Bolsonaro: Estamos buscando privatizar muita coisa, mas não é fácil


Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo está preocupado em acelerar a privatização de empresas estatais. Segundo ele, no entanto, há dificuldades para se efetivar isso. “Têm empresas que passam pelo Congresso, não é fácil.”
Bolsonaro disse que os Correios “estão na fila” para serem privatizados, mas que tirou deste organograma a Casa da Moeda por entender que ela é uma “questão estratégica”.
O presidente também citou a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o “núcleo da Petrobras” como exemplos de empresas para as quais não há planos de desestatização.
O presidente afirmou que o governo está preocupado em “abrir o mercado” de petróleo e gás para diminuir o preço ao consumidor e também que o ministro da Economia, Paulo Guedes, “quer voltar à questão da carteira de trabalho verde e amarela” para diminuir os custos de contratação.
“Não adianta ter todos os direitos e não ter empregos pela frente. Tem de desonerar, simplificar a questão trabalhista”, argumentou Bolsonaro.

FONTE: infomoney.com.br

China aprova polêmica lei de segurança em Hong Kong


O Congresso Nacional do Povo, o ramo legislativo do Parlamento chinês, aprovou nesta quinta-feira (28) a polêmica lei de segurança nacional para Hong Kong. A nova legislação recebeu 2.878 votos a favor, um contra e teve seis abstenções.
Agora, com a aprovação, o texto segue para o Parlamento, onde será finalizado sem a participação do governo do território autônomo. A decisão foi tomada no último dia do Congresso e deve voltar a provocar protestos tanto dos opositores a Pequim no país e também de governos internacionais.
Dos sete artigos que serão adicionados à Lei Básica de Hong Kong, uma espécie de miniconstituição, o ponto mais polêmico é o item quatro, que versa sobre os casos de “traição, secessão, sedição e subversão” tanto dos cidadãos como de membros do governo local, além de dispor sobre casos de evasão contra a China, atos de terrorismo e interferência de governos estrangeiros.
A medida ainda permite, pela primeira vez na história, que Pequim instale escritórios e agências governamentais e de segurança, que não precisarão se submeter ao poder local. Mais detalhes da lei não foram tornadas públicos.
Críticos do projeto dizem que a decisão vai, basicamente, mudar a condição do território semiautônomo, tirando as liberdades dos moradores e enfraquecendo o governo local. Além disso, acusam Pequim de tomar a decisão pelo temor de ser derrotada pelos candidatos opositores em Hong Kong na próxima eleição.
Já o governo chinês, ao apresentar o texto, afirmou que a nova legislação quer instituir “sólidos sistemas jurídicos e mecanismos de aplicação para salvaguardar a segurança nacional” e quer “ver os governos locais cumprindo suas responsabilidades constitucionais”.
Desde que voltou a entrar em pauta, centenas de manifestantes foram às ruas contra a medida, sendo que na última quarta-feira (27), cerca de 300 foram presos.
A nova lei é uma resposta do governo chinês a uma série de protestos por mais liberdade e democracia que foram registrados no ano passado e que duraram meses. Por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), as manifestações arrefeceram, mas como o país conseguiu controlar a crise sanitária, elas voltaram a ocorrer.
Crítico da legislação, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a ameaçar a China por conta da medida, dizendo que Washington reagiria “com força” se a legislação fosse aprovada.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, ameaçou retirar o status especial dado ao território nas questões de comércio, o que enfraqueceria a economia local.
FONTE: infomoney.com.br

Ibovespa avança com otimismo no exterior e menor avaliação de risco político


Ibovespa operava com viés positivo nesta terça-feira, endossado pelo otimismo internacional com a reabertura econômica e novas notícias sobre potenciais vacinas para Covid-19, além de uma percepção de menor risco político no ambiente doméstico.
Às 11:50, o Ibovespa subia 1,2%, a 86.690,12 pontos. O volume financeiro era de 9,94 bilhões de reais.
Mesmo após o salto de 4,25% da véspera, sem a referência dos mercados de Nova York, o Ibovespa seguia em alta, em linha com um maior apetite ao risco de investidores globais.
"Os investidores estão com um estado de espírito francamente otimista, propensos a ignorar ou a minimizar os riscos", afirmaram analistas da Levante Investimentos em nota, mencionando a reabertura das empresas e a volta da atividade econômica como principal catalisador da alta.
Também animou o mercado a notícia de que grupo de biotecnologia Novavax entrou na corrida para testar em humanos sua vacina contra o novo coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na sexta-feira que 10 vacinas experimentais estão sendo testadas em humanos, incluindo a da Novavax.
No Brasil, a bolsa ainda refletia o alívio com a ausência de novas informações que intensifiquem a instabilidade política do país, após divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril.
Após ser acusado de interferir no órgão, o presidente Jair Bolsonaro deu os parabéns à Polícia Federal pela operação deflagrada nesta manhã para investigar supostas irregularidades na área de saúde, que teve como alvo o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), seu rival político.

FONTE: Investing.com

Mercado volta a ampliar queda do PIB e da inflação no fechamento do ano


O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (25) a edição semanal do Boletim Focus, com os analistas de mercado prevendo novas reduções nas estimativas do crescimento da economia e do IPCA em 2020, além da elevação da expectativa de fechamento do dólar, reforçando o cenário de crise econômica sob os efeitos das medidas de combate à pandemia do coronavírus.
PIB
O avanço da Covid-19 no Brasil e a continuidade da restrição de circulação de pessoas fez com que os analistas de mercado cortassem pela décima quinta semana seguida a projeção de queda do PIB brasileiro no ano. Os economistas ouvidos pelo BC agora projetam uma queda de 5,89% do PIB em 2020, contra 5,12% da semana passada. Há quatro semanas, a estimativa estava em -3,34%, dando sinais claros dos sinais de enfraquecimento do país em meio a medidas de isolamento social para conter avanço do surto e Covid-19. Para 2021, a estimativa avançou de 3,20% para 3,50%, e se manteve em 2,50% para 2022 e 2023.
Inflação
Os analistas novamente levaram para baixo a estimativa da inflação oficial, de 1,59% da projeção da semana passada para 1,57%. Há quatro semanas, a aposta era de um IPCA a 2,10% no fim do ano. A aposta para o fechamento do ano-calendário segue abaixo do centro da meta de 4,00% e abaixo do da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Houve redução nas estimativas de inflação para 2021, com os analistas estimando o IPCA em 3,14% e não mais 3,20%. A estimativa também fica abaixo do centro da meta de inflação estipulado para o ano que vem, de 3,75%.
Selic
O constante cenário de deterioração das projeções do PIB e IPCA - especialmente da inflação no próximo ano, horizonte da política monetária - suportam renovadas apostas de corte da Selic na próxima reunião do Copom. Seguindo a última decisão da autoridade monetária, que surpreendeu o mercado ao cortar a Selic em 0,75 ponto percentual, de 3,75% para 3,00% ao ano, os economistas consultados pelo Focus esperam o final do ciclo de ultra afrouxamento monetário em 2,25% em 2020, com um corte adicional de 0,75 ponto percentual na próxima reunião em junho.
Há quatro semanas, a expectativa era que a Selic fechasse 2020 em 3,00%. O texto da última decisão do BC limita o atual ciclo de flexibilização com a taxa Selic em 2,25% ao ano.
Os analistas também estimam que o ciclo da alta de juros se inicie ano que vem, com uma Selic a 3,29% no fim de 2021. Já para 2022 caiu de 5,25% para 5,13%, e a de 2023 se manteve em 6,00%.
Dólar
Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram elevadas de R$ 5,28 para R$ 5,40, após encerrar 2019 a R$ 4,0195. A moeda americana iniciou o forte período de volatilidade após o Carnaval, quebrando sucessivos recordes máximos de fechamento, chegando a se aproximar de R$ 6,00 há duas semanas. Há quatro semanas, os analistas projetavam um dólar a R$ 4,80 no fim do ano. No ano que vem, as estimativas foram elevadas para R$ 5,03.

FONTE: investing.com

“O site virou um canal importante para a venda de seminovos”, diz CEO da Movida


O avanço do coronavírus no país acelerou a adoção de plataformas online em diversos segmentos, como o delivery de produtos de supermercado e o ensino a distância. A locadora de veículos Movida acredita que a pandemia também acelerou a compra online em um setor menos óbvio: o automóveis seminovos.
“Nós sempre quisemos vender os seminovos online. Mas, na nossa ideia, era preciso primeiro crescer a marca e ganhar participação de mercado, conseguir a confiança do cliente, antes de investir em uma plataforma para compra online”, afirmou Renato Franklin, CEO da companhia em entrevista ao InfoMoney.
Como a pandemia obrigou a Movida (MOVI3) a fechar todas as lojas de seminovos em um primeiro momento, a empresa colocou no ar uma operação para a venda online e entrega dos automóveis a domicílio. Em abril, a companhia vendeu 3,5 mil veículos por meio da plataforma.
“Hoje todo o processo de compra, incluindo a aprovação do financiamento, é online. A entrada é paga durante a entrega do veículo por meio do cartão de crédito. Ganhamos mais um canal para a venda e não vamos ter a mesma necessidade de abertura de lojas que tínhamos antes da pandemia”, disse.

FONTE: infomoney.com.br

Arrecadação cai 29% em abril e soma R$ 101,154 bilhões, afirma Receita


Sob efeito da pandemia do novo coronavírus, a arrecadação de impostos e contribuições federais teve forte queda em abril, quando somou R$ 101,154 bilhões, um recuo real (já descontada a inflação) de 28,95% na comparação com igual mês de 2019.
Em relação a março deste ano, houve queda de 7,52%. O valor arrecadado foi o pior desempenho para meses de abril da série disponibilizada pela Receita Federal, que teve início em 2007.
O resultado veio acima da mediana das expectativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. calculada em R$ 99,350 bilhões, e dentro do intervalo das previsões, de R$ 84,100 bilhões a R$ 129,900 bilhões.
No ano, a arrecadação federal somou R$ 502,293 bilhões, o pior desempenho para o período desde 2017. O montante ainda representa recuo de 7,45% na comparação com igual período do ano passado.

FONTE: infomoney.com.br

Variação do PIB brasileiro na década poderá ser zero, diz FGV


Levando em conta as projeções mais atualizadas para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, o crescimento médio anual desta segunda década do século 21 poderá ficar em zero, estima um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
Essa conta considera uma queda de 5,4% no PIB de 2020, projeção atualizada pelo Ibre/FGV na semana passada. Se confirmada, será a maior retração anual da história do País. Atualmente, a maior queda de que se tem registro, de 4,35%, é a de 1990 – a mais antiga série estatística para o PIB disponível no País, compilada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), começa em 1901, ainda que os dados do início do século 20 sejam frágeis.
Se a nova recessão que agora se inicia por causa da pandemia poderá levar 2020 a ser o pior ano da história para a economia, o desempenho da segunda década já seria um recorde negativo, mostra o estudo do Ibre/FGV. Considerando a projeção anterior para 2020, de crescimento de 2% no PIB, os anos 2010 teriam um avanço médio anual de tímido 0,8%.
Para Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre/FGV e coautora do estudo com Paulo Peruchetti, o fato de a década se encerrar com mais uma recessão poderá levar a próxima década, que se inicia em 2021, a registrar desempenho econômico pífio também.
“Essa pandemia vem, num certo sentido, não só para tornar a década ainda pior, mas para dificultar a visão de futuro”, afirmou Silvia.
FONTE: infomoney.com.br

