De acordo com
Boletim Focus, Selic deve encerrar ano nos atuais 14,25% e IPCA em 7,26%.
A previsão para a taxa básica de juros no fim
de 2016 caiu de 14,64% para os atuais 14,25%, segundo o último Boletim Focus,
do Banco Central, que reúne as estimativas das principais instituições
financeiras. A taxa voltou a cair diante do tom mais brando que o Banco Central
adotou em relação à condução da política monetária. Para a média do ano, o
mercado reduziu a previsão de 14,84% também para 14,25%. Isso quer dizer que os
analistas deixaram de acreditar em uma nova alta dos juros no decorrer de 2016.
Já a expectativa para a inflação foi ampliada de 7,23% para 7,26%,
distanciando-se mais do teto da meta do governo para o ano, que é de 6,5%. Este
é o quinto aumento seguido. Para 2017, a previsão de inflação subiu de 5,65%
para 5,8%, distanciando-se também da meta central de 4,5% do ano que vem e
aproximando-se do teto de 6% do regime de metas para o período. Foi a terceira
elevação seguida da previsão para 2017. O aumento das expectativas para a
inflação ocorreu após o Banco Central manter a taxa básica de juros estável em
14,25% ao ano — o maior patamar em quase dez anos. Já para o fechamento de
2017, a estimativa para a taxa de juros ficou estável em 12,75% ao ano — o que
pressupõe queda dos juros no ano que vem. Depois de decidir manter a Selic em
14,25%, o BC sugeriu na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária
(Copom) maior tolerância com a inflação neste ano em meio à elevação das
incertezas no cenário externo, com destaque para desaceleração na China e
evolução dos preços do petróleo.
PRODUTO
INTERNO BRUTO
A previsão para o PIB de 2016 teve a segunda
piora seguida. O mercado financeiro passou a prever uma contração de 3,01%,
contra uma retração de 3% estimada na semana anterior. As projeções para 2017
também são pessimistas. Os economistas das instituições financeiras baixaram a
previsão de crescimento de 0,80% na semana anterior para 0,70% — também na
segunda queda consecutiva da previsão. Na semana retrasada, o Fundo Monetário
Internacional (FMI) anunciou a piora de suas estimativas e passou a prever uma
contração de 3,5% para o PIB brasileiro neste ano e um crescimento zero para
2017.
Fonte:
O Globo
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