Butiques de investimento já estão atuando no Brasil.

Empresas menores desafiam grandes bancos e oferecem serviços personalizados de assessoria em operações como ofertas de ações e reestruturações de dívidas.

A Greenhill & Co e outras butiques globais de investimento estão se movendo para o Brasil, com foco em aproveitar forte atividade de fusões e aquisições ao atraírem clientes e negócios assessorados atualmente por grandes bancos. Investidores abastados do Brasil, como os empresários Abilio Diniz e João Alves de Queiroz Filho, que controla a empresa de bens de consumo Hypermarcas, estão cada vez mais preferindo empresas menores para assessorar acordos e ajudá-los a encontrar oportunidades de investimento no Brasil e no exterior. Preocupadas sobre potenciais conflitos de interesse com bancos que atuam tanto como emprestadores de recursos como assessores de operações, um número cada vez maior de empresas brasileiras estão optando por trabalhar com butiques em negócios envolvendo aquisições e reestruturações de dívidas. Grandes bancos frequentemente buscam acordos grandes como oportunidade ampla para vender empréstimos, derivativos e outros produtos, enquanto as butiques fornecem serviços personalizados de assessoria. O número de aquisições no Brasil que envolveu essas empresas menores de assessoria cresceu mais de 20% desde 2009, segundo dados da Thomson Reuters. A BR Partners, liderada por Ricardo Lacerda, assessorou mais de 80 transações avaliadas em US$ 35 bilhões no período e a Rothschild tem cada vez mais superado grandes bancos de investimento em termos de mandatos para ofertas de ações, fusões e reestruturação de dívida. “Nosso negócio é competitivo em qualquer parte do mundo e o Brasil não é exceção”, disse o presidente-executivo da Greenhill, Scott Bok. “A história nos Estados Unidos, Europa e em outras partes mostra que os clientes cada vez mais buscam por empresas focadas apenas em assessoria em vez de grupos que vendem a eles muitos produtos financeiros.” A Greenhill abriu escritório no Brasil em outubro, confiante de que o cenário continua atraente apesar da fraqueza da economia. A empresa também quer assessorar companhias que estejam preparando ofertas públicas iniciais de ações (IPOs). Fontes da indústria afirmaram à Reuters que a Jefferies Group e a Centerview Partners Holdings, baseadas em Nova York, estão explorando opções para entrarem no Brasil, seja pela abertura de escritório ou por meio de parceria com sócio local. As empresas não comentaram o assunto. Os novos entrantes enfrentam um mercado desafiador no Brasil, que passa por disputa intensa por talentos e por participação maior em volume de comissões que tem encolhido. Desde 2010, o total de comissões geradas por atividades de banco de investimento caiu de US$ 1 bilhão para US$ 800 milhões, depois que redução em IPOs minimizou um aumento de transações de fusões e aquisições.





Fonte: JC

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