São Paulo registra primeira morte provocada pelo novo coronavírus


O estado de São Paulo registrou, nesta terça-feira (17), a primeira morte causada pelo novo coronavírus. A vítima é um homem de 62 anos, com histórico de diabetes, hipertensão e hiperplasia prostática. Mais detalhes serão dados em coletiva de imprensa com os médicos do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, liderado pelo infectologista David Uip.
Até o momento, São Paulo é o estado mais afetado pela doença, com 152 casos confirmados, mais da metade de todos os registrados no país, e 1.777 suspeitos. Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil chegou ontem (16) a 234 infectados e outros 2.064 monitorados sob suspeita de contaminação.
Mais cedo, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), havia decretado situação de emergência por conta do alastro do coronavírus. A medida, na prática, permite que a administração pública modifique algumas normas temporariamente.
É o caso de serviços públicos, em que haverá revezamento de servidores municipais para evitar aglomerações: parte deles trabalhará no período da manhã e parte à tarde. Funcionários com mais de 60 anos trabalharão de casa e estagiários serão dispensados. As medidas não valem para profissionais de saúde e segurança.
Por conta dessas mudanças, a população só poderá contar com serviços públicos se tiver hora marcada, já que o atendimento estará comprometido.
Também serão fechados museus, teatros, e centros culturais públicos municipais e suspensos os programas municipais que possam ensejar a aglomeração de pessoas, incluindo a Paulista Aberta aos domingos e feriados. Grandes eventos públicos serão remarcados e eventos privados que precisam de alvará são imediatamente cancelados.
Não há previsão, por ora, de fechamento obrigatório de bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais, mas serão emitidas orientações de medidas de prevenção a esses estabelecimentos.
A população em geral será encorajada a evitar aglomerações e receberá instruções da Secretaria Municipal de Saúde, mas não há menção no decreto a reclusão obrigatória.

FONTE: infomoney.com.br

Maioria das aéreas corre risco de recuperação judicial, avalia consultoria


Na avaliação de uma consultoria do setor de aviação, a pandemia de coronavírus levará a maioria das companhias aéreas globais à recuperação judicial até o fim de maio, a menos que governos e indústria tomem medidas coordenadas para evitar tal situação.
Muitas companhias aéreas já devem estar em situação técnica de recuperação judicial ou violado acordos de dívida significativamente, segundo a consultoria CAPA Center for Aviation, de Sydney, em comunicado divulgado na segunda-feira.
As companhias aéreas esgotam rapidamente as reservas de caixa porque os aviões estão aterrados, e os que não estão voam com metade da capacidade, afirmou o comunicado.
“São necessárias medidas coordenadas do governo e da indústria, agora, para evitar uma catástrofe”, afirmou a CAPA. Caso contrário, “emergir da crise será como entrar em um campo de batalha brutal, repleto de vítimas”, afirmou.
A maioria das companhias aéreas dos EUA, China e Oriente Médio deve sobreviver por causa do apoio do governo aos controladores, disse a CAPA.
As companhias aéreas estão entre as maiores vítimas corporativas do surto. Empresas como American Airlines e a australiana Qantas Airways reduziram a capacidade, enquanto algumas como a sueca SAS fizeram demissões temporárias. Flybe, a maior companhia aérea regional da Europa, já entrou em colapso.
As operadoras poderiam perder até US$ 113 bilhões em receita este ano, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo.

FONTE: infomoney.com.br

França fecha todas as escolas e universidades para não virar Itália


Com mais de 2 mil casos confirmados de Covid-19, a França anunciou que fechará todas as escolas e universidades do país a partir de segunda-feira (16). O país é o segundo mais infectado na Europa – a Itália tem mais de 12 mil infectados – e profissionais de saúde disseram que o número pode escalar rapidamente.
Após líderes europeus criticarem a decisão de Donald Trump de cancelar voos da Europa para os EUA, excetuando o Reino Unido, o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu que líderes globais ajam de forma conjunta para combater a enfermidade.
“Estamos apenas no início dessa epidemia”, disse em transmissão televisiva na quinta-feira (12). “Estar divididos não nos permitirá responder ao que é uma crise global”.
Além das escolas fechadas, o país pretende fornecer fundos para auxiliar negócios “independentemente dos custos”, disse o presidente.

