Maior acionista da Oi rejeita plano alternativo de recuperação judicial

Operadora está em recuperação judicial para tentar reestruturar dívida bilionária.

A Pharol SGPS, antiga Portugal Telecom e maior acionista da operadora Oi , disse nesta sexta-feira (27) que não apoiará nenhum plano alternativo de reorganização para a empresa que está em recuperação judicial, incluindo uma proposta feita pela Elliott.

A Pharol disse em comunicado à Reuters que só vai apoiar a proposta de reorganização da Oi que for aprovada pelo conselho de administração da operadora.

Os acionistas minoritários da companhia consideram que a proposta de recuperação atual favorece os controladores da empresa e tentam aprovar planos alternativos.

Proposta de dezembro

Um grupo de credores da Oi apoiados pelo bilionário egípcio Naguib Sawiris revelou em dezembro uma proposta alternativa para a recuperação judicial do grupo de telecomunicações Oi.

O plano previa que os credores assumiriam o controle da Oi em uma operação de troca de dívida por ações na qual R$ 24,82 bilhões em dívida seria trocada por 95% do patrimônio líquido da Oi.

Em seguida, o grupo faria um aumento de capital, que pretendia levantar US$ 1,25 bilhão em dinheiro novo para a Oi, assumindo imediatamente o controle da companhia brasileira. A dívida restante da companhia seria trocada por R$ 5,8 bilhões em novos títulos.

Recuperação judicial

Maior operadora de telefonia fixa do país e quarta maior de telefonia móvel, junto com suas seis subsidiárias, a Oi fez o maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil em 20 de junho, com uma dívida estimada em R$ 65,4 bilhões.

A Oi apresentou seu plano de recuperação judicial à Justiça do Rio em 5 de setembro. A proposta desagradou os credores da empresa, que consideram que ela favorecia os acionistas majoritários. Hoje o principal acionista individual da Oi é a Pharol SGPS, a antiga Portugal Telecom, empresa que tentou uma fusão com a Oi e a formação de um grupo internacional de telecom.

Desde então, um grupo de detentores de dívidas da Oi emitidas no exterior, os chamados "boldholders" montou um comitê para estudar uma proposta alternativa para a empresa. Representado pela consultoria financeira Moelis & Company, o grupo reúne cerca de 70 instituições financeiras que detém mais de 40% dos títulos de dívida emitidos pela Oi.

Eles encontraram no bilionário egípcio um aliado, mas ainda precisarão convencer a Justiça e os demais credores de que seu plano é a melhor opção para a Oi.





Fonte: G1.

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