Correndo por fora
Fatos & versões
Quem se distrair com o noticiário sobre os podres do Congresso ou com as atas do Copom vai perder o pé sobre o que espera a economia neste fim de 2009 e ao longo de 2010, marcado pela probabilidade elevada de fim da recessão em todo mundo. E eleição presidencial.Não se deve fiar nas aparências. É mais acessório que substantivo o esfarinhamento moral do Congresso. Ele é real, mas vem de longe. Não expressa um processo de expiação redentor dos pecados. É mais o resultado de outro capítulo do choque de forças pelo controle do poder, antecedendo, ou querendo influenciar, a decisão do eleitor.A necrose moral da política foi da Câmara. Mais atrás, do governo federal. Hoje, é do Senado, encurvado pela agonia do ex-presidente da República e senador José Sarney, tornado símbolo do "familismo, patriarcalismo e nepotismo", como diria Gilberto Freire, do que há de mais ordinário na política, embora o seu prontuário seja comum à vasta maioria dos políticos. De quem o apóia e de quem o acusa.As atas das reuniões do Banco Central sobre a taxa Selic são como bálsamo diante do odor acre exalado pela política, já que técnicas e, portanto, supostamente racionais. Mas esta última, referente à reunião que cortou a Selic para 8,75% na semana passada, não teve intenções florais. É o que a torna, tal como a política, um dado a mais a considerar, mas com o cuidado de não se superestimar o seu efeito real sobre o comportamento futuro da economia.Para o BC, como que enfastiado pela dieta da Selic desde o último pico de 13,75%, sua posição no início de janeiro, é hora de parar e ver como fica, ainda que reconheça que a "elevada ociosidade" da indústria, como diz a ata, "não deve ser eliminada rapidamente", o que limita as pressões inflacionárias para frente.Mais que isso: tem feito a inflação surpreender os analistas com variações mensais seguidas muito menores que o previsto. Caso em julho do IGP-M, a inflação da FGV fechada no meio de cada mês, que desinflou 0,43% em relação a junho, quando já recuara 0,10%. E do IPCA-15 também. A inflação oficial, medida pelo IBGE, variou 0,22% em julho, acumulando alta de 4,47% em doze meses pela primeira vez desde dezembro de 2007 abaixo da meta anual de 4,5%. Sua queda é constante, vindo de aumento de 0,59% em maio e 0,38% em junho.
Copom não deixa margem para mais cortes nos juros
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na quinta-feira pelo Banco Central (BC), confirmou o que o setor produtivo e o mercado esperavam: o ciclo de redução na taxa básica de juros da economia (Selic) terminou e o BC manterá uma postura mais cautelosa nos próximos meses. A ata mostra que na reunião, realizada nos dias 21 e 22, alguns membros do Copom já viam respaldo para manter a Selic em 9,25%, mas prevaleceu o consenso de que havia espaço para mais um corte. Assim, a taxa foi fixada em 8,75%. Na ata, o colegiado do BC destacou que há "defasagens importantes" entre as decisões e seus efeitos sobre a atividade econômica e na inflação. Os diretores do BC também citam que há incertezas no cenário básico de recuperação da economia e que o quadro contemplado no cenário básico deve contribuir para conter as pressões inflacionárias. Desde janeiro, o Copom cortou a Selic em 5 pontos percentuais.
