Déficit primário do governo central no ano é o pior desde 1997.


Diante da forte frustração de receitas provocada pela desaceleração da economia e dificuldade de reduzir despesas, o governo central registrou déficit primário de R$ 6,932 bilhões em setembro. O governo central reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC). Com isso, no acumulado do ano, o déficit chegou a R$ 20,938 bilhões, o equivalente a 0,49% negativo do PIB. Em valores nominais, o resultado acumulado é o pior para o período desde 1997, início da série histórica. Em 12 meses, a situação também não é nada fácil. O resultado negativo, corrigido pelo IPCA, somou R$ 22,3 bilhões (­0,39% do PIB). O desempenho só confirmou a necessidade de alterar a meta de resultado primário para este ano para prever um déficit primário. Em julho, o governo já havia feito um ajuste na meta e nesta semana fez uma nova correção. A meta do setor público consolidado saiu de superávit primário de R$ 8,7 bilhões (0,15% do PIB) para um déficit primário de R$ 48,9 bilhões (0,8% do PIB). Considerando apenas o governo central, a meta passou de superávit de R$ 5,8 bilhões (0,10% do PIB) para um déficit de R$ 51,8 bilhões (­0,90% do PIB). Para os governos estaduais, a meta foi mantida em R$ 2,9 bilhões (0,05% do PIB). Segundo os números do Tesouro Nacional, divulgados nesta quinta-feira, o desempenho de setembro é reflexo de um superávit do Tesouro Nacional de R$ 2,807 bilhões e déficits de R$ 9,690 bilhões da Previdência Social e de R$ 49,6 milhões do Banco Central (BC).






Fonte: Valor Econômico

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