Dólar emenda três dias de alta

Após fortes oscilações na sessão de ontem, o dólar comercial encerrou cotado a R$ 1,859 na compra, e R$ 1,861 na venda, acréscimo de 0,22%. É a terceira sessão em que a divisa norte americana se valoriza na semana. A moeda dos Estados Unidos bateu R$ 1,874 às 11h no mercado interbancário, e terminou na mínima. A taxa Ptax ficou em R$ 1,8662 para compra e R$ 1,867 para venda. A expectativa pelo leilão de compra do Banco Central ajudou a elevar a cotação. Depois da operação, contudo, a alta arrefeceu, seguindo a melhora nos mercados acionários. À tarde, o BC comprou dólares com a taxa de corte do leilão fixada em R$ 1,868. No turismo, o dólar ficou cotado a R$ 1,78 na compra, e R$ 1,92 na venda, avanço de 1,05%. Foi a primeira alta depois de fechar com o mesmo preço em quatro sessões consecutivas. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar pronto terminou a rodada valendo R$ 1,861, aumento de 0,38%. O giro financeiro foi de R$ 502.845 milhões, com 93 negócios realizados. O dólar viva-voz abriu a rodada cotado a R$ 1,865, e variou entre R$ 1,86 e R$ 1,875. Nos contratos futuros, o dólar foi negociado a R$ 1,859 para setembro; R$ 1,869 para outubro; R$ 1,879 para novembro. Para Estevão Garcia, professor da Veris Faculdades, a moeda americana tem subido porque se aproxima do fim do ano, quando aumentam as importações. "Quando chega perto da época do Papai Noel, as empresas começam a pagar as importações referentes aos meses de novembro e dezembro, o que implica diretamente no preço do dólar." Apesar disso, ele acredita que ainda há espaço para o dólar cair frente ao real. "O Brasil é a bola da vez. Se a temperatura e pressão continuarem normais, o País vai atrair ainda mais investimentos externos. Dentre os Brics (Brasil Rússia, China e Índia), ele é o melhor para se investir." Segundo o professor, o índice mais relevante da semana nos Estados Unidos foi o referente aos estoques de barril de petróleo, apresentados ontem, que vieram mais altos (os estoques) do que a expectativa do mercado. Dentre os fatos que, de acordo com Garcia, podem fazer com que a moeda oscile ainda mais, ele aponta que a reeleição de Ben Bernanke para a presidência do Federal Reserve (Fed, Banco Central americano) injetará ânimo nos investidores. "Ele conduziu bem a política monetária na crise. Isso tem sido muito bem visto pelos investidores, e dará confiança a eles para aplicarem em emergentes, em especial, no Brasil." Garcia prevê que a divisa dos Estados Unidos deverá oscilar entre R$ 1,80 e R$ 1,90 no curtíssimo prazo. "Um ou outro dia pode variar mais por intervenção do BC, mas essa é a tendência." O euro seguiu movimento contrário, e desceu em relação ao real. O comercial encerrou ao preço de R$ 2,647 na compra, e R$ 2,65 na venda, declínio de 0,3%. No turismo, a divisa europeia encolheu 1,06%, a R$ 2,50 para compra, e R$ 2,80 para venda. Internacional. O dólar manteve-se em alta ontem diante de praticamente todas as moedas. Às 17h30 de Brasília, o euro caía 0,36%, para US$ 1,424. A libra esterlina cedia 0,56% frente à moeda americana (US$ 1,624). A libra chegou a tocar a mínima de US$ 1,6162 durante o dia - menor nível desde julho - em meio a receios com a saúde fiscal do Reino Unido, segundo analistas. Em relação à divisa do Japão, no mesmo horário, o dólar subia 0,03%, a 94,20 ienes; ante o franco-suíço se mantinha estável a 1,068 francos suíços. Já o euro valia 133,935 ienes, menos 0,23% do que na terça-feira. Na paridade com a moeda da China, o dólar perdeu 0,01% no dia, cotado a 6,8311 yuans.
Fonte: BC

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