O imbróglio dos juros nos EUA e na China


Não é à toa que qualquer rumor sobre alterações nas políticas monetárias nos Estados Unidos ou na China estremece os mercados. Apesar do repetitivo discurso de autoridades do banco central americano e do governo chinês, de que não ocorrerão mudanças drásticas tão cedo, cresce a desconfiança de que tal opção já estaria acarretando mais danos do que benefícios, no que se refere à consistência e sustentabilidade do crescimento econômico no planeta. Ganha corpo a corrente de economistas defensora da posição segundo a qual o estímulo monetário conduzido pelo Federal Reserve (Fed) já não é adequado ao momento. É consensual que, além de garantir uma enorme liquidez, as condições atuais estão mantendo as taxas de juros de curto prazo artificialmente baixas. Se bancos podem tomar empréstimos a menos de 1% no mercado interbancário e receber 4% aplicando em treasuries, ou 5% em títulos hipotecários garantidos pelo governo - emitiu-se US$ 1 trilhão desses papéis em 2009 -, porque eles se preocupariam em diversificar suas atividades? Considerando-se a alavancagem, o retorno sobre o capital investido nessas operações, tidas como de risco zero, é de 40% a 50%.
Fonte: JC

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