O inverno em NY

Muitos brasileiros sonham passar o inverno em Nova York, ver a neve, curtir a virada do ano no Times Square e na Quinta Avenida decorada. A cidade mais densamente povoada do mundo exerce um impacto significativo sobre o comércio, finanças, mídia, arte, moda, pesquisa, tecnologia, educação e entretenimento de todo o planeta. Sabedor do fascínio que NY exerce sobre os visitantes, um amigo da coluna, carioca da gema, que trabalha e vive na Big Apple, anotou algumas dicas que podem tornar mais agradável uma estada durante a gélida estação que se inicia no próximo dia 21 e se estende até 21 de março. Ei-las:

Dica um. Woodbury Outlet? Garden State? Nova York é, com a Quinta Avenida, um paraíso para quem vai às compras, mas como resistir aos fantásticos malls com descontos? A viagem ao Woodbury ou a Garden State pode ser feita por ônibus a partir da rodoviária (Port Authority Bus Station) na Rua 42 com Oitava Avenida.

Dois. Locomover-se no frio é complicado? É claro. Vale a pena saber que o cartão de uma semana do metrô permite uso ilimitado (por uma só pessoa, já que exige três minutos entre um uso e outro) e garante acesso a todas as linhas de metrô, ônibus regulares e até o interessante bondinho da Ilha Roosevelt.

Três. Vai ficar em Manhattan? Se for próximo à Rua 34, o indicado, ao chegar ao JFK, é usar o Airtrain até a estação de trem de Jamaica e de lá pegar os confortáveis trens para a Penn Station. Mas, atenção: se sua chegada ocorrer de manhã, esteja preparado para trens mais cheios. À tarde é a melhor opção, especialmente em dias chuvosos ou com nevascas.

Quatro. Saudades do Brasil durante a estada? Além da Rua 46, alguns outros “polos” de restaurantes brasileiros se destacam. Os mais recentes são dois points na Avenida das Américas (Sexta Avenida): Cachaçaria Boteco e O Café.

Cinco. A despeito do frio, é interessante conferir uma das empresas que fazem cruzeiros em volta de Manhattan. Consulte do lado oeste os piers, notadamente Chelsea Piers, onde há diversidade e navios confortáveis. Pode ser a melhor forma de avistar vários pontos da cidade, com o máximo de conforto.

Seis. Internet de graça? Além da tradicional loja da Apple que nunca fecha, use e abuse dos cafés e bares que oferecem acesso wifi gratuito. O lobby da maioria dos hotéis também oferece acesso gratuito.

Sete. Precisa de dinheiro? Em geral, todos os ATMs de Nova York cobram tarifa, mas os clientes do Banco do Brasil levam vantagem: o bancão tem uma loja na Rua 42 com diversos ATMs e atendimento em português.

Oito. Adaptador para seu carregador? Pare em uma das várias lojas da Radio Shack na cidade. Lá pode ser encontrado todo tipo de gadget eletrônico.

Nove. Alguns hotéis da cidade já oferecem TV a cabo do Brasil, fruto do crescente número de hóspedes brasileiros. Entre eles, o Park Lane, de frente para o Central Park e em geral com tarifas atrativas quando reservadas com antecedência.

Dez. “To stay ou to go?” É assim que é identificado o popular “para agora ou para viagem?”. Evite também itens em tamanho grande, porque, para os padrões brasileiros, são gigantescos.

Onze. Sexta-feira é dia de visitar museus sem gastar nada. Em geral, recomenda-se evitar andar à noite pela congestionada Quinta Avenida ou pela Times Square. Se quiser passar por esses lugares, vá mais cedo: é mais tranquilo e fácil de tirar fotos.

Doze. As farmácias são excelentes lugares para revelar fotos. Mas atenção: a legislação dos EUA proíbe a venda de antibióticos e anti-inflamatórios. É prudente levar na bagagem sempre seus remédios do Brasil, incluindo um adicional para evitar ficar preso na cidade por nevascas e sem ter como comprar medicamentos.

Treze. As lojas de eletrônicos que pipocam pela cidade têm vitrines que atraem todo tipo de visitante, mas, em geral, não oferecem a garantia e o respeito das tradicionais. Mesmo tendo que pagar um pouco mais, prefira uma BestBuy, Staples ou Radio Shack para as compras de eletrônicos.

Quatorze. Restaurantes em Nova York não gostam de dividir pratos e nem de fazer combinações entre eles, mas muitos se ajustam ao paladar e gosto dos visitantes e permitem algumas pequenas adaptações. Esteja pronto para um “não”.

Quinze. Passeios imperdíveis: a HighLine, o porta-aviões Intrepid, os principais museus, o bonde da Ilha Roosevelt, simplesmente andar por locais como Tribeca, Soho, Times Square e Central Park.

Dezesseis. Broadway? Não desista, e, além da oferta de tíquetes a preços promocionais de última hora, consulte os sites para as peças, em especial de início da semana. Os preços quase sempre são mais baixos que para o fim de semana.

Dezessete. Quer voar para outra cidade? Boston, Washington, não importa. Tenha sempre em mente que os preços serão atraentes até 14 dias antes da partida, mas se tornam proibitivos depois disso. Se realmente quiser visitar uma delas, opções mais econômicas de última hora são o bolt bus e os trens regionais (Amtrak).

Dezoito. Às vezes vale a pena ficar em Newark ou em Queens, próximos aos aeroportos. A tarifa dos hotéis chega a ser US$ 100 mais barata, e o transporte não custa caro, mas se perde pelo menos meia hora nas viagens até Manhattan.

Dezenove. Gorjeta? Lembre-se de que em Nova York (e nos EUA) gratifica-se opcionalmente. No entanto, entregadores têm sua renda única e exclusivamente nas gorjetas e por isso não se esqueça de gratificá-los. Nos restaurantes, uma conta que ajuda é multiplicar por dois o valor do imposto (tax). Nas lojas, não é necessário gratificar.



Fonte:JC

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