Petrobras ficam em 8º em ranking
A Petrobras ficou em oitavo lugar no ranking das 300 maiores empresas globais, segundo levantamento feito pela consultoria Ernst & Young. O estudo teve como base o valor das ações no fim do primeiro semestre e mostra a recuperação dos papéis da Petrobras após o impacto da crise em 2008. No ano passado, a Petrobras havia ficado no 37º lugar do ranking. Segundo o estudo da consultoria, o valor de mercado da Petrobras subiu "significativamente", passando de US$ 95,9 bilhões para US$ 164,8 bilhões.Nos Estados Unidos, os papéis da Petrobras são negociados na Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) como ADRs (American Depositary Receipts, recibo de empresa estrangeira negociado no mercado americano). A valorização dos ADRs no primeiro semestre de 2009 foi de aproximadamente 67%, e de 64% para os recibos PBR (ações ordinárias) e PBRA (ações preferenciais), respectivamente.O primeiro lugar no ranking da Ernst & Young ficou com a Petrochina, que desbancou a americana Exxon Mobil. Outra petrolífera, a Royal Dutch Shel, ficou em décimo lugar. No último dia 9, a revista americana Fortune divulgou o ranking deste ano das 500 maiores companhias do mundo, no qual cinco empresas brasileiras entraram: Petrobras, Vale, Itaúsa (holding de participações do banco Itaú), Bradesco e Banco do Brasil. O critério para a elaboração do ranking foram as receitas globais das empresas no ano passado. A Petrobras ficou em 34º no ranking, com receitas de US$ 118,257 bilhões.As cinco empresas brasileiras que estão no ranking deste ano também estavam na lista de 2008 - a Itaúsa entrou no lugar do banco Itaú, já que ela agora é uma das controladoras e principal acionista do Itaú-Unibanco. O Bradesco é a segunda brasileira, na 148ª posição, seguido de perto pela Itaúsa (149º) e pelo Banco do Brasil (174º). A mineradora Vale fecha a participação das empresas brasileiras na 205ª posição.
Renda fixa: IR incide sobre aplicação na Bolsa
Contas do governo mostram piora no primeiro semestre
Com o desempenho desfavorável da arrecadação este ano, a economia da União, dos Estados e dos municípios para pagar os juros da dívida pública - o superávit primário - caiu 57% no primeiro semestre, em relação a igual período do ano passado. O superávit situou-se em R$ 35,3 bilhões, ante R$ 81,7 bilhões nos seis primeiros meses de 2008 e R$ 64,6 bilhões em período correspondente de 2007, conforme divulgado ontem pelo Banco Central (BC). Como no acumulado do ano o pagamento de juros foi de R$ 78,9 bilhões, restou um déficit de R$ 43,7 bilhões. Além disso, em 12 meses o superávit primário somou R$ 60 bilhões, equivalente a 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB), portanto abaixo da meta fixada pelo governo, de 2,5% no ano. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu, porém, que a meta de superávit primário será cumprida, sem uso do fundo soberano. Ele disse que, com a retomada da economia, a arrecadação aumentará e, assim, a situação fiscal vai ficar melhor. De acordo com o BC, a dívida líquida do setor público atingiu, em junho, o equivalente a 43,1% do PIB. Este indicador vem piorando: a dívida representava 42,6% do PIB em maio e 41,4% em abril.
Dinheiro contado
Brasil tem a maior taxa de inadimplência em 9 anos
Apesar dos primeiros sinais de alívio da crise econômica e da redução nas taxas de juros, a inadimplência das empresas e dos consumidores brasileiros subiu pelo sétimo mês consecutivo e chegou a 5,7% das operações de crédito em junho, informou ontem o Banco Central. Esse é o maior índice da atual série histórica, iniciada em junho de 2000. O resultado deveu-se principalmente aos atrasos de pagamentos superiores a 90 dias por parte das empresas, segmento no qual a taxa foi a 3,4%. O percentual é o dobro do registrado antes do agravamento da crise e reflete a dificuldade das empresas na rolagem de empréstimos bancários. No caso das pessoas físicas, a inadimplência é bem mais elevada (8,6%), porém não evoluiu de um mês para o outro. O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, afirmou que a perspectiva é de estabilização da taxa geral no curto prazo. O estoque total das operações de crédito no País cresceu 1,3% em junho, para R$ 1,278 trilhão, ou 43,7% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 43,2% em maio. A taxa média de juros cobrada pelo sistema financeiro caiu para 36,7% ao ano. Juros médios do sistema financeiro são os mais baixos desde dezembro de 2007
Apesar dos primeiros sinais de alívio da crise econômica e da redução nas taxas de juros, a inadimplência das empresas e dos consumidores brasileiros subiu pelo sétimo mês consecutivo e chegou a 5,7% das operações de crédito em junho, informou ontem o Banco Central. Esse é o maior índice da atual série histórica, iniciada em junho de 2000. O resultado deveu-se principalmente aos atrasos de pagamentos superiores a 90 dias por parte das empresas, segmento no qual a taxa foi a 3,4%. O percentual é o dobro do registrado antes do agravamento da crise e reflete a dificuldade das empresas na rolagem de empréstimos bancários. No caso das pessoas físicas, a inadimplência é bem mais elevada (8,6%), porém não evoluiu de um mês para o outro. O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, afirmou que a perspectiva é de estabilização da taxa geral no curto prazo. O estoque total das operações de crédito no País cresceu 1,3% em junho, para R$ 1,278 trilhão, ou 43,7% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 43,2% em maio. A taxa média de juros cobrada pelo sistema financeiro caiu para 36,7% ao ano.
