Estrangeiros fogem da bolsa, que passa por forte queda

Mantega diz que o governo quer evitar bolha no mercado acionário e sobrevalorização do real.
Atingido pelo início da cobrança de 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas aplicações de estrangeiros em ações e renda fixa, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a cair 4,7% no começo da tarde de ontem. Muitos investidores tiraram dinheiro de ações para comprar dólares e remetê-los ao exterior - com isso, a moeda americana teve valorização de 1,87%. As perdas na bolsa, no entanto, foram amenizadas nas duas últimas horas do pregão, com investidores mais ousados aproveitando algumas pechinchas. O Ibovespa, assim, fechou em queda de 2,88%, aos 65.303 pontos, a baixa mais expressiva desde 22 de junho. O giro financeiro foi de R$ 8,92 bilhões. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o objetivo do governo com a decisão foi evitar excessos "de modo a não causar uma bolha na bolsa e nem uma sobrevalorização do real". O economista Márcio Garcia, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), um dos autores de um estudo sobre a ineficácia do controle de capital no Brasil nos anos 90, disse que a decisão vai limitar o crescimento da Bovespa, pois os investidores preferirão aplicar fora do País nos ativos que são negociados também nas bolsas estrangeiras, para não encarecer a aplicação.
Fonte: JC

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