Considerando apenas o mês de maio, esse índice é o maior desde 2008. No ano, IPCA acumula avanço de 4,05% e, em 12 meses, de 9,32%.
O Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, voltou a acelerar e
atingiu 0,78% em maio, depois de subir 0,61% no mês anterior, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim,
considerando apenas o mês de maio, esse índice é o maior desde 2008, quando
ficou em 0,79%.
No ano, de janeiro a maio, o IPCA
acumula avanço de 4,05%, acima dos 3,25% registrados até abril e, em 12 meses,
de 9,32%, acima dos 9,28% verificados no mês anterior. Em maio de 2015, o
índice havia ficado em 0,74%.
INFLAÇÃO EM 12 MESES
Em %
Previsões
A previsão dos
economistas do mercado financeiro é que o IPCA feche o ano de 2016 em 7,12%,
segundo o boletim Focus. O Banco Central tem informado que buscará trazer a
taxa para até 6,5%, que é o teto da meta do governo para a inflação.
Principais pressões
“Característica deste
mês de maio é a volta a pressão dos itens administrados que pressionaram a taxa
do mês: água e esgoto, remédio, cigarro e energia elétrica. Então, os [preços]
administrados foram ‘estrelas’ em maio”, analisou Eulina Nunes dos Santos,
coordenadora de índice de preços do IBGE.
A taxa de água e
esgoto, integrada ao grupo habitação, foi o item que mais pressionou a taxa de
inflação em maio, em decorrência principalmente pela variação de 41,9% do item
na região metropolitana de São Paulo, com o fim do Programa de Incentivo à
Redução do Consumo de Água e o reajuste de 8,4% sobre o valor das tarifas,
segundo o IBGE.
“Essa pressão [da taxa
de água e esgoto sobre a inflação do mês] é uma pressão pontual sim. Foi um
fato que aconteceu em São Paulo que fez com que a taxa de água e esgoto se
elevasse dessa forma. A gente não consegue [no entanto] isolar o efeito de São
Paulo [sobre a taxa da inflação do país]. O que a gente pode dizer é que foi um
momento forte em função de uma característica. Se não acontecesse [esse
aumento, porém] seria menor a taxa do mês”, ponderou Eulina.
De acordo com a
coordenadora, a taxa de água e esgoto foi o principal impacto da inflação na
região metropolitana de São Paulo. Contudo, para o país, outros itens também
exerceram impacto.
Fonte: IBGE
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