Crise global pode se tornar recessão prolongada, diz Fórum Econômico Mundial

Líderes precisam fazer mais para garantir uma recuperação rápida e sustentável da economia global, de acordo com o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês).
Em pesquisa com quase 350 profissionais de risco, o grupo com sede em Genebra disse que dois terços identificaram uma recessão prolongada como o maior risco enfrentado pelo mundo atualmente no próximo ano e meio. A pandemia já causou a recessão mais profunda desde a Grande Depressão e provocou uma enorme resposta monetária e fiscal.
O endividamento resultante deve sobrecarregar orçamentos dos governos e empresas por anos, afirmou o relatório. Uma redução do consumo, bem como mudanças nos padrões de produção e concorrência, também podem afetar as empresas. As economias emergentes podem enfrentar crises mais graves, disse o relatório.
O alto desemprego, especialmente entre os jovens, a falta de avanço na redução das emissões de carbono e as desigualdades exacerbadas também são possíveis efeitos colaterais da pandemia. Os ataques cibernéticos e a fraude de dados também são grandes ameaças à medida que a economia se torna mais digitalizada, mostrou o relatório.
“Agora temos uma oportunidade única de usar esta crise para fazer as coisas de maneira diferente e reconstruir melhores economias que sejam mais sustentáveis, resilientes e inclusivas”, afirmou Saadia Zahidi, diretora-gerente do WEF. “Os líderes devem trabalhar uns com os outros e com todos os setores da sociedade para enfrentar riscos conhecidos emergentes e criar resiliência.”
Em janeiro, quando o grupo conduziu uma pesquisa de riscos antes das reuniões anuais em Davos, questões relacionadas ao clima se destacaram como as cinco principais preocupações de longo prazo do grupo. Agora, a lista é principalmente econômica, embora a possibilidade de outro surto global de Covid-19 ou outra doença infecciosa seja uma possível ameaça.
Metade dos entrevistados disse que falências, consolidação de setores, incapacidade de recuperação das indústrias e problemas nas cadeias de suprimentos estão entre as principais preocupações. Restrições ao comércio e ao movimento transfronteiriço de pessoas também preocupam.

FONTE: infomoney.com.br

Ouro tem a maior cotação desde 2012. O que esperar daqui para frente?


Em momentos de grande volatilidade e incerteza, como o atual, investidores partem para ativos considerados seguros de forma a proteger o portfólio. Enquanto alguns procuram respaldo exclusivamente no dólar, outros preferem diversificar o patrimônio e apostar também em metais preciosos como o ouro. É o caso de gestoras como Legacy e Novus, que montaram posição na commodity nos últimos meses, e de casas como Dahlia, Truxt, Vista Capital e a americana Crescat Capital, que mantêm alocação no metal há mais tempo.
O contrato futuro de ouro mais líquido negociado no mercado americano acumula valorização de 5,9% desde o início da crise, em 21 de fevereiro, e chegou a superar em abril a cotação de US$ 1.756 a onça troy (uma onça troy equivale a cerca de 31 gramas), atingindo o maior valor desde outubro de 2012, quando foi negociado a US$ 1.758. Nos últimos 12 meses, a alta é da ordem de 34%, com valorização de 14,3% apenas neste ano.
Entre os maiores fundos multimercado de ouro, expostos também à variação cambial, estão Órama Ouro, Vitreo Ouro e Trend Ouro Dólar, da XP, com ganhos da ordem de 60% em 2020.
E o que tem contribuído para a disparada do metal? Na avaliação dos gestores consultados pelo InfoMoney, o enfraquecimento da economia global em meio à pandemia de coronavírus, com juros em patamares baixos, expansão fiscal e aumento de liquidez, incentiva a busca de investidores por ativos mais seguros, como dólar e ouro.
Embora uma parcela do mercado avalie que os preços do metal já estejam esticados demais, um outro grupo ainda vislumbra potencial de alta, inclusive com ampliação da posição na moeda.
E o investidor pessoa física também tem aproveitado para incluir o ouro em seu portfólio, de forma a ampliar a diversificação e proteger as posições de maior risco. Os maiores fundos com foco na commodity têm captação líquida no ano que ultrapassa os R$ 150 milhões nos produtos da Órama e também da XP.

Porto seguro

Com as medidas adotadas pelos bancos centrais para minimizar os impactos da pandemia sendo insuficientes para evitar uma recessão global, a visão do banco suíço Julius Baer é de que deve haver um aumento da demanda por ouro como ativo seguro.
“Com investidores enfrentando incertezas sem precedentes nos mercados financeiros, uma determinada fatia de ouro nos portfólios deve fornecer alguma proteção”, escreveu Carsten Menke, chefe de pesquisa de uma área com foco em ações no longo prazo do Julius Baer, em relatório publicado em abril.
A avaliação é de que os países sairão da crise muito endividados, com menos crescimento e juros baixos, o que favorece o desempenho da commodity. “Vai haver um processo de desglobalização e protecionismo, vamos voltar a ver períodos de guerra comercial e todas as moedas vão se desvalorizar frente ao ouro”, afirma Gustavo Pessoa, sócio gestor da Legacy Capital.
Com posição no metal desde março via contratos futuros nos Estados Unidos, o fundo multimercado da casa também está comprado em dólar contra moedas emergentes, como o real e o peso mexicano.
A exposição à moeda americana e ao ouro também permitiu ao fundo Dahlia Total Return atravessar a turbulência recente com menor instabilidade, conta José Rocha, sócio da Dahlia Capital.
“Ouro os governos não podem imprimir”, afirmou, destacando que o papel moeda poderá perder valor ao longo do tempo.
Esse critério mais “rígido” do metal, de não poder ser facilmente ampliado, também é citado pela Vista Capital. “O grande ativo real que enxergamos no mercado é o ouro. Ele é finito, não dá para aumentar sua produção enormemente. É um ativo que não perde o seu poder de compra, uma proteção”, afirmou João Landau, diretor e gestor de investimentos da gestora, em entrevista ao podcast “Stock Pickers”.

