O
aumento do temor em relação à inflação, sentimento que ajuda a explicar a queda
da popularidade da presidente Dilma Rousseff, é generalizado. Segundo o
Datafolha, ocorre em todas as regiões, atinge pessoas de todos os níveis de
escolaridade e em todas as faixas de renda. Quanto mais rico e escolarizado o
eleitor, maior foi o aumento do medo. Um ano atrás, só 5% das pessoas com
ensino superior apostavam em inflação. Agora são 71%. Entre os que têm renda
familiar mensal acima de dez salários mínimos, a taxa é parecida: 69% falam em
mais inflação. Em fevereiro, eram 55%. Em março de 2013, 38%. No polo oposto
(até dois salários mínimos), o pessimismo também é alto: 64% falam em aumento
da carestia. Março de 2013 é um marco importante para comparação porque foi o
momento de maior popularidade de Dilma, com 65% de aprovação. Com os protestos
de junho de 2013, a aprovação despencou para 30%. Vinha subindo lentamente, mas
agora voltou a cair. Na pesquisa da semana passada, era de 36%. As intenções de
voto em Dilma também caíram. Mas ela continua com uma taxa suficiente para
vencer no primeiro turno, 38%. Aécio Neves (PSDB) tem 16%, Eduardo Campos
(PSB), 10%. Apesar do pessimismo levemente menor, os mais pobres são mais
numerosos quando o Datafolha pergunta ao entrevistado se ele notou aumento de
preços. Entre os que ganham até dois salários, 89% dizem ter notado aumento nos
alimentos.
Fonte:
Folha de SP
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