Brasília - A
estimativa de instituições financeiras para o encolhimento da economia, este
ano, foi levemente ajustada. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto
(PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de
3,86% para 3,88%. Para 2017, a estimativa de crescimento foi mantida em 0,50%.
As projeções fazem parte de pesquisa feita todas as semanas pelo Banco Central
(BC) a instituições financeiras. A projeção de instituições financeiras para a
inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
este ano, foi mantida em 7%. Para 2017, a projeção foi reduzida de 5,62% para
5,50%, no sexto ajuste consecutivo. As estimativas estão acima do centro da
meta de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6%, em
2017. É função do Banco Centra fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um
dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e,
consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.
Inflação
Quando
o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é
conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros
mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz
os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo
à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. O BC
tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de
modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho
Monetário Nacional. A projeção das instituições financeiras para a Selic, ao
final de 2016, foi mantida em 13% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa
passou de 11,75% para 11,50% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.
A pesquisa semanal do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação
medida Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de
7,03% para 7,10%, em 2016. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a
estimativa foi ajustada 7,35% para 7,34%, este ano. A estimativa da inflação
medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (IPC-Fipe) passou de 7,04% para 7,14%, em 2016. A projeção para a
cotação do dólar segue em R$ 3,70, ao fim deste ano, e em R$ 3,90, no fim de
2017.
Fonte: Exame.
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