Ibovespa sobe, apesar da cautela generalizada

A Bovespa teve uma sessão bastante volátil, sobretudo na parte da manhã, quando o índice demorou a decidir se subia ou se descia. Firmou-se em alta, ampliada no final quando as bolsas norte-americanas também devolveram as perdas. O Ibovespa subiu 0,6%, fechando aos 57.765,69 pontos. Apesar de a maioria dos indicadores divulgados ontem ter surpreendido favoravelmente, os investidores estão ressabiados em assumir novas posições compradas e têm preferido a cautela a avançar. A alta do mês atinge 5,48%. Em 2009, a alta alcança 53,84%. Ontem, o índice registrou, na mínima, pontuação de 57.106 pontos (-0,55%) e, na máxima, 57.791 pontos (+0,64%). O giro financeiro totalizou R$ 4,940 bilhões. Petrobras ON caiu 0,6% (R$ 39,87) e PN, 0,18% (R$ 33,17). Vale recuou 0,27% na ON (R$ 37,58) e fechou estável na PNA(R$ 33,40). Gerdau PN perdeu 0,49% (R$ 22,30), Metalúrgica Gerdau PN recuou 0,07% (R$ 27,75) e CSN ON terminou com desvalorização de 0,43% (R$ 50,69). O setor bancário, por outro lado, subiu. O Banco Central divulgou ontem que as operações de crédito no sistema financeiro tiveram expansão de 2,6% em julho na comparação com junho. Bradesco PN avançou 1,64% (R$ 30,90) e BB ON, 1,47% (R$ 26,30). Juros. A sessão foi de poucos negócios e ao término da negociação normal na BM&F o DI janeiro de estava na mínima de 9,66%, abaixo do fechamento (9,69%) ontem. O DI janeiro de 2012 recuava a 11,00%, de 11,05% no fechamento anterior. Ásia. A maioria dos mercados da Ásia se recuperou ontem dos maus resultados registrados na véspera. Os fortes indicadores econômicos divulgados na terça-feira nos EUA ajudaram algumas bolsas da região, enquanto na China os caçadores de pechinchas impulsionaram as cotações. O índice Nikkei 225 da bolsa de Tóquio atingiu a maior pontuação do ano, ajudado pelos números positivos sobre a confiança do consumidor e sobre o preço de residências nos EUA. Os dados puxaram para cima as ações das empresas de transporte marítimo e outras ações sensíveis à economia global. O Nikkei 225 avançou 1,4% e fechou aos 10.639,71 pontos, o maior nível desde 6 de outubro. "Há esperanças de novos ralis, graças aos sinais de recuperação da economia, mas precisamos ver mais sinais de melhora nos gastos do consumidor", comentou o estrategista Kenichi Hirano, da corretora Tachibana Securities. Hirano disse que o Nikkei pode atingir a resistência em 11 mil pontos nos próximos dias, dependendo de como saírem indicadores econômicos como o índice de preços ao consumidor do Japão.A bolsa de Hong Kong fechou praticamente estável. O declínio nas ações dos bancos chineses ofuscou os efeitos dos ganhos no mercado de Xangai. O índice Hang Seng ganhou apenas 0,1%, e encerrou aos 20.456,32 pontos. As bolsas da China encerraram o dia em alta, lideradas pelas ações de companhias aéreas e de fabricantes de equipamentos. Houve forte presença de investidores em busca de ofertas de ocasião, após os declínios registrados na semana passada. O índice Xangai Composto subiu 1,8% e encerrou aos 2.967,59 pontos. O índice Shenzhen Composto avançou 2,8% e terminou aos 1.003,27 pontos. Air China, que mais do que dobrou seu lucro líquido no primeiro semestre, atingiu a alta limite diária de 10%. China Southern Airlines disparou 8,2% e China Eastern Airlines ganhou 5,1%. A bolsa de Taipé, em Taiwan, terminou novamente no vermelho, desta vez por causa das preocupações sobre a gripe suína. O índice Taiwan Weighted baixou 1,3% e terminou aos 6.719,21 pontos. O declínio foi liderado pelo setor de turismo. Na Coreia do Sul, o índice Kospi da bolsa de Seul fechou com o recorde de pontuação do ano, aos 1.614,12 pontos, após uma alta de 0,8%. Siderúrgicas, estaleiros e transportadoras marítimas ganharam terreno depois de terem ficado com desempenho abaixo das altas recentes da Bolsa. Posco avançou 2,3%, Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering saltou 4,5% e Hanjin Shipping ganhou 2,6%. LG Display ampliou sua valorização com uma alta de 3,6%, ainda sob influência do anúncio feito pela empresa na terça-feira de que assinou memorando de entendimentos para sua primeira fábrica de monitores de cristal líquido na China. Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney teve alta de 1,1%, fechando aos 4.454,5 pontos. Ganhos nos mercados americano e asiáticos ajudaram a manter a bolsa de Cingapura no terreno positivo pelo terceiro dia consecutivo. O índice Straits Times subiu 0,4% e fechou aos 2.628,43 pontos.Europa. As bolsas europeias perderam terreno ontem, interrompendo quatro sessões de ganhos, afetadas pelo fraco desempenho das ações das empresas de mineração e de petróleo e gás natural. Após marcar mais uma máxima anual no começo da jornada, o índice pan-europeu Dow Jones Stoxx 600 caiu 0,6% para 236,54 pontos. Na Grã-Bretanha, o índice FTSE 100 caiu 0,53% para 4.890,58 pontos, enquanto na Alemanha o índice DAX de Frankfurt perdeu 0,63% e fechou em 5.521,97 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,33% e fechou em 3.668,34 pontos.Os investidores realizaram lucros no setor de mineração. As ações da Rio Tinto fecharam em queda de 4% e as da Eurasian Natural Resources recuaram 1,2%. Entre os destaques positivos na Europa, as ações da Alcatel-Lucent ganharam 12% na jornada, em meio a rumores de que uma empresa chinesa teria feito uma proposta de compra pela companhia francesa. As ações do banco de investimentos francês Natixis deram um salto de 39% na Bolsa de Paris quando voltaram a ser negociadas nesta quarta-feira, após suspensão na terça-feira. O Natixis informou que seu banco controlador, o BPCE, garantirá ao redor de 35 bilhões de euros (US$ 50,1 bilhões) dos seus ativos após ter anunciado uma perda líquida mais limitada no segundo trimestre deste ano. Em Frankfurt, as ações da gigante seguradora alemã Allianz tiveram alta de 3,2%. As ações da cervejaria holandesa Heineken subiram 5,8%, após a empresa ter informado que seu lucro líquido saltou 20% no primeiro semestre para 489 milhões de euros (US$ 700 milhões), com uma receita 11% maior no período, para 7,14 bilhões de euros, após cortes de custos e outros fatores. Os papéis da francesa Suez Environnement tiveram alta de 11,5%.

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