Outras medidas

Governos europeus têm tomado diversas medidas preventivas contra o coronavírus, Na Bélgica, todas as atividades escolares estarão suspensas a partir de segunda-feira. Bares e restaurantes ficarão fechados. Lojas deverão fechar aos finais de semana, com exceção de farmácias e supermercados. Idosos foram aconselhados a ficar em casa.
Na Alemanha, alguns estados fecharão escolas, jardins de infância e berçários.
Por outro lado, no Reino Unido, o primeiro ministro Boris Johnson disse que não havia necessidade de fechar escolas no momento, mas os alunos foram desaconselhados de fazer viagens didáticas e pessoas idosas foram orientadas a não viajar em cruzeiros. Outra medida preventiva é o isolamento de qualquer cidadão que apresentar tosse “nova e contínua”e febre.

FONTE: infomoney.com.br

Ibovespa cai mais de 11% e B3 aciona terceiro circuit breaker na semana


O Ibovespa cai nesta quinta-feira (12) e aciona o terceiro circuit breaker da semana acompanhando o desempenho do MSCI Brazil Capped ETF (EWZ), que despencou 16% no pré-market de hoje. O ETF já teve um desempenho bem pior, fechando em queda de 13%, que o do principal índice da B3 ontem por conta da derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro à ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) pelo Congresso. A fala do presidente americano, Donald Trump, só acionou ainda mais gatilhos de queda depois disso.
Trump proibiu todos os voos entre a União Europeia e os EUA, à exceção do Reino Unido, para conter a pandemia de coronavírus, prejudicando ainda mais o comércio global. Os investidores ainda tinham esperança de que ele fosse anunciar estímulos, mas em vez disso, o presidente tomou uma decisão que deve piorar o desempenho das empresas no mundo todo. Nos EUA, o pré-market das bolsas teve circuit breaker após queda de mais de 5% no S&P Futuro. O Dow Jones Futuro recua 5,22%.
Às 10h26 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 11,65% a 75.247 pontos, acionando mais um circuit breaker hoje. Os negócios serão retomados a partir das 10h52, após um call de 5 minutos.
Enquanto isso, o dólar comercial sobe 2,79% a R$ 4,8496 na compra e a R$ 4,8525 na venda. O dólar futuro para abril sobe 1,92%, para R$ 4,912. O Banco Central colocou US$ 1,28 bilhões de US$ 2,5 bilhões ofertados no leilão à vista.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 sobe 49 pontos-base a 6,09%, DI para janeiro de 2023 dispara 70 pontos-base a 7,10% e DI para janeiro de 2025 também sobe 70 pontos-base a 8,12%, acionando limite de negociação.
O número de casos do coronavírus superou 125.000 um dia depois da declaração de pandemia feita ontem pela OMS. O petróleo tem 2ª queda seguida e WTI chega a US$ 30 na mínima; metais têm baixa expressiva em Londres.
O Banco Central Europeu (BCE) aprovou novas medidas de estímulo para ajudar a economia da zona do euro em meio à pandemia de coronavírus, mas manteve as taxas de juros.
A autoridade monetária informou que vai oferecer novos empréstimos aos bancos, oferecerá instrumentos de liquidez previamente acordados a taxas ainda mais favoráveis e aumentará temporariamente a compra de ativos.

Indicadores econômicos

A decisão do Banco Central Europeu (BCE) que se reúne às 9h45 em Frankfurt, será determinante na resposta que a autoridade monetária da Zona do Euro dará à crise do coronavírus. Itália e Alemanha devem entrar em recessão por causa da pandemia, que também ameaça as economias francesa e espanhola.

