Jornal norte-americano destaca que evento no Brasil foi o mais caro
de todos.
O jornal norte-americano Wall
Street Journal publicou uma matéria nesta terça-feira (27) afirmando que a
esperança do crescimento econômico brasileiro como resultado da Copa do Mundo
está indo embora. O texto lembra que agora somente 48% dos brasileiros são
favoráveis ao evento, sendo que em 2008 a aprovação era de 79%. Segundo a
reportagem, o gasto com a Copa foi o maior de todos - US$ 11.5 bilhões - e,
ainda assim, há uma lista de projetos não entregues. O autor afirma que isto é
consequência da intensa burocracia, corrupção e visão curta política que
prioriza grandes projetos em vez de necessidades como educação e saúde. A
matéria aponta que US$ 3,6 bilhões foram gastos na construção de estádios,
tanto quanto nas duas últimas Copas juntas. Além disso, os operários ainda
estariam correndo para terminar o trabalho. A maioria dos estádios está pronta,
mas as áreas em volta parecem canteiros de obras. Já as melhorias nos
aeroportos, estradas e outros projetos que prometiam beneficiar o país a longo
prazo não foram desenvolvidas. De acordo com a reportagem, os brasileiros estão
descontentes com as autoridades, mas não com a Seleção ou o torneio em si.
Quando a Copa começar, inclusive, empresas e escolas devem fechar no horário
dos jogos. O autor destaca que esta é a primeira Copa na qual manifestações são
uma preocupação. O país teria organizado uma segurança de 157.000 pessoas para
conter pequenos grupos que tentarão perturbar as partidas. O governo federal
argumenta que projetos como aeroportos eventualmente ficarão prontos e proverão
benefícios a longo prazo. O Brasil estima que a Copa irá gerar 380.000 empregos
e irá atrair 600.000 turistas estrangeiros. O evento deve injetar US$ 1,1
bilhão na economia, por meio da publicidade, linhas aéreas, hotéis e outros
gastos. Entretanto, há críticos que afirmam que os empregos são temporários e o
impacto na economia brasileira de US$ 2,2 trilhões será pequeno. O texto
recorda que a economia está no quarto ano de baixo crescimento.
Fonte: JB
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