Setor levaria 13
meses para comercializar toda essa oferta imobiliária, indica pesquisa inédita.
O mercado imobiliário brasileiro acompanha o
desaquecimento econômico do País e apresenta uma redução nos lançamentos e nas
vendas de imóveis. O Brasil tem um estoque de 99 mil imóveis, de acordo com
dados divulgados nesta quarta-feira (19) pela Abrainc (Associação Brasileira de
Incorporadoras Imobiliárias), em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas). O levantamento mostra que, neste ano, foram lançados em
todo o País 26,5 mil unidades, uma queda de 20% na comparação com o mesmo
período de 2014. Já as vendas, neste mesmo período, alcançaram 51,7 mil
unidades, o que representa uma queda de 14% em relação ao ano passado. Segundo
o economista da Fipe Eduardo Zylberstajn, responsável pelo estudo, esses dados
já mostram que as incorporadoras estão lançando menos do que estão vendendo, o
que demonstra que o setor está fazendo um ajuste não somente no preço dos
imóveis. Zylberstajn explica que seria estranho mostrar vendas e lançamentos em
alta, pois não batem com a situação do País. — Quando a confiança, tanto do
consumidor como do empresário, está em baixa, há uma retração na demanda e um
ajuste na oferta. No cenário de maior incerteza, há uma posição de cautela. O
vice-presidente executivo da Abrainc, Renato Ventura, afirmou que a queda dos
lançamentos já está acontecendo há mais de um ano e que as incorporadoras têm
feito esse ajuste como adaptação, para enfrentar o momento mais difícil. — Por
outro lado, as vendas mostram uma resiliência maior. Há uma demanda que
continua a existir. Vemos continuidade na demanda e ajustes no setor feitos com
os lançamentos. Outro dado apresentado no estudo
da Abrainc/Fipe foram as entregas de imóveis, que refletem os imóveis lançados
há cerca de três anos. Neste ano, foram entregues 62,1 mil imóveis, o que
representa uma queda de 11% em relação ao ano passado.
Estoque
O levantamento mostra ainda que o País tem um
estoque de 99 mil unidades disponíveis no mercado. Segundo a Fipe, se for
mantido o ritmo de vendas do último trimestre, seriam necessários 13,2 meses
para comercializar toda essa oferta. Já no mesmo período do ano passado, seriam
necessários 11,8 meses para vender o estoque existente.
Fonte:
R7
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