Melhora foi observada em todos os setores e todas regiões, segundo levantamento do Insper e banco Santander.
Os pequenos e médio empresários
vão começar 2019 mais otimistas com a economia brasileira. A confiança para o
primeiro trimestre subiu a 72,12 pontos, uma alta de 6,39% na comparação com o
último levantamento, segundo o Índice de Confiança dos Pequenos e Médios
Negócios (IC-PMN) divulgado nesta quinta-feira (20).
O levantamento, conduzido pelo
Centro de Estudos em Negócios do Insper e pelo banco Santander, também
registrou o melhor resultado da série histórica, iniciada em 2009.
"Esse resultado revela a
combinação de duas coisas: o fim da incerteza eleitoral e os sinais de uma
postura mais pró-mercado do novo governo", afirma o professor do Insper e
pesquisador responsável pelo levantamento, Gino Olivares.
"A transição também tem se
realizado de forma muito tranquila na área econômica, não há uma
descontinuidade de políticas. Todos esses fatores ajudam na percepção dos
empresários", diz o pesquisador.
Entre os empresários, a principal
expectativa com o governo de Jair Bolsonaro é de ocorra a continuidade da
agenda de reformas, sobretudo na área fiscal, a partir de 2019. O acerto das
contas públicas é considerado fundamental para que os investidores mantenham a
confiança na economia brasileira.
Em recortes detalhados, a
pesquisa também captou melhora na confiança em todos os setores da economia e
todas as regiões.
Entre os setores, a confiança é
praticamente a mesma:
- Indústria (73 pontos);
- Comércio (72,2 pontos);
- Serviços (71,5 pontos)
Por regiões, também há pouca
diferença no índice:
- Centro-Oeste (73,9 pontos);
- Norte (73,7 pontos);
- Sudeste (72,3 pontos);
- Nordeste (72 pontos);
- Sul (71,2 pontos)
"A melhora da confiança foi
bastante homogênea. Não é um fenômeno vinculado a apenas um setor ou região. O
país está com uma visão mais construtivista para 2019", afirma Olivares.
Câmbio
Com o otimismo renovado, a maior
parte dos pequenos e médios empresários espera um fortalecimento do real ante o
dólar. Segundo a pesquisa, 35,81% apostam numa forte valorização da moeda
brasileira e 30,56% em uma leve valorização.
"O câmbio funciona como uma
espécie de termômetro. Se o empresário fica otimista em relação ao que vai
ocorrer com a economia brasileira, ele espera uma valorização do real",
diz Olivares.
A pesquisa foi realizada por meio
de entrevistas telefônicas com 1333 pequenos e médios empresários de todo o
país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário