'Economist': Brasil ocupa espaço deixado por EUA na América do Sul


Artigo publicado nesta sexta-feira pela revista britânica The Economist diz que o Brasil tem ocupado o espaço deixado pelos Estados Unidos na América do Sul, embora os americanos mantenham "influência e interesse vital na região".
O texto analisa as relações entre os Estados Unidos e a América Latina e conclui que a política americana para a região tem sido prejudicada pelas disputas domésticas no Congresso americano e aberto espaço para outros atores. "O Brasil com frequência tem maior peso em grande parte da América do Sul", afirma o texto.
A publicação ressalta ainda que, no início do mandato, o presidente Barack Obama prometeu "uma nova era de parceria" entre as Américas. Mas o fato de Obama ter de lidar com "outras prioridades, tanto no exterior quanto em casa, e eventos na região, como o golpe de Honduras, reavivaram velhos debates".
A Economist também cita os Tratados de Livre Comércio firmados entre os Estados Unidos com a Colômbia e o Panamá, que aguardam aprovação do Congresso americano. "Assuntos que importam muito à América Latina - drogas, migração, comércio e Cuba - são hoje determinadas pela política doméstica" dos EUA, diz.
"Enquanto os EUA são afetados por disputas domésticas, a América Latina está mudando rapidamente. Uma década de crescimento econômico, comércio pulsante com a China, democracias mais fortes e o advento de governos de centro-esquerda têm ajudado a fazer a região mais assertiva", acrescenta.
"Em nenhum lugar isso é mais verdadeiro que no Brasil", diz a Economist, ressaltando, no entanto, a relação "distante e desconfiada" entre os dois países, citando a tentativa fracassado de Brasília de mediar a crise nuclear do Irã (sem apoio americano). A boa relação de Obama com Dilma Rousseff, no entanto, pode "construir laços mais estreitos" entre ambos, diz a revista.



Fonte:JB

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