“A produção industrial foi o setor que mais sofreu naquele momento. Com a crise, a produção caiu em 20% em apenas três meses, e os investimentos diminuíram muito”, afirma.
O motivo da retração, segundo o especialista, foi a contração do crédito e principalmente o aumento da incerteza em relação ao futuro.
“Na época da crise, tudo parecia que ia desmoronar, e os investidores operavam com muita cautela. Houve redução na demanda para investimento na indústria, que caiu 10% e depois 13% nos últimos trimestres do ano”, relembra.
Para combater as conseqüências da crise, o governo aplicou uma política fiscal e monetária expansionista, que incentivou o consumo e a produção nacional, afirma o economista.
“O governo baixou os juros rapidamente, que saiu de 13% para 8,5% ao ano. Também diminuiu o imposto sobre o consumo, promoveu a expansão do crédito e reduziu os empréstimos compulsórios, medidas que facilitaram para que a economia brasileira voltasse ao ritmo de crescimento anterior”, analisa.
Segundo Levy, a política de austeridade fiscal e monetária promovidas pelos governos anteriores foram fundamentais para o fortalecimento e a recuperação do Brasil.
“Isso criou uma economia forte, que possibilitou essa política expansionista na hora que foi preciso. Por isso, os brasileiros nem chegaram a sentir, ou sentiram muito pouco os efeitos da crise”, relembra o professor.
A economia brasileira reagiu tão fortemente quanto o impacto da crise. A taxa de desemprego chegou a 9% em março de 2009, mas logo voltou a recuar e fechou o ano em 8,1%.
A produção industrial retomou o seu rumo de crescimento já no segundo trimestre de 2009 e, embora o PIB nacional tenha terminado com uma leve recessão de 0,2%, a economia cresceu fortemente em 2010 e expandiu 7,5%, uma das maiores taxas registrados no mundo.
Fonte: JB
Nenhum comentário:
Postar um comentário