Bolsonaro rejeita ‘imposto do pecado’ proposto por Guedes


O presidente disse que a orientação é clara em seu governo: ''Não terá qualquer majoração da carga tributária''

O presidente Jair Bolsonaro descartou nesta sexta-feira o aumento de ''imposto do pecado'' que atingiria cerveja, fumo e doces, mencionado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Ao desembarcar em Nova Delhi, ao ser perguntado por jornalistas, Bolsonaro disse que a orientação é clara em seu governo: ''Não terá qualquer majoração da carga tributária''.


O presidente chegou a brincar, olhando diretamente para as câmara de televisão e dizer:

''Moro, aumentar imposto da cerveja não'', confundindo Guedes com o ministro da Justiça.
Na entrevista, Bolsonaro tinha dito pouco antes que não havia qualquer atrito entre ele com Moro e Guedes.

O presidente continuou dizendo que segue as opiniões de Paulo Guedes em 99%, mas que aumento de imposto para cerveja não.E tampouco para os outros chamados produtos do pecado. '

"Não tem como aumentar mais a carga tributária no Brasil. E todo mundo consome algo de açúcar todo dia", disse o presidente.

Imposto sobre produtos que "fazem mal para a saúde"
O ministro da Economia fez os comentários a respeito da possibilidade de criação de um “imposto do pecado” em conversa com jornalistas após encerrar sua participação no Fórum Econômico Mundial.

Guedes disse que pediu para sua equipe estudos a respeito do eventual novo tributo, que incidiria potencialmente sobre cigarros, bebidas alcoólicas e alimentos com adição de açúcar como refrigerantes, sorvetes e barras de chocolate, produtos “que fazem mal para a saúde” de modo geral, segundo o ministro.

“Eu pedi para simular tudo. Caso [as pessoas] queiram fumar, têm hospital lá na frente”, disse.

Guedes defendeu a inclusão de produtos como refrigerantes, sorvetes e chocolates na nova taxação. Ele usou o termo “imposto do pecado” para defendê-la, mas disse que a expressão é acadêmica (do inglês “sin tax”) e não tem juízo moral. “Não é nada de costumes, Deus me livre.”, afirmou.


FONTE: VALOR ECONÔMICO

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