Brasileiro tem baixo conhecimento sobre alternativas de investimentos.

Estudo da XP mostra que produto mais conhecido é a caderneta de poupança.

Meio mais tradicional para se investir, a caderneta de poupança é conhecida por 95% das pessoas. No entanto, outras formas que poderiam ser uma alternativa para o investidor ainda têm uma baixa disseminação, como é o caso dos clubes de investimento e as operações no mercado futuro. É isso que mostra um estudo da XP Investimentos que serviu para traçar um perfil do investidor brasileiro. Eduardo Glitz, sócio-diretor da área de Varejo da instituição financeira, afirma que o desafio para mudar esse quadro é criar produtos específicos, que atendam às necessidades de cada perfil. Para isso, ele conta com os cerca de 1500 assessores de investimentos associados à XP. – Precisamos entregar não só um produto que atenda a essas necessidade, mas também em uma linguagem própria. Uma coisa é o perfil de risco e outro é o comportamental, que é o que traçamos com esse estudo – disse. O perfil de risco é um relatório que os investidores devem preencher para que se saiba em que classe de risco se encontra. De acordo com Glitz, o estudo vai além, porque leva em conta também os anseios desse investidor. A pesquisa da XP foi feita com 730 investidores, sendo que era necessário ter uma renda mensal de no mínimo R$ 5 mil. – Fiquei surpreso com o dado sobre conhecimento dos investimentos. São pessoas com renda de no mínimo R$ 5 mil e que já possuem uma capacidade de investimento maior – afirmou o executivo. Além da poupança, são bem conhecidos pelos investidores os fundos de previdência privada e o investimento em imóveis (cada um sendo citado por 87% dos pesquisados) e os investimentos em ações, que são conhecidos por 83%. Também são bem conhecidos do públicos os seguros de vida, com 79%, os fundos de investimento (78%) e a renda fica (72%). Já os clubes de investimentos, foram citados por apenas 43% dos entrevistados, seguido pelas aplicações no mercados financeiro (46%), obras de arte e antiguidades (55%) e fundos imobiliários (56%).De acordo com Glitz, a partir dos dados do estudo, será possível ver o que cada grupo de investidor deseja e fazer a oferta correta do produto, além de tentar disseminar quais as alternativas de investimento disponíveis. Tudo isso, levando em conta qual o nível atual de cada cliente (volume e nível de diversificação) e o que eles aspiram para o futuro.
MANUTENÇÃO DO PATRIMÔNIO
A pesquisa revela que 80% dos entrevistados querem manter o patrimônio. Eles são chamados de “money savers” e possuem menor aversão ao risco, o que justifica a preferência e o maior conhecimento por instrumentos mais conservadores. O desejo de diversificar os investimentos, muitas vezes, esbarra nessa característica de manutenção do patrimônio. Já uma parcela menor, de 20%, é classificada como “money markers”, que são os investidores que querem elevar os seus ganhos e, assim, estão mais dispostos a tomar risco. Antes de mudar esse perfil, Glitz explica que é necessário que as pessoas adquiram o hábito de investir mensalmente. Nem metade dos entrevistados possui essa frequência. Segundo o levantamento, 48,4% costuma ou poderia investir ao menos uma vez mês por mês. – É um baita desafio incentivar as pessoas a terem planos de longo prazo. Em geral, quando as pessoas investem, tem algum objetivo – diz.




Fonte: O Globo

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