Brasil foi bem no teste da crise
Consumidor livre de energia já responde por 25% do mercado
O ingresso do Paraguai no mercado livre de energia do Brasil anima os defensores de uma maior abertura comercial do setor elétrico nacional. Comprar eletricidade para uso residencial - da mesma forma como se adquire créditos para celular pré-pago -, ou trocar de fornecedor sempre que encontrar energia com preços e garantias mais atraentes são práticas adotadas há anos em países desenvolvidos, graças às novas tecnologias e a legislações mais flexíveis. O presidente da Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), Paulo Pedrosa, defende a prerrogativa, sob o argumento de que "o consumidor brasileiro tem o direito de buscar soluções de mercado, que resultem em mais competição, transparência e eficiência do sistema elétrico". Pedrosa não tem dúvida de que o País está maduro para consagrar o mercado livre de energia, a exemplo do ocorrido na telefonia móvel. Ele sublinha que consumidores livres de energia do Brasil já respondem por 25% (120 mil megawatts médios) do mercado total de energia elétrica. "Nos últimos dez anos, o mercado amadureceu bastante e se diversificou", diz Pedrosa.
Disparam as vendas na internet
A entrada do Wal-Mart e Casas Bahia, junto com o fortalecimento das operações do Ponto Frio, Extra e Magazine Luiza, aqueceram o mercado de vendas por meio da internet no primeiro semestre, levando o setor a registrar um crescimento de 25% no faturamento, segundo estimativa da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) e a e-bit, empresa de monitoramento de e-commerce.A retomada das condições de financiamento, a queda do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca e a agressiva política de preços no ambiente virtual também ajudaram a elevar o resultado. Os números da área vêm superando com larga margem os do varejo físico, setor que até maio cresceu 10,3% (último dado disponível).O desempenho das vendas na internet de janeiro a junho superou projeções iniciais das empresas de monitoramento que esperavam um faturamento bruto de R$ 4,5 bilhões (alta de 20%) mas já admitem que esse valor poderá atingir, pelo menos, R$ 4,75 bilhões (25%). "A concorrência e o ingresso de novas empresas estimularam as vendas no canal internet", destaca o diretor executivo camara-e.net, Gerson Rolim. Segundo pesquisa da e-bit, a intenção dos consumidores em adquirir produtos na internet no terceiro trimestre é a maior para este período do ano desde 2006, quando o levantamento passou a ser realizado.O diretor-geral da e-bit, Pedro Guasti, destaca que o aumento das vendas dos produtos da linha branca contemplados pela redução do IPI proporcionou à categoria subir da quinta para a terceira colocação no número de pedidos por meio da internet, desde que a medida entrou em vigor em abril. Ele acrescenta que a retomada das condições de crédito ao longo do primeiro semestre levou as empresas a ampliar o número de parcelas nos financiamentos.Rodrigo PetryDa agência Estado