Proteção com baixo custo

Na Truxt, a posição em ouro, que é carregada desde o início de 2019, foi ampliada com a queda dos preços em março e ocupa hoje 8% do portfólio do fundo macro e 20%, do long bias.
Segundo Rafael Gaspar, gestor da estratégia macro focado em mercados internacionais, a posição tem contribuído para o desempenho das carteiras no ano. O Truxt I Macro FIC FIM acumulava retorno positivo de 0,76% até o dia 12 de maio, enquanto o Truxt I Long Bias FIC FIM tinha alta de 1,97% no mesmo período.
Foi de olho na valorização do ativo que o multimercado Novus Macro voltou a integrar o ouro em seu portfólio também no mês de março. A posição estava zerada desde o último trimestre de 2019, quando as notícias sobre o acordo comercial entre os Estados Unidos e a China se refletiram em sinais de melhora da economia global e, consequentemente, na queda do preço do ouro. Na época, a Novus chegou inclusive a testar algumas vendas táticas no metal.
“O ouro é visto como uma reserva de valor para se ter na carteira. E, hoje em dia, o custo para se ter essa reserva é muito baixo, dado que os juros dos Estados Unidos, que influenciam o metal, estão próximos de zero”, afirma Ricardo Kazan, gestor da Novus Capital.

Ao infinito e além?

Com forte valorização no ano, o ouro tem espaço para se apreciar mais? Para Pessoa, da Legacy, tendo em vista a continuidade de estímulos monetários adotados pelos bancos centrais, ainda há espaço para alta.
“O movimento recente do ouro representa metade do que aconteceu após a crise de 2008. Acho que ainda tem espaço para andar mais, mas a posição técnica é um pouco pior, porque muita gente já tem a posição”, afirma o gestor, que não vê o investimento como algo pontual, mas uma “tendência para anos”.
A avaliação de que a moeda tem espaço para se valorizar ao longo dos próximos anos é compartilhada pela Truxt, que vê o metal atuando como melhor reserva de valor que títulos soberanos, dados os atuais níveis baixos dos juros.
“O ouro vai funcionar como uma proteção contra a inflação dos ativos, porque o valor do dinheiro vai diminuir”, diz Gaspar. Há ainda riscos geopolíticos, especialmente com a disputa comercial entre Estados Unidos e China, contribuindo para a percepção favorável ao ouro, além da demanda crescente de bancos centrais pela commodity e sua produção inelástica, que contribui para preços elevados.
Há quem veja, contudo, que o investimento já esteja caro, uma vez que, nos níveis atuais, uma recessão já está refletida nos preços. Essa é a avaliação de Menke, do Julius Baer.
Com a visão de uma recessão curta e acentuada no horizonte, em vez de uma depressão mais duradoura – que poderia levar o preço do ouro aos US$ 2 mil por onça –, Menke avalia que, no curto prazo, o potencial de alta para o metal é limitado, com o preço recuando no médio e longo prazo.
A opinião é compartilhada pelo gestor Eduardo Canto, da ARX Investimentos, que contou ao InfoMoney que tem apostado suas fichas na prata, que recua 16,8% no ano, até abril.
Apesar de destacar que o ambiente de acomodação monetária somado ao baixo crescimento de produção das minas nos últimos anos possa ser uma “tempestade perfeita para o preço do ouro”, a Kapitalo diz, em carta aos cotistas, que o metal possui um retorno real aproximadamente nulo e baixa utilidade como hedge em períodos de estresse.
Mesmo assim, ressalta, por conta dos títulos soberanos de países desenvolvidos, que serviram como proteção para ativos de risco durante as últimas recessões e hoje possuem retorno real prospectivo negativo, investidores têm considerado o ouro como uma alternativa de investimento. A gestora tem posição comprada no metal.

Mineradoras ganham espaço

Além do investimento via contratos futuros de ouro, Otavio Costa, gestor da Crescat Capital, gosta de aproveitar as oportunidades na indústria de mineradoras.
Com cerca de US$ 200 milhões em ativos sob gestão, a asset com sede no Colorado, EUA, tem suas principais apostas em posições vendidas em ações globais de setores como tecnologia, usinas elétricas e bancos, e compradas em ouro e demais metais preciosos.
Foi o otimismo com a classe que levou a gestora a criar, em maio de 2019, o fundo Crescat Precius Metals Composite, com uma estratégia voltada para a busca de oportunidades na indústria de metais preciosos, como ouro e prata. Atualmente, o portfólio conta com 40 a 50 nomes de mineradoras em países como Canadá, Austrália e EUA, além de posições em contratos de ouro, prata e em investimentos privados.

