Fundo inicia
reestruturação que dá mais poder a emergentes.
O Fundo Monetário Internacional ( FMI)
informou ontem à noite que está dando início à revisão das quotas entre os
países membros da instituição, antiga demanda dos emergentes — que queriam
maior peso nas votações do organismo. Embora essa tivesse sido aprovada pela
direção em 2010, apenas agora o FMI começa a instituir a mudança. De acordo com
o Fundo, após essa alteração, quatro países emergentes estarão entre seus dez
maiores membros: Brasil, China, Índia e Rússia. Completam o top ten Estados
Unidos, Japão, França, Alemanha, Itália e Reino Unido. Em nota, o FMI afirmou
que “mais de 6% das quotas do Fundo se deslocarão para mercados emergentes, dinâmicos
e em desenvolvimento, de países sobrerrepresentados para membros
subrepresentados no FMI.” Um dos principais entraves para que a mudança
entrasse em vigor era a necessidade de aprovação dos EUA, o maior quotista do
Fundo. O aval foi dado pelo Congresso americano em dezembro do ano passado. “Eu
recomendo que os membros do FMI ratifiquem essas reformas verdadeiramente
históricas. Essas mudanças vão garantir ao Fundo uma capacidade de melhor
atender e representar as necessidades de seus membros em um ambiente global em
rápida transformação”, afirmou a diretora gerente do FMI, Christine Lagarde,
no documento. Na semana passada, ela informou que vai tentar um segundo
mandato. Ontem, o ministro da Fazenda brasileiro, Nelson Barbosa, divulgou nota
com o apoio do governo à reeleição de Lagarde. A reforma também vai aumentar a
quota de repasse dos 168 países membros do FMI, de cerca de US$ 329 bilhões
para US$ 659 bilhões. E, pela primeira vez, o Conselho de Administração do
Fundo será composto integralmente de diretores executivos eleitos, encerrando a
fase de diretores nomeados pelos cinco maiores membros do organismo.
Fonte:
O Globo
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