Aentrada do Wal-Mart e Casas Bahia, junto com o fortalecimento das operações do Ponto Frio, Extra e Magazine Luiza, aqueceram o mercado de vendas por meio da internet no primeiro semestre, levando o setor a registrar um crescimento de 25% no faturamento, segundo estimativa da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) e a e-bit, empresa de monitoramento de e-commerce.A retomada das condições de financiamento, a queda do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca e a agressiva política de preços no ambiente virtual também ajudaram a elevar o resultado. Os números da área vêm superando com larga margem os do varejo físico, setor que até maio cresceu 10,3% (último dado disponível).O desempenho das vendas na internet de janeiro a junho superou projeções iniciais das empresas de monitoramento que esperavam um faturamento bruto de R$ 4,5 bilhões (alta de 20%) mas já admitem que esse valor poderá atingir, pelo menos, R$ 4,75 bilhões (25%). "A concorrência e o ingresso de novas empresas estimularam as vendas no canal internet", destaca o diretor executivo camara-e.net, Gerson Rolim. Segundo pesquisa da e-bit, a intenção dos consumidores em adquirir produtos na internet no terceiro trimestre é a maior para este período do ano desde 2006, quando o levantamento passou a ser realizado.O diretor-geral da e-bit, Pedro Guasti, destaca que o aumento das vendas dos produtos da linha branca contemplados pela redução do IPI proporcionou à categoria subir da quinta para a terceira colocação no número de pedidos por meio da internet, desde que a medida entrou em vigor em abril. Ele acrescenta que a retomada das condições de crédito ao longo do primeiro semestre levou as empresas a ampliar o número de parcelas nos financiamentos.
PLC 125
Bolsa já subiu 44,47% no ano; dólar abaixo de R$ 1,90
BC reduz taxa básica de juros para 8,75% ao ano
Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aprovou ontem redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros da economia (Selic), de 9,25% ao ano para 8,75% ao ano, a menor da história. Desde o atual início de afrouxamento monetário, em janeiro, o BC já diminuiu a Selic em cinco pontos percentuais. Com o corte, a taxa real de juros baixou para 4,4% e assim o Brasil saiu da terceira para a quinta posição no ranking de países com os mais elevados juros reais no mundo. Representantes da indústria e do comércio disseram que o corte deveria ser maior e defenderam a manutenção de novas reduções, o que o BC parece pouco propenso a fazer. Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, o freio no ritmo de abrandamento da política monetária é prematuro e equivocado. Ele destacou que a crise não foi superada e as condições da economia brasileira exigem um corte mais expressivo nos juros. A retomada do processo de valorização do câmbio, comentou, também demanda maior ajuste na Selic.
É pioneirismo mundial - Cirurgia cura diabates
A Faculdade de Medicina da Unicamp (SP) testa cirurgia capaz de curar diabetes. Em cinco operações, quatro pacientes se curaram e o quinto reduziu a dosagem de insulina em 80%. Segundo a Assessoria de Imprensa da Unicamp, na operação, há um desvio para que os alimentos não passem pela primeira parte dos intestinos. Com isso, aumenta a produção de uma substância, o GLP1, que estimula o pâncreas a produzir insulina. Estimativas recentes indicam que há cerca de 250 milhões de pessoas com diabetes em todo o mundo. Em 2025, este número deve chegar a 380 milhões. Só no Brasil, os estudos contabilizam 11 milhões de pessoas com a doença.
Fonte: J.C
Oi lança TV por assinatura no Rio
Lei seca
A Lei seca tem sido objeto de polêmica, com relação a sua constitucionalidade, o que não será objeto de abordagem aqui. Pretendo, sim, fazer uma reflexão sobre sua aplicabilidade, pois a finalidade da lei é revestida de nobreza quando tenta evitar ou reduzir as sérias e desastrosas consequências da união álcool/direção para prevenir os acidentes que tiram vidas humanas, em especial jovens mais arrojados e menos providos de responsabilidade. Certo é que a maior contribuição para a redução satisfatória das tragédias, decorrentes daquele esposamento, consiste na fiscalização regular e contínua, porém, nos liames da legalidade. Na hipótese, é ilegal, arbitrária e discriminatória, a forma de abordagem dos motoristas, por estar sendo violado o princípio da presunção da inocência. Ou seja, cidadão algum pode ter cerceado seu direito de exercer sua liberdade de locomoção, a menos que esteja cometendo flagrante delito, ou exista ordem judicial para sua privação do direito de ir e vir. Autoridades competentes e seus agentes não podem presumir que condutores de veículos, que não tenham praticado qualquer infração no trânsito, estejam alcoolizados. A abordagem deve ocorrer quando constatada prática de ilicitude. Portanto, infringido o Código Nacional de Trânsito, por qualquer veículo, tem-se, então, motivação, diante da violação de norma legiferante, justificando-se, aí sim, a abordagem, com exigência da apresentação de documentação, sendo viável, inclusive, a avaliação sobre eventual estado de alcoolismo do condutor, mas sem impor ao suspeito realização de prova, de qualquer natureza, contra si próprio, principalmente constrangendo-o na via pública. Após a lavratura do auto de infração, pela violação da norma de trânsito motivadora da abordagem, e entregue cópia ao infrator, constatado indício de alcoolismo no motorista, deverá ser ele conduzido à Delegacia policial para outros procedimentos que desaguarão no Judiciário, que julgará dentro dos princípios processuais. Inconcebível, sob o ponto de vista legal, são as medidas desmotivadas de abordagem, sem qualquer critério objetivo, mas, ao contrário, realizadas indiscriminadamente. Resta, ainda, destacar, que a fiscalização deve ser aplicada a todos que cometam infrações no trânsito, para, então, ser possível levantar suspeitas sobre motoristas alcoolizados, pois são muitos os que sóbrios são mais perigosos que alguns com pequena dosagem de álcool no sangue. O objetivo de qualquer legislação não é punir, mas, sempre, disciplinar, educar e vedar a prática de atos danosos à sociedade. Agindo dentro da legalidade, sem suspeitas sobre fins políticos ou escusos de medidas fiscalizadoras, ter-se-á, com certeza, a preocupação dos motoristas em cumprirem as regras de trânsito, evitando a ingestão de bebidas alcoólicas ou ingerindo-as comedidamente, para não se sujeitarem aos transtornos policiais e judiciais. Importa, ainda, destacar a obrigatoriedade do Poder Público em viabilizar transporte alternativo adequado para os que se privem dos automóveis particulares. É inconcebível que à noite cessem os serviços do Metrô, sejam reduzidos os horários de circulação dos ônibus, cujos motoristas não são regularmente fiscalizados, sem contar o péssimo estado dos táxis, que cobram bandeira dois, e são conduzidos por motoristas cada vez menos preparados. Por fim, pertine destacar que o bafômetro não é meio de prova irrefutável, muito menos contundente, dentre outros motivos porque sempre será questionada sua aferição. São, também, desconhecidos estudos científicos que asseverem ser a dosagem de álcool fixada na lei suficiente para caracterizar o estado de embriaguez. O desrespeito a qualquer prerrogativa dos cidadãos fará com que o Judiciário absolva os acusados que não tiveram respeitados seus direitos fundamentais e puna o fiscal transgressor. Repita-se, a fiscalização regular, contínua e dentro da legalidade, para coibir transgressões no trânsito, no regime democrático, não pode, em hipótese alguma, violar direitos indisponíveis.
Benedicto Abicair: Desembargador do TJ-RJ
Admirável mundo velho?
Copom deve reduzir taxa de juros para 8,75% ao ano
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve reduzir a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em 0,5 ponto percentual (p.p.), para 8,75% ao ano, na reunião que começa amanhã e termina quarta-feira, segundo analistas entrevistados pelo Jornal do Commercio e pela agência Bloomberg. Na última reunião, no início de junho, diminuiu a taxa para 9,25%, patamar mais baixo da história e pela primeira vez de um só dígito. Dos 21 analistas entrevistados, 20 disseram que o corte do Copom será de 0,5 ponto. Apenas um acredita que a Selic deve cair para 9% ao ano, com redução de 0,25 p.p. Alguns consideram que o correto seria o corte superar 0,5 ponto, porque, mesmo com a redução progressiva dos últimos meses, a taxa real de juro brasileira permanece entre as mais elevadas do mundo (4,64% ao ano). A opinião dominante, porém, é a de que, a partir de agora, a Selic cairá mais lentamente.