Ouro na carteira da pessoa física

Buscando minimizar os impactos da crise no portfólio, muitos gestores têm optado pela compra de ouro para se proteger da forte volatilidade dos mercados. O investidor veterano Mark Mobius, fundador da gestora Mobius Capital Partners, por exemplo, afirma que o ouro deve sempre fazer parte de uma carteira, com uma participação de pelo menos 10% do portfólio.
A alocação, contudo, faz sentido para o investidor pessoa física? Qual o percentual ideal na carteira e como investir no metal?
Para Guilherme Anversa, sócio e gestor da XP Advisory, o posicionamento em ouro faz sentido pelo benefício da diversificação do portfólio, principalmente por ser uma classe de ativo com baixa correlação com Bolsa e renda fixa.
No ano até abril, o Ibovespa teve queda de 30,4%, o IMA-B, referência de desempenho de títulos atrelados à inflação (Tesouro IPCA+), recuou 5%, enquanto o contrato de ouro negociado na B3, que embute a apreciação cambial, teve valorização de 46%.
A forma mais prática e fácil de o investidor brasileiro investir na commoditydiz Anversa, se dá por meio de fundos de ouro, com exposição ao metal. Em plataformas de corretoras, por exemplo, o investidor consegue investir nesses fundos com valores a partir de R$ 500.
“Se o investidor for comprar ouro físico, ele precisa se preocupar com a custódia, por exemplo, então é uma estrutura menos flexível. E se for operar na Bolsa, tem a questão do timing, de ver qual a melhor oferta e se a operação não vai ser muito custosa”, afirma.
O tamanho da posição a ser assumida, segundo Anversa, depende da parcela em risco na carteira do investidor. Em um portfólio mais arrojado, com posições em ações e ativos como investimentos internacionais, ter 5% do portfólio estruturalmente em ouro já contribui para uma boa diversificação, avalia.
Para uma “dupla” proteção, o investidor pode optar ainda por fundos de ouro em dólar, diz, que aumentam a característica defensiva da posição, mas podem sofrer maiores oscilações de retorno, por conta da volatilidade da moeda.

FONTE: infomoney.com.br

Petrobras reverte lucro e tem prejuízo de R$ 48,5 bilhões no 1º trimestre de 2020


A Petrobras (PETR3; PETR4) registrou um prejuízo líquido de R$ 48,523 bilhões no primeiro trimestre de 2020, revertendo o lucro de R$ 4,031 bilhões apresentados no mesmo período do ano passado.
Em release, a estatal disse que este prejuízo se deu pelo “impairment proveniente da revisão das premissas de longo prazo para o Brent frente ao novo cenário mundial”, no valor de R$ 65,3 bilhões.
“Nossos resultados também foram impactados pela queda do Brent e pelas perdas com variação cambial decorrentes da forte desvalorização do real frente ao dólar. Estes fatores foram atenuados por maiores volumes de exportação, maiores margens nos derivados, menores despesas, incluindo gastos gerais e administrativos, exploratórios e tributários, bem como ganhos com hedge”, explicou a Petrobras.
Desconsiderando os efeitos deste impairment e de um ágio com a recompra de bonds, a Petrobras teve um prejuízo de R$ 4,6 bilhões nos três primeiros meses de 2020.
Por conta dessa provisão, as despesas operacionais da petrolífera dispararam 569% em um ano, passando de R$ 11,302 bilhões no início de 2019 para R$ 75,616 bilhões entre janeiro e março deste ano.
Já a receita com vendas da estatal teve leve alta de 6,5% em um ano, passando de R$ 70,856 bilhões para R$ 75,469 bilhões nos três primeiros meses deste ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, por sua vez, a receita recuou 7,7%.
Segundo a companhia esta queda trimestral ocorreu por conta do recuo do preço do petróleo tipo brent e pelo menor volume de venda de derivados no mercado interno, com destaque para diesel, gasolina e QAV.
“Estes produtos foram os mais afetados pelos impactos das medidas de isolamento social implementadas devido à COVID-19 a partir do mês de março. O diesel, a gasolina e o GLP também sofrem efeitos sazonais no período, já que o quarto trimestre apresenta maior atividade industrial e temperaturas menores. As receitas com gás natural caíram 13% devido à queda na demanda e no preço”, disse a empresa.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, por sua vez, avançou 36,4%, encerrando o primeiro trimestre em R$ 37,504 bilhões.
Segundo Roberto Castello Branco, CEO da companhia, “o prejuízo contábil em nada afeta a saúde e sustentabilidade da Petrobras. Trata-se de situação bastante distinta da vivenciada em 2014-2015 quando a companhia enfrentava duas crises, uma financeira e outra moral, e a baixa de ativos refletia a vulnerabilidade da companhia”.
Além disso, o executivo afirmou que a companhia seguirá em frente com um balanço mais aderente à realidade dos mercados e foco na geração de valor, perseguindo continuamente a obtenção de retornos sobre o capital empregado superiores ao custo do capital.

Impairment de R$ 65,3 bilhões

No primeiro trimestre, a Petrobras avaliou a recuperabilidade econômica de seus ativos e foram reconhecidas perdas por desvalorização (impairments) no montante de R$ 65,3 bilhões.
Este valor está dividido basicamente entre dois fatores: (i) efeito de um novo conjunto de premissas de planejamento sobre o valor recuperável de diversos campos do E&P (R$ 57,619 bilhões milhões), principalmente em Roncador, Marlim Sul, Polo Norte, Albacora Leste, Polo Berbigão-Sururu, Polo CVIT e Mexilhão; e (ii) hibernação de campos e plataformas em águas rasas (R$ 6,625 bilhões), afetando os Polos Norte, Ceará-Mar e Ubarana e os campos de Caioba, Guaricema e Camorim.
O impairment dos campos de águas rasas corresponde a 100% no valor de livro desses ativos, os quais tinham a uma produção média de 23Mbpd, disse a empresa.
A estatal destacou que dois grandes eventos tiveram efeitos adversos no mercado: a pandemia da Covid-19, que derrubou a demanda, e também o fracasso nas negociações dos membros da Opep+ sobre cortes de produção.
Esses eventos levaram a companhia a adotar uma série de medidas visando à preservação da geração de caixa, a fim de reforçar sua solidez financeira e resiliência dos seus negócios.
Além disso a empresa foi levada a revisar e aprovar em sua Diretoria Executiva algumas premissas-chave de seu Planejamento Estratégico, tais como preço do Brent, taxa de câmbio, dentre outras, sendo a mais relevante a projeção do petróleo, que mudou de US$ 65/bbl para US$ 25 este ano, com expectativa de alta de US$ 5 por ano até 2024.