FONTE: infomoney.com.br

Circuit Breaker 2020: as lições aprendidas no pior dia da Bolsa no século


Na última segunda-feira (9), o Ibovespa teve o circuit breaker acionado após a queda de mais de 10% no início do pregão, impulsionada pela derrocada dos preços do petróleo em meio ao imbróglio entre a Arábia Saudita e Rússia, dois dos três maiores produtores mundiais.
Para falar a respeito, o time do Stock Pickers realizou um episódio especial ao vivo para discutir os aprendizados com o primeiro circuit breaker de 2020. O convidado para a roda de conversa foi Francisco Utsch, diretor de investimentos da Kiron Capital. Ele tem cerca de 16 anos de experiência no mercado de ações.
“A gente vinha do ano passado muito positivo para bolsa. Vimos o S&P500 subir 30%, empresas de tecnologia também subindo e o próprio Ibovespa subiu cerca de 30%. Fazia tempo que não via um ano, que não fosse após um crash, com um movimento tão forte. E dentro desse tipo de movimento é normal ter exageros, e geralmente o mercado acerta a direção, mas erra a intensidade e nosso trabalho é tentar garimpar as oportunidades”, afirmou Utsch.
O gestor está otimista para os próximos anos e contou como a Kiron lidou com a turbulência que o mercado enfrentou.
“A primeira coisa que fizemos foi limpar o caixa. Usamos tudo, que não era muito. Viramos fevereiro para março, depois do CoronaDay, 97% comprados mais ou menos. Mas apostamos em nomes específicos, como a Azul”, diz.
Segundo ele, sempre que existe um choque muito grande, seja de câmbio, commodity, algo que pode balançar muito a estrutura do mercado, o mais importante ao olhar para a empresa que será comprada é se ela vai sobreviver na hora que a coisa normalizar.
“Não se sabe quanto tempo demora, então é preciso ter certeza que a companhia ficará de pé depois. Todas as empresas que aumentamos a posição, ou elas não tinham problema de alavancagem ou achamos que valia o risco”, explica.
Utsch acredita que também é fundamental se manter alinhado ao fundamento operacional mesmo em dias turbulentos. “Ao olhar a dinâmica da empresa que vamos aumentar a posição, precisamos enxergar um negócio que vai continuar crescendo significativamente, que tem uma trajetória de expansão de margem e de resultados. Não adianta só estar barato se o fundamento não está tão bom. Isso porque ao longo do tempo, se o contexto negativo se estende, é uma posição que vai ficando incômoda”.
Ele afirma que o ideal, se o gestor tem uma carteira bem montada, é querer comprar mais da ação, se ela cair 20% ou 30% – porque está barato. “Quando uma ação está caindo 20% ou 30% e você quer vender, errou a tese. Algum pilar do racional de investimento não se concretizou”, diz.
Além disso, ele conta que durante o pregão do circuit breaker teve que tomar uma decisão difícil.
“Usamos o caixa todo, mas ainda tinha algumas posições que queríamos estar comprados. Então, tivemos que tomar a decisão difícil de vender alguns papeis que gostamos, para comprar outros que gostamos ainda mais. É uma situação complicada porque eventualmente nessa troca de ativos é possível se perder no meio do caminho e fazer um mau negócio, principalmente porque a volatilidade é grande e não tem como saber o parâmetro de onde os preços vão se estabilizar”, afirma.
Por isso, segundo ele, é tão importante estar confortável com os fundamentos da empresa. “Para não ter erro, aposte em empresas que você conhece, que já tem a lição de casa feita ou que consegue fazer rapidamente durante o pregão”.

Petróleo, dólar e coronavírus: pode ficar pior?

