BEM MAIS SIMPLES BRASIL - Governo lança programa que reduz burocracia para abrir empresa.


O governo lançou nesta quinta-feira o programa Bem Mais Simples Brasil, uma nova etapa do programa Simples, que reduz a burocracia para pequenas e médias empresas. Nesta nova versão o governo promete que a papelada para abrir empresas será reduzida e o tempo necessário para começar o negócio diminuído para apenas cinco dias. Segundo a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, atualmente são necessários 83 dias para abrir uma firma. A presidente Dilma disse em seu discurso que o programa dá benefícios ao cidadão sem reduzir a arrecadação, que para o governo é importante. — Temos que considerar que o cidadão é em princípio honesto. Para nós o cidadão brasileiro é honesto, trabalhador e não desiste nunca. Temos que tornar o Estado brasileiro um peso muito menor que é hoje para o cidadão e empresas – disse a presidente. A desburocratização dos serviços públicos foi uma das promessas de campanha eleitoral de Dilma Rousseff. O Bem Mais Simples vai unificar o cadastro de identificação do cidadão e centralizar em um só posto os serviços públicos que empreendedores preciso acessar para tocar seus negócios. As novas regras preveem a dispensa de certidões e débitos tributários, previdenciários e trabalhistas para as operações de baixa dos CNPJs das empresas. Com isso o governo espera facilitar o processo de fechamento das empresas.
FECHAMENTO DE EMPRESAS TAMBÉM SERÁ FACILITADO, AFIRMA MINISTRO
Ao apresentar o Bem Mais Simples, o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, pediu que o programa seja comandado pela presidente Dilma Rousseff porque, segundo ele, será preciso ter vontade política para implementar a medida, o que exigirá participação conjunta de vários órgãos públicos. Ao se dirigir à presidente, o ministro disse que ainda falta uma etapa do programa, o Crescer Sem Medo, que vai criar condições para que as pequenas empresas cresçam sem serem sacrificadas pela carga tributária. De acordo com o ministro, as empresas que saem do Simples para o lucro presumido tem um aumento de tributos da ordem de 54%. — Precisa ter priorização e vontade política. Esse programa tem que ser comandado pela senhora. É uma questão de voz de comando — destacou o ministro. Ele explicou que o programa tem eixos: empresa, governo e cidadão. Contará com um portal de unificação dos serviços públicos, com simplificação e uniformização da linguagem. O objetivo é que todas as informações do cidadão sejam concentradas um único órgão para facilitar a abertura e o fechamento de empresas, sem a exigência de apresentação repetida de documentos. Guilherme Afif assegurou que o programa Bem Mais Simples vai permitir o fechamento automático das empresas, em qualquer localidade do país. Não será mais exigida a certidão negativa, bastando apenas o pagamento de uma taxa, que custa em torno de R$ 50,00. A medida será possível com a construção de um sistema entre Receita Federal e Juntas Comerciais. A principal vantagem, segundo o ministro, é o fim do aumento de custo. Ele explicou que empresas inativas precisam publicar balanços anuais, o que envolve despesas com contadores e advogados. — Quando uma empresa permanece aberta, os custos começam a acumular. Esse é o desespero dos débitos que vão se acumulando — disse o ministro. No processo de baixa da empresa, os interessados precisam preencher um cadastro com os nomes dos sócios e a localização dos livros de contabilidade para uma eventual fiscalização. O ministro destacou que o fechamento automático não elimina dívidas deixadas pelos sócios e que o Código Nacional de Tributação não sofreu qualquer alteração. A próxima meta do programa será facilitar a abertura de empresas, cronograma previsto para junho. Nesse prazo, as diversos órgãos públicos vão trabalhar na unificação de portais e construção de um cadastro único, podendo utilizar, por exemplo, a biometria, processo de identificação já adotado pela justiça eleitoral. Apesar da necessidade de ajuste fiscal das contas públicas, o ministro disse que o governo não está preocupado com o impacto da ampliação das faixas do simples e que a medida será anunciada em breve. Com a proposta, o limite de faturamento das empresas beneficiadas vai subir de R$ 3,6 milhões para R$ 7,2 milhões e as 20 faixas existentes serão agrupadas em seis.





Fonte: O Globo

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