Reservas cambiais vão a US$ 209,5 bi e batem recorde
Petróleo, em alta, fecha acima de US$ 62
Embargos só em momento oportuno
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) exige que a parte apresente embargos no primeiro momento sob pena de não poder pedir mais que a instância superior corrija erro cometido pela instância anterior relativo a não-observância dos aspectos formais do processo - como regularidade de representação, tempestividade, pagamento de custas e depósito recursal, entre outros. A tese foi adotada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Segundo o ministro Ives Gandra Martins Filho, de forma inédita. De acordo com ele, o entendimento deve ser adotado em respeito aos princípios da preclusão e da celeridade processual. A avaliação é que depois que a Lei 9.957/2000 alterou o artigo 897-A da CLT e admitiu a correção de erro no exame dos pressupostos extrínsecos (ou genéricos) de recurso por meio de embargos de declaração, esta é a via para se fazer a correção. "Pelo princípio da preclusão, no primeiro momento em que a parte tiver de falar nos autos, deve levantar a matéria que cabe, naquele momento, ser questionada. Sei que é uma tese nova, mas, do contrário, estaríamos dando à parte a faculdade de escolher quando impugnar", explicou.A tese foi adotada pela Sétima Turma do TST em julgamento de recurso do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Governador Valadares (MG) contra a Empresa Valadarense de Transportes Coletivos Ltda. Ives Gandra Filho destacou que o entendimento prestigia a celeridade do processo, evitando idas e vindas dos autos entre as instâncias. "A permissão de que a correção seja feita por meio dos embargos declaratórios evita que o recurso suba à outra instância e retorne para que seja novamente julgado, afastado o pressuposto que teria sido equivocadamente exigido ou não observado", explicou o ministro. Nesse caso, específico, foi observado que o sindicato, apesar de ter apresentado embargos de declaração relativos à decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (Minas Gerais), não questionou a regularidade de representação processual (procuração) da empresa naquele momento. Só veio a fazê-lo no recurso de revista ao TST, quando argumentou que o recurso deveria ter sido declarado inexistente uma vez que a advogada que o assinou não deteria poderes para fazê-lo. Segundo a defesa do sindicato, o mandato que outorgou poderes à advogada foi subscrito por um suposto representante legal da empresa, cuja assinatura, ilegível, não foi acompanhada do necessário nome de quem tem poderes para tanto. "Não há como acolher a preliminar, na medida em que, diante do artigo 897-A da CLT, acrescentado pela Lei nº 9.957/00, os embargos de declaração constituem a via adequada e necessária para a correção de manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso, revelando-se obrigatória a sua oposição nessa hipótese", afirmou.
Bank of America eleva recomendação
fonte: Bloomberg News
Regulamentado o mandado de segurança
Taxas de juros caem pelo 50 mês seguido
A pesquisa de juros da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), referente ao mês de junho, mostrou queda das taxas pelo quinto mês seguido. De acordo com o coordenador do trabalho e vice-presidente da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a pesquisa mostra o retorno do crédito às condições anteriores a setembro de 2008, quando a crise econômica mundial se intensificou. Isso é observado, segundo ele, tanto no alongamento dos prazos dos financiamentos quanto na redução dos juros das operações de crédito. No que diz respeito ao financiamento à pessoa física, das seis linhas de crédito pesquisadas, duas ficaram estáveis: cartão de crédito e CDC-Bancos para financiamento de veículos. As outras quatro tiveram redução: juros do comércio, cheque especial, empréstimo pessoal (em bancos) e empréstimo pessoal (em financeiras).
Bovespa quase zera as perdas do mês
Dicas de Português
Leis & cia. podem ser substantivos próprios ou comuns. São próprios e, por isso, escritos com a inicial grandona, os textos que preenchem uma destas condições:1. estarem acompanhados do respectivo número: Lei 1.328, Decreto nº 15.613, Medida Provisória 310, Portaria nº 7.2. serem acompanhadas do nome: Lei de Diretrizes e Bases, Lei Antitruste, Medida Provisória das Mensalidades Escolares, Código Civil, Código de Trânsito Brasileiro.No mais, é tudo mixuruca. É mixuruca também o ato que perde a majestade na segunda, terceira, quarta, quinta e demais referências: Todos são iguais perante a lei. A medida provisória que dispõe sobre as mensalidades escolares tem merecido críticas de pais e alunos. Embora tenhamos lei que pune o racismo, persistem discriminações aqui e ali.
A referência a textos legais dá nó em fumaça. Ora aparece fileirinha de vírgulas. Ora o sinal não dá o ar da graça. "É capricho ou há regra?", perguntam advogados, estudantes e leitores. Há regra. Ela é simples como andar pra frente, tirar pirulito de criança, ou arrancar promessa de político.Guarde isto: se a referência obedecer à ordem crescente, dispense a vírgula. Caso contrário, dê-lhe passagem com banda de música e tapete vermelho: Inciso II do parágrafo 3º do artigo 5º da Constituição Federal. Constituição Federal, art. 5º, parágrafo 3º, inciso II.Dica 1: É importante não misturar as ordens. Siga do começo ao fim a crescente ou a decrescente. Dica 2: A data do texto também pede vírgula. Assim: O Decreto 15.613, de 29.4.04, autoriza… A Medida Provisória 45, de 6.6.93, determina...
Demissão na indústria em maio é a maior em mais de 8 anos
Nível de emprego no setor cai 0,5% em relação a abril e 6% na comparação com igual mês de 2008
As demissões na indústria automobilística e de bens de capital em São Paulo e Minas Gerais contribuíram para a redução do nível de emprego industrial em maio, que caiu 0,5% em relação a abril e 6% na comparação com igual mês do ano passado, na oitava queda consecutiva. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este ano o emprego na indústria acumula queda de 4,7% e, em 12 meses, de 1,1%. De acordo com Isabella Nunes, economista da Coordenação de Indústria do instituto, maio apresentou o pior cenário em mais de oito anos e ainda não há sinais de recuperação. A queda do emprego, na comparação com maio do ano passado, foi generalizada e atingiu as 14 regiões pesquisadas, além de 17 dos 18 segmentos estudados. As maiores pressões negativas ocorreram em São Paulo (-4,5%), Minas Gerais (-8,5%) e nas regiões Norte e Centro-Oeste (ambas com -9,6%). Em termos setoriais, os principais destaques negativos em relação a maio do ano passado vieram dos setores de vestuário (-10%), meios de transporte (-9,6%), produtos de metal (-11,3%) e máquinas e equipamentos (-9,1%).
4 disputam lugar de secretária da Receita afastada
CMN aprova juro menor para bens de capital
Pedidos de falência voltam ao nível anterior ao da crise
O número de pedidos de falência de empresas no primeiro semestre ficou praticamente igual ao de igual período do ano passado, antes do agravamento da crise econômica, mas permanece elevado. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, divulgado ontem, de janeiro a junho de 2009 foram registrados 1.169 pedidos de falência no País, praticamente equivalente ao total de 1.170 registrados em igual período de 2008. O número de falências decretadas, por sua vez, apresentou queda. Nos seis primeiros meses deste ano, foram 405 decretos, contra 482 em igual período do ano passado. Segundo os analistas da empresa de análise econômica Serasa, as empresas têm preferido a recuperação judicial à falência. Os dados mostram que os requerimentos de recuperação judicial somaram 391 eventos nos seis primeiros meses deste ano, acima dos 137 de igual período de 2008. Quanto às recuperações judiciais deferidas - fase intermediária do processo de recuperação - houve 256 ocorrências no acumulado de janeiro a junho de 2009, e 90 em igual intervalo do ano precedente. Houve, ainda, 43 recuperações judiciais concedidas no período, acima das seis concessões observadas nos seis primeiros meses de 2008.