FONTE: infomoney.com.br

BC amplia circulação de dinheiro a nível recorde


O aumento de saques em espécie, a redução no volume de depósitos e compras no comércio e o pagamento de auxílios a um quarto de toda a população brasileira levaram o Banco Central a ampliar a quantidade de papel-moeda em circulação para o maior patamar da história do real.
Em apenas dois meses desde a declaração de pandemia pelo novo coronavírus, o BC colocou na rua mais R$ 52 bilhões em cédulas, o que levou o dinheiro em circulação no País à marca de R$ 311,5 bilhões, segundo dados de terça-feira, 12.
Não se trata, neste caso, de emissão de dinheiro novo ou expansão da oferta de moeda na economia como um todo (com aumento de reservas bancárias, por exemplo), como tem sido defendido por uma ala de economistas como saída para financiar os gastos da crise.
A ação significa uma ampliação do uso de cédulas impressas para fazer frente à maior demanda de brasileiros por “dinheiro na mão” diante da quebra no percurso das notas em papel durante a crise e das dificuldades de parcelas da população em usar canais digitais de pagamento.
Em momentos de normalidade, os cidadãos que sacam o dinheiro em cédulas vão ao longo do mês gastando esses recursos no comércio em geral ou em lotéricas e agências bancárias com o pagamento de contas. Ou seja, o dinheiro impresso aos poucos retorna para o sistema bancário.
O BC adotou medidas para ampliar a oferta de recursos para os bancos num momento de forte crise e garantir a solidez do sistema financeiro. Mas, com a pandemia e o fechamento do comércio, a instituição passou a observar um “entesouramento” do dinheiro em papel-moeda.
“O BC entende que o entesouramento pode ser consequência de três fatores: saques por pessoas e empresas para formação de reservas, diminuição do volume de compras no comércio em geral e porque parcela considerável dos valores pagos em espécie aos beneficiários dos auxílios ainda não retornou ao sistema bancário”, disse o banco.
Nas últimas semanas, brasileiros protagonizaram filas em frente às agências da Caixa para sacar os recursos do auxílio emergencial de R$ 600.
No início de abril, reportagem do Estadão/Broadcast já havia mostrado a preocupação de especialistas com a maior oferta de cédulas impressas. Segundo o sociólogo Luis Henrique Paiva, ex-secretário Nacional de Renda de Cidadania e hoje pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea), 70% dos beneficiários do Bolsa Família não têm conta e sacam o benefício em dinheiro. O valor médio do saque, que não chegava a R$ 200 por família, será triplicado por três meses.

FONTE: infomoney.com.br

Preços do petróleo têm forte recuperação nas últimas sessões, mas movimento é sustentável?


Após o caos do petróleo nas últimas semanas, com contratos futuros chegando a preços negativos, a commodity passa agora por um momento de alívio, enquanto analistas tentam entender o novo cenário global para a demanda.
Nesta segunda-feira (11), a Arábia Saudita anunciou que vai reduzir ainda mais sua produção, em um esforço para apoiar os mercados da commodity. A partir de 1º de junho, o reino reduzirá a produção em 1 milhão de barris de petróleo por dia (bpd), o que combinado com os cortes acordados pela OPEP+, eleva o corte total da Arábia Saudita para cerca de 4,8 milhões de bpd na comparação com abril.
Com a notícia, o petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência no mercado americano, chegou a subir mais de 1%, mas voltou a perder força em seguida, fechando em queda de 2,43%, a US$ 24,14 o barril. O barril do tipo brent, por sua vez, teve um recuo mais forte, de 4,4%, a US$ 29,60.
Apesar da queda na sessão, ela nem se compara aos dias de verdadeiro pânico do mercado, em que a cotação do petróleo caía na casa dos dois dígitos, além de vir após uma sequência de ganhos para a commodity, em meio a cortes de produção em diversos países (como também nos EUA) e a perspectiva de retomada gradual da economia.
A Arábia Saudita também disse que reduziria a produção de maio “de acordo com seus clientes”. “O Reino visa, por meio desse corte adicional, incentivar os participantes da OPEP+, assim como outros países produtores, a cumprir os cortes de produção com os quais se comprometeram e fornecer cortes voluntários adicionais, em um esforço para apoiar a estabilidade dos mercados globais de petróleo”, afirmou um comunicado da agência de imprensa saudita.
Este novo corte de produção se soma ao noticiário positivo da semana passada, quando o petróleo WTI disparou 25% em cinco pregões após os sauditas também decidirem elevar os preços do petróleo para clientes no mundo todo num cenário de início de recuperação da demanda.
Segundo a Bloomberg, a Saudi Aramco elevou o preço oficial de venda para seu carro-chefe Arab Light para clientes na Ásia em US$ 1,40 por barril, resultando em desconto de US$ 5,90 em relação à referência do Oriente Médio. A expectativa era de que a petroleira reduzisse o preço oficial em US$ 2,50 por barril, para um desconto de US$ 9,80, de acordo com estimativas da agência de notícias com sete operadores e refinarias.
Esta decisão dos sauditas sugere uma nova etapa após o choque dos últimos meses, indicando uma possível melhora na demanda conforme o maior mercado consumidor do mundo, a Ásia, começa a se recuperar e reabrir as economias locais diante do surto do novo coronavírus.
Conforme a China e alguns países da Europa experimentam voltar aos negócios, a demanda por gasolina também tem mostrado uma evolução, sugerindo que neste início de retomada, as pessoas deverão a usar mais os carros.
Com a flexibilização das medidas de confinamento e reabertura das economias em partes do mundo, dirigir surge como o meio de transporte de distanciamento social preferido e oferece algum alívio a curto prazo ao mercado de petróleo.
“As pessoas estão usando mais o carro porque têm medo de usar o transporte público”, disse Patrick Pouyanne, diretor-presidente da gigante francesa de petróleo Total, para a Bloomberg.
Nas ruas de Pequim, Xangai e Guangzhou, o tráfego matinal agora é superior às médias de 2019, enquanto o uso do metrô está bem abaixo do normal, segundo dados compilados pela BloombergNEF. O tráfego no sistema de metrô de Pequim está 53% abaixo dos níveis pré-vírus. O uso do metrô em Xangai e Guangzhou está 29% e 39% abaixo do normal, respectivamente.
Nesta cenário de retomada, os estoques de petróleo na China também começaram a cair nas últimas semanas, segundo analistas consultados pela Bloomberg e dados de satélite. Os estoques começam a diminuir já que refinarias aceleram as operações para atender à crescente demanda da economia que sai do confinamento.
Segundo o Morgan Stanley, os estoques do maior importador do mundo são sinais preliminares de que o mercado global de petróleo começa a se reequilibrar após o colapso da demanda. Os estoques diminuíram, mesmo com as importações de petróleo em abril em alta em relação ao mês anterior, segundo dados da Alfândega.

