Copom prevê inflação alta para os próximos meses

O cenário prospectivo para a inflação não evoluiu favoravelmente, diante das incertezas do cenário mundial e, em menor escala, também do cenário doméstico, segundo o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). É o que diz a ata da reunião que o Copom realizou na semana passada, quando elevou a taxa básica de juros (Selic) de 11,25% para 11,75% ao ano.
O documento, divulgado nesta quinta-feira (10), sinaliza possíveis novos aumentos uma vez que o Copom admite que “prevalece nível de incerteza acima do usual” na economia e identifica “riscos elevados” à concretização de um cenário em que a inflação retorne à trajetória do centro da meta a curto ou médio prazo.
A ata destaca que desde a reunião do Copom, em janeiro, ocorreram fatores externos [levantes políticos no norte da África e no Oriente Médio] que refletiram nos preços de ativos no mercado interno, o que aponta menor reversão do processo inflacionário. Isso, apesar de a equipe econômica do governo ter adotado medidas para o início de um processo de consolidação fiscal.
O Copom pondera, porém, que esses efeitos tendem a diminuir ao longo do ano, com reflexos menores nos últimos meses de 2011. "A partir do quarto trimestre, o cenário central indica tendência declinante para a inflação acumulada em 12 meses, ou seja, deslocando-se na direção da trajetória de metas", diz a ata do comitê.
Fonte: JC

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