Crescimento foi de
0,28% no semestre, menor alta real desde 2009. Somente em junho, arrecadação
cresceu 0,13%, para R$ 91,38 bilhões.
As desonerações e o baixo nível de
atividade da economia levaram a arrecadação de impostos do governo ter
desempenho modesto no primeiro semestre deste ano. Segundo a Receita Federal, o
governo arrecadou R$ 578 bilhões nos seis primeiros meses do ano com impostos,
contribuições federais e demais receitas, como royalties (pagamentos pela
exploração de recursos naturais) – uma alta real de apenas 0,28% na comparação
com o mesmo período do ano passado. Com o alta, a arrecadação bateu recorde
histórico para um primeiro semestre. A taxa de crescimento real registrada no
acumulado deste ano, porém, foi a menor para o período desde 2009: nos seis
primeiros meses do ano passado, a arrecadação havia avançado 0,49% sobre o
mesmo período de 2012. Já no primeiro semestre de 2012, a alta real foi de
3,66% na mesma comparação. Nos primeiros semestres de 2010 e 2011,
respectivamente, o crescimento real foi de 15,28% e de 12,68%, respectivamente.
Em 2009, a arrecadação caiu 7,02%.
Desonerações
e atividade econômica fraca
De acordo com o Fisco, o desempenho modesto
da arrecadação federal neste ano está relacionada com o baixo nível de
atividade, que influencia o pagamento de tributos e, também, com as
desonerações realizadas nos últimos anos – com impacto de R$ 50,7 bilhões nos
seis primeiros meses de 2014. "O desempenho da arrecadação está relacionado com as desonerações e a atividade econômica também é um dos fatores
que provavelmente tenha impactado. Há diminuição de arrecadação dos tributos
ligados à lucratividade das empresas", declarou o secretário-adjunto da
Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes. Além disso, segundo o Fisco,
também houve redução da arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, e da
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) nos dois primeiros meses deste
ano. Outro fator que influenciou a arrecadação foram receitas extraordinárias
registradas no ano passado, no valor de R$ 4 bilhões em depósitos judiciais e
venda de participação societária. De acordo com o governo federal, também houve
aumento das compensações tributárias no primeiro semestre deste ano por parte
das empresas – o que também contribuiu para impedir uma alta maior da
arrecadação. "Também houve a retirada do ICMS base de cálculo do PIS e da
Cofins", acrescentou ele.
Resultado
de junho
Somente em junho, ainda de acordo com dados
da Receita Federal, foram arrecadados R$ 91,38 bilhões com impostos,
contribuições federais e demais receitas, como royalties (pagamentos pela
exploração de recursos naturais). O valor representa uma alta real de 0,13%
sobre o mesmo mês do ano passado, acrescentou o órgão. O Fisco observou que foi
registrada, em junho do ano passado, uma arrecadação extraordinária de R$ 1
bilhão – que inflou a base de comparação. A arrecadação de junho deste ano também
ficou distante do recorde para este mês, registrado em 2011 (R$ 98,64 bilhões),
ainda segundo números divulgados pela Secretaria da Receita Federal.
Fonte:
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário