No primeiro
trimestre deste ano, PIB teve retração de 0,3%, informou IBGE. Ministério diz que,
após pacote econômico, recuperação deve começar.
O Ministério da Fazenda avaliou nesta
quarta-feira (1) que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro
trimestre deste ano, que registrou queda de 0,3% sobre os três meses
anteriores, confirmou que "teve continuidade a mais intensa recessão de
nossa história, a qual, dentre outros aspectos, gerou um contingente de 11
milhões de desempregados". "Nos próximos trimestres, entretanto, em
grande parte como consequência da implementação tempestiva de iniciativas
recentemente anunciadas, deve ter início o processo de recuperação da economia
brasileira", acrescentou o Ministério da Fazenda, por meio de nota à
imprensa. Segundo os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a retração do PIB nos três primeiros meses deste ano representou o
quinto recuo trimestral seguida da economia brasileira. Em 2015, a economia
brasileira "encolheu" 3,8% – o pior resultado em 25 anos.
Apesar da contração, foi o melhor resultado
nessa comparação desde o quarto trimestre de 2014, quando o PIB cresceu 0,2%.
Mas o dado está longe de ser bom, avalia o IBGE. “Melhora por enquanto não
houve até porque mesmo na margem a variação é negativa, mas é muito menor do
que havia antes porque meio que manteve o patamar de queda em relação ao
trimestre anterior”, explicou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do
IBGE. Pela lado da demanda, os investimentos e o consumo das famílias foram
destaque negativo: o primeiro com queda de 2,7%, e o segundo, de 1,7%. As
despesas do governo foram as únicas a registrar crescimento, de 1,1% frente aos
três meses anteriores. Na comparação com o primeiro trimestre de 2015, o
consumo das famílias sofreu um "tombo" de 6,3%. O indicador, que foi
um dos grandes impulsos para o PIB entre 2008 e 2011, completou oito trimestres
de queda nessa comparação. No acumulado em quatro trimestres, o recuo vem desde
o período de abril a junho do ano passado. Economistas ouvidos pelo G1 esperavam,
porém, queda maior do PIB no primeiro trimestre deste ano. "Teve uma
surpresa positiva, a gente tinha previsto uma queda de 0,8% no trimestre e de
6,1% no ano contra ano, então foi melhor do que a gente imaginava essa queda de
0,3% e 5,4%", disse Alessandra Ribeiro, diretora da área de macroeconomia
da Tendências Consultoria.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário