistas a ser feito via aumento de capital de 12 bilhões de reais.
Trata-se do segundo trimestre consecutivo de queda no resultado recorrente do Itaú, na comparação anual. Os números do período trazem, pela primeira vez, a consolidação da companhia resultante da união entre o Banco Itaú Chile e o CorpBanca, o Itaú CorpBanca. O Itaú é acionista controlador com participação de 33,58% no capital social do novo banco.
O banco, a exemplo do rival Bradesco na semana passada, ainda cortou projeções de desempenho para este ano. A estimativa para o crescimento da carteira de crédito total foi reduzida para o intervalo de queda de 10,5% a 5,5% o ante projeção anterior de recuo de 0,5% a crescimento de 4,5%.
A carteira de crédito total do Itaú Unibanco, que considera avais e fianças, fechou junho em 573,003 bilhões de reais, redução de 4,6% em relação a março, quando somou 600.705 bilhões. O Itaú fechou junho com 1,396 trilhão de reais em ativos totais, alta de 4,7% em um ano, quando estava em 1.333 trilhão de reais. Na comparação com março, quando a cifra era de 1.398 trilhão de reais, houve diminuição de 0,1%.
O patrimônio líquido do banco foi a 110,587 bilhões de abril a junho, crescimento de 9,8% em 12 meses e 3,7% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) foi a 20,6% no segundo trimestre contra 19,6% no primeiro.


Fonte: Veja

Mercado estima que queda do PIB passe de 3,27% para 3,24% este ano


Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam um encolhimento um pouco menor da economia em 2016. A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,27% para 3,24%. 
Para 2017, a projeção de crescimento segue em 1,1% há duas semanas consecutivas. As projeções fazem parte de pesquisa feita todas as semanas pelo BC sobre os principais indicadores da economia. Ela é divulgada às segundas-feiras.
A projeção das instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi mantida em 7,21%. Para 2017, a estimativa caiu de 5,29% para 5,20%.
As estimativas estão distantes do centro da meta de inflação de 4,5%. Para este ano, a projeção ultrapassa também o limite superior da meta: 6,5%. O teto da meta em 2017 é 6%.
É função do BC fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação é a taxa básica de juros, a Selic.
Taxa Selic
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.
A expectativa das instituições financeiras para a taxa ao final de 2016 subiu de 13,25% para 13,50% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa para a taxa básica permanece em 11% ao ano, há cinco semanas consecutivas.
A projeção para a cotação do dólar foi alterada de R$ 3,34 para


Fonte: JB