Investidores voltam atenção para o mercado de escritórios
Vendas do varejo continuam crescendo, segundo Serasa
Empresas preveem faturamento maior
Os empresários brasileiros estão mais confiantes em uma recuperação dos negócios no terceiro trimestre, depois de uma relativa frustração com o faturamento obtido no segundo trimestre deste ano. Segundo pesquisa da Serasa Experian, 47,5% das empresas deverão rever, para cima, as estimativas de receita para o período de julho a setembro. O comércio é o setor mais otimista: 79% das empresas declararam que vão fazer revisão, para melhor, das receitas para o período. Por porte, o otimismo é maior entre as pequenas e médias empresas, já que 73% e 70%, respectivamente, farão uma revisão para cima. O levantamento mostra, contudo, que as companhias seguem cautelosas quanto aos investimentos. Apenas 22% dos empresários pretendem aumentar investimentos de julho a setembro. Outros 55% pretendem mantê-los nos níveis atuais.
Fonte: J.Commercio
Otimismo brasileiro continua nas alturas
Governo divulga lista de devedores
Veículos têm recorde de vendas
Classe média brasileira parou de crescer desde o ano passado
Balança comercial em junho tem o maior superávit em 30 meses
O superávit da balança comercial brasileira registrado em junho, de US$ 4,62 bilhões, foi o maior saldo mensal positivo verificado desde dezembro de 2006, quando a balança foi superavitária em US$ 5,05 bilhões. De acordo com os dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o saldo positivo do mês passado ficou 69,5% superior ao registrado no mesmo mês de 2008. No primeiro semestre, o superávit atingiu US$ 13,98 bilhões. De janeiro a junho deste ano, as exportações ficaram em US$ 69,95 bilhões e as importações chegaram a US$ 55,965 bilhões. Em relação ao câmbio, segundo levantamento realizado pela consultoria Economatica, o dólar perdeu 15,7% do seu valor frente ao real no segundo trimestre deste ano, o pior resultado da história desde o início do regime de câmbio flutuante no País, em 1999.
Aumentam as vendas dos supermercados
As vendas reais (descontada a inflação) dos supermercados cresceram 4,01% em maio, em relação a igual mês de 2008, e aumentaram 5,36% nos primeiros cinco meses do ano, em confronto com período equivalente do ano passado, segundo o Índice Nacional de Vendas, da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Ante o mês anterior, as vendas reais de maio caíram 4,12%, resultado já esperado pelo setor, pois a Páscoa, um grande motor de vendas, forma em abril uma base de comparação elevada. A Abras deverá rever oficialmente a projeção de crescimento do setor, que atualmente está em 2,5%. O presidente da entidade, Sussumu Honda, admite que o número seja revisado para algo acima de 5%. De acordo com ele, os consumidores brasileiros não diminuíram suas compras nos supermercados, apesar da retração da atividade econômica no fim do ano passado e no início deste ano.
Pobres trabalham o dobro dos ricos para pagar impostos
Ibovespa tem 37,06% de valorização no semestre
Embora com queda em junho, segundo trimestre foi o melhor desde 1997
Embora tenha fechado junho com queda de 3,25%, o índice Ibovespa - referência para o mercado acionário do Brasil -, encerrou o primeiro semestre com valorização de 37,06% e comportou o melhor segundo trimestre da bolsa brasileira desde 1997. O otimismo dos últimos três meses na Bovespa, que resultou em alta de 25,75% no período, perdeu força em junho por conta da saída de investidores estrangeiros - principais responsáveis pelo boom - e pela correção esperada após a forte valorização de diversos papéis, que chegaram a ultrapassar o preço-alvo no ano. Em junho, o Índice de Energia Elétrica (IEE), que concentra as ações do setor de energia, conhecidas como defensivas, pois são beneficiadas quando a aversão ao risco toma conta dos mercados, subiu 3,69%. No semestre, o IEE registrou alta de 33,66%. Nos primeiros seis meses do ano, o Ibovespa chegou a alcançar 55 mil pontos. Ontem, terminou o dia em 51.465 pontos. Ainda em junho, a cotação do dólar recuou 0,61% frente ao real.