No contexto desse pregão em especial, uma série de fatores estavam envolvidos e nenhum operando no terreno positivo: uma questão geopolítica entre Arábia Saudita e Rússia, o dólar disparando e sem saber o próximo ponto de alcance da epidemia do coronavírus.
O desafio de muitos gestores é entender se o momento é propício para colocar mais dinheiro ou se o ciclo acabou é hora de “fugir para as colinas”.
Para Utsch é preciso pensar nisso o tempo todo e ser flexível caso perceba que os movimentos estão mudando. “Mas por enquanto não achamos que houve uma mudança desse cenário. O câmbio me dá um pouco mais de frio na barriga pelo potencial impacto inflacionário. O que poderia quebrar esse potencial do Brasil, seria acabar com o ciclo de redução de juros e eventualmente entrar para um ciclo de elevação de juros. É um ponto de atenção”, diz.
“A questão do petróleo, pela primeira vez, vamos viver algo que acontece em países desenvolvidos como nos EUA, é ter uma queda no petróleo e isso ser repassado para a população. Porque na prática, se isso realmente acontecer, você tira dinheiro das petroleiras e passa para o bolso do consumidor brasileiro. Pode ser algo positivo. E sobre o coronavírus, é difícil prever o tamanho do impacto. Mas cada vez mais vejo que será um impacto de curto prazo. Não dá para afirmar, mas acho que é choque pontual”, diz.


FONTE:  infomoney.com.br

Em escalada, Arábia Saudita anuncia elevação da produção de petróleo em 25%


A Arábia Saudita intensificou a guerra de preços do petróleo com a Rússia na terça-feira. A petroleira estatal saudita se comprometeu a fornecer um recorde de 12,3 milhões de barris por dia no próximo mês, um grande aumento da produção para inundar o mercado.
O salto da produção, de mais de 25% em relação ao mês anterior, coloca a oferta da Aramco acima de sua capacidade máxima sustentável. Isso indica que o reino decidiu usar até seus estoques estratégicos para despejar o máximo de petróleo no mercado e o mais rápido possível. Em fevereiro, a Arábia Saudita produziu cerca de 9,7 milhões de barris por dia.
É a mais nova manobra do que deve ser uma longa e amarga guerra de preços entre Rússia e Arábia Saudita. Na segunda-feira, os preços de referência do petróleo caíram mais de 20%, a maior queda intradiária desde a Guerra do Golfo em 1991, o que criou um caos nos mercados globais de ações e títulos.
O governo da Rússia respondeu em minutos ao que parecia uma guerra de palavras. Alexander Novak, ministro de Energia do país, disse que a Rússia tinha capacidade de aumentar a produção em 500 mil barris por dia. Isso colocaria a produção da Rússia potencialmente em 11,8 milhões de barris por dia, um recorde.

“Não podemos aumentar imposto neste momento”, diz Mourão sobre crise do petróleo


O presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse nesta segunda-feira, 9, que o governo não deve aumentar impostos como forma de compensar os efeitos da queda do preço do petróleo porque a crise é “transitória”.
“Não podemos adotar imposto neste momento. Há uma carga que vale um terço do nosso PIB. Eu particularmente não vejo possibilidade de aumento de impostos”, disse Mourão, ao chegar ao Palácio do Planalto. “A gente sabe que (a crise do preço do petróleo) também é transitória. Vamos ver qual a reação a Petrobras vai colocar”, afirmou.
Os preços dos contratos do petróleo recuavam ao redor de 20% nesta segunda-feira, depois que a Arábia Saudita cortou o valor de venda do barril e indicou o início de uma guerra de preços entre os grandes produtores. Na abertura dos negócios no mercado asiático, ainda no noite de domingo (horário de Brasília). O preço do petróleo do tipo Brent chegou a recuar 31%, no maior tombo desde a Guerra do Golfo, no início dos Anos 1990.
A decisão da Arábia Saudita vem na esteira do fracasso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia sobre o tamanho da produção da commodity.
A Rússia se opôs ao corte de produção sugeridos pela Opep para estabilizar os preços da commodity em meio à epidemia de coronavírus, que desacelera a economia global e afeta a demanda por energia.
Na avaliação do sócio fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, a queda brusca dos preços do petróleo pode levar o Brasil para dois caminhos: a Petrobras pode reduzir o preço da gasolina e do diesel, mas com o risco de inviabilizar o etanol, ou o governo pode aumentar a incidência da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis para preservar a geração de receita da estatal.
Desde a greve dos caminhoneiros, a Cide está zerada para o diesel. Na gasolina, a cobrança é de 10 centavos por litro.
Mourão disse que a atividade global está caindo porque as pessoas estão deixando de trabalhar em decorrência das preocupações com o coronavírus. “Preocupa, mas é uma questão transitória.”
Os analistas do mercado financeiro reduziram, pela primeira vez, a estimativa de crescimento da economia brasileira para um patamar abaixo de 2% neste ano, informou nesta segunda-feira o Banco Central, por meio da pesquisa Focus.

FONTE: Infomoney.com.br

Dólar opera volátil ante o real de olho em atuação do BC

O dólar mostrava volatilidade nesta sexta-feira, oscilando entre territórios positivo e negativo em relação ao real, com os investidores atentos à atuação do Banco Central no câmbio depois da disparada da moeda norte-americana por 12 dias consecutivos, a sucessivas máximas recordes.
Nesta sessão, o Banco Central realizou leilão de 40 mil contratos de swaps tradicionais, vendendo o total da oferta de 2 bilhões de dólares, dobrando a oferta em relação aos três leilões de até 20 mil contratos cada que aconteceram na quinta-feira.
A medida extraordinária veio depois do salto do dólar por 12 sessões seguidas, renovando sua máxima recorde para fechamento nas últimas dez. Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 1,54%, a 4,651 reais na venda.
"Há uma pressão de fora, e por isso o BC está fazendo leilão, injetando liquidez no mercado", disse Marcos Trabbold, operador de câmbio da B&T Corretora. "Não está surtindo efeito no momento, mas pode ser que essa medida ajude a aliviar a pressão sobre o real."
Às 10:11, o dólar recuava 0,12%, a 4,6456 reais na venda, e chegou a tocar a máxima histórica de 4,6730 reais apesar das intervenções do Banco Central. O principal contrato futuro da moeda norte-americana tinha ganho de 0,77, a 4,6515 reais.
Em nota, a corretora Commcor disse que "analistas continuam o debate de que apenas uma atuação mais forte e continuada pode tornar a moeda (real) menos frágil".
No exterior, o dólar perdia 0,87% em relação a uma cesta de moedas fortes, sendo derrubado pelo avanço do euro e do iene japonês. Uma onda renovada de aversão a risco impulsionava a divisa dos EUA em cerca de 0,8% contra o rand sul-africano e em 2,3% contra o peso mexicano.
Distritos financeiros de cidades no mundo todo começaram a ficar vazios e bolsas de valores caíam nesta sexta-feira à medida que o número de infecções por coronavírus se aproximava de 100 mil, levantando temores cada vez maiores sobre os danos econômicos causados ​​pelo surto.
Enquanto isso, investidores aguardavam dados sobre o emprego fora do setor agrícola nos Estados Unidos, que serão divulgados às 10h30. Os mercados buscam uma sinalização sobre o mercado de trabalho norte-americano, que pode ser crucial para a maior economia do mundo em meio à crise de saúde.


