Após 14 semanas
consecutivas de alta nas projeções, economistas passaram a prever taxa menor,
de 8,13%, para o IPCA deste ano – na semana passada, estimativa estava em 8,2%.
Depois de 14 semanas consecutivas de
projeções em alta, economistas ouvidos pelo Banco Central para o boletim Focus
reduziram a previsão para a inflação deste ano. Apesar desse arrefecimento, o
número continua elevado e muito acima do limite de tolerância, definido em
6,5%. Os especialistas passaram a projetar 8,13% para o Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) – na semana passada a estimativa estava em 8,2%. O
cenário para o Produto Interno Bruto (PIB), embora negativo, não piorou entre
uma semana e outra, a projeção continua de retração de 1,01%. Esta foi a
primeira vez, também depois de 14 semanas seguidas de deterioração, que esse indicador
apresentou estabilidade. Há quatro semanas, mostrava estimativa de queda de
0,78%. Para 2016, a expectativa caiu de 1,1% para 1%. Parte desse quadro, que
segue complexo, é puxada pelo ajuste dos preços administrados. Centro das
discussões sobre o rumo da inflação deste ano, as projeções se mantiveram em
13% para 2015, mesmo valor da semana passada. Um mês antes, a mediana estava em
12%. Para o BC, os preços administrados devem apresentar alta menor, de 11% em
2015. Em março, devido principalmente à influência dos preços da energia, o
IPCA acelerou a 1,32%, maior taxa para o mês em duas décadas, acumulando em 12
meses avanço de 8,13%. Esse número no cenário da autoridade monetária leva em
conta variações ocorridas, até fevereiro, nos preços da gasolina (8,4%) e do
gás de bujão (1,2%), bem como as hipóteses, para o acumulado de 2015, de
redução de 4,1% nas tarifas de telefonia fixa e de aumento de 38,3% nos preços
da eletricidade. Já para 2016, a expectativa no boletim Focus é a de que a
pressão para a inflação desse conjunto de itens seja menor. A mediana das
estimativas continuou em 5,5% pela nona vez consecutiva. Com o alto nível de
inflação, os economistas ouvidos no Focus veem mais uma alta de 0,5 ponto
percentual na Selic, atualmente em 12,75% ao ano, na próxima reunião do Comitê
de Política Monetária (Copom), em 28 e 29 de abril. Também para junho prevê-se outra
elevação na Selic.
Top 5
Entre o grupo de analistas que mais acertam
as previsões, chamado de Top 5, a expectativa para a inflação continuou a piorar.
A mediana para o IPCA deste ano segue acima da banda superior de 6,5% da meta e
passou de 8,44% para 8,73% esta semana. Quatro semanas atrás, estava em 8,33%.
Para o fim de 2016, a mediana das projeções para o IPCA foi mantida em 5,6%.
Quatro semanas antes estava neste mesmo nível. Já no Top 5, a projeção para a
inflação ao final do ano que vem foi corrigida para próximo do limite máximo de
tolerância ao passar de 5,64% para 6,4% – um mês antes estava em 5,61%. De
acordo com o Relatório Trimestral de Inflação do BC divulgado no mês passado, a
taxa ficará em 4,9% pelo cenário de mercado – que considera juros e dólar
constantes – ou em 5,1%, levando-se em consideração as estimativas da Focus
imediatamente anterior ao documento. No curto prazo, os preços mostram um pouco
mais de controle quando comparados aos resultados dos três primeiros meses do
ano. Depois da alta de 1,24% de janeiro, revelada pelo IBGE, de 1,22% em
fevereiro e de 1,32% em março, a projeção para a taxa em abril desacelerou para
um percentual abaixo de 1%. De acordo com o boletim Focus, a mediana das
estimativas passou de 0,64% para 0,65% – um mês antes, estava em 0,6%. Em maio,
esse indicador de custo de vida pode esfriar ainda mais, quando o índice deve
ter alta de 0,48% – acima dos 0,46% previstos na semana anterior e dos 0,45%
estimados quatro edições da Focus atrás.
Fonte:
JC
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