Chegou a hora da recuperação do petróleo?

Diante desta melhora de cenário, apesar das incertezas sobre a consistência da recuperação da demanda, a equipe da Ágora Investimentos, liderada pelo analista Vicente Falanga acredita que “o fluxo de notícias sobre petróleo deve se tornar cada vez mais positivo, com a flexibilização da quarentena e mais notícias de cortes forçados na produção (à medida que os estoques cheguem ao seu limite)”.
“À medida que os estoques globais de produtos de petróleo/petróleo bruto atinjam picos em maio/junho, acreditamos que os produtores de petróleo precisarão forçar paralisações, acelerando o reequilíbrio dos mercados globais”, avalia o analista.
Segundo ele, a capacidade global de armazenamento de petróleo, considerando estoques, estoques de emergência e navios-tanque, é de cerca de 9 bilhões de barris, sendo que até o fim de abril cerca de 85% desta capacidade estava ocupada, situação que ainda pode piorar até junho.
“Embora possam surgir métodos criativos de armazenamento, o considerável desequilíbrio atual da oferta e a demanda deve inevitavelmente fazer com que o mundo chegue a seu limite de estoque em breve”, afirma a Ágora ponderando que por conta disso as notícias devem melhorar no futuro próximo.
Com isso, a equipe da corretora aumentou as estimativas para o petróleo brent, de US$ 40 para US$ 45 por barril para 2021, e de US$ 45 para US$ 55 em 2022. Na esteira dessa visão mais otimista, os analistas também elevaram a recomendação para a ação da Petrobras (PETR3;PETR4) de neutra para compra.
Por outro lado, a XP Investimentos destacou em nota na última semana que, apesar das notícias recentes corroborarem o sentimento de otimismo com relação a preços de petróleo, pode ser necessária maior clareza sobre a retomada de atividades ao redor do mundo para confirmar a retomada de demanda pela commodity.
“Quando tal tendência for confirmada, esperamos uma recuperação dos mercados de petróleo globais, ancorada também por fechamento de poços produtores e redução de investimentos pelas petroleiras globais”, avalia.
Deste modo, por enquanto, o ambiente segue de cautela para a commodity, como pode ser observado na sessão desta segunda-feira, com o petróleo registrando queda apesar do corte de produção saudita.
Os preços estão bem abaixo de suas máximas e o caminho para a recuperação está longe de ser certo, com a commodity registrando queda em meio ao receio de uma possível segunda onda de casos de coronavírus, depois que países que pensavam ter superado a pior fase, o que inclui a Coreia do Sul, terem relatado um salto nas infecções.

FONTE: infomoney.com.br

Segunda maior cia aérea da América Latina, Avianca entra com pedido de recuperação judicial


A Avianca Holdings (CN:AVT_p), segunda maior companhia aérea da América Latina, entrou com pedido de recuperação judicial neste domingo, com a aproximação da data para pagamentos de títulos e após pedidos sem sucesso, até o momento, de auxílio ao governo colombiano para resistir à crise do coronavírus.
Se não conseguir sair da recuperação judicial, a Avianca pode ser a primeira grande companhia aérea do mundo a afundar por causa da pandemia, que resultou em um declínio de 90% de tráfego aéreo.
A Avianca não realiza voos regulares de passageiros desde o fim de março e a maioria dos seus 20 mil empregados ficou sem receber ao longo da crise.
“A Avianca passa pela crise mais desafiadora em seus 100 anos de história”, disse o presidente-executivo da empresa, Anko van der Werff, em um comunicado à imprensa.
Embora a Avianca estivesse fraca mesmo antes da pandemia de coronavírus, seu pedido de recuperação judicial destaca os desafios às companhias aéreas que não contam com resgates do governo para evitar reestruturações. Um representante da Avianca afirmou à Reuters que a empresa ainda está tentando assegurar empréstimos do governo.
“Ajuda do governo para a indústria aérea é vital”, disse Silvia Mosquera, chefe comercial da Avianca, em um comunicado à Reuters antes do pedido de recuperação judicial.
A Avianca, uma das companhias aéreas mais antigas do mundo, estima passivos entre 1 bilhão de dólares e 10 bilhões de dólares em um pedido à Corte de Recuperação Judicial dos EUA no distrito sul de Nova York.
A companhia já havia passado por uma recuperação judicial no começo dos anos 2000, da qual foi resgatada por um empresário do petróleo nascido na Bolívia, German Efromovich.
Efromovich fez a companhia aérea crescer agressivamente, mas também contraiu dívidas significativas. Efromovich foi retirado da empresa ano passado, em um golpe de conselho liderado pela United Airlines Holdings Inc, mas ainda tem uma fatia majoritária da companhia.
A United pode perder até 700 milhões de dólares em empréstimos relacionados à Avianca.
Efromovich disse à Reuters, neste domingo, que discordava da decisão de entrar com pedido de recuperação judicial e que não estava envolvido nela.
Em paralelo, a Avianca disse que pretende começar a reduzir operações no Peru.

FONTE: investing.com

Osklen vende máscaras a R$ 147, é criticada e responde que lucraria “menos de 7%”


Em meio à pandemia, a marca carioca Osklen, do grupo Alpargatas, começou uma campanha chamada “Respect & Breathe” em que vendia duas máscaras de proteção por R$ 147.
Para cada kit vendido até o fim de maio, doaria uma cesta básica no valor de R$ 70 para a comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. O produto foi anunciado no site e nas redes sociais da empresa, mas foi retirado do ar após uma enxurrada de críticas.
A empresa não é a única que está comercializando máscaras, mas o preço foi considerado abusivo pelos clientes e massacrado nas redes sociais.
No site da marca de moda, o anúncio dizia que as máscaras foram produzidas por “bravas costureiras” durante o período de isolamento social.
Segundo a Osklen, as máscaras são feitas com 100% de algodão e têm estampas exclusivas da coleção.

A situação piorou quando, após receber questionamentos sobre o valor do kit, a empresa divulgou como o preço foi formado, indicando quanto receberia de lucro e informando que o cliente arcaria com o custo cesta básica, sem nenhum subsídio da própria empresa.
“A Osklen entende que usar máscaras nesse momento é importante e quer levar aos seus clientes mais uma opção com peças funcionais, com design e qualidade”, diz a empresa no post em que justifica o preço, que foi posteriormente apagado.
“Não abrimos nossos números, mas dada a curiosidade gerada pela nossa iniciativa, resolvemos compartilhar com vocês o fato de que com o pack vendido a R$ 147, a empresa terá menos de 7% de lucro, exatamente R$ 11″, explica a empresa ao divulgar a imagem abaixo.

Mas o tiro saiu pela culatra. Usuários no Twitter criticaram a ação: “Não é possível que na empresa inteira não teve um [profissional] da Osklen para dizer: ‘talvez [em] uma pandemia que matou [mais de] 7 mil só no Brasil não seja hora boa para capitalizar’. E doar uma cesta básica para cada 147 reais?! Sério? Tem costureira se mantendo a R$ 10 a unidade!”, diz um internauta.
“É surreal a atitude da Osklen. Vocês apagaram o post, mas o print e a má reputação é eterna!”, diz outro usuário. 
Para Marcos Gouveia, especialista em varejo e diretor-geral do Grupo GS & Gouvêa de Souza, o erro da marca foi a execução. “Nesse caso específico, a ação de doação foi uma ótima ideia, mas a execução e a comunicação falharam. A campanha se volta para a questão: a venda da máscara viabiliza a doação, mas a forma como foi feita criou problemas. Não é hora de fazer resultado com máscara, o momento exige solidariedade e o ruído acontece em um momento em que o mercado está muito mais sensível”, opina.
Segundo ele, o tema “máscara” criou uma mobilização nacional, já que é, junto com o distanciamento social, “o único instrumento que assegura a redução da contaminação e um retorno possível e responsável em futuro breve”.
Ele argumenta que é inevitável que a máscara vire objeto de comercialização. “Além da máscara básica de uso quase contingencial, é obvio que vão surgir variantes com a moda, propósito e conceito, já que o item vai ser o símbolo de ‘novo sentido de segurança’ porque, se em um primeiro momento é incomodo, uma hora o uso terá que ser automático”, diz.
InfoMoney contatou a Osklen, por meio da assessoria da Alpargatas, que explicou que entende que máscara é um produto para a defesa da saúde das pessoas.
“Por isso, no mês passado, a fábrica da marca foi remodelada para produzir 50 mil máscaras hospitalares que estão sendo doadas para profissionais de saúde. Ao saberem dessa ação, consumidores nos procuraram pedindo para que produzíssemos máscaras de tecido, produto que não faz parte do portfólio da marca. Criamos então o projeto máscaras, pensado com uma margem de retorno que apenas viabilizaria a operação, além de proporcionar a realização de mais uma ação social de doação de cestas básicas”, disse a marca em nota.
A empresa explicou que no lançamento, realizado na terrça-feira (5), ouviu a opinião pública. “Decidimos então suspender a venda do pack e entendemos que é um momento de repensar o projeto. Independente disso, continuaremos com nossa ação social iniciada em abril de produzir e doar 50 mil máscaras hospitalares para profissionais de saúde”.

FONTE: infomoney.com.br