Capacidade da indústria deve ser a maior dos últimos 8 anos

De acordo com a Sondagem de Investimentos da Indústria da Transformação, divulgada hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), a expansão de capacidade instalada prevista para 2010 é de 14,6%, em média, o maior percentual apurado nos últimos oito anos. Tal resultado foi calculado com base em dados colhidos durante os meses de janeiro e fevereiro de 2010 e o bom desempenho da demanda interna em 2009 foi considerado por 64% das empresas como uma influência positiva para a realização de investimentos. Para o triênio 2010-2012, a expansão de capacidade projetada ficou em 23,8%, superior à prevista no ano passado para o triênio 2009-2011, que havia sido de 21,2%, mas inferior à projeção feita em 2008, de 25,1%.
Os resultados da sondagem superaram as expectativas manifestadas no início do ano passado, quando apenas 51% das empresas acreditavam que a demanda interna seria um fator positivo. Para 2010, 80% das empresas creem na demanda interna como uma influência positiva para os investimentos produtivos, com destaque para o setor de bens de consumo, com previsão de crescer 16%, índice mais favorável dos últimos 5 anos. Logo a seguir vem os setores de bens de capital e bens intermediários. A previsão é de crescerem 15,4% e 13,8%, respectivamente. O maior avanço entre as previsões feitas em janeiro de 2010 e em janeiro de 2009 ocorreu no setor de bens de capital, com um aumento de 5,5 pontos percentuais. Para os próximos 3 anos (2010-2012), a maior taxa média de investimentos em capacidade de produção também se verifica no setor de bens de consumo, com 27,1%. Em bens de capital a taxa saltou de 17,1% em 2009 para 25,9% em 2010; enquanto em bens intermediários, a taxa prevista é de 21,7%, contra 19,9% no ano anterior.
Ainda de acordo com a FGV, para 42% das empresas, as condições de financiamento foram previstas como uma influência positiva em 2010. Este foi o melhor resultado da série. Já a taxa de juros foi indicada como influência positiva por 31% do mercado e negativa por 29%. Apesar das opiniões ainda divididas, esta também é a melhor avaliação a respeito desta variável nos últimos quatro anos.
Fonte: JC

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