IBGE: produção industrial avança mais 1,5%


De acordo com dados divulgados há pouco pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial avançou 1,5% na passagem de janeiro para fevereiro deste ano. Se comparado a fevereiro de 2009, o avanço foi de 18,4%, terceiro resultado consecutivo de dois dígitos nesse tipo de confronto. Já a taxa anualizada, que é o acumulado dos últimos 12 meses, recuou 2,6%, o que representa uma redução no ritmo de perda.
Com o avanço de 1,5% registrado entre janeiro e fevereiro, e após o aumento de 1,2% no mês anterior, o patamar de produção industrial voltou a um nível próximo ao de maio de 2008.
Dos 27 ramos pesquisados, 15 apresentaram crescimento nessa comparação. Os destaques vão para a indústria farmacêutica (15,9%), seguida por edição e impressão (7,0%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (15,0%). Todos esses três setores haviam registrado queda na produção de dezembro para janeiro, de -6,4%, -5,0% e -6,8%, respectivamente. Vale destacar, também, as contribuições positivas de metalurgia básica (3,0%), máquinas e equipamentos (2,1%) e outros produtos químicos (1,5%). Em compensação, refino de petróleo e produção de álcool (-2,3%), vestuário e acessórios (-8,6%) e produtos de metal (-3,2%) foram os que apresentaram os piores índices.
Entre as categorias de uso, e ainda na comparação com o mês anterior, os bens de consumo semi e não duráveis foram os que apresentaram o maior crescimento (2,4%). O acumulado neste período foi uma expansão de 4,5%. Já a produção de bens de capital, que nos últimos meses praticamente não havia apresentado nenhuma alteração, avançou 1,7%. O setor de bens de consumo duráveis (0,7%) ficou positivo pelo segundo mês consecutivo, enquanto o de bens intermediários (-0,5%) foi o único a reduzir a produção na passagem de janeiro para fevereiro, interrompendo 13 meses de expansão, período em que acumulou ganho de 22,4%.
Com o avanço da atividade industrial em fevereiro, a média móvel trimestral, cresceu 0,8%, após ter ficado praticamente estável em janeiro (0,1%). O destaque ficou com a produção de bens finais, com crescimento acima da média: de 1,5% para bens de consumo semi e não duráveis, que manteve a sequência de taxas positivas iniciada em setembro de 2009, e de 1,0% para bens de consumo duráveis, que reverteu dois meses de queda. Os bens intermediários (0,8%) e os bens de capital (0,6%) também registraram taxas positivas e prosseguiram em trajetória ascendente.
Se formos comparar com fevereiro do ano passado, 24 dos 27 ramos pesquisados registraram crescimento na produção. O índice de difusão mostrou avanço em 72% dos 755 produtos investigados, o maior nível da série histórica, iniciada em janeiro de 2003, evidenciando um maior dinamismo no setor industrial e, ao mesmo tempo, refletindo uma base de comparação baixa.
Entre as atividades que avançaram, os maiores impactos positivos, por ordem de importância, vieram de veículos automotores (36,3%), máquinas e equipamentos (42,3%), metalurgia básica (35,9%), outros produtos químicos (26,7%), além de farmacêutica (51,9%), produtos de metal (44,5%) e indústrias extrativas (20,3%). Por outro lado, a contribuição negativa mais relevante veio de outros equipamentos de transporte (-12,7%), ainda pressionado pelo item aviões.
Fonte: JC

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