Receita com impostos
em julho soma R$ 105 bilhões, o menor valor para o mês desde 2010.
Pelo quarto mês consecutivo a arrecadação da
Receita Federal levou um tombo, refletindo a crise na economia brasileira. As receitas
com o pagamento de impostos e contribuições federais somaram R$ 104,8 bilhões,
o que representou uma queda real (com correção pela inflação) de 3,13% na
comparação com o mesmo mês de 2014. Em relação a junho, houve um aumento de
7,34% na arrecadação. O desempenho da arrecadação no mês passado é o mais baixo
para o mês desde 2010. Nos primeiros sete meses da nova equipe econômica de
Dilma Rousseff, a arrecadação federal somou R$ 712 bilhões, um recuo de 2,91% na
comparação com o mesmo período do ano passado. O valor é o menor para o período
desde 2010. Os dados foram divulgados nesta terçafeira, 18, pela Receita
Federal.
Na
defensiva.
Com a crise econômica, as empresas pagaram R$
12,5 bilhões a menos de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) nos sete primeiros meses do
ano. Esses dois tributos incidem sobre a lucratividade das empresas. Por conta
das incertezas na economia, as empresas estão deixando de pagar impostos num
movimento considerado defensivo. Nos primeiros sete meses deste ano, a
arrecadação da Receita Federal com IRPJ e CSLL tiveram queda real de 9,51%. O
total arrecadado no período foi de R$ 119,7 bilhões, segundo dado divulgado há
pouco pela Receita. Em julho, a queda de arrecadação do IRPJ e CSLL foi de R$
2,3 bilhões, o correspondente a 11,69%. A arrecadação do PIS e Cofins dois
tributos considerados como termômetro da atividade econômicos somou R$ 4,9
bilhões, o equivalente a 3,15%.
Receitas
extraordinárias.
A Receita Federal contou com um reforço
adicional e uma arrecadação extra de R$ 2,3 bilhões em julho. Sem essas
receitas extraordinárias, o resultado da arrecadação seria ainda pior. Nos
primeiros sete meses do ano, as receitas extraordinárias somam R$ 10 bilhões.
Desonerações.
Nos primeiros sete meses do ano, o governo
abriu mão de arrecadar R$ 62,6 bilhões por causa das desonerações tributárias,
um aumento de 11,76% em relação ao mesmo período do ano passado. Somente em
julho, as desonerações concedidas pelo governo totalizaram R$ 7,7 bilhões, uma
renúncia fiscal 3,34% menor que no mesmo mês de 2014 (R$ 8,0 bilhões). A
desoneração de folha de pagamento custou R$ 1,8 bilhão em julho e R$ 13,0
bilhões nos sete primeiros meses do ano. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
tenta aprovar projeto de lei que aumenta a carga tributária das empresas
desoneradas pela folha de pagamentos.
Fonte:
JESP
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