Apreensão sobre coronavírus mantém volatilidade e Ibovespa recua

A bolsa paulista operava em queda nesta quinta-feira, em linha com os pregões na Europa e índices acionários norte-americanos, em meio à volatilidade gerada pelas incertezas sobre o efeito do surto de coronavírus na atividade econômica global.
Na cena corporativa os destaques estão na troca de comando da resseguradora IRB Brasil (SA:IRBR3) RE, afetada por crise de confiança, e resultado trimestral da CSN, com lucro acima do esperado pelo mercado, além de evento da Ultrapar com analistas e investidores.
Às 12:24, o Ibovespa caía 1,65%, a 105.458,97 pontos. O volume financeiro somava 6,9 bilhões de reais.
"No atual estágio do ciclo, será difícil de explicar ou prever todos os movimentos do mercado", afirmou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, em nota a clientes, avaliando que a dinâmica dos mercados parece muito com uma de fim de ciclo ou de crise econômica e/ou financeira.
"Este ainda não é o cenário base, mas seria extremamente arrogante de minha parte ignorar estes sinais", afirmou, acrescentando que as perspectivas para o crescimento global, assim como o avanço do coronavírus, vetores intimamente ligados, devem dar o tom do humor global a risco.
O aumento da incerteza do cenário externo, combinado com a perspectiva de menor crescimento no Brasil, fez a XP Investimentos cortar previsão para o Ibovespa no final 2020 de 140.000 para 132.000 pontos, embora a estimativa para o final de 2021 tenha sido mantida em 140.000.
"Vemos impactos negativos no curto prazo para a bolsa brasileira, tanto em potencial impacto nos lucros quanto no múltiplo de avaliação (Preço/Lucro)", afirmou o estrategista-chefe, Fernando Ferreira, em relatório enviado a clientes na noite de quarta-feira.


FONTE: investing.com

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