FONTE: .investing.com

Apreensão sobre coronavírus mantém volatilidade e Ibovespa recua

A bolsa paulista operava em queda nesta quinta-feira, em linha com os pregões na Europa e índices acionários norte-americanos, em meio à volatilidade gerada pelas incertezas sobre o efeito do surto de coronavírus na atividade econômica global.
Na cena corporativa os destaques estão na troca de comando da resseguradora IRB Brasil (SA:IRBR3) RE, afetada por crise de confiança, e resultado trimestral da CSN, com lucro acima do esperado pelo mercado, além de evento da Ultrapar com analistas e investidores.
Às 12:24, o Ibovespa caía 1,65%, a 105.458,97 pontos. O volume financeiro somava 6,9 bilhões de reais.
"No atual estágio do ciclo, será difícil de explicar ou prever todos os movimentos do mercado", afirmou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, em nota a clientes, avaliando que a dinâmica dos mercados parece muito com uma de fim de ciclo ou de crise econômica e/ou financeira.
"Este ainda não é o cenário base, mas seria extremamente arrogante de minha parte ignorar estes sinais", afirmou, acrescentando que as perspectivas para o crescimento global, assim como o avanço do coronavírus, vetores intimamente ligados, devem dar o tom do humor global a risco.
O aumento da incerteza do cenário externo, combinado com a perspectiva de menor crescimento no Brasil, fez a XP Investimentos cortar previsão para o Ibovespa no final 2020 de 140.000 para 132.000 pontos, embora a estimativa para o final de 2021 tenha sido mantida em 140.000.
"Vemos impactos negativos no curto prazo para a bolsa brasileira, tanto em potencial impacto nos lucros quanto no múltiplo de avaliação (Preço/Lucro)", afirmou o estrategista-chefe, Fernando Ferreira, em relatório enviado a clientes na noite de quarta-feira.


FONTE: investing.com

“BC deve relutar em reduzir os juros”, diz economista da FGV


Para José Júlio Senna, chefe do Centro de Estudos Monetários do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), não há garantia de que o corte de 0,5 ponto porcentual nos juros nos Estados Unidos, feito pelo Federal Reserve (Fed), tenha continuidade e o mais provável é que o Banco Central brasileiro não faça o mesmo na próxima reunião, nos dias 17 e 18 deste mês.
Com a redução, uma resposta aos impactos do coronavírus na economia, as taxas de juros americanas passaram para a faixa de 1% a 1,25%. Senna, que também foi diretor da Dívida Pública e Mercado Aberto do Banco Central (1985), diz acreditar que há limite para os cortes da Selic, os juros básicos, hoje em 4,25% ao ano.

FONTE: infomoney.com.br

Ibovespa reduz ganhos após discurso de Powell; dólar zera perdas


O Ibovespa reduz alta nesta terça-feira (3) depois do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fazer discurso explicando o corte de juros emergencial realizado hoje. Powell afirmou que está havendo uma revisão de todas as ferramentas disponíveis em política monetária, mas defendeu que as medidas tomadas hoje foram suficientes.
“O surto do vírus precisará de uma resposta de diversas frentes. Um corte de juros não vai resolver o problema na cadeia de oferta, mas vai acomodar as condições financeiras. É por isso que bancos centrais no mundo todo estão agindo nesse sentido”, explicou.
Mais cedo, o Federal Reserve cortou os juros americanos em 0,5 ponto percentual emergencialmente por conta do coronavírus. A taxa básica dos Estados Unidos está agora entre 1% e 1,25%.
“O coronavírus apresenta riscos crescentes para a atividade econômica”, afirmou o Fed em comunicado. “À luz desses riscos e de forma a dar suporte ao emprego e às metas de inflação, o Comitê decidiu hoje reduzir os juros em 0,5 ponto”, destacou o comunicado.
Às 13h34 (horário de Brasília) o Ibovespa subia 0,56% a 107.220 pontos e o dólar comercial volta a subir 0,11% a R$ 4,4914 na compra e a R$ 4,4919 na venda. O dólar futuro para abril registra leves ganhos de 0,31% a R$ 4,4975.
No mercado de juros futuros o contrato DI para janeiro de 2022 caía 18 pontos-base a 4,26%, o DI para janeiro de 2023 tinha queda também de 16 pontos-base a 4,88% e o DI para janeiro de 2025 perde 13 pontos a 5,80%.
Esse movimento do Fed foi a primeira atitude concreta tomada por um país do G-7 depois da teleconferência emergencial realizada hoje pelos membros do bloco. A conferência foi liderada por Powell e pelo secretário do Tesouro Americano, Steve Mnuchin.
Ao final da ligação, os ministros das Finanças das sete maiores economias do mundo disseram estar prontos e comprometidos a agirem mesmo com ferramentais fiscais onde for necessário para mitigar os impactos do coronavírus.
Mais cedo, a Austrália já havia reduzidos os juros para um nível recorde.

FONTE: infomoney.com.br