'Não é bom momento para sair da bolsa', diz especialista

A queda de 8,08% do índice Bovespa, a maior perda da Bolsa desde a crise de 2008, ilustra bem o atual cenário econômico mundial, marcado pela forte aversão ao risco e grandes perdas no mercado. Mas de acordo com Georges Catalão, gerente de investimentos da Lecca, tradicional instituição financeira do Rio de Janeiro, é possível fazer boas escolhas na Bolsa e em outros tipos de investimento.Segundo o especialista, a recomendação para renda variável é não se desfazer de suas posições. “Pode parecer assustador ver seus investimentos sofrendo uma perda de 8% em um dia, contudo, não é a hora de sair. O Ibovespa abaixo dos 50 mil pontos está barato e a não ser que seja um caso de necessidade, o investidor não deve realizar esse prejuízo”, destaca Catalão.Mas para os investidores que não tinham posição em Bolsa e têm um perfil de risco que comporte esse tipo de investimento, o ideal é, de acordo com o analista, aproveitar esse momento para começar a investir. “É importante ter em mente que quando o mercado atinge esse nível de aversão a risco, os fundamentos são postos de lado, assim, é possível que o Ibovespa fique ainda mais barato do que está. No entanto, como ninguém consegue saber quando será o fim do movimento de baixa, seria prudente começar a comprar aos poucos.”. O gestor afirma que o ideal é aumentar exposição nas Blue Chips, ações de companhias de grande porte que apresentam alta percepção de qualidade, liquidez e ganhos.Renda fixaDe acordo com a posição do Banco Central de possivelmente interromper o ciclo de aperto monetário em decorrência da deterioração externa ou até mesmo dar início a um ciclo de redução de juros, outra opção para os investidores, segundo Catalão, é fazer posição em investimentos atrelados à inflação. Algumas opções são os fundos que fazem uma gestão ativa de NTN-Bs, que acompanham a variação acumulada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O executivo afirma que é momento também de investir em títulos de juros pós-fixado indexados ao CDI, como por exemplo, fundos de crédito privado. “É uma estratégia interessante, pois são ativos que apresentam desempenho superior ao CDI no longo prazo e com volatilidade similar. Mas é preciso checar quais taxas são mais atraentes”, garante Catalão.